Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now

×

Taxonomy term

Português, Portugal

"Sinto que ainda não têm noção real do que é o Sporting"

Por Jornal Sporting
08 Jan, 2016

Bruno de Carvalho marcou presença no programa 'A Hora do Presidente'

Bruno de Carvalho marcou presença em mais um programa ‘A Hora do Presidente’ na Sporting TV e, ao longo de uma hora, abordou vários temas do Universo ‘leonino’, como a dimensão do Clube, o contrato com a NOS, a política de desespero dos rivais, o caso Doyen, a Assembleia do próximo sábado e o regresso do ciclismo, entre outros temas. Aqui ficam os principais excertos da entrevista do líder do Clube na passada quinta-feira.

O que é ser líder? “Ser líder é ser ousado, ter muita paciência e tentar ser um motivador por natureza. Mas sobretudo acho que as duas grandes definições de líder são a audácia e a perseverança. São as duas palavras que têm que caracterizar mais aquele que quer ser líder. Tenho dito várias vezes que é impossível liderar sem ter os pés assentes na terra e sem saber perfeitamente para onde queremos caminhar. É isso que o define: pragmatismo, muita calma, ponderação, audácia. É prever cenários e arriscar. Para se fazer uma boa liderança, tem que se ser audaz. Costuma dizer-se que a sorte protege os audazes mas a sorte dá muito trabalho e um líder tem que ser o primeiro a dar o exemplo para que depois toda a equipa trabalhe da mesma forma do que ele”.

A dimensão do Sporting. “Gostava de explicar que, enquanto Presidente do Sporting, não estou preocupado com a casa dos outros. Preocupo-me com o Clube, a situação que se vivia e aquilo que é a defesa dos valores do Sporting, as suas regras, ideias, aquilo que é, de facto, a sua marca. O que me chateia é a questão de quem fez o melhor contrato. Tenho 43 anos e sinto que as pessoas ainda não têm a noção real daquilo que é o Sporting Clube de Portugal. Nenhum daqueles chavões que vão marcando a actualidade é real. Os seis milhões, os 14 milhões, Portugal a vermelho, o Mundo a azul. Já visitei filiais em todo o Mundo e vi com os meus olhos a dimensão do Sporting Clube de Portugal. Este negócio provou isso – a dimensão do Sporting. Quando não há esses títulos no futebol – e já ganhei uma Taça de Portugal e uma Supertaça, estou a falar de Campeonatos – esse peso é questionado. O Sporting é gigante e isso vê-se nos Associados e no contrato que fez. Por isso é que digo que o Clube tem de começar a ganhar títulos para que a sua dimensão seja alavancada pelas vitórias”.

Os ‘experts’ que falam do que não sabem. “Vejo muitos ‘experts’ a fazerem contas estranhas onde faltam conhecimentos do que é a economia e do que está nesses contratos. Não fazem ideia dos activos e dos custos desses mesmos activos na Sporting TV, na Benfica TV e no Porto Canal, por exemplo. Volto a dizer: o que o Sporting vendeu foi a publicidade estática de primeira linha que está sempre associada ao operador, tudo o resto é nosso como sempre foi, à excepção da publicidade na camisola e da Sporting TV na NOS em exclusividade, como referimos. Luís Filipe Vieira deu uma entrevista de oito páginas para dizer duas coisas: que vai meter processos a mim, ao Sporting e a todos; e que em Janeiro se vai sentar com a NOS para renegociar – só essas ideias mostram que o Sporting fez o melhor contrato. Toda essa campanha devia, no mínimo, ser coerente, mas nem isso é: por um lado colocam os peões de brega a dizer que o contrato foi melhor; por outro, põem a figura máxima a dizer que vai renegociar. Diz que tem uma cláusula automática? O Sporting também. Por isso, vai ser engraçado”.

A política do desespero. “O futebol, infelizmente, é altamente previsível. Informação, contra-informação, mas tudo de forma medieval, descarada, desesperada. Diz-se também que o Benfica foi o grande impulsionador disto tudo. Quero dizer que quem liderou o processo foi o presidente Vale e Azevedo, quando rasgou o primeiro contrato... É engraçado que Rui Gomes da Silva, que faz parte dos órgãos sociais do Benfica, tenha dado a informação ao Mundo de que o Benfica tinha secado o mercado e que o FC Porto e o Sporting não conseguiriam nem metade – isso não aconteceu, o que prova que não lideraram o processo. Queriam a fatia de ‘leão’ mas não perceberam que o ‘leão’ está do outro lado da 2.ª Circular. Existe uma política de manipulação que é extensível ao futebol, como aconteceu com os erros grosseiros que se viram no V. Guimarães-Benfica. Depois quando o Sporting ganha sem casos, vem cá para fora que os árbitros tiveram nota negativa. São pressões vis, uma política de desespero e de descaramento total. Vítor Pereira continua a fazer nomeações que ninguém percebe. Aquilo não é pereira, parece uma peneira porque vem tudo cá para fora. É assustador porque as pessoas que estão no futebol não conseguem mudar isto e é preciso fazê-lo”.

As arbitragens e os ‘vouchers’. “No outro dia perguntaram-me se não falava demasiado de arbitragens. Pelo contrário, sou das pessoas que desde que cheguei mais defendeu a classe dos árbitros e a introdução das novas tecnologias no futebol. Os árbitros têm de ser olhados com respeito e para isso têm de ser feitas alterações. Há um desespero geral porque já se percebeu que tenho razão. Quando as coisas começam a ser explicadas, o que não é fácil, tem os seus efeitos. Não há ninguém, à excepção de dois ou três comentadores, que não seja a favor das novas tecnologias. Essa é uma das grandes marcas que sinto e quero levar comigo. Em relação aos ‘vouchers’, as pessoas jogam um pouco com o conceito de que o tempo apaga tudo, mas há um problema – o Bruno de Carvalho não deixa apagar. Sim, estou em primeiro, e? Se estiver bem na vida, não vou impedir que um ladrão seja apanhado? Posso estar em primeiro, segundo ou quinto, mas quem fere os regulamentos não o pode fazer”.

A situação das VMOC. “Quero aconselhar as pessoas a que se deem ao trabalho de ir ver um artigo no ‘Expresso’ relacionado com a falência do BES. É engraçado ver as entidades que devem mais dinheiro e que três entidades estão ligadas a Luís Filipe Vieira. Passou-se a ideia de que o Sporting podia ter um problema gravíssimo e que os bancos iam tomar conta do Clube, o que é completamente falso. Tivemos há pouco tempo uma reunião muito agradável e os bancos têm elogiado o quão diferente tem sido, porque antigamente os dirigentes ligavam dia sim, dia não e agora isso não se passa”.

