Sporting CP defronta Veszprém KC quinta-feira, às 19h45

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal recebe esta quinta-feira a formação húngara do Veszprém KC para a quinta jornada do grupo A da EHF Champions League e as intenções dos Bicampeões Nacionais para novo embate europeu são bem claras.

A última experiência [jogo em casa frente ao HBC Nantes] não foi das melhores, e queremos rectificar muitas das coisas que fizemos menos bem, acima de tudo queremos mostrar outra ‘cara’ e outra capacidade de luta. Jogar diante dos nossos adeptos é sempre especial, por isso há que lutar. Sabemos que o Veszprém K é uma equipa exigente, que vem de fazer uma grande competição no Mundial de Clubes, por isso sabemos quem está diante de nós, mas digo sempre que o mais importante somos nós, rectificar as sensações do último jogo”, referiu Ricardo Costa, treinador da equipa do Sporting CP, na antevisão do jogo para os meios de comunicação do Clube.

Há cerca de um ano, o Sporting CP defrontou a equipa húngara também na fase de grupos da EHF Champions League e venceu por 39-30, numa exibição de sonho dos Bicampeões Nacionais, mas Ricardo Costa frisa que não há jogos iguais.

“É outro jogo, o Veszprém KC raramente irá fazer o jogo que fez aqui na época passada [triunfo do Sporting CP por 39-30], foi um jogo em que os guarda-redes deles fizeram apenas uma defesa em 60 minutos e tenho a certeza que isso não vai voltar a acontecer, nem nós vamos conseguir tão cedo estar a ganhar por 14 golos de diferença, por isso é um jogo ao qual não nos podemos agarrar, é um jogo completamente diferente, com momentos diferentes das equipas, por isso agarramo-nos pouco ao passado”.

Ser diferente para melhor esta quinta-feira em relação ao jogo da ronda anterior da EHF Champions League diante da equipa francesa, pressupõe princípios bem claros.

“Espero a melhor reacção da nossa parte [desaire diante do HBC Nantes na ronda anterior], capacidade de luta, independentemente do resultado final, temos de entrar muito mais fortes do que aquilo que entrámos, temos de aguentar a pressão de uma equipa de topo mundial, que certamente está avisada daquilo que lhe aconteceu no ano passado e que não vai querer que lhe aconteça o mesmo, por isso temos de entrar de maneira completamente diferente. Independentemente daquilo que queremos fazer no resultado final, o nosso comportamento ao longo do jogo trem de ser, necessariamente, diferente”.

O apoio dos Sportinguistas será, como sempre, fundamental, numa fase em que mais do que pontos, importa ao técnico dar a imagem de equipa a que os adeptos Leoninos sempre se habituaram.  

“Estamos a dois pontos de descer para último, ou estamos a dois pontos de subir para primeiro, por isso o importante não é o momento da tabela classificativa. Faltam dez jogos desta competição, nós queremos classificar-nos nos seis primeiros, o número de pontos não é aquilo que nos aflige neste momento, ou que temos na nossa mente, o importante neste momento é dar uma resposta diferente daquela que demos, obviamente ir à procura dos dois pontos e com o apoio do nosso público, que espero que seja muito e que nos possa ajudar, que é importante para nós”.

Ricardo Costa enfatiza que o passado é passado e que importa sempre olhar para o futuro, no sentido sempre de melhorar o que já ficou para trás. “O nosso objectivo é esquecermo-nos daquilo que aconteceu na época passada, porque a maior parte das nossas perguntas ou daquilo que nós falámos é mais do ano passado e aquilo que se passou o ano passado, passou, já é história, nós não vamos conseguir mudar o passado, temos de rectificar, andar para a frente, ter ambição e ter ‘fome’ de querer mais e não tem necessariamente a ver com aquilo que fizemos o ano passado. Há que fechar esse capítulo, foi bom, mas não foi perfeito. Este ano, se queremos que seja melhor, temos de esquecer aquilo que se passou”.     

Treinador reagiu ao triunfo em casa

Após a vitória tranquila frente ao FC Gaia (45-28), Ricardo Costa, treinador da equipa de andebol do Sporting CP, fez o rescaldo em declarações aos meios de comunicação Leoninos.

