Supertaça para uma super equipa
03 Set, 2025
Leões implacáveis golearam o SL Benfica em Gondomar (1-6)
Entrada a ganhar e com estrondo em 2025/2026. A equipa de futsal do Sporting Clube de Portugal conquistou a Supertaça, esta quarta-feira à noite, ao ter goleado o SL Benfica por 1-6 na final, disputada no Multiusos de Gondomar.
No primeiro jogo oficial da época e com um troféu em jogo, não podia ter sido mais clara a resposta dos Leões de Nuno Dias perante um SL Benfica que chegou como campeão nacional. O domínio foi total, mas no primeiro tempo o Sporting CP revelou-se especialmente tenaz e fez com que os encarnados pagassem caro cada erro cometido com um retumbante 0-4 ao intervalo. E tudo foi mais fácil a partir daqui, mas os Leões nunca tiraram o pé do acelerador.
Depois de duas edições perdidas consecutivamente, à terceira foi de vez para os Leões de Nuno Dias, que levantaram a 12.ª Supertaça do palmarés verde e branco e reforçaram o estatuto de equipa mais titulada da prova.
Para este jogo inaugural da temporada, que foi o dérbi número 150 da História (o décimo na Supertaça), Nuno Dias apostou num cinco inicial de muita mobilidade composto por Bernardo Paçó, Tomás Paçó, Diogo Santos, Alex Merlim e Taynan. Já Zicky Té, Felipe Valério (reforço), Henrique Rafagnin, João Matos, Pedro Santos e Allan Guilherme foram ausências do lado verde e branco.
Depois de um arranque Leonino com mais bola, André Correia, guardião encarnado, e Alex Merlim, capitão dos Leões, tiraram as medidas às balizas com os primeiros remates. Pouco depois, Bernardo Paçó teve de se aplicar a fundo, com os pés, para negar dois golos. Por esta altura, Bruno Pinto, reforço verde e branco para 2025/2026, já tinha feito a sua estreia oficial.
De seguida, foi o Sporting CP a dar um ‘esticão’ no duelo: Pauleta atirou ao poste na ocasião mais iminente de golo até então e Taynan, em posição privilegiada, ainda tentou um ‘chapéu’ sem efeitos prácticos. Mas aos nove minutos, na cobrança de uma falta de André Coelho – atingiu Taynan na cara com o braço – Merlim fez a sua magia e atirou certeiro e a contar para o 0-1.
Poucos instantes depois, os Leões - em alta rotação - só não fizeram também o segundo porque André Correia brilhou com defesas consecutivas a remates potentes de Tomás Paçó e Merlim.
O SL Benfica, com dez minutos decorridos, já estava ‘tapado’ em faltas (cinco) e não tardou muito a ser-lhe assinalada a sexta, mas apenas com recurso a revisão das imagens e que até resultou em vermelho directo para Diego Nunes por uma entrada duríssima sobre Rúben Freire.
Na cobrança, André Correia ainda levou a melhor sobre Merlim e, pouco depois, este duelo particular repetiu-se com o mesmo desfecho. No entanto, o Sporting CP soube trabalhar a superioridade numérica para chegar ao 0-2, com o experiente italo-brasileiro a servir o pontapé final de Diogo Santos.
Nesta primeira parte dos Leões a roçar a perfeição, sobretudo em termos de intensidade, os comandados de Nuno Dias continuaram a explorar - com sucesso - a situação de fragilidade das águias e com muito proveito. Uma nova falta deu origem a mais um livre directo sem barreira e, desta vez, Tomás Paçó assumiu e rematou rasteiro para o fundo das redes.
O SL Benfica ainda reagiu na recta final do primeiro tempo, mas nas suas melhores ocasiões teve no poste e em Bernardo Paçó férreos opositores. E, além disso, voltou a pecar, lá atrás, cometendo mais uma falta. Arthur foi imprudente, atingiu Bruno Maior no rosto com o braço e abriu mais uma oportunidade de bola parada bem ao jeito de Tomás Paçó – e Afonso Jesus ainda escapou à expulsão por ter forçado a repetição da cobrança. À segunda, o fixo Leonino, em força, voltou a ‘facturar’ e soltou, mais uma vez, os festejos a verde e branco no dérbi, que foi com um expressivo 0-4 para o intervalo.
Apesar da proveitosa vantagem, que descomplicou a missão, os Leões arrancaram o segundo tempo por cima, com ‘fome’ de mais e acumularam aproximações e oportunidades. Faltou só mais pontaria. Depois de André Correia ter negado o golo a Tomás Paçó e Bruno Pinto, Rocha – na passada – acertou no poste. Um reatamento marcado, também, por um critério de arbitragem mais apertado e ainda mais cartões amarelos.
Tanta insistência, no entanto, teve o seu prémio. Desta feita, Taynan surgiu na cara do golo e não desperdiçou a hipótese de desenhar o 0-5 no marcador perante um SL Benfica com muitas dificuldades para responder. E foi Wesley, a seguir, a ficar perto de marcar mais um, mas acertou no ferro.
Só a cerca de oito minutos do fim, quando Cassiano Klein apostou no guarda-redes avançado, é que as águias conseguiram virar o ímpeto do encontro, mas já pouco ou nada havia a fazer relativamente ao desfecho da final. Arthur, de bola parada, ainda apontou o tento de honra do SL Benfica, mas também não ficou sem resposta. De baliza a baliza (deserta), Bernardo Paçó fechou as contas em 1-6 e a festa fez-se de verde e branco em Gondomar.
Desde 2016, o Sporting CP tem estado ininterruptamente na decisão de cada Supertaça e nesta edição reconquistou - em grande estilo - um troféu que não vencia desde 2022. Agora, segue-se a entrada em cena na Liga 2025/2026, na próxima segunda-feira (20h30), com a visita ao SCU Torreense.
Sporting CP: Gonçalo Portugal [GR], Tomás Paçó, Diogo Santos, Wesley, Pauleta, Bernardo Paçó [GR], Bruno Pinto, Alex Merlim [C], Taynan, Bruno Maior, Rocha, Rúben Freire