O caso Doyen. “Temos uma tendência de fazer de propósito para tentar esquecer e os nossos rivais têm de pegar em alguma coisa. Quero relembrar que, por iniciativa da Direcção, houve uma Assembleia Geral a 17 de Janeiro, onde fomos levar aos Sócios todo o caminho que estava a ser trilhado, as estratégias para os Sportinguistas perceberem e saberem todas as coisas boas e más desse rumo e pensar em conjunto se esse era o caminho mais correcto. Falei tudo ao pormenor e o apoio foi esmagador numa sala cheia. Não houve, que me lembre, uma intervenção negativa. Se tivesse sentido que não era o que queriam, mudaria. E existem pessoas que fingem que isso não aconteceu. Coincidências da vida: essa decisão apareceu depois da primeira derrota no Campeonato e numa altura em que éramos o único que ainda não tinha negociado os direitos televisivos e o patrocínio nas camisolas. Era um período conturbado, achavam eles. A decisão do caso Doyen foi hedionda. Diziam que não era possível fazer recurso, agora já viram que é. Mas vejamos o resto das coincidências – acharam que estava fragilizado, sai a decisão; depois, há uma entrevista de um conselheiro ‘leonino’, Rui Barreiro, antes de um jogo com o Benfica, o cartaz magnífico colocado durante a noite e nova intervenção às 12h56 de Rui Barreiro. Às 14h, é colocado o acordo de 515 milhões na CMVM. Todos têm direito à opinião, adoro que haja opositores, mas têm de ser um pouco mais inteligentes nas ideias e argumentos”.

Assembleia Geral de sábado. “A Assembleia Geral vai dar todo o tempo que os Sócios entendam que seja necessário para falarem e isso  já está aprovado. Gostava que as pessoas deixassem de se esconder atrás umas das outras e começassem a aparecer e a confrontar, como eu fiz. Fui humilhado, chamaram-me nomes, intimidaram-me a mim e à minha família, mas tinha três minutos e fui lá. A partir do momento em que falamos para fora, temos de falar para dentro. Quem já disse em duas entrevistas ‘Estou aqui’ não tem desculpas, é porque tem ideias e sabe o que quer para o Sporting. Em relação ao cartaz, é tão descabido que não posso acreditar que seja obra de Sportinguistas. Quem monta estas coisas é gato escondido com o rabo de fora. Há uma simbiose de Sportinguistas e benfiquistas em vários grupos de apoio no Facebook, que é mais fácil porque não têm de dar a cara. Devem pensar que somos tolinhos, mas o problema é como existem Sportinguistas que se prestam a servir os nossos rivais. Enquanto estiver no Sporting não há tachos, não há empregos e podem fazer o que quiserem porque o dinheiro do Sporting é para o Sporting. É importante fazer uma análise ao que foi feito e, das 120 medidas – tirando dez que foram redefinidas – temos 100 executadas. E as dez por executar têm a ver com sustentabilidade ambiental e energias limpas mas que, infelizmente, ainda não nos podemos preocupar. Ainda assim, para mim está ainda tudo por fazer. Qualquer pessoa normal que viesse para o Sporting nestes quatro anos quereria equilibrar o Clube; eu não, equilibrei, reestruturei, ganhei, dei força às modalidades, arranquei com o Pavilhão”.

O regresso do ciclismo. “Era nosso objectivo promover o regresso das modalidades históricas. Começámos pelo hóquei em patins e tínhamos no horizonte trazer mais porque apostamos muito forte, em termos de investimento, nas modalidades. O ciclismo era um sonho do Comandante Vicente Moura. Todos sabemos o que se passou com ele e, sinceramente, mesmo estando muito feliz com o contrato com a NOS, o que mais me marcou foi poder dizer-lhe que tínhamos ciclismo e ele dizer-me ‘Vamos vencer’. Está numa situação grave mas consciente e foi das coisas mais emocionantes que vivi ver a alegria nos olhos dele quando lhe mostrei uma foto grande de toda a equipa. Além do orgulho de nos termos associado ao clube mais antigo do Mundo, o CC Tavira, com uma tradição tremenda, temos uma boa equipa, com ambição de vencer e respeitar a tradição do Sporting e do CC Tavira. É nestas coisas que mostramos a nossa dimensão, não somos um clube regional ou de bairro. Somos um Clube de Portugal e verdadeiramente Mundial, porque ninguém pode dizer que tem mais de 300 Núcleos, Filiais e Delegações espalhados pelo Mundo”.

Mensagem de Ano Novo

Por Jornal Sporting
31 Dez, 2015

Mensagem do Presidente do Sporting, Bruno de Carvalho

Sportinguistas:
Não é minha característica olhar para o que foi feito e fazer meros balanços. Mas também sou sensível a que as obrigações de ser Presidente significam proceder a análises em alguns momentos.
Aproveitarei esta mensagem de final de ano para, em poucas palavras, vos fazer sentir o orgulho que temos no que foi feito e a absoluta convicção de que ainda serão melhores os dias que virão .

A obra fala por quem a edifica e será sempre testemunho de uma época: a uns deixará motivos de orgulho, a outros razão para vergonha.
Seria fácil lembrar-vos que éramos um Clube à beira da falência.
Seria cómodo recordar-vos que para alguns seríamos apenas um Clube de futebol que abastardaria o seu legado e desígnio de ecletismo que nos permite ostentar meritoriamente a classificação de Maior Potência Desportiva Nacional.
Seria demagógica a evocação das vozes agoirentas que preconizavam a impossibilidade de convivência entre saúde financeira e sucesso desportivo.
Não me resigno ao que foi feito porque sonho sempre mais e melhor para o meu, para o NOSSO Sporting Clube de Portugal. E o melhor está sempre para vir!

Dita o calendário que entremos num novo ano.
E , também, um ano cheio de significado por razões históricas.
2016 será, desde logo, o ano em que celebraremos o 110.º aniversário do Clube, o ponto alto da III Gala Honoris Sporting.
Passarão em 2016, os 60 anos sobre o nascimento dos ‘Cinco Violinos’ e a inauguração do lendário Estádio José Alvalade, meio século sobre a epopeia dos Magriços no Mundial de Inglaterra, 40 anos sobre a medalha de prata de Carlos Lopes nas Olimpíadas (a primeira medalha olímpica do atletismo português) no mesmo ano em que o nosso grande atleta se sagrou Campeão do Mundo de Corta-Mato.
E, para os que não gostam de perder uma picardia com um rival, passarão 30 anos sobre um célebre jogo em Alvalade em que derrotámos o adversário por 7-1.
Estas são as efemérides com lugar no calendário e no coração de mais de 3.500.000 adeptos que, em Portugal, as viverão intensamente.

