Leões superam FC Porto e garantem primeiro lugar no grupo B (81-71)

No Pavilhão João Rocha, a equipa principal masculina de basquetebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e bateu o FC Porto por 81-71, esta quarta-feira à noite, no jogo da quarta - e penúltima - jornada do grupo B da Taça Hugo dos Santos.

Entre as duas equipas invictas até então, os Leões levaram a melhor no ‘braço de ferro’ com os dragões e asseguraram o primeiro lugar e o apuramento directo para a meia-final deste novo formato da prova – e ainda com um jogo em falta, em casa do SC Lusitânia.

Num clássico ‘tira-teimas’ nesta temporada - o terceiro e sempre em competições diferentes - o factor casa voltou a reinar, depois de o Sporting CP ter vencido no Pavilhão João Rocha para a Liga (83-79) e ter perdido para a Taça de Portugal no Dragão Arena (81-79). Além disso, o ‘filme’ desses últimos embates também se repetiu, com tudo a decidir-se perto do fim, apesar da primeira parte dominadora dos Leões, que tiveram de ressuscitar e superar-se já bem dentro do último período - Eddie Ekiyor, já com um duplo-duplo ao intervalo, rubricou uma exibição monstruosa somando 29 pontos e 19 ressaltos.

Ora, para iniciar o clássico frente a um FC Porto que chegou a Lisboa como líder isolado - à condição - da Liga e vindo de uma derrota na Luz para a Liga (84-78), Pedro Nuno Monteiro, treinador verde e branco, apostou num cinco inicial composto por Eddie Ekiyor, Ron Curry, Marvin Clark Jr, André Cruz e Marcus LoVett. E desde a bola ao ar foi com muita partilha de bola para chegar ao cesto, por dentro e com clarividência, que os Leões contestaram os vários tiros exteriores tentados – e falhados – inicialmente pelos dragões (8-7).

A diferença, no primeiro período, acentuou-se depois quando a turma de Alvalade mostrou toda a sua pontaria nos triplos: primeiro com Ron Curry a abrir as hostilidades, seguido por Diogo Araújo e LoVett, que de forma consecutiva fizeram o 21-13. Ainda assim, no fim dos primeiros dez minutos, pontuados já por algumas quezílias em campo, 23-17 foi o resultado.

Já de volta à acção, a reentrada verde e branca não podia ter sido melhor e depois da qualidade exterior, veio a autoridade em zonas interiores - 34-20 em pontos na área pintada ao intervalo. Com Eddie Ekiyor a impor-se sob as tabelas, contando a seguir com a ajuda também do poste Temidayo Yussuf, o Sporting CP causou estragos e ‘esticou’ novamente a liderança, agora para uma margem de 16 pontos (33-17).

Obrigado a correr atrás do prejuízo para reduzir rapidamente essa diferença, o FC Porto ainda esboçou uma réplica à altura - chegou a ficar apenas a sete pontos - apostando no jogo interior e à boleia de vários lances livres, porém numa excelente sequência de acções, o canadiano Ekiyor, cada vez mais dominador (16 pontos e dez ressaltos ao intervalo), e o recente reforço Marvin Clark Jr voltaram a marcar as distâncias no marcador (43-30) – e as bancadas mostravam o seu agrado.

E foi com esse ímpeto ofensivo e agressividade defensiva que os Leões de Pedro Nuno Monteiro terminaram a primeira parte, multiplicando novamente a vantagem para 15 pontos (51-36). Relativamente à eficácia no ataque, os dragões apenas levavam a melhor sobre o Sporting CP nos lances livres e a diferença nas assistências ao intervalo (13-1) espelhava também o choque de estilos - Ron Curry brilhou na distribuição Leonina com cerca de metade (seis) das assistências.

Contudo, tudo se voltaria a reequilibrar no reatamento. O princípio da segunda parte ficou marcado por uma fase mais errática de parte a parte, mas foram os azuis e brancos a reemergir para aproveitá-la melhor, chegando a meio do período já com seis pontos de desvantagem e aos últimos 30 segundos com apenas quatro (61-57). A liderança verde e branca, ainda assim, não sucumbiu neste terceiro período (parcial penalizador de 12-23), contando principalmente com Ekiyor e Curry a remar contra a maré.

