Pela primeira vez, desde os seniores aos escalões de formação, toda a modalidade faz, oficialmente, parte do Sporting

Depois da goleada sobre o Cronenberg (17-5) para a Taça CERS e os três pontos conquistados em Torres Vedras frente à Física (8-4), o plantel sénior de hóquei em patins juntou-se aos escalões de formação e a toda a secção da modalidade ‘leonina’ no Pavilhão do SC Livramento, por ocasião do 13.º jantar de Natal de hóquei em patins. E o jantar tinha um ingrediente especial: pela primeira vez, todas as formações presentes no evento eram equipas oficiais do Sporting. Isto porque, desde o início deste ano, todos os escalões de formação acompanharam os seniores na mudança para o ‘verde e branco’ oficial.

“Os pequeninos têm os seus ídolos aqui e faz sentido juntá-los. É bonito chegar a esta data e ter já uma equipa profissional de alta competição e alto rendimento e ter também os petizes até aos escalões mais velhos a conviverem todos. É isto que queremos: ter uma família. E o Sporting é uma família”, afirmou Gilberto Borges, director do hóquei em patins ‘leonino’, continuando: “Para além da conquista da Taça CERS e da Supertaça, há uma grande vitória este ano porque o Conselho Directivo validou a entrada da formação no Clube, pelo que a modalidade agora é completamente oficial. Olhando para trás, valeu a pena e é importante estarmos aqui a celebrar, onde todos os escalões jogam”.

“Os seniores vêm das vitórias para a Taça CERS e para o Campeonato e queremos constituir um ciclo vitorioso e entrar no próximo ano a ganhar. Vai ser aqui no Livramento e queremos que estes jovens que estão aqui connosco sintam que esta agora também é a sua casa, enquanto não tivermos o Pavilhão João Rocha. Espero que, no próximo ano, possamos ter um jantar das modalidades já no novo Pavilhão”, desejou Gilberto Borges.

E, conquistadas as vitórias nos últimos dois jogos do ano, que melhor forma havia de celebrar do que juntar a família do hóquei em patins num ambiente descontraído e de saudável convívio? “Era tudo o que precisávamos agora. O convívio com os mais novos, como cidadãos normais, sem formalismos, é importantíssimo. Momentos como este fazem falta porque a família do hóquei nem sempre consegue estar junta devido aos diferentes pavilhões em que treina e porque a competição é fervorosa e ocupa muito tempo”, responde Nuno Lopes, satisfeito com a presença dos escalões de formação no Pavilhão do SC Livramento: “É bom para os miúdos porque passamos a estar todos juntos, vemos os treinos uns dos outros e o contacto com alguns dos ídolos para os mais novos é muito importante para seguirem as suas pisadas. É assim que se fazem jogadores de hóquei”.

O ano de 2015 contou com duas conquistas marcantes e, até por isso, o balanço nunca poderia ser negativo. “Não nos podemos esquecer que neste ano conquistámos a Taça CERS e a Supertaça. O último mês não foi tão bom, mas não apaga o que de fantástico temos vindo a fazer. Tem dado muito trabalho, mas temos conseguido muitas vitórias e títulos muito importantes”, relembrou João Pinto, um dos sub-capitães da equipa, prometendo a mesma atitude no ano que se avizinha: “Os títulos estão apenas no início. Em 2016, certamente conseguiremos mais porque a nossa forma de estar e de trabalhar será igual. Foi isso que nos levou ao sucesso e às vitórias e acredito que irá ser um ano tão bom ou melhor do que este”.

“Queremos começar, continuar e terminar a ganhar. Acabámos 2015 com uma vitória para começarmos 2016 com o pé direito e a cabeça limpa para continuarmos neste ritmo. Foram dois bons jogos e resultados, queremos dar seguimento e mostrar que o que está atrás já passou. Estamos de volta ao nosso ritmo e ao plano que traçámos: ganhar consistentemente”, atirou Ricardo Figueira, capitão dos ‘leões’.

Comunicado sobre coordenador geral da modalidade

O Sporting Clube de Portugal comunica que o Engenheiro José Trindade é, desde hoje, o Coordenador Geral do Hóquei em Patins do Clube, reforçando a estrutura da modalidade.

Desta forma, o Sporting Clube de Portugal continua a promover fortes investimentos no seu ecletismo, bem como na procura da constante melhoria organizacional e na sustentabilidade dos ciclos de vitória.