Mas queremos mais! E vamos ter mais: queremos fazer de 2016 um ano ímpar!
O nosso ciclismo vai regressar às estradas e transportar nas nossas camisolas o Sporting até ao seu terreno natural: todo o País de lés a lés num tributo merecido a todos os adeptos do Clube que leva Portugal no seu nome.
Os Jogos Olímpicos abrirão as suas portas à representação do nosso País pelos atletas do mais eclético Clube nacional, aquele com mais medalhas olímpicas conquistadas e o primeiro a trazer para Portugal o ouro.
O nosso Pavilhão continuará a crescer ao longo do ano em que se iniciará a época desportiva que trará as modalidades de volta a nossa casa.
O nosso maior património, os Sócios, vai continuar o apoio entusiástico com que vêm brindando a nossa equipa de futebol sénior em enchentes sucessivas em Alvalade e numa Onda Verde que há muito não se via e percorre todo o País.

Há dois anos e meio entreguei-vos promessas. Dois anos depois elas aí estão cumpridas.
Agora devolvo-vos o sonho! Ele é a riqueza de que se alimenta a nossa intensa Paixão!
Juntos, inquestionavelmente juntos, vamos fazer de 2016 o ano que nunca esqueceremos.
Que o vivam com saúde, com prosperidade, com Amor e sempre, SEMPRE, com o Sporting Clube de Portugal no coração.
Não existam mais dúvidas: 2016 será o ano do Grande Sporting Clube de Portugal!!

Por fim quero referir que hoje pretendo deixar bem claro que muito do que foi conquistado se deve aos Corpos Sociais do Clube e da SAD , aos seus funcionários, aos nossos Núcleos , às claques e adeptos em muitos pontos de Portugal e do Mundo e, acima de tudo, aos nosso Sócios .
A eles quero expressar a minha maior gratidão.

Desejo um óptimo ano de 2016 para todos os Sportinguistas.
Desejo também para todos os verdadeiros adeptos do Futebol.
Tenho a convicção plena de que todos estes percebem, cada vez mais, o empenho do Sporting Clube de Portugal em mudar o futebol .
Saibam as várias estruturas do futebol português usufruir da dinâmica e iniciativa deste novo Sporting Clube de Portugal.

Bom ano.
Obrigado por tudo.

Bruno de Carvalho

"O dinheiro da NOS não vai para bancos ou comissões"

Por Jornal Sporting
31 Dez, 2015

Excertos da entrevista de Bruno de Carvalho ao jornal 'Expresso'

Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting Clube de Portugal e da Sporting SAD, concedeu hoje uma entrevista ao semanário ‘Expresso’ a propósito dos recentes acordos com NOS e PPTV com contrapartidas financeiras globais para os ‘leões’ de 515 milhões de euros. “Nunca tinha visto o Sporting fazer um negócio a este nível, de patrocínios e direitos televisivos, melhor do que os rivais”, destaca.

“Para o Sporting era importante perceber como se iriam posicionar Benfica e FC Porto. As conversações existiam mas há que esperar sempre pelo momento certo, sem pressas. Se beneficiou por ter sido o terceiro? É como olhar se o mérito é de quem marcou mais golos ou o demérito de quem os sofreu. A minha estratégia foi esperar para ver o que acontecia nos rivais e, a partir daí, fazer valer a dimensão do Sporting. Há clubes que querem fazer as coisas de forma apressada, ou porque têm estratégias específicas ou porque têm eleições, dívidas de dezenas largas ou mesmo centenas para pagar. O Sporting fez o seu negócio: o maior negócio de sempre do futebol português”, refere na fase inicial da conversa a propósito dos ‘timings’ e estratégia de concretização.

“Havia uma história que se contava, dos seis milhões que depois eram 14, mais a capa do jornal em que o País era vermelho e o resto do Mundo azul, como se o Sporting, que é verde e os marcianos são verdes, só tivesse adeptos em Marte. O mercado reconhece a grandeza, credibilidade e solidez do projecto do Sporting”, acrescenta, antes de salientar que, por questões de confidencialidade, não se pode revelar as parcelas do negócio. “Quando discriminamos o contrato é porque temos esta maneira de ser e de estar. O comunicado deixou isto bem claro: o Sporting vendeu a publicidade de primeira linha e na camisola, direitos televisivos e a exclusividade do seu canal a partir de 1 de Julho de 2017”, explica.

“Este dinheiro é ‘cash’, agora vamos esperar para ver os relatórios e contas dos outros para se perceber qual a diferença entre os contratos. O dinheiro vai estar todo disponível para o Sporting, não vai para bancos ou comissões, que também são custos associados às receitas. O Sporting não está obrigado a destinar verbas para os bancos por causa deste contrato. Se foi proposto algum negócio ao Sporting que incluísse esse tipo de pagamentos? Em termos de banca, não; em termos de comissões, sim”, complementa.

De seguida, no seguimento de uma pergunta sobre os canais para a canalização de verbas, Bruno de Carvalho fala de outras temáticas do Clube e da SAD. “Ainda não aconteceu nada no caso Doyen, a não ser uma primeira decisão do Tribunal Arbitral do Desporto. Estamos a trabalhar no recurso e não temos dúvida de que no mínimo há situações previstas na lei cível e na lei desportiva que tiram validade ao contrato da Doyen. Quanto à não entrada na Liga dos Campeões, foi um revés mas com este contrato acho que resolvemos alguns problemas”, advoga, prosseguindo: “Processo tudo? Já cumprimos vários contratos hediondos. Não eram nulos nem anuláveis, só péssimos negócios. Quando entrámos havia cerca de 21 milhões de euros de assuntos considerados na reestruturação financeira como contingências. O Sporting teria de arranjar verbas pelos seus meios para os pagar. Dessas, até agora, sem custo nenhum para o Sporting, já foram resolvidos 19 milhões. Isto significa que o Sporting pela primeira vez está a dar lucro, está a pagar as suas dívidas aos bancos, está a amortizar capital em dívida e consegue ainda resolver 21 milhões de problemas herdados”.

