Lançamento do Campeonato Nacional de râguebi no Jornal Sporting

No primeiro ano, sagraram-se campeões nacionais da 2.ª Divisão, subiram à 1.ª e conseguiram o apuramento para o ‘playoff’ de promoção ao principal escalão do râguebi português, nas duas temporadas seguintes. A três dias de começar a quarta época desportiva, o râguebi ‘leonino’ mostra-se preparado e com o objectivo de dar continuidade a uma prestação em crescendo. “Queremos fazer melhor do que no ano passado. Já ficámos na sexta e na quinta posição e agora queremos mais. A cada dia que passa, temos mais equipa, estamos mais coesos e conhecemo-nos melhor uns aos outros, o que facilita o jogo em si e o nosso crescimento enquanto grupo”, explica Frederico Caetano Nunes, treinador da equipa principal do Sporting. E a subida à Divisão de Honra, será um objectivo legítimo? “É sempre possível subir. Ainda não sabemos quem serão os principais candidatos, mas o nosso Clube tenta sempre lutar por esse objectivo. Sabemos que não temos a qualidade de outras formações, mas se jogarmos como equipa, poderemos conseguir fazer coisas bastante engraçadas este ano”, responde sem hesitar.

Para atacar o Campeonato que agora se inicia, os ‘leões’ contam com algumas caras novas no plantel que, para além de qualidade, acrescentam um ingrediente indispensável para o sucesso na modalidade: experiência. “Optámos por não trazer tantos reforços como em outros anos para manter a coesão do grupo com quem já trabalhamos há algum tempo. Ficámos com a base do ano passado, mas fomos buscar uns quantos jogadores com experiência de 1.ª Divisão e de Honra para ajudar os miúdos que já tínhamos”, começou por explicar Frederico Caetano Nunes, continuando: “O râguebi é um jogo onde é preciso muita paciência e calma. Estes jogadores fazem com que a equipa cresça nesse aspecto e a sua experiência pode ser decisiva em alguns momentos do jogo. Isso será fundamental para conseguirmos os nossos objectivos”. 

Mas as novidades para esta época não se limitam ao plantel. Carlos Castro, treinador principal do Sporting nos três primeiros anos do râguebi ‘leonino’, saiu do projecto e Frederico Caetano Nunes assumiu o seu lugar. Na opinião do técnico, esta mudança poucas alterações trará. “Eu e o Carlos Castro sempre trabalhámos com a mesma filosofia, por isso vou tentar não mexer muito. A filosofia será a mesma que temos vindo a manter, até para os jogadores não estranharem as mudanças”, conta o ‘leão’. A pergunta impõe-se: que filosofia tem Frederico Caetano Nunes para o râguebi ‘verde e branco’? “A nossa ideia é tentar mudar a lógica do râguebi de antigamente, onde havia avançados e três quartos. Neste momento, tentamos fazer com que a equipa seja um só. Não há avançados nem três quartos; os quinze jogadores trabalham para o mesmo objectivo e constituem um só bloco, em vez de dois”, responde o treinador.

Mais do que na parte técnica, a pré-temporada do plantel ‘leonino’ focou-se especialmente na preparação física, para melhorar a condição dos atletas. Assim, Frederico Caetano Nunes confia que os seus jogadores estarão à altura do CR Técnico, embora esteja ciente das dificuldades que vai encontrar. “Vai ser um jogo bastante complicado porque o Técnico tem vários jogadores que já actuaram na equipa principal, com experiência de Honra, mas penso que nos vamos sair bem e temos equipa para vencer esse encontro”, considera o timoneiro ‘verde e branco’, que deixa uma promessa aos Sócios: “Vamos dar o nosso máximo, honrar o Clube e tentar obter o máximo de vitórias possível, que é o que todos os Sportinguistas desejam”.

Conheça as tecnologias no Mundial de Râguebi e as preferências dos 'leões'

O Campeonato do Mundo de Râguebi está a decorrer em Inglaterra e, como já é hábito nas competições desta modalidade, o vídeo-árbitro tem sido utilizado como ferramenta de ajuda nas tomadas de decisão das equipas de arbitragem. Veja-se o caso do encontro inaugural entre a equipa da casa e a selecção de Fiji, onde o juiz Jaco Peyper recorreu a esta tecnologia para, nos últimos minutos da partida, validar o ensaio que valeu o ponto de bónus ofensivo à formação inglesa.

“O vídeo-árbitro traz, acima de tudo, veracidade ao desporto. Faz com que não exista qualquer tipo de dúvidas em relação aos casos do jogo, retira a polémica e contribui imenso para aquilo que é a verdade do jogo em si”, considera Francisco Bessa, capitão da equipa de râguebi do Sporting.

“Seria super vantajoso passar essas práticas para o futebol, porque há situações muito difíceis de analisar e todos saíam a ganhar se se pudesse aumentar a certeza nas decisões que são tomadas”, afirma Eduardo Villax, também ele atleta do râguebi ‘verde e branco’.

E, se a unanimidade reina no plantel ‘leonino’ quando falamos do uso de tecnologias no desporto, a divisão aparece quando perguntamos aos jogadores qual a selecção que apoiam neste Campeonato do Mundo de Râguebi e quem consideram ser o principal favorito à vitória da competição. Os ‘leões’ revelaram as cores que o seu coração defende e usaram o cérebro para fazer as suas apostas no que ao vencedor diz respeito.

Veja a reportagem completa na edição do Jornal Sporting que já se encontra nas bancas. 

Escalões de formação treinam pela primeira vez no Estádio

Os escalões de Sub-8, Sub-10, Sub-12 e Sub-14 de Râguebi treinaram, esta manhã, no Estádio José Alvalade. Esta foi a primeira vez que uma modalidade no Clube, à excepção do futebol, treinou no relvado ‘leonino’.

“É a realização de um sonho”, começou por referir João Tiago, director desportivo da modalidade. “Este é um dia histórico para o râguebi e que queremos repetir sempre que nos for possível. É uma forma de aproximar os miúdos ainda mais ao Clube, uma vez que treinamos sempre no Estádio Universitário, e uma forma, também, de sentirem ainda mais a grandeza do Sporting”, acrescentou. 

“Para mim é um prazer jogar no Sporting. Poder treinar aqui é muito bom para nós, é muito importante. Sentimo-nos muito bem no nosso Estádio”, salientou André Figueiredo, de 14 anos. 

A formação é também uma grande aposta por parte da modalidade. “Desde o início que apostamos nos escalões mais jovens, com o objectivo de, daqui a uns anos, conseguirmos ter uma equipa consolidada, feita de raiz”, explicou João Telhada, coordenador da formação. “Dar este passo de fazer um treino aqui é também mais um investimento nesse sentido, de forma a mostrar a estes jovens a importância de pisar o relvado principal do nosso Estádio”, concluiu.