O Sporting Clube de Portugal deseja ao Engenheiro José Trindade os maiores sucessos profissionais e pessoais.

Reacção à vitória com a Física por 8-4 na 11.ª jornada do Campeonato

Cacau foi uma das figuras em foco do triunfo do Sporting em Torres Vedras frente à Física, na 11.ª jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão, marcando três golos no 8-4 que os ‘leões’ conseguiram somar na terceira vitória consecutiva e com 33 golos apontados em apenas três partidas.

“Mais importante do que marcar muitos golos como aconteceu hoje é conquistar os três pontos porque são muito importantes para podermos fazer uma boa sequência de vitórias neste caminho. Temos de andar atrás do prejuízo e estas três vitórias seguidas vão permitir à equipa na recuperação, de preferência a continuar a marcar muitos golos”, começou por frisar o avançado brasileiro.

“Sabemos que é uma pista complicada, como se viu nos jogos do Benfica e do FC Porto, e o próprio piso é difícil porque a bola salta muito e propicia muitos contactos, mas os golos deram mais tranquilidade à equipa para conseguir mais uma vitória”, acrescentou.

Por fim, Cacau admitiu que os ‘leões’ tiveram uma fase muito complicada nas primeiras jornadas do Campeonato mas acredita que esse período menos bom já está ultrapassado.

“Desde início que nos respeitam mas a seguir ao jogo em Barcelona tivemos uma quebra negativa numa altura em que houve a série mais complicada de jogos e onde custava recuperar. Valorizar penso que sempre o fizeram. Temos muito ainda para mostrar esta época”, concluiu o número 5 ‘verde e branco’.

Análise de Nuno Lopes ao triunfo dos 'leões' em Torres Vedras por 8-4

Nuno Lopes, treinador da equipa de hóquei em patins, mostrou-se satisfeito pelo triunfo alcançado hoje pelos ‘leões’ em Torres Vedras, frente à Física, por 8-4, destacando a parte táctica e a eficácia nas bolas paradas como chaves para o triunfo.

“Foi uma segunda parte com muitos golos e muitas transições porque provocámos essa situação. Sabíamos que a Física não queria atacar e pretendia esgotar os 45 segundos de ataque procurando o nosso erro e propiciámos situações que permitissem mais contra-ataques e um jogo mais partido. Tivemos também uma boa eficácia nas bolas paradas, o que ajudou a que construíssemos um resultado volumoso”, comentou o técnico.

Em paralelo, o timoneiro ‘verde e branco’ relembrou a veia goleadora bem latente da equipa nos últimos compromissos, não deixando também de falar da arbitragem e do muito público Sportinguista que se deslocou a um pavilhão muito bem composto.

“Nos últimos três jogos marcámos 33 golos, é sintomático. Alterámos algumas coisas e tivemos grande mérito na forma como demos intensidade ao jogo. Tenho também de falar da arbitragem. Não queremos que nos beneficiem, só quero que não nos prejudiquem. Mais uma vez, em caso de dúvida é sempre contra o Sporting. Não queremos queixar-nos das derrotas mas de facto acabámos o ano de 2015 de uma forma coerente neste aspecto, tem sido sempre assim. Por fim, uma palavra para o nosso público, que foi excelente e fez com que estivéssemos a jogar em casa”, referiu Nuno Lopes, antes de reforçar também que os recentes três triunfos são fruto de um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido ao longo do tempo.

“Preparámos o início da época para os jogos das Supertaças com o Benfica e o Barcelona e, a seguir isso, tivemos alguns problemas porque não conseguimos inverter o sistema de jogo. As equipas adversárias têm de temer o Sporting e mudámos muita coisa nesse sentido mas é natural que a mudança do modelo e do sistema de jogo demore o seu tempo. Agora conseguimos trabalhar de outra maneira e temos também esta série de três vitórias consecutivas que mostra que as coisas estão a ser feitas, com uns a jogarem mais tempo do que outros em alguns jogos, o que é normal”, concluiu.

Triunfo por 8-4 em Torres Vedras vale subida provisória ao quinto lugar

Na segunda parte houve chuva de golos, na primeira houve chuva... literalmente. Numa partida cheia de incidências, com grande intensidade mas nem sempre bem jogada, o Sporting conseguiu um importante triunfo em Torres Vedras frente à Física por 8-4, na 11.ª jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão.