“Foi um jogo completo da nossa parte. Fomos sérios, mas são muitas as diferenças entre as duas equipas, e nós queríamos dar uma resposta. Faltou-nos alguma dureza defensiva nos primeiros 15 minutos da segunda parte, mas depois estivemos a muito bom nível, colocando muita dificuldade ao FC Gaia”, destacou o técnico, antes de lembrar o “acidente” de percurso a meio da semana e, também, o próximo embate europeu no horizonte.

“Acontece, porque estamos a falar de equipas de alto nível, porque se não estivermos bem podemos expor-nos a resultados desses. Não queremos e temos uma oportunidade na quinta-feira para ser nós próprios. Do outro lado estará um One Veszprém HC que, mais do que no ano passado, tem equipa para ganhar a EHF Champions League. Queremos encher o pavilhão, fazer um grande jogo e lutar pela vitória”, sublinhou Ricardo Costa, acrescentando que “o espírito de luta é sempre inegociável”.

Também Edy Silva, pivô dos Leões, analisou a vitória conseguida no Pavilhão João Rocha. “Sabíamos que este jogo era para provar a nós próprios que tínhamos de elevar o nosso nível. Tivemos dois dias para trabalhar e, hoje, voltar a sentir a equipa que somos: alegre e que que se ajuda. A resposta de hoje é mais um reforço para o próximo jogo, que é muito importante”, apontou, já de olhos postos no One Veszprém HC.

“O que fizemos no ano passado já foi, queremos repetir, mas temos de estudar bem, concentrar-nos e chegar todos no máximo para ser felizes no Pavilhão João Rocha”, referiu o brasileiro de 27 anos.

Andebol derrotou FC Gaia com total segurança (45-28)

Depois da derrota europeia, a equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal voltou ao Pavilhão João Rocha, este sábado, para bater o FC Gaia por esclarecedores 45-28, no embate da sétima jornada da primeira fase do Campeonato Nacional.

Num embate entre ‘pólos’ opostos, a equipa orientada por Ricardo Costa alargou o pleno de vitórias e pontos (21) que o cimentam na liderança isolada da classificação, desta feita à custa de um FC Gaia – recheado de juventude - que conta por derrotas todos os seus jogos.

Com Kiko Costa em destaque no ataque, os Leões entraram a mandar, embora os visitantes tenham conseguido manter a diferença mínima no marcador até aos sete minutos (4-3). Depois, Andre Kristensen fechou a sua baliza com defesas sucessivas e a eficácia de Martim Costa, sobretudo, aumentou a vantagem para 12-6 – cinco golos na primeira parte para o camisola 79, que acabaria com sete.

Então, a natural diferença de argumentos entre os dois conjuntos veio cada vez mais ao de cima ao ritmo da velocidade que o Sporting CP conseguiu impor nos seus ataques, chegando aos dez golos de diferença (16-6) à passagem dos 20 minutos. Uma vantagem que já não parou de aumentar até ao intervalo, com um golo do FC Gaia ainda a fixar o 24-13 no marcador.

A abrir o segundo tempo, a toada não mudou e os Leões, apostados em aproveitar a largura dada por Diogo Branquinho e Carlos Álvarez, continuaram a encaminhar um triunfo anunciado sem baixar o ritmo (33-20).

Com constante rotação nas peças por parte de Ricardo Costa e já com o jovem Santiago Póvoas (17 anos) na baliza verde e branca, os Bicampeões Nacionais melhoraram defensivamente e voltaram a ‘disparar’ no marcador até ao 40-24, assinado por Pedro Martínez com duas transições consecutivas. Nota, também, para o contributo ofensivo crescente de Emil Berlin e Orri Þorkelsson na partida.

Sem história até final, o jogo terminou com uma vitória incontestável do Sporting CP por 45-28, o melhor registo ofensivo até ao momento em 2025/2026. Este foi o segundo de três jogos consecutivos no Pavilhão João Rocha, sendo o próximo frente ao One Veszprém HC, da Hungria, no regresso ao palco europeu da EHF Champions League, marcado para quinta-feira (19h45).

Sporting CP: Edy Silva, Emil Berlin (4), Carlos Álvarez (5), Kiko Costa (5), Natán Suárez (2), Jan Gurri, Pedro Martínez (3), Salvador Salvador [C] (3), Orri Þorkelsson (7), Andre Kristensen, Diogo Branquinho (5), Filipe Monteiro, Christian Moga, Martim Costa (7), Victor Romero (4), Santiago Póvoas [GR]

Andebol recebe o FC Gaia este sábado (18h30)

Depois do desaire europeu frente ao HBC Nantes, a equipa principal de andebol do Sporting Clube de Portugal regressa à competição nacional este sábado, no Pavilhão João Rocha, onde às 18h30 recebe o FC Gaia em jogo da oitava jornada do Campeonato.