Foi com 63-59 e tudo em aberto que Leões e dragões partiram para os derradeiros dez minutos. Novamente até seria o FC Porto a começar melhor, mas assim que o Sporting CP viu a sua vantagem em risco (64-63) reagiu a tempo e em força.

O Pavilhão João Rocha fez-se ouvir quando a equipa verde e branca mais o precisava e Ekiyor e André Cruz afundaram - literalmente e de forma exclamativa - o marasmo Leonino na segunda parte. Suportados por uma defesa férrea, o possante canadiano ‘voou’ para o cesto de forma consecutiva e André Cruz, a seguir, também se impôs na área pintada, levantando as bancadas cada vez mais vivas (75-63).

De novo no comando, já nada abalou a formação orientada por Pedro Nuno Monteiro, que de forma paciente soube interpretar e gerir os instantes finais, mantendo sempre os dragões à distância no resultado. E para fechar uma exibição individual impressionante, o 81-71 final ficou sentenciado com um ‘póster’ de Eddie Ekiyor.

E vão três vitórias seguidas para os Leões nas competições domésticas, enquanto ao mesmo tempo alargaram o mau momento azul e branco nas provas nacionais, agora com três derrotas consecutivas.

Atingidos os oito pontos e a liderança isolada do grupo B, mantendo a invencibilidade neste novo formato da prova, o Sporting CP já olha para as meias-finais. Na mira está a possibilidade de vencer a Taça Hugo dos Santos pela terceira edição consecutiva.

Agora, após a pausa para compromissos internacionais, o basquetebol verde e branca tem no horizonte o regresso à Liga com a recepção ao CD Póvoa.

Sporting CP: Temidayo Yussuf (8), Eddie Ekiyor (29), Litos Cardoso, Marko Loncovic (2), Diogo Ventura [C] (4), Ron Curry (7), Marvin Clark Jr (6), Salvador Gomes, Diogo Araújo (9), André Cruz (6), Marcus LoVett (10), Denilson Tavares.

Técnico salientou a "atitude de todos na segunda parte"

Após o desaire por 5-3 em casa do FC Porto, Alejandro Domínguez, treinador dos Leões do hóquei em patins, falou aos meios de comunicação do Clube para analisar o desenrolar dos acontecimentos no Dragão Arena.

"Tínhamos trabalhado muito durante a semana para anular o nível de agressividade e de motivação do adversário e aquilo que seria a sua entrada em pista. Não o conseguimos, o FC Porto mentalmente esteve por cima e isso teve impacto no jogo. Perdemos vários duelos, ressaltos e na primeira parte a equipa não esteve ao seu nível", reflectiu inicialmente, antes de destacar a "muito boa reacção" na segunda parte.

"Conseguimos entrar no jogo, embora já com um novo plano tenhamos sofrido o 5-1 numa bola parada. Levámos o jogo para outro nível e soubemos lutar, atacamos mais rápido e com eficácia. Utilizamos ferramentas que não são as tradicionais, porque precisávamos de mudar alguma coisa e valorizo de forma positiva a atitude de todos na segunda parte", sublinhou o treinador Leonino.

De seguida, Alejandro Domínguez abordou aquilo que falou ao intervalo com a equipa, quando o marcador estava em 4-1. "Fizemos uma mudança táctica, mas sobretudo fizemos autocrítica, porque mentalmente não podíamos estar por baixo, independentemente do resultado. Algumas das coisas que nos definem são a coragem e a paixão com que jogamos, isso não pode faltar", atentou, passando a direccionar o foco para os desafios que se seguem.

"Agora temos de pensar nos treinos de segunda e terça, porque quarta e sábado voltamos a jogar. Precisamos de recuperar as boas sensações que tivemos até agora. O campeonato, tal como as outras competições, não permite muitos deslizes como este, por isso temos de reagir e preparar-nos para que não volte a acontecer", realçou o técnico, finalizando: "Estamos a fazer um bom caminho e a equipa está a amadurecer. Temos de voltar às vitórias e vamos fazê-lo".