Os ‘leões’ adiantaram-se cedo no marcador por intermédio de Tuco, tendo ainda atirado duas bolas aos ferros por Luís Viana e de novo pelo argentino. Frente a uma equipa mais retraída, a jogar na expectativa e à procura do erro adversário, o Sporting foi dominando e concedeu poucos espaços aos visitados, que nem mesmo quando Tuco viu o cartão azul conseguiram marcar, no livre directo e nos dois minutos de ‘power-play’.

Com a margem mínima a manter-se no marcador, e já depois de uma interrupção devido à humidade no piso propiciada por um forte temporal que se fez abater, seria Cacau a aumentar a vantagem num grande lance individual após recuperação de bola na zona de construção da Física (22’). No entanto, ainda antes do intervalo (23’), Filipe Bernardino reduziu para 2-1 de grande penalidade, resultado com que se atingiria o descanso.

O segundo tempo começou praticamente com mais um golo ‘leonino’, de livre directo, por Cacau (2’). Apenas três minutos depois, os visitados voltaram a reduzir por Vicente Alves, em ‘power-play’ após o segundo azul a Tuco (Carlos Garrancho tinha falhado o livre directo) e com a sorte de apanhar um remate transviado que bateu na tabela. Com o resultado em 3-2, tudo ficaria sentenciado entre o minuto nove e dez: Cacau converteu o 4-2 de livre directo após a décima falta da Física; Filipe Bernardino falhou um livre directo a castigar a décima falta dos ‘leões’; Centeno fez o 5-2 com um grande remate de meia-distância; e Luís Viana apontou o sexto golo numa altura em que o conjunto ‘verde e branco’ jogava em ‘power-play’ por azul a Vicente Alvez (Cacau falhara o livre directo).

Apesar de uma série de erros da equipa de arbitragem, que não viu por exemplo um golo claro de Viana após remate de Figueira nem uma grande penalidade evidente sobre o avançado português, a formação ‘leonina’ nunca deixou de procurar a baliza de Pedro Chambel num jogo com muitos períodos partidos de transições e contra-ataques de parte a parte e com mais quatro cartões azuis. Filipe Bernardino, numa recarga após grande defesa de Girão, apontou o 6-3 (12’); Luís Viana, num soberbo gesto técnico a passar a bola entre as pernas, fez o 7-3 (14’); Filipe Bernardino voltou a reduzir num lance que deixou dúvidas se a bola transpôs mesmo a linha de golo (19’); e João Pinto, num bom movimento colectivo, aproveitou o espaço criado para fechar as contas aos 21 minutos.

Com este resultado, o Sporting subiu provisoriamente ao quinto lugar da classificação com 17 pontos (cinco vitórias, dois empates e quatro derrotas), a sete do FC Porto e com mais um do que a Juv. Viana (que viu o jogo com o Candelária ser adiado) e mais três do que o Valongo, que joga amanhã em Oliveira de Azeméis. Na próxima jornada, em Janeiro, os ‘leões’ recebem no Livramento o Turquel, que bateu hoje o HC Braga por 7-1 e subiu à nona posição com dez pontos.

Zé Diogo recorda goleada na Alemanha e espera prolongar triunfos frente à Física

Zé Diogo, guarda-redes do conjunto de hóquei em patins que fez toda a formação no Clube, destaca a importância do triunfo do Sporting na Alemanha frente ao Cronenberg – naquela que foi a décima maior vitória de sempre dos ‘leões’ na Europa – para dar outra moral à equipa para os próximos jogos do Campeonato, nomeadamente o de amanhã em Torres Vedras frente à Física.

“Sabemos que foi uma vitória histórica com uma grande exibição e agora queremos aproveitar a motivação que o último jogo trouxe para fazer uma boa série a ganhar, como é o nosso objectivo, voltando a chegar aos quatro primeiros lugares do Campeonato”, salientou o guardião ‘verde e branco’, que destacou a qualidade do adversário (actual décimo classificado com 10 pontos) e as dificuldades que já trouxe a outras equipas que ocupam os lugares cimeiros.

“Vimos o vídeo do jogo com o Benfica, onde criaram grandes dificuldades e perderam apenas nos últimos minutos, e sabemos que foi apenas a segunda equipa a ganhar em Paço de Arcos. A Física tem um bom plantel e jogadores experientes de qualidade. No entanto, queremos cumprir o nosso objectivo de vencer”, destacou.