Com pouco tempo de recuperação entre os encontros, Diogo Branquinho sublinhou que o ritmo competitivo intenso surge também como uma oportunidade para continuar a crescer enquanto equipa e reagir rapidamente a uma exibição menos conseguida.

“Da mesma forma que não temos muito tempo para festejar as vitórias, também não temos muito tempo para chorar as derrotas. Temos de ver isto como uma oportunidade: já reunimos, já sabemos onde falhámos e, sobretudo, como é que vamos melhorar daqui para a frente. Temos já uma oportunidade fortíssima para [conseguir] uma excelente vitória no sábado, solidificar o nosso jogo, a nossa confiança e voltarmos com tudo”, afirmou o internacional português, em declarações aos meios do Clube.

O adversário chega a Alvalade ainda sem vitórias no campeonato, mas o foco dos Leões, garante Diogo Branquinho, está em melhorar o próprio rendimento.

“É sempre muito mais sobre nós do que sobre eles. Se estivermos no nosso melhor, temos todas as condições de fazer o nosso jogo - o jogo que habituámos os nossos adeptos a ver, um andebol bonito, atractivo, feliz – e voltar às vitórias com uma exibição expressiva. Queremos um bom jogo para depois, na próxima semana, encararmos mais um desafio da EHF Champions League e continuarmos fortes”, referiu o ponta.

Este será o segundo de três jogos consecutivos no Pavilhão João Rocha e Diogo Branquinho deixou ainda uma palavra especial aos adeptos Leoninos.

“Foi fantástico ver a equipa, mesmo depois da derrota, a ser puxada pelos adeptos durante cinco minutos. É, no mínimo, emocionante. Só temos de agradecer-lhes e dizer que não só sabemos que podemos contar com eles, como eles também podem contar com uma grande resposta nossa. Vamos estar sempre a lutar por nós, por eles, pelo Clube, pelo nosso brilho, e temos toda a confiança de que vamos dar essa resposta o mais rapidamente possível”, garantiu.

Técnico e Salvador Salvador na reacção ao desaire europeu

Após o encontro frente ao HBC Nantes, que terminou em derrota Leonina (28-39), o treinador Ricardo Costa e o capitão Salvador Salvador marcaram presença em conferência de imprensa para analisar o difícil duelo da quarta jornada do grupo A da EHF Champions League. E ambos coincidiram que o arranque errático comprometeu cedo a discussão pelo resultado.

RICARDO COSTA

Breve análise ao jogo
“Foram 30 minutos desastrosos da nossa parte. Na segunda parte, tentámos, mas quando se começa desta forma é impossível ganhar na EHF Champions League.”

Resultado espelha realmente a diferença entre as duas equipas?
“A diferença hoje foi essa. Hoje, o HBC Nantes foi uma equipa completamente concentrada e bem preparada. Hoje, o principal responsável da derrota sou eu, porque acho que não consegui preparar o jogo da melhor forma, por muitos factores. Não é dia de ‘puxar as orelhas’, mas sim de ser mais um a apoiar. Foi realmente um jogo muito fraco da nossa parte. O HBC Nantes voltou a mostrar que é superior ao Sporting CP. Por muito que nos digam que somos uma das melhores equipas do mundo a jogar, há premissas das que não podemos abdicar, senão somos uma equipa normal. Hoje fomos uma equipa normal contra uma grande equipa.”

Um ano e meio depois, o Sporting CP não chegou aos 30 golos marcados
“[O que faltou] Foi tudo… O início de jogo não foi o que esperávamos. Entrámos frios na defesa, tínhamos de fazer mais faltas e o HBC Nantes é uma das melhores equipas a defender. Para ganhar este jogo não podíamos sofrer mais de 32 ou 33 golos. Quando sofremos 20 e tal na primeira parte, está hipotecada qualquer hipótese de discutir o resultado. Há erros que são básicos, mas lá dentro é diferente. Temos de aprender que, quando as coisas não estão a correr bem, temos de nos agarrar é ao que trabalhamos e defendemos. Prefiro pensar que só perdemos dois pontos. Temos de seguir em frente e há que aprender destes momentos. Hoje, não fomos alegres e, sem isso, não temos chama, nem conseguimos contagiar o nosso público. Vamos lutar, como sempre disse, por apurar-nos dentro dos seis primeiros, porque sei que as outras equipas ainda estão um pouco à nossa frente.”