O Presidente ‘leonino’ aborda ainda a questão da centralização dos direitos televisivos e a posição de Pedro Proença, presidente da Liga, a esse propósito. “O Sporting era a favor da centralização e fomos os primeiros a falar nisto, mas a partir do momento em que um dos clubes que faz parte da presidência da Liga avança para outro lado e fura o acordo, o Sporting tinha de ir para o mercado. Pedro Proença? Quando um clube lhe puxa o tapete, depois de assinar um contrato vai fazer o contrário, e ele vem dar os parabéns porque é um bom sinal para o futebol português... Deixa de haver compromisso. O Pedro errou e muito”, analisa, antes de admitir que em casa já tinha antes... NOS.

Por fim, e mais sobre o presente e futuro do Sporting, Bruno de Carvalho enumera muitos dos pontos vitais que foram conseguidos mas ressalva: “Quero fazer melhor, melhor, melhor...”. “O Sporting precisa de ousadia e coragem. Costuma dizer-se que a sorte protege os audazes e que a sorte dá muito trabalho. Ora, como trabalhamos muito, temos sorte, e temos sorte porque somos audazes. No futebol, já tinha dito que não sairia ninguém que o Sporting não quisesse. Temos o melhor treinador, o plantel é considerado como o mais valioso, o Pavilhão está em crescimento, voltou uma modalidade histórica como hóquei que ganhou logo uma taça europeia no regresso, volta agora o ciclismo para honrar a memória do Joaquim Agostinho... o que é que quer que se faça mais? Mas tendo em conta a Onda Verde que se criou, a alegria que se vê nos olhos dos Sportinguistas, a fé e a crença que se sente, estaria a ser hipócrita se não dissesse que seria uma grande desilusão não ser campeão”, frisa.

“O Sporting-FC Porto é um jogo muito importante. São duas excelentes equipas e estamos a falar de um jogo que pode mudar ou sedimentar posições no Campeonato. Tem esses dois picantes, mas muitas vezes os Campeonatos ganham-se e perdem-se nos outros jogos. E é nisso que a equipa tem de estar focada”, conclui a propósito do clássico do próximo sábado no Estádio José Alvalade.

Comunicado

Por Jornal Sporting
28 Dez, 2015

Comunicado do Presidente do Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal

No momento em que os mais variados responsáveis do Sporting Clube de Portugal vieram a público realçar a importância da unidade de todos os Sportinguistas em torno do projeto comum para se atingirem os principais objetivos definidos para esta época, e em vésperas de mais um jogo de enorme relevância, o associado Rui Barreiro volta a aparecer, em público, a procurar desestabilizar o nosso Clube com críticas, tornando clara a sobreposição dos seus interesses pessoais aos superiores interesses do Sporting Clube de Portugal.

É, de facto, um período de grande unidade aquele em que vivemos mas foi sempre claro que, por poucos que sejam, nunca deixarão de existir um conjunto de "sportinguistas" que recordam, aparentemente com saudade, um Sporting Clube de Portugal falido, conformado, apático, derrotado e abatido que, ainda assim, era o seu garante financeiro e social e de muitas outras famílias.

Nunca, com esta Direção, no Sporting Clube de Portugal se esconderá ou procurará calar o som de uma voz díspar, mesmo que muito isolada, pois prezamos o direito à opinião e a que a mesma seja ouvida.

E assim o será, novamente, apesar do lamento de que sejam sempre escolhidos, com rigor calculista, os momentos de suposta dificuldade do Clube que, aparentemente, dão alento a estes detractores.

O mesmo já havia acontecido em vésperas do ultimo Sporting Clube de Portugal-Benfica para a Taça de Portugal, em que aquele dirigente, assumindo a posição dos nossos rivais e um papel claro de "testa de ferro" de críticos que não se conformam com o rumo de credibilidade, confiança e espírito ganhador da nossa equipa, surgiu a dar voz a questões que nunca colocou nos órgãos próprios do nosso Clube, onde até hoje, assim como os que o acompanham na sombra, quase sempre estiveram ausentes.

Mas, nesta altura, em que se deveria celebrar uma das características mais marcantes do ADN Sportinguista que é a coesão para enfrentar as adversidades, o dito associado volta a não encontrar melhor programa para servir a sua agenda que não seja dar um passo para o lado e chamar sobre si as atenções sugerindo que o Clube deveria convocar uma Assembleia Geral.

Uma Assembleia Geral como a de 17 de Janeiro de 2015 a que o associado em causa não estando ou não expressando a sua posição, assim como quem o acompanha sem dar a cara, como são seus hábitos e costumes e na qual, por iniciativa da actual Direção, foram debatidos com os Sócios assuntos com a maior  relevância , relacionados com os fundos, o "caso" Doyen, as relações com os empresários, a empreitada do Pavilhão etc, numa reunião marcada pela enorme afluência de Sócios e pelo apoio esmagador às decisões da Direção em todos estes temas. Relembramos que na referida Assembleia Geral todos estes temas foram detalhadamente apresentados explicando a razão de cada decisão, as suas virtudes e eventuais consequências.

É tradição cultural do Sporting Clube de Portugal, retomada por esta Direção, promover a livre discussão e exposição das mais diversas opiniões: é delas, da honestidade com que são apresentadas e da deliberação que sobre as mesmas os Sócios tomem que se faz o caminho da Maior Potência Desportiva Nacional.

Foi nesse sentido, que todas as principais decisões que têm estado em destaque sobre a vida do Clube, desde as diferentes medidas que possibilitaram a reconhecida recuperação financeira e desportiva realizada ao longo destes últimos dois anos, todas estas matérias, foram amplamente discutidas, analisadas e aprovadas pelos órgãos próprios do Clube, sendo curioso que na altura e perante os Associados não fossem postas em causa essas decisões.

Só que nunca esta Direcção se furtou ao diálogo ou se esquivou ao confronto saudável de opiniões. Se o associado Rui Barreiro frequentasse as Assembleias Gerais do Clube ou se fizesse ouvir a sua voz no Conselho Leonino talvez muitas das questões que coloca com tão ousada galhardia na comunicação social já tivessem tido resposta no local certo. Mas apesar, e repete-se, de todas as questões levantadas já terem sido objeto de discussão e análise em anteriores reuniões, entende mesmo assim a Direção do Sporting Clube de Portugal, optando por não fugir dos assuntos, nem obrigar os associados a recolher assinaturas e dinheiro para se fazerem ouvir, decidir:

1 - Solicitar de imediato ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, que convoque para o próximo mês de Janeiro uma Assembleia Geral para abordar todos estes temas e outros de interesse para o Clube, convidando expressamente o associado Rui Barreiro a estar presente, para, de acordo com os estatutos, poder apresentar e discutir as questões que até ao momento só tem lamentavelmente levantado junto dos Órgãos de Comunicação Social;

2 - Solicitar ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral que nessa Assembleia Geral seja devidamente acautelada a reserva de tempo tida como necessária pelo associado Rui Barreiro, para que apresente detalhadamente as suas críticas, análises, ideias e propostas concretas, libertando o mesmo associado do constrangimento inerente às habituais intervenções de apenas três minutos por Sócio, concedendo-lhe o tempo que este julgue conveniente.