Diferença de eficácia na primeira parte ditou desaire no clássico (5-3)

A equipa principal de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal visitou, este sábado, o rival FC Porto e perdeu por 5-3 no jogo de cartaz da quinta jornada do Campeonato Nacional.

No Dragão Arena, os Leões de Alejandro Domínguez cedo se viram em desvantagem no marcador e não conseguiram responder à melhor entrada - e eficácia - azul e branca (4-1 ao intervalo) e nem uma reacção melhor na segunda parte evitou a primeira derrota nesta edição do campeonato.

Sem Ferran Font nas opções, Alejandro Domínguez apostou num cinco inicial composto por Ângelo Girão, Gonzalo Romero, Matias Platero, Alessandro Verona e João Souto para entrar em pista no Dragão Arena. Verona, em velocidade, e João Souto, depois, obrigaram Xavi Malián, guardião do FC Porto, a aplicar-se, enquanto Girão fez o mesmo perante as tentativas iniciais de Gonçalo Alves e Hélder Nunes.

Contudo, foi mesmo a equipa da casa a inaugurar o marcador em cima dos cinco minutos, através de uma stickada cruzada de Gonçalo Alves. Além disso, pouco depois, Verona viu um cartão azul e Hélder Nunes levou a melhor sobre Girão na conversão da bola parada para fazer rapidamente o 2-0.

Não foi um começo de feição para os Leões de Alejandro Domínguez, que prontamente pediu um desconto de tempo, introduziu Rafa Bessa em pista e ficou perto de ter impacto imediato: só Xavi Malián se opôs a duas boas situações do reforço verde e branco.

De seguida, foi a vez de o guarda-redes do Sporting CP brilhar com três defesas - um delas com o capacete - praticamente consecutivas. Na resposta, já dentro dos derradeiros dez minutos da primeira parte, Facundo Bridge atirou forte, mas ao lado.

Ritmo elevado, posses divididas e muito equilíbrio no clássico, mas a eficácia inicial marcava as diferenças no marcador – e a tendência manteve-se até perto do intervalo. Depois de Edu Lamas e Roc Pujadas, para o FC Porto, terem ficado perto do golo, Facundo Bridge e Verona - o italiano por duas vezes – também e sem sucesso.

Ainda assim, mais eficazes voltaram a ser os dragões, que apontaram o 3-0 por Ezequiel Mena. A turma de Alvalade esboçou uma reacção a menos de três minutos do fim, quando João Souto mostrou a sua frieza numa bola parada para reduzir a desvantagem Leonina – antes, Romero não conseguiu materializar a décima falta adversária.

No entanto, a resposta azul e branca chegou na mesma moeda e ainda antes do fim da primeira parte, com Gonçalo Alves a fixar o 4-1.

Obrigados a reagir para reentrar na discussão do clássico, os Leões de Alejandro Domínguez até começaram a colocar Malián à prova - a remates de Bridge e Verona -, porém ao FC Porto do espanhol Ricardo Ares bastou aproveitar a décima falta do Sporting CP para voltar a marcar: novamente de bola parada e por Hélder Nunes.

Missão cada vez mais difícil no Dragão Arena, a turma de Alvalade - mais balanceada para o ataque - foi sempre à procura de mais, mas pecando sempre na definição dos lances, enquanto os dragões defendiam juntos e procuravam explorar as transições – Girão foi muito importante nesta fase para aguentar a equipa no jogo.

Já dentro do último quarto de hora, Toni Pérez entrou de rompante por dentro e marcou o 5-2. Seguiu-se um cerco mais intenso à baliza local, onde, no entanto, Xavi Malián continuou a revelar-se um grande obstáculo numa fase de tudo por tudo Leonino.