SALVADOR SALVADOR

Breve resumo do jogo
“Penso que foi a pior parte que fizemos nestes dois anos de EHF Champions League. Não tivemos atitude, nem concentração, acumulámos erros estúpidos, entre golos fáceis falhados e livres de sete metros desperdiçados… Depois, torna-se muito difícil correr atrás do prejuízo contra uma das melhores equipas da Europa. Temos muito a melhorar.”

Como se reage a esta derrota?
“Acho que foi apenas sobre atitude. Se formos ver todos os outros jogos, as coisas até nos podiam correr mal, mas o que nos valia era sempre o ‘coração’ que púnhamos lá dentro. Acho que foi muito por aí que os adeptos se apaixonaram por nós. E, mais uma vez, os adeptos não nos deixaram cair. Temos de perceber que há muita gente connosco e que no sábado temos uma oportunidade para melhorar, mesmo sendo um jogo completamente diferente. Discordo em parte com o Ricardo, porque não é inteiramente o responsável por isto. Somos nós que estamos lá dentro e que temos de dar uma resposta. Agora, temos de seguir em frente, com os nossos objectivos e esta caminhada.”

Sporting CP caiu diante do HBC Nantes (28-39)

No Pavilhão João Rocha, a equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal perdeu com o HBC Nantes por 28-39, esta quarta-feira à noite, no jogo da quarta jornada do grupo A da EHF Champions League.

No início, tudo o que podia correr mal aos Leões, correu ainda pior e tornou o jogo praticamente irreversível muito cedo, apesar da bravura demonstrada numa segunda parte de ‘cara lavada’ ter deixado outra sensação perante o actual vice-campeão francês.

Com este desfecho, a equipa verde e branca viu o Aalborg Handbold ‘descolar’ rumo ao topo da tabela com os mesmos seis pontos do Füchse Berlin (tem menos um jogo), enquanto, logo atrás, o HBC Nantes igualou os quatro pontos Leoninos e do One Veszprém HC (menos um jogo) nas contas do grupo.

E desde bem cedo que o encontro se tornou um pesadelo para o Sporting CP, esta noite sem Filipe Monteiro nas opções. Logo com dois livres de sete metros falhados, alguns ataques imprecisos e duas exclusões a Christian Moga, abriu-se espaço para que o HBC Nantes – implacável no arranque – não só entrasse a vencer (1-4) como a aumentar progressivamente a sua vantagem ao longo dos primeiros onze minutos (2-7 e 3-10).

Aos poucos, Martim Costa tentou trazer a pontaria e Andrè Kristensen a solidez que estavam em falta do lado verde e branco, mas a diferença no marcador teimava em não reduzir e até a aumentar (8-15). Com uma capacidade defensiva brutal e uma constância e eficácia ofensivas que não baixaram, os franceses continuaram a castigar cada erro dos Leões, por sua vez, cada vez mais desconfortáveis na partida e agastados com algumas decisões de arbitragem (9-19).

Sucederam-se, ora as finalizações desenquadradas, ora as defesas de Nacho Bisca – 38,89% de eficácia entre os postes ao intervalo – até ao final duns atípicos primeiros 30 minutos que levaram o HBC Nantes em clara vantagem por 11-23.

E se a missão já estava para lá de complicada, o reatamento ainda elevou mais a dificuldade com um parcial de 0-3 (11-26) a abrir para os visitantes. Ainda assim, este Sporting CP, que não é de se encolher, reencontrou por momentos o seu jogo e algum ímpeto ofensivo - com o recém-entrado Mamadou Gassama a ajudar - para responder até ao 17-29.

Era íngreme a ‘montanha’ ainda pela frente, mas os Leões - de orgulho ferido - estavam dispostos a tentar escalá-la de forma heróica. Com um Pavilhão João Rocha a rugir cada vez mais alto e a defesa verde e branca a funcionar melhor, Martim Costa deu o ‘mote’ no ataque com a sua potência característica e três golos praticamente seguidos para colocar a diferença abaixo dos dez golos (23-32). O camisola 79 acabou com dez golos marcados.