Por fim, e no plano mais individual, Zé Diogo admitiu a grande evolução a trabalhar ao lado do internacional Ângelo Girão. “Para mim não é um dos melhores, é o melhor guarda-redes do Mundo. Tenho evoluído nos últimos dois anos e aprendi muito com ele. É muito boa pessoa e companheiro e puxa por mim. Ainda no último treino estava a defender um livre directo e aproveitou para dar algumas dicas para melhorar”, admitiu.

O Física-Sporting, relativo à 11.ª jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão, realiza-se amanhã, sábado, às 18h30 em Torres Vedras.

Antevisão de Nuno Lopes e Losna ao encontro de amanhã, frente à Física

Depois da goleada europeia (17-5, frente ao Cronenberg para a Taça CERS), o hóquei em patins ‘leonino’ regressa aos palcos nacionais para defrontar o conjunto da Física, amanhã, às 18h30, em Torres Vedras.

As duas equipas já se defrontaram na pré-epoca, com os ‘leões’ a saírem vitoriosos dessa partida. Ainda assim, muita coisa mudou desde aí e Losna dá voz a um grupo ciente das dificuldades que pode encontrar. “Muita coisa mudou nas duas equipas. Eles, jogando contra um grande, vão esforçar-se muito mais do que o normal. Sabemos o que eles vão fazer, temos treinado esta semana para isso e temos de trazer os três pontos de Torres. É o que queremos e é para isso que estamos a trabalhar. Estamos num bom caminho”, afirma, corroborado pelo técnico Nuno Lopes: “Vai ser um jogo seguramente diferente, mas não vamos deixar de olhar para ele com o mesmo cariz da pré-época, que é o de vencer. A Física vai jogar com o bloco baixo, no nosso erro, a tentar apostar no contra-ataque e não assumindo o jogo em termos ofensivos. Mas isso é a Física e muitas outras equipas do nosso Campeonato e nós vamos tentar contrariar isso e cimentar o jogo, marcando golos, porque assim conseguiremos vencer. Vamos tentar marcar mais golos do que o adversário e estar confortável para gerir o golo de uma forma mais equilibrada”.

Em declarações à Sporting TV, Nuno Lopes prosseguiu com a análise à equipa da Física. “É uma equipa mais consolidada do que era antes, como todas as outras, com o processo defensivo mais fiel aos princípios do seu treinador, bem orientada, bem organizada e, em casa, é sempre difícil vencê-los. Quem joga pela manutenção atribui aos jogos em casa um pendor muito forte e com um adversário como nós com certeza que vão fazer tudo para nos contrariar e vão tentar superar-se”, disse, continuando: “Nós vamos tentar fazer o mesmo porque os nossos adeptos e o símbolo do Sporting exigem isso, superação. Temos de entrar sempre com esse objectivo, tentar a superação para tranquilizar e conquistar os três pontos. Queremos ganhar e continuar a nossa caminhada”.

A goleada frente ao Cronenberg foi um resultado importante para o conjunto ‘leonino’, que regressou a Portugal com os níveis de motivação elevados. “É sempre bom ter estas goleadas que, por vezes, ajudam a solidificar as exibições individuais, mas temos de estar sempre predispostos a ganhar os jogos e a estarmos na frente. Sabemos que jogar contra o Sporting dá sempre motivação extra e a Física vai estar motivada no sábado. O emblema que defendemos tem de permitir entrar em campo com predisposição atacante, de querer ganhar e resolver o jogo o mais depressa possível. Temos de estar sempre insatisfeitos na procura de mais qualquer coisa. Temos a obrigação de ser ambiciosos e querer marcar mais golos e presentear o público com um bom espectáculo porque vamos ter, seguramente, muita gente. Quem vem ao Livramento também vai estar na Física. É um jogo entre vizinhos em que temos de ser o vizinho mais forte”, conclui Nuno Lopes.

“Depois de uma goleada os jogadores estão sempre confiantes, mas não é por isso que vamos menosprezar a Física. Têm bons jogadores, merecem o nosso respeito como outra equipa qualquer e vamos chegar lá e fazer o nosso trabalho para conseguirmos o que queremos”, termina Losna.