Por último, e fazendo novamente um convite que tem sido habitual antes de todas as Assembleias Gerais mas infelizmente nunca acedido pelos seus destinatários, esperamos que seja esta Assembleia Geral aproveitada por aqueles que comunguem dos propósitos do associado Rui Barreiro para estarem presentes, darem a cara e fazerem ouvir a sua voz no local próprio. É altura de passar de reuniões em cafés/restaurantes, de comícios privados e de páginas de Facebook ou blogues, para darem a cara perante os Associados, deixando de utilizar meros "testas de ferro", podendo os mesmos finalmente conhecer as pessoas e as suas ideias.

Lisboa, 28 de Dezembro de 2015

Bruno de Carvalho, Presidente do Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal

Dar festival na bancada, na Academia e ao almoço

Por Jornal Sporting
12 Dez, 2015

Directivo Ultras XXI reuniram-se em Alcochete para o convívio de Natal

A Academia do Sporting viveu hoje uma manhã diferente: o sossego do campo deu lugar aos cânticos de apoio que são entoados no topo sul de Alvalade em dia de jogo. Depois do apoio dado frente ao Besiktas, bastante elogiado pelo treinador Jorge Jesus, os membros da claque organizada Directivo Ultras XXI reuniram-se este sábado no quartel-general dos 'leões' para assinalar a quadra natalícia com um dia marcado pela actividade desportiva e por um almoço convívio. A manhã foi preenchida de uma forma bastante eclética, à semelhança do Clube, e os mais de 150 membros do grupo organizado puderam usufruir de várias actividades como hóquei em campo, basquetebol e uma demonstração de kickboxing. Contudo, todas as atenções estavam focadas no torneio de futebol de sete, a ser disputado por quatro equipas. 

O final da manhã foi marcado pela presença de Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting Clube de Portugal. Sempre disponível para mais uma fotografia ou mais autógrafo, o líder ‘leonino’ surpreendeu tudo e todos ao disputar uma série de ‘penalties’ contra Gabi, o líder da claque ‘verde e branca’. Casaco despido, mangas da camisa arregaçadas, pé direito na bola e golo perante um coro de palmas de todos os que assistiam. Descontraído, o Presidente não hesitou em 'dar uns toques' com quem lhe passasse a bola.

Em conversa com o Jornal Sporting, Bruno de Carvalho reconheceu a importância que as claques têm tido na caminhada bem sucedida desta temporada e deixou um tributo à sua presença nos locais onde o Sporting vai jogar. “As claques organizadas do Sporting têm sido uma força muito importante para aquele que tem sido o trajecto que o Clube tem feito. Têm sido absolutamente preponderantes, o nosso verdadeiro 12.º jogador. São eles que nos fazem superar e conseguir aquelas vitórias que muitas vezes são apelidadas de 'estrelinha de campeão’ e que eu vejo como de trabalho e superação, que chega das bancadas. Estes convívios são o nosso tributo a essa paixão ardente que demonstram em cada jogo e que estão ao lado das equipas em todo o tempo e isso é muito importante para conquistar títulos, seja em que modalidade for”, comentou o Presidente do Clube.

No final do almoço, Gabi , líder do Directivo Ultras XXI, deixou a promessa de um apoio incondicional à equipa e ainda um obrigado ao ‘líder’ Jorge Jesus pelas palavras sobre o ambiente em Alvalade no último jogo frente ao Besiktas. “Somos uma claque em crescimento e queremos dar sempre festival para apoiar a nossa equipa do primeiro ao último minuto. O mais importante é que os jogadores saibam que podem contar com a nossa força e que queremos estar lá sempre para apoiá-los, nas vitórias ou nas derrotas. E queremos agradecer as palavras do mister Jesus, ele é o nosso líder e nós estamos aqui para ajudá-los”, salientou antes de deixar um último desejo para 2016: “Queremos ser campeões”.

Presidente confraterniza com Sócia número 5 do Clube

Por Jornal Sporting
09 Dez, 2015

Bruno de Carvalho visitou Maria de Lourdes Borges de Castro

Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting, visitou hoje a Associada mais antiga do Clube, Maria de Lourdes Borges de Castro, Sócia número 5 dos ‘leões’ que se filiou em 1923, numa altura onde o futebol ‘verde e branco’ vencia pela primeira vez o Campeonato de Portugal e de Lisboa na mesma temporada e o atletismo já ganhava Campeonatos Colectivos, de salto e de estafetas, entre vários recordes nacionais batidos.

O líder ‘leonino’ aproveitou para trocar impressões e recordar histórias com a sobrinha de um dos Sócios fundadores do Clube e filha de um dos seus primeiros Associados. De salientar que, por exemplo, Maria de Lourdes Borges de Castro tem o recorde da pessoa mais idosa a fazer um salto tandem em paraquedismo, em 2010, em Proença-a-Nova, com a bandeira do seu Sporting.

De referir que Maria de Lourdes Borges de Castro, a Sócia mais antiga de qualquer Clube no País que tem há muitos anos coluna semanal no Jornal Sporting, já foi galardoada com o Prémio Stromp, o Leão de Ouro, o Rugido de Leão e o Leão de Ouro com Palma, entre muitas outras distinções. Um verdadeiro exemplo do que é ser Sporting que inspira miúdos e graúdos para defender o lema do Clube.

Quo Vadis, futebol?

Por Jornal Sporting
10 Dez, 2015

Leia ou releia artigo de opinião de Bruno de Carvalho no Jornal Sporting

Depois de uma semana entre Moscovo e Pequim, volto a Portugal para ver um País com um novo Governo, novas expectativas, novos anseios e novas incertezas. Afinal, a vida é feita de mudança e evolução.