Contudo, a ineficácia Leonina voltou ao encontro, enquanto pela frente cresceu também Ivan Pesic entre os postes (24-37), e o ritmo conseguido até então foi refreado de vez. 28-39 foi o resultado final, mas nada demoveu os Sportinguistas de aplaudirem e apoiarem a sua equipa para lá do fim do jogo. Também há dias assim, mesmo para uma equipa que tem feito sonhar os Sportinguistas entre a elite europeia da modalidade.

Quase seis meses depois de ter vencido no Pavilhão João Rocha – algo que não acontecia há dois anos – e, ao mesmo tempo, de ter sido o ‘carrasco’ dos Leões de Ricardo Costa nos quartos-de-final da anterior edição da EHF Champions League, o actual vice-campeão francês voltou a sair por cima em Lisboa.

Na próxima jornada europeia (16 de Outubro), os Leões de Ricardo Costa recebem o poderoso One Veszprém HC, mas antes disso têm de voltar ao Campeonato e enfrentar, este sábado (18h30), o FC Gaia, também no Pavilhão João Rocha.

Sporting CP: Edy Silva, Emil Berlin, Carlos Álvarez (2), Kiko Costa (2), Natán Suárez (1), Jan Gurri (2), Pedro Martínez, Salvador Salvador [C] (4), Orri Þorkelsson, Mamadou Gassama (2), Andrè Kristensen [GR], Diogo Branquinho (1), Christian Moga, Martim Costa (10), Mohamed Aly [GR], Victor Romero (4)

Andebol recebe o HBC Nantes na 4.ª ronda da EHF Champions League

O Pavilhão João Rocha volta a ser palco de uma grande noite europeia esta quarta-feira, às 19h45, com a equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal a receber o HBC Nantes na 4.ª jornada da EHF Champions League.

Depois da deslocação menos conseguida a Aalborg, na jornada anterior da competição, os Leões somaram três vitórias no Campeonato e regressam agora a casa em busca de um triunfo que lhes permita reforçar o percurso na Europa do andebol. Em antevisão aos meios de comunicação do Clube, o treinador Ricardo Costa lembrou o confronto com os franceses na última temporada, mas garantiu que o foco do grupo está na vitória.

"Espero que a equipa esteja na máxima força. Optámos por dar algum descanso na jornada [do Campeonato] contra o Arsenal CD, precisamente a pensar neste jogo. Esperamos, à imagem do ano passado, um HBC Nantes muito forte. Foi das equipas que o ano passado não conseguimos vencer, mas aqui não há espinhas atravessadas. É outro ano, outra época. Temos de seguir em frente", começou por dizer o técnico Leonino, sublinhando o valor do adversário.

"Olhando para o HBC Nantes, é praticamente a mesma equipa, com a adição do Ian Tarrafeta, um central espanhol internacional. A ideia de jogo deles mantém-se e, para mim, é das melhores equipas do mundo a defender. Daí a dificuldade que tivemos no ano passado. Não é por acaso que, com todo o mérito, se qualificaram para a final four da Liga dos Campeões", destacou Ricardo Costa.

Com determinação, o treinador acredita na capacidade da sua equipa para dar uma resposta positiva diante dos adeptos Leoninos.

"Queremos rectificar muitas das coisas que então fizemos menos bem e também o que aconteceu em Aalborg, uma viagem que não correu como esperávamos. Sabíamos que seria difícil conquistar pontos fora, mas em nossa casa mandamos nós. Por isso, esta é uma oportunidade para corrigir e podermos ganhar este jogo", reforçou.

O técnico analisou ainda alguns dos principais desafios tácticos que o Sporting CP encontrará em Lisboa.

"Não há vantagem de nenhuma das partes. Eles conhecem-nos bem e nós conhecemo-los a eles. A essência de jogo das duas equipas mantém-se. O jogo do HBC Nantes, centrado no pivot Nicolas Tournat, é uma das chaves, porque é um jogador que não defende e temos de tentar acelerar as transições para o obrigar a ficar dentro. Para isso, temos de conseguir defender bem e não sofrer mais de 32 ou 33 golos. Mais do que isso, dificilmente conseguiremos ganhar", explicou.

Por fim, Ricardo Costa deixou uma mensagem clara aos Sportinguistas:

"Sabemos da dificuldade, mas a ambição é máxima. Jogar em