Vitória por 17-5 frente ao Cronenberg na primeira mão dos 'oitavos' da CERS

Às vezes algumas pessoas têm (ou querem ter) memória curta sobre a história de um Clube e os feitos que o colocaram no patamar mais alto em termos europeus. O hóquei em patins do Sporting é um exemplo paradigmático dessa situação e, quando as atenções pareciam estar mais centradas na campanha irregular no Campeonato e não no facto de, até agora, os ‘leões’ terem conquistado o único troféu já concluído no País, eis que a equipa ‘verde e branca’ arranca uma goleada por 17-5 frente ao Cronenberg, na Alemanha, a contar para a primeira mão dos oitavos-de-final da Taça CERS. É um desnível enorme? Sim. Mas é aqui que entra a parte histórica – o triunfo de hoje em Wuppertal é ‘apenas’ o décimo maior de sempre nas competições europeias. Aliás, a maior goleada de sempre pertence ao Sporting: 33-1 ao Gujan Mestras em 1984.

Antes disso, os ‘leões’ tinham ‘castigado’ por quatro vezes os suíços do Montreux (21-7 e 22-2 em 1976; 18-1 em 1977; e 20-8 em 1983) e uma os franceses do Fresnay (26-1 em 1981). Após essa goleada por 33-1 com o Gujan Mestras, que teve continuidade na segunda volta (23-4), ainda houve mais uma eliminatória esmagadora em 1985 frente aos franceses do La Vandéene, com triunfos por 21-6 e 19-3. Assim é a história ‘leonina’.

Em relação ao encontro, e como se percebe pelo resultado, não há grande história: após sete minutos iniciais a procurar o golo sem sucesso, Luís Viana, na conversão de uma grande penalidade cometida sobre si, inaugurou o marcador, seguindo-se o 2-0 de André Centeno após boa assistência de Tuco (10’). Molet, num lance aparentemente inofensivo, reduziu a desvantagem aos 13 minutos mas os ‘leões’ chegariam ao intervalo já a ganhar por 6-1 com tentos de Cacau (15’, livre directo), Viana (17’, após assistência de Tuco), Tuco (18’, isolado em frente ao guarda-redes) e Poka (20’, grande penalidade após falta cometida sobre Cacau).

Num segundo tempo com um total de 15 (!) golos e onde todos os jogadores foram utilizados, não há muito mais a dizer a não ser... descrever a marcha do marcador: Molet reduziu para 6-2 de grande penalidade (1’); Luís Viana fez o 7-2 num lance individual bem concluído (3’); Molet, de livre directo, recolocou a diferença em quatro golos (6’); Cacau, de livre directo também apontou o 8-3 (9’); Molet fez o seu quarto golo num remate enrolado (11’); Losna (13’) e Luís Viana (14’ e 15’) fizeram o 11-4; Molet voltou a marcar de livre directo para o 11-5 (15’); e Poka (19’ e 25’), Centeno (19’), Ricardo Figueira (21’) e Losna (22’ e 23’) fecharam o resultado final.

Os resultados da primeira mão dos oitavos-de-final da Taça CERS foram os seguintes:

- Alcoy (Espanha)-Matera (Itália), 4-3

- Wasken Lodi (Itália)-Follonica (Itália), 2-2

- OC Barcelos-Coutras (França), 7-7

- Sarzana (Itália)-Uttingen (Suíça), 5-3

- Cremona Hockey (Itália)-Sp. Omer (França), 2-2

- Turquel-Reus (Espanha), 2-3

- Juv. Viana-Vilafranca (Espanha), 3-3

Análise de João Pinto à primeira mão dos 'oitavos' com o Cronenberg

João Pinto, sub-capitão da equipa de hóquei em patins do Sporting, admite que o jogo de amanhã na Alemanha, frente ao Cronenberg, trará algumas dificuldades ao conjunto ‘verde e branco’ também em virtude do piso diferente do recinto germânico mas destaca a importância de trazer um resultado positivo para a segunda mão no Livramento.

“Ainda não conhecemos a fundo o Cronenberg porque vamos trabalhar antes do jogo mais alguns aspectos mas sabemos que é um conjunto com alguma qualidade e difícil de defrontar em sua casa, sobretudo em virtude do piso. Teremos que fazer ainda o treino de adaptação ao pavilhão onde vamos jogar, que não é de taco mas também não é como aquele onde jogámos a Final Four da Taça CERS, na Catalunha. É mais mole, quase plástico, mas isso não pode servir de desculpas, mesmo não sendo o que estamos mais habituados. Vamos com o objectivo de ganhar para trazermos a eliminatória favorável para o Livramento. Respeitamos todos os adversários mas somos os detentores do troféu e queremos começar da melhor forma o caminho para reconquistarmos o título”, referiu.