Depois de refeita a minha ‘curiosidade social’, dei uma espreitadela ao nosso futebol. E, confesso sem grande espanto, tudo na mesma. Nada se altera, nada evolui, nada se integra, nada se conjuga. A mesma lengalenga de sempre. E ninguém diz nada, somos supérfluos de conteúdos e parcos de palavras. Vive-se num clima de ‘terror’. Uns porque querem ser tão populares que cometem o pecado da uniformização de respostas, quer se faça bem ou mal. Outros porque decidem colocar processos, a torto e a direito, para tentar desesperadamente silenciar quem os incomoda.

Alguns exemplos do nosso futebol:

Chego a Portugal e sou brindado com uma carta do Tribunal onde o Benfica, num processo sem qualquer interesse, de um ‘merchandising’ que nunca vi, alarga o espectro dos visados a mim. A estratégia agora passa por qualquer processo que o Benfica levanta ao Sporting me colocar, a mim, enquanto cidadão em causa (com a desculpa de ser Presidente do Sporting Clube de Portugal) a fim de me tentar condicionar na vida profissional e pessoal. Maior baixeza apenas tenho visto em animais rastejantes. Mas isso é feito com requintes muito próprios: em vez de me fazerem notificar no domicílio profissional, colocam em documentos que serão públicos a minha morada familiar, o que acredito ser a primeira vez que é feito na história do futebol.

Sou confrontado com processos contra “tudo o que mexe” no Sporting: eu, Jorge Jesus, Octávio Machado, Jaime Marta Soares... enfim, quem comete o ‘delito’ de se referir ao Benfica leva com um processo jurídico. Mas estes processos têm claramente duas finalidades:

a) Tentar escamotear o caso da caixa e dos vouchers, o não cumprimento do artigo 62.º do Regulamento Disciplinar e a respectiva condenação prevista que é a descida de divisão, com a criação de ruído e barulho para que a opinião pública ache que, também o SCP, corre algum perigo de penalização similar. Esta chama-se a táctica da contra-informação: fazer muito barulho para que as pessoas deixem de se focar no essencial e comecem a ficar apenas com os famosos ‘soundbites’;

b) Com tantos processos em tribunal, fica claro que a grande luta do Benfica de conquista do ‘tri’ se fica numa estratégia de conquista do ‘tri-bunal’. Como diz o povo “quem não tem cão, caça com gato”.

A estratégia assumida pelos clubes sobre os direitos televisivos foi pública: centralização dos mesmos. Já com esta Direcção da Liga, todos os seus membros votaram a favor do ‘business plan’ que previa essa mesma centralização. O Benfica foi um dos que votou a favor desse plano. Agora faz mais um ‘negócio do século’ e renega  toda a estratégia por si próprio votada colocando o futebol português em causa – e não falo do Sporting, pois tem contrato até 2018, o que significa que estamos serenos. Coloca em causa os médios e pequenos clubes e traça um destino de quase fatalidade para a 2.ª Liga.
A Direcção da Liga faz um comunicado ambíguo “a bem da estabilidade do futebol português” e guarda uma posição para depois da sua reunião da próxima semana. Coincidentemente, ou não, o Benfica promete explicações do negócio em conferência na mesma data.


Fico feliz de ver o futebol tão ‘alinhado’, mas fico com uma curiosidade: depois dos comunicados à CMVM da NOS e do Benfica, o que existe para explicar? Será que, afinal, esses comunicados omitiam informação relevante ao mercado, situação gravíssima, ou teremos aqui mais um compasso de espera para alinhar posições e discursos? Vamos todos ser brindados com uma conferência de “somos 14 milhões, por isso todos nos querem” ou virão com a teoria dos bastidores que são apenas 25 milhões de euros pelos direitos televisivos e 15 milhões pelo exclusivo da BTV? Ou teremos uma terceira via de dizer que o comunicado não estava certo e existiam outros ‘activos’ envolvidos? Confesso que a curiosidade mórbida me leva a querer ver o próximo episódio. Ao estilo de novela mexicana, acho que a próxima semana vai ser recheada de ‘flique-flaques’ e cambalhotas mortais.

Por fim, Rui Vitória adoptou um discurso que termina sempre nos árbitros: os erros, tem de lhes ser dito que erram, estão sempre a errar, erram muito. Agora o Benfica incumbiu o seu treinador da tarefa de pressionar a arbitragem. Não chegava ter de treinar uma equipa que está em processo de conhecimento do seu novo treinador e suas metodologias, e integração de novos jogadores... dar-lhe, em acumulação, esta tarefa de pressão contínua é, na minha opinião, contraproducente. Ficam desde já novamente convidados os dirigentes do Benfica a assinar a nossa proposta de vídeo-
-árbitro e começarmos em conjunto a lutar pela implementação da mesma. Assim, em vez de andarmos a lamentar constantemente, seremos pró-activos. Mas acrescento hoje um novo convite: falemos em conjunto, e de forma pública, demonstrando a capacidade de elevação e de ‘fair-play’ do futebol português num evento onde analisaremos ao pormenor a arbitragem e, já agora, as exibições em cada jogo desta época dos dois clubes, estando este convite alargado a mais clubes que o queiram fazer. Assim, todos demonstrarão que não se fala só por falar, que a linguagem não é utilizada para pressionar, mas que todos apenas queremos mostrar os factos verdadeiros e contribuir para um futebol melhor.

Depois desta minha análise a uma semana fora de Portugal, vamos para a Madeira e venha de lá esse futebol, o bonito, o atractivo, o que mexe com os corações de milhões de pessoas, aquele que até ao momento lideramos!

Bruno de Carvalho

Lisboa, 4 de Dezembro de 2015

Não há volta a dar: é para ganhar tudo!

Por Jornal Sporting
03 Dez, 2015

Leia mais no Jornal Sporting sobre o regresso do ciclismo do Sporting

“Em jovem via Voltas a Portugal em bicicleta com as camisolas do Sporting. O ciclismo pode ser a grande atracção de massas que o Clube precisa. Temos milhões de adeptos e muitos deles vivem afastados da grande Lisboa, não sendo viável verem a sua camisola ‘verde e branca’. A passagem dos corredores ao pé de casa é algo irresistível e o que nós queremos é que as camisolas do Sporting andem pelas estradas do País porque estamos a falar de um fenómeno de massas. É uma modalidade que está na memória de todos os Sportinguistas e faz parte da história do Clube”, já tinha referido em entrevista Vicente Moura, vice-presidente para as modalidades.