A dois minutos do fim, João Souto ainda teve no stick uma bola parada - Hélder Nunes viu o cartão azul - para acalentar a esperança verde e branca, mas o guarda-redes portista voltou a levar a melhor. Por fim, aproveitando a superioridade numérica, o Sporting CP ainda conseguiu provocar a 15.º falta do FC Porto e ‘Nolito’ fez o 5-3 a 13 segundos da buzina final.

Com os mesmos 12 pontos, os Leões recebem, agora, a AD Valongo, de volta ao Pavilhão João Rocha.

Sporting CP: Rafael Bessa, Alessandro Verona, Matias Platero, João Souto, Toni Pérez, Ângelo Girão [GR] [C], Facundo Bridge, Henrique Magalhães, Zé Diogo [GR], Gonzalo Romero.

Reviravolta tardia do FC Porto impediu um lugar na decisão (8-9)

A equipa masculina de goalball do Sporting Clube de Portugal perdeu, este sábado, por 8-9 frente ao FC Porto na meia-final da Supertaça, cuja final-four se está a realizar no Pavilhão Municipal de Santo Tirso. Os golos Leoninos foram apontados por Tomás Delfim, Luís Miguel (dois) e Hadiley Sacramento (cinco).

Além do desaire pela margem mínima, o desfecho teve ainda um sabor mais amargo, porque não só os Leões de Duarte Correia se superiorizaram no primeiro tempo como ainda comandaram o marcador durante praticamente todo o encontro. No entanto, tudo mudou a um minuto e meio do fim quando os azuis e brancos conseguiram o empate, antes de a cerca de 40 segundos do fim virarem o jogo e ficarem com um dos lugares na final da Supertaça.

No Norte do país, embora o FC Porto tenha marcado primeiro, o Sporting CP entrou com tudo e rapidamente chegou ao 3-1. A recta final da primeira parte foi mais atribulada, com golos num ritmo de parada e resposta, mas sem que os Leões perdessem a liderança do marcador (4-3).

Já na segunda parte, o conjunto verde e branco voltou a ser mais eficaz e disparou no resultado até aos 7-3. E até à recta final da meia-final o Sporting CP vencia por 8-5 até que a reacção portista tudo mudou e fechou a partida com um parcial sem resposta Leonina de 0-4.

Sporting CP: Jan Bosek, Hadiley Sacramento, Luís Miguel, Tomás Delfim, João Pereira, Rúben Portinha.

Treinador reagiu ao triunfo e à passagem para a final da Taça de Portugal

Após o duro triunfo diante do FC Porto na meia-final da Taça de Portugal (39-38 após prolongamento), Ricardo Costa, treinador dos Leões do andebol, analisou o clássico em declarações à Sporting TV, considerando que este desenrolou-se de forma muito similar aos anteriores embates entre os dois emblemas.

“A nossa equipa tão jovem, joga tão bem e tem as coisas tão bem pensadas que quando está a ganhar por cinco ou por seis ao FC Porto pensa que o caminho é terminar a ganhar por dez. Abanámos um pouco quando o FC Porto se aproximou, são uma equipa muito mais experiente, joga bem em 7v6 e os jogos são todos muito parecidos. Saímos na frente, eles avançam para o 7v6, igualam o resultado e o jogo mantém-se taco a taco até ao fim. Na parte final, o discernimento, aquele golo falhado, fazem toda a diferença”, sublinhou, acrescentando: “Hoje, caiu para nós. São duas grandes equipas que têm marcado o andebol português, oferecendo grandes batalhas”.

“Sem essa garra somos uma equipa banal. Somos especiais por trazer essa energia. Parabéns aos meus atletas pelo grande jogo que fizeram”, disse ainda o técnico.

O primeiro passo está dado, mas nada mais do que isso, reconheceu Ricardo Costa, que traçou desde já a ambição verde e branca na prova-rainha. “Nós ainda não ganhámos nada e vamos tentar amanhã perante uma equipa que joga em casa e que tem metade dos jogos realizados que nós – fizemos hoje o jogo 50. No entanto, amanhã não há cansaço, há a oportunidade de vencer um título e é nisso que vamos começar a pensar daqui a 20 minutos”, apontou.

Por fim, olhando já para a final, onde os Leões terão pela frente o CS Marítimo, Ricardo Costa lançou a partida: “Tem jogadores que descansaram exclusivamente para a Taça de Portugal e jogam em casa. Amanhã o pavilhão vai estar contra nós, mas também gostamos disso”.

Leões superaram FC Porto nas ‘meias’ e vão defender o título (39-38 a.p)

A equipa principal de andebol do Sporting Clube de Portugal garantiu, este sábado, um lugar na final da Taça de Portugal, depois de ter levado a melhor já no prolongamento sobre o FC Porto, por 39-38, na meia-final, disputada no Pavilhão do CS Marítimo, no Funchal, ilha da Madeira – palco da final four.

Em 70 minutos de andebol, Kiko Costa brilhou com 15 golos e houve muita superação dos Leões, que voltaram a merecer mais um final feliz num clássico na prova-rainha. E já amanhã, domingo, a turma de Alvalade terá a oportunidade de defender o troféu conquistado na temporada passada em Matosinhos, tentando repetir o feito na Madeira para fechar também esta temporada da melhor maneira.

Com Leo Maciel, Salvador Salvador, Edy Silva, Edmilson Araújo, Natán Suárez, Mamadou Gassama e Kiko Costa de início do lado verde e branco, os instantes iniciais foram de parada e resposta, a um ritmo alto, mas com pouco acerto na finalização de parte a parte. Embora os Leões tenham beneficiando da sua velocidade nos contra-ataques para chegar ao 3-1, rapidamente o FC Porto respondeu com o 3-3 mesmo em inferioridade numérica.

Ainda assim, o Sporting CP reafirmou-se melhor neste início e em pouco tempo disparou no marcador, chegando ao 9-5 à passagem dos dez minutos – Kiko Costa já em evidência com três golos e Leo Maciel a emergir na baliza. Mesmo depois do desconto de tempo pedido pelos dragões - Natán Suárez, entretanto, saiu momentaneamente muito queixoso -, o ascendente verde e branco continuou e Kiko Costa apontou também o 10-5, que foi reflectindo a excelente entrada Leonina.

E se o FC Porto se mostrou muito errático nos ataques em superioridade numérica que foi tentando, o Sporting CP, de forma implacável, mostrava toda a sua solidez e, ao mesmo tempo, encontrava Mamadou Gassama com sucesso nos rápidos contra-ataques – uma constante nesta primeira parte. Foi desta forma que se chegou a uma significativa vantagem verde e branca de seis pontos (13-7), a qual durou até à entrada na recta final do primeiro tempo.

Nesta fase, o rumo do jogo - mais físico - mudou. A formação azul e branca responderia em força e à passagem dos 25 minutos reduziu rapidamente de 16-10 para 16-15, aproveitando também a exclusão de dois minutos de Kiko Costa.

A seguir, porém, Gassama – com dois golos seguidos – voltou a aparecer para colocar um ponto final na ‘seca’ verde e branca, manteve o rival à distância no marcador e o Sporting CP saiu a vencer para o intervalo por 18-16. Com seis golos cada um, Kiko Costa causou estragos um pouco por todo o campo e Gassama foi o homem-alvo nos contra-ataques rápidos.

Já a segunda parte trouxe um ritmo constante de ‘golo lá, golo cá’ até que Kiko Costa, primeiro, e Martim Costa, depois, destoaram e voltaram a esticar a diferença para três golos - 21-18 e 24-21, respectivamente. No entanto, depois de o FC Porto, pelo meio, ter ameaçado ao reduzir para margens mínimas, aos 43 minutos, chegou mesmo à reviravolta (24-25) – primeira vantagem azul e branca desde o 0-1.

Ainda assim, nada abalou os Leões, que foram atrás do prejuízo com sucesso. Primeiro, o capitão Salvador Salvador acertou no ferro, mas de seguida Kiko Costa fez mesmo o 28-28 e Salvador concluiu, por sua vez, o 29-28.

Aproximava-se o fim e, como tem sido habitual, tudo indicava que o clássico se iria decidir nos últimos minutos e com os dois emblemas a par e passo no marcador. Até lá, os empates eram sucessivos e a liderança trocou de mãos também frequentemente, deixando tudo em aberto (32-32).

Kiko Costa, que já tinha ultrapassado a barreira dos dois dígitos em termos goleadores, acabaria por ser excluído à entrada para os últimos dois minutos, onde o Sporting CP tinha a posse de bola para responder a um desfavorável 32-33. E o golo do empate chegou a 15 segundos do fim por Martim Costa, levando o jogo a prolongamento.

Até foi o conjunto de Ricardo Costa a assumir todas as vantagens – mínimas – nos primeiros cinco minutos extra, mas Nikolaj Christensen atirou ao ângulo no livre que os fechou e lançou o FC Porto na liderança para a segunda parte do prolongamento (35-36).

Mais uma vez, os Leões teriam de se encher de personalidade para tentar uma nova recuperação e Natán Suárez, logo a abrir, deu o melhor tónico com uma recuperação e finalização certeira na baliza deserta, mantendo o marcador muito apertado – e assim se manteve até ao fim.

Aproveitando um erro no ataque dos dragões, Kiko Costa respondeu da melhor maneira, convertendo já no último minuto um livre de sete metros para o 39-38. A pressão, agora, estava do lado do FC Porto, que com onze segundos por jogar ainda tentou um derradeiro remate, mas que acabou bloqueado. Assim, a vitória e a passagem para a final ficaram na garra do Leão.

Para defender o seu troféu e repetir a conquista, os Leões de Ricardo Costa terão como último obstáculo, na final deste domingo (16h00), o anfitrião CS Marítimo, que foi sétimo classificado no campeonato e bateu o Póvoa AC na outra meia-final. Na mira, o Sporting CP tem a 17.ª Taça de Portugal do palmarés Leonino, sendo destacadamente o emblema que mais provas-rainhas venceu – a seguir está o ABC com 12.

Sporting CP: Edy Silva, Edmilson Araújo, Kiko Costa (15), Natán Suárez (2), Carlos Ruesga, Salvador Salvador [C] (6), Espen Våg, Tiago Alves [GR], Mamadou Gassama (6), André Kristensen [GR], Francisco Tavares (2), Etienne Mocquais (1), Leo Maciel [GR], Ronaldo Almeida, Josep Folquès e Martim Costa (7).

Treinador já lançou o segundo jogo com o FC Porto (terça-feira, 19h00)

Apenas dois dias depois da vitória no primeiro duelo (80-88), a equipa principal de basquetebol do Sporting Clube de Portugal volta a enfrentar, esta terça-feira, o FC Porto, de novo no Dragão Arena e agora a contar para o segundo jogo da meia-final do play-offs, que será disputada à melhor de cinco.

Os Leões de Pedro Nuno Monteiro partem em vantagem e já quebraram o factor casa dos azuis e brancos, no entanto, antes de a eliminatória passar pelo Pavilhão João Rocha - também em dois jogos consecutivos - ainda há mais um clássico no recinto dos dragões por realizar.

Em declarações aos meios de comunicação do Clube Leonino, o treinador verde e branco lançou o clássico que se segue, abordando as boas sensações que se podem levar do primeiro jogo e também algumas aprendizagens a reter.

"De bom podemos levar a vitória, que é excelente. Perdemos 14 ressaltos defensivos para o FC Porto, um dado que é negativo e para sermos mais assertivos temos de ver o vídeo, analisar e corrigir", disse, antes de sublinhar a vontade dos Leões: "Vamos corrigir certas coisas, o adversário fará o mesmo, mas estaremos aqui com a mesma ambição e a mesma força mental para tentar ganhar o jogo".

Depois, embora tenha considerado que a vitória no jogo inaugural da eliminatória "dá confiança", Pedro Nuno Monteiro realçou que ainda há muito trabalho pela frente nesta meia-final. "Esta vitória dá-nos confiança, mas só demos o primeiro de três passos. Foi importante, mas não definitivo", sentenciou.