CAMPEONATO NACIONAL I – No último sábado, o Estádio José Alvalade estava espectacular, tendo recebido mais de 50 mil espectadores, na sua enorme maioria Sportinguistas, que muito e bem souberam mobilizar-se para ver o primeiro clássico da época para o Campeonato. O jogo foi intenso, imprevisível e muitas vezes bem jogado. Um bom jogo de futebol. O resultado, infelizmente, não foi o que queríamos, muito pelo contrário. Há que reconhecer que o FC Porto (bem melhor do que na época passada) marca um golo com um pontapé monumental (o segundo), que – sem nada que o justificasse – desequilibrou o marcador… e isto depois do primeiro quarto-de-hora da segunda parte ser totalmente nosso, de sentido único. Os outros dois golos (o primeiro do FC Porto e o nosso) são muito similares, resultando de desmarcações nas laterais da grande área seguidas de centro para o interior da pequena área. Até nisso o jogo foi equilibrado. Tivemos mais posse de bola, mais remates, mais cantos (apesar de alguns não assinalados). Tivemos ainda várias jogadas muito perigosas (ex: o contra-ataque na primeira parte em que invadimos o meio-campo adversário com três jogadores isolados e foi concluído com remate de Pote, que foi salvo in extremis por defesa adversário; a jogada de Catamo, no findar da primeira parte, quando entra pelo lado direito da área adversária, sofrendo – na minha opinião – falta para grande penalidade; os remates do Luis Suárez, um na primeira parte e outro ao findar o jogo, ambos de grande qualidade e perigo), as quais – infelizmente – não conseguimos concretizar em golo. No final, ficou – claro – o “amargo”, sempre difícil, de termos perdido o jogo e de não termos conquistado os três pontos.

CAMPEONATO NACIONAL II – Corolário do resultado é termos largado a liderança do Campeonato, que passou para o nosso adversário de sábado. Certo é, contudo, e a bem da verdade, que estamos na luta, dependemos só de nós próprios e temos equipa! E mais equipa vamos ter com as recuperações (verdadeiras “aquisições de luxo”, se estivessem no tal de “mercado”!) de Nuno Santos, Daniel Bragança, Maxi Araújo, Ousmane Diomande e Hidemasa Morita, a que acresce a recente integração nos trabalhos do pendular Matheus Reis. Ou seja… temos tudo para lutar pelo Tri! Vamos a ele! Força, equipa! Viva o Sporting CP!

MERCADO / IOANNIDIS – Bem-vindo, Fotis! Fechámos esta contratação e trouxemos para Lisboa este internacional grego, titular na sua selecção, um “objectivo” já com um ano. Temos ganas de o ver em campo, provavelmente – pelo menos algumas vezes (isso é com o nosso Rui Borges, claro) – ao lado de Luis Suárez. Esta "dupla" tem tudo para ser temível, aguardemos! Contamos, isso sim, com o facto de termos mais um grande reforço de peso e de indiscutível qualidade. E recordemos que nesta época só perdemos um titular indiscutível, Gyökeres de seu nome. Todos os outros que saíram, nomeadamente Israel e o frenético Harder (mais uns minutos incipientes neste último clássico, o que só ajudou a corroborar a minha opinião sobre a sua oportuna venda, após a adequada valorização de que beneficiou em Alvalade), nunca foram verdadeiramente titulares.

MERCADO / RICARDO ESGAIO – Foi também anunciada a saída do “nosso” Ricardo Esgaio. Foram 17 anos de Leão ao peito! Sempre com grande dedicação ao Clube! Foi Campeão por duas vezes! Fez quase 200 jogos com as nossas cores! É um grande Leão! Um nazareno (terra que conheço bem) de fibra! Sabemos que algumas vezes foi um “mal-amado”, mas também foi – muitas vezes e por muitos – um “bem-amado”! Basta recordar a enorme saudação que lhe foi tributada na apresentação do plantel no jogo do Troféu Cinco Violinos desta temporada, no Jamor, bem como os sentidos festejos no José Alvalade quando, já no findar da época de 2022/2023, marcou o seu primeiro golo pela equipa principal de futebol do Clube! Obrigado, Ricardo Esgaio! Boa sorte, Leão!

ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE – Neste último jogo tive, finalmente, a oportunidade de ver in loco as melhorias introduzidas no nosso Estádio. Visitei, nomeadamente, os dois pisos por baixo da Tribuna Presidencial. Estão espectaculares! Num dos pisos – para além do esmero na funcionalidade – o “Mini Museu”, com exibição de várias taças e momentos importantes da vida do Sporting CP. No outro piso, todo o arranjo foi feito com um elevado padrão de nível e gosto, sempre numa óptica funcional e de proporcionar a melhor visão do espectáculo que é um jogo de futebol. Parabéns, Sporting CP!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S 1 – O treinador do FC Porto, Farioli de seu nome, estreou-se nos grandes jogos nacionais com uma autêntica “fariolada”! Então não é que o homem, no lançamento do jogo, se colocou a falar do facto de o Sporting CP jogar habitualmente contra “dez” jogadores… foi uma cena ridícula! Alguém lá em cima, no FC Porto, que lhe dê as páginas todas das últimas décadas, no mínimo dos últimos cinco anos, para o homem saber o que diz! É que falar na base de “resumos facciosos” dá no que deu… o homem deu-se ao ridículo e foi desmentido de modo brutal pela generalidade da comunicação social portuguesa! Além, naturalmente, de fustigado nas redes sociais pela sua “fariolada”! Um conselho, Farioli estuda a história do futebol português! E não vás nas “estórias da carochinha” que, no FC Porto, te querem vender…

P.S 2 – Os adeptos do FC Porto vandalizaram e partiram os vidros da bancada em que se encontravam colocados no José Alvalade. Fizeram-no de modo propositado, com dolo, como se vê nas inúmeras imagens que já passaram nas nossas televisões. Com o seus actos feriram 17 pessoas (os meus naturais e sentidos votos de recuperação total!), que se encontravam debaixo dessa bancada! Esperei até agora por um comunicado do FC Porto a lamentar o sucedido e a solidarizar-se com os 17 feridos. É o que qualquer clube de bem teria feito. Foi o que o Sporting CP fez no episódio do carro com cinco portistas, em Junho deste ano, com a emissão de um comunicado logo no próprio dia do incidente, escassas horas depois do mesmo ter ocorrido. Pois bem… o que fez o FC Porto até agora? Tantos dias e horas depois? Nada! Silêncio ensurdecedor! Triste e lamentável, FC Porto! Diziam que – depois da negritude dos "anos papais" – iam "virar a página", que queriam "mudar"... mas, afinal, é mais do mesmo! Ou pior! E longe, muito longe mesmo, vão os tempos do verdadeiro portista Dr. Domingos Gomes e da sua postura, coragem, dedicação ao outro e bem saber, como tão bem demonstrou, a 7 de Maio de 1995, no fatídico episódio do "varandim" no velhinho José Alvalade!