A primeira grande vitória do ciclismo ‘leonino’ já tem mais de 100 anos, quando Laranjeira Guerra ganhou o II Porto-Lisboa, mas teve continuidade durante décadas e décadas com pontos altos como a vitória de Paulo Ferreira numa etapa do Tour em 1984 ou os 13 triunfos colectivos e nove individuais alcançados na Volta a Portugal em bicicleta entre muitos outros títulos (cerca de 150). Em 1987, tudo acabou; em 2009 houve uma tentativa de projecto; muito em breve será uma realidade – o ciclismo vai regressar ao Sporting como modalidade oficial do Clube, tendo Jorge Mendes como coordenador e Nuno Ribeiro, antigo vencedor da Volta, no comando técnico de uma equipa que parte com ambições altas.

"Encontrámos um parceiro que fez com que fosse possível voltar às estradas. Estamos a dar passos seguros, com a premissa de ser auto-suficiente directamente ou através de sponsors, o que foi feito. Ainda nos recordamos do Benfica, que depois não foi capaz de aguentar e acabou mal, e por isso a nossa perspectiva para já são três anos. Gostava que o Sporting pudesse chegar a Paris nesta modalidade que, a seguir ao futebol, é a mais popular do País", comentou Vicente Moura na assinatura do acordo.

"Era um grande sonho dos Sportinguistas e desta Direcção. É uma modalidade que já nos deu 150 títulos e nos projectou pelo Mundo. Vai poder aumentar a grande Onda Verde pelo País, com o objectivo de vencer todas as provas nacionais. Ao mesmo tempo, vai aproximar o Clube dos Sportinguistas em qualquer lado. Estamos a recuperar modalidades com grande tradição, o que é bom pelo sentimento de pertença e pelo orgulho", salientou o Presidente do Clube, Bruno de Carvalho.

"É um projecto que será muito importante para a modalidade. Temos de defender a camisola do Sporting e entrar em todas as provas com o objectivo de ganhar. Será uma notícia que vai causar grande impacto. Na Volta a Portugal, também pelo facto de sermos a equipa que ganhou o ano passado, seremos o alvo a abater mas queremos vencer!", rematou Nuno Ribeiro, director desportivo do ciclismo 'verde e branco'.

Leia mais sobre o ciclismo do Sporting e o seu regresso nesta edição do Jornal Sporting, que já se encontra nas bancas.

O problema grave das leis feitas à medida de clubes

Por Jornal Sporting
20 Nov, 2015

Resumo e análise do programa 'A Hora do Presidente' na Sporting TV

Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting, marcou ontem presença no Canal do Clube para mais um ‘A Hora do Presidente’. Ao longo de pouco menos de uma hora, o líder ‘leonino’ abordou diversos temas do quotidiano ‘verde e branco’ e nacional, lançando também o ‘derby’ que se jogaria no sábado – e cujo efeito foi significativo, como se percebeu na atitude confiante, séria e humilde que a equipa teve ao longo dos 120 minutos frente ao Benfica, que culminaram com a passagem à quinta eliminatória da Taça de Portugal através da terceira vitória noutros tantos jogos esta época com o rival.

Num dos pontos altos da conversa com Nuno Graça Dias, director da Sporting TV, Bruno de Carvalho denunciou a existência de ‘lobbies’ do futebol na política, recordando o extenso conjunto de propostas para a melhoria da modalidade no País que acabaram por cair no esquecimento com o tempo.

“Continuam a ver-se leis feitas à medida de clubes. Por muito que isto me custe, existe muita promiscuidade entre a política e o futebol. Vêem-se situações absurdas de favorecimentos de clubes a vários níveis e processos, o que é inenarrável. Percebe-se que o Sporting, não estando de acordo com a criação do seu próprio ‘lobby’, devia ter denunciado tudo isso na altura certa, quando os outros começaram a criá-lo, porque agora é muito mais difícil – já existem, estão feitos. Vêem-se casos arquivados que são uma verdadeira vergonha. Falta uma visão estratégica correcta por parte dos governos. Ou melhor, há uma estratégia mas não a correcta – a de servir de fato à medida para alguns clubes”, analisou o líder ‘leonino’. “É a tal história do ‘somos seis milhões’, ‘somos 14 milhões’... A política faz-se por eleições e quem vota são as pessoas. Se fosse político, que não sou nem nunca serei, se estiver alinhado que me pode dar 14 milhões de votos, por que me vou preocupar com um coitadinho? Isso são mentiras que se entranham e que acabam por reflectir-se depois nos patrocínios ou na negociação dos direitos televisivos, situações que envolvem muito dinheiro em cima da mesa. As pessoas são de facto promíscuas. Por um lado, vão fazendo as leis à medida; por outros, têm medo de criar leis. As coisas funcionam assim entre política e desporto. É a promiscuidade total! Mas se depois falarmos com as pessoas, não existe ligação absolutamente nenhuma a não ser nas tribunas e nos jogos grandes. O Sporting tem de ser campeão para começar a inverter o raciocínio dos seis milhões que está de facto entranhado. O Benfica tem-se vendido muito bem ao longo dos anos mas depois na prática vemos que, por exemplo, estamos a 10/15 mil Sócios deles. Ainda assim, não confundo reconhecimento e adeptos porque, se o fizéssemos, éramos de longe o maior Clube do Mundo. Os estudos apresentados pela imprensa não têm substância, subsistência nem interesse mas é um facto: uma mentira contada muitas vezes tem tendência a tornar-se verdade”, completou a propósito dos mitos criados durante anos.

Em paralelo, Bruno de Carvalho recordou também o processo das ofertas do Benfica a árbitros, delegados e observadores que entronca também na lógica de raciocínio sobre a relevância e a grandeza de Peyroteo – por muito que se queira passar ao lado, o Clube não irá deixar que tal aconteça. “Tenho pena que o futebol português continue a aproveitar-se de subterfúgios para ganhar tempo e não tomar decisões. O tempo apenas serviu para harmonizar posições. Os responsáveis deveriam dizer se está certo ou se está errado, se é assim que deve ou não funcionar, caso contrário andamos aqui no jogo do empurra que não é saudável. É estranho que o árbitro escrever ou não se recebeu ofertas tenha alguma coisa a ver com o cumprimento ou não dos regulamentos; é estranho que se fale se no ‘voucher’ tem escrito ou não refeições quando toda a gente já confirmou que são refeições; é estranho que seja tema se os ‘vouchers’ são dados antes ou depois dos jogos apenas porque falei nisso. O que está em causa é uma série de situações que advêm da falta de coragem para tomar decisões. Em Itália também não era fácil tomarem-se decisões mas elas foram tomadas e com uma equipa como a Juventus. Vou esperar calmamente pela decisão mas a justiça não encerra aqui nem vou ficar calado porque as regras são para cumprir e não vou assistir a mais um dolo sem intenção”, destacou. “Peyroteo tem sido esquecido pela Federação, pela FIFA e pela UEFA. Para nós fazia sentido fazer uma homenagem num jogo grande, porque é justa, mas também chamar a atenção destas entidades. A história não consegue ser apagada”, acrescentou.

Por fim, e destacando que o Sporting chegará ao final da temporada com uma estrutura financeira saudável, o Presidente do Clube admitiu que “a não entrada na Champions foi um revés grande”. “Não há dúvida que estamos curtos desse dinheiro mas os Sportinguistas podem estar calmos. Estamos cá para resolver os problemas, como temos feito”, assegurou antes de abordar também a próxima janela de mercado, que abre a 1 de Janeiro de 2016 : “Dentro do que é a normalidade do plano que foi traçado, faremos o que for necessário para cumprirmos os objectivos. Com calma e discernimento, vamos aproveitando as oportunidades que forem surgindo. O Sporting já está a mexer no mercado de Inverno mas não estamos interessados nos 50 jogadores que já se falaram nem nenhum alvo foi desviado – temos esses jogadores identificados e já mais do que tratados para aquilo que é a nossa realidade e para aquilo que queremos fazer”.

Escolas Academia Sporting chegam à China

Por Jornal Sporting
16 Nov, 2015

Parceria com a ECADInt vai permitir a construcção de dez Escolas Academia Sporting em território chinês

Depois de Canadá e África do Sul, segue-se a República Popular da China. O Sporting continua a colocar o seu nome nos mais diversos pontos do mapa e a expandir-se pelo Mundo, desta feita, através de uma parceria com a ECADInt, empresa do ramo imobiliário com sede em Shanghai, que irá permitir a construcção de dez Escolas Academia Sporting naquele que é o país mais populoso do Mundo.

A parceria foi assinada e oficializada esta manhã, no Estádio José Alvalade, e é de grande importância para o Sporting já que demonstra a dimensão do Clube no panorama internacional e permite aos ‘leões’ consolidarem e expandirem a sua marca no mercado desportivo global. “É um dia importante para nós e o início de semana de que gostamos pela demonstração da dimensão real do valor do Clube e pela confirmação clara de que o Mundo entende a mais-valia e a grandeza do Sporting, assim como o quão atraente é a nível internacional. Somos um Clube de nível mundial, dos que tem mais Sócios e adeptos espalhados por todo o lado e isso é fruto do trabalho de expansão que tem sido feito. Na Ásia, o primeiro passo está dado já no coração da China”, referiu Bruno de Carvalho, continuando: “Tem sido um trabalho constante de expansão da marca Sporting fora de portas, para o qual contribui a construcção das Escolas Academia Sporting na China e o fechar deste acordo com a ECADInt. É muito importante esta ligação entre os dois países. A China está em desenvolvimento no futebol com uma aposta muito forte feita pelo seu governo e o Sporting é um parceiro estratégico para formar bons jogadores locais para juntar aos de renome que já se encontram a jogar naquele país”.

Os Bolas de Ouro Cristiano Ronaldo e Luís Figo, assim como tantos outros atletas saídos da formação ‘leonina’ são uma das bandeiras do Clube e, enquanto funcionam como fruto do bom trabalho desenvolvido em Alvalade, acabam por abrir as portas necessárias para que a tradição da boa escola ‘verde e branca’ se prolongue, mantendo assim a bandeira hasteada.

“A cooperação entre empreses portuguesas e chinesas tem aumentado e o futebol português é muito relevante. As Escolas Academias Sporting são muito boas e os produtos que de lá saíram são muito conhecidos pela sua qualidade. Jogadores como o Cristiano Ronaldo e o Luís Figo são muito famosos na China e muitos outros atletas formados no Sporting, exemplos do William Carvalho, do Nani ou do Ricardo Quaresma, são muito elogiados. Esta parceria deixa o futebol chinês com boas perspectivas de futuro”, explicou Xu Weili, Cônsul da China, corroborada por Lin Han, presidente da ECADInt Portugal: “Quisemos juntar a vontade de desenvolver o desporto que existe na China ao conhecimento do Sporting. O investimento monetário ajuda a desenvolver o futebol no nosso país, mas só o conhecimento e o talento deste Clube os pode tornar brilhantes”, disse.

O Presidente Bruno de Carvalho, que aproveitará a deslocação a Moscovo para a Liga Europa (26 de Novembro) para viajar até Pequim, onde irá participar numa cerimónia gémea da que se realizou em Alvalade, explicou ainda uma das diferenças entre as Escolas Academia Sporting e as escolas de formação dos outros clubes espalhadas pelo Mundo, abrindo portas a mais iniciativas com a ECADInt e à recolha de frutos saídos das futuras dez EAS ‘leoninas’ na República Popular da China. “É um acordo cujo foco principal é a construcção das dez Escolas na China mas onde vamos trabalhar para a realização de várias outras iniciativas. A ECADInt é um parceiro de corpo e alma e, ao contrário de outros clubes, o Sporting não cede a marca a ninguém, apenas faz parceiros locais. Isso permite-nos visitar regularmente os espaços que construímos e colocar lá gente. Fazemos um acompanhamento muito próximo das Academias que abrimos fora de portas e isso faz a diferença”, começou por referir, concluindo: “Isto é importante para o desenvolvimento do jogador chinês e estaremos atentos aos jogadores formados nas Academias. Um dos vectores mais importantes é promover e desenvolver jogadores com o nosso ‘know-how’, mas também vamos trabalhar ao nível dos treinadores e dos formadores. Vamos ficar atentos aos frutos que saírem das Escolas Academia Sporting na República Popular da China e estamos abertos ao intercâmbio de jogadores, como já fizemos, por exemplo, com a EAS Toronto”.

“Muitos clubes nacionais e internacionais gostariam de estar aqui sentados a assinar esta parceria. A nossa política é de formação e nisso o Sporting continuará a ser uma das equipas de referência. Esse é o nosso ADN e uma das bandeiras que nos faz ser reconhecidos lá fora porque o Mundo já percebeu a nossa capacidade. É um dia muito importante não só para o Clube como para Portugal porque o Sporting é um dos grandes embaixadores portugueses e vai continuar a sê-lo porque a nossa dimensão assim o permite”, terminou Bruno de Carvalho. 

Páginas

Subscreva RSS - bruno de carvalho