“Voltarmos a jogar a Taça CERS traz outra motivação. É uma sensação óptima porque sabemos bem o que conseguimos fazer na última época. Depois, e ao contrário do que se tem passado no Campeonato, é uma prova que vai agora começar e onde queremos ir longe para revalidarmos o título. Começando uma nova prova do zero, conseguimos esquecer um pouco o que tem acontecido de menos bom”, acrescentou.

O histórico de vencedores da Taça CERS mostra que apenas duas equipas conseguiram revalidar a conquista do título no ano seguinte (Novara, nos anos 90, e Reus, em 2003 e 2004), algo que não tira o foco ao número 16 ‘verde e branco’. “Somos o Sporting e somos os detentores do troféu. É normal que possamos ser o alvo a abater este ano e que as outras equipas estejam mais atentas, mas todos os elementos deste plantel já venceram provas europeias, entre Liga Europeia e Taça CERS. Somos uma equipa experiente e forte nos jogos a eliminar. Agora temos de continuar a provar isso, a mostrar que somos melhores, numa competição onde podemos jogar a pensar apenas no nosso jogo e não naquilo que se está a passar nos outros pavilhões”, concluiu.

O Cronenberg-Sporting, a contar para a primeira mão dos oitavos-de-final da Taça CERS, realiza-se amanhã, dia 12, na Arena Wuppertal, na Alemanha, às 19 horas nacionais. Recorde-se que, em termos históricos, os ‘leões’ nunca perderam com conjuntos germânicos nas provas europeias, contando com seis vitórias e dois empates.

Nuno Lopes elogiou entrega dos jogadores no triunfo por 8-3 com o Cambra

Nuno Lopes, treinador do Sporting, enalteceu a boa resposta dos jogadores ‘leoninos’ na recepção ao Cambra, que terminou com uma vitória ‘verde e branca’ por 8-3, ao mesmo tempo que valorizou a capacidade da equipa para tornear os diferentes obstáculos que o conjunto que no ano passado venceu o Campeonato da 2.ª Divisão conseguiu criar.

“Entrámos bem no jogo. Foi importante marcar logo cedo. A partir do 3-0, a defesa do Cambra, em quadrado 2x2 ou losango 1x2x1, não surpreendeu mas, por ser muito pouco usual, tentando explorar a perde de bola, intranquilizou um pouco a equipa, que teve de ir à procura de outros sistemas tácticos. Houve também um ou outro lance de bola parada que equilibrou o jogo”, começou por dizer na zona de entrevistas rápidas do Canal do Clube.

“Na segunda parte, o Cambra tentou procurar um pouco mais o jogo e os nossos golos foram aparecendo de forma natural Tivemos boa qualidade de passe e boa ‘stickada’, pois conseguimos bater a bola no remate com confiança, foi quase tudo à baliza. Os jogadores entregaram-se, lutaram e deram uma boa resposta”, complementou.

Em paralelo, Nuno Lopes reforçou que ainda há muito para jogar no Campeonato, ao mesmo tempo que recordou que o vencedor do único troféu nacional já atribuído foi o Sporting, na Supertaça. “Jogamos sempre para o mesmo resultado, que é a vitória, mas nem sempre isso acontece. Quando não se ganha, temos de ir à procura do que está mal e corrigir, nunca atirando a toalha ao chão. Com o Cambra foi um jogo onde, em alguns momentos, os jogadores divertiram-se a jogar. Ainda há muitos pontos em disputa e muitas equipas que vão escorregar. Relembro também que o único título já decidido foi ganho por nós. Nos momentos bons e menos bons, temos de estar sempre presentes e nunca devemos vergar. Queremos dar a volta o mais depressa possível”, salientou.

“Agora vamos centrar atenções no jogo com o Cronenberg. A CERS é uma prova importante, diferente e vamos com toda a vontade do Mundo para a Alemanha. Precisávamos deste jogo porque é uma prova diferente e vai montar outro cariz na equipa. Teremos um adversário do Campeonato da Alemanha, que não tem tanta tradição como Portugal mas tem um piso difícil porque não é taco. Vamos mudar o chip e ir com tudo para cima do adversário”, concluiu o técnico ‘verde e branco’ a propósito do jogo do próximo sábado, a contar para a primeira eliminatória dos oitavos-de-final da Taça CERS, prova que o Sporting conquistou na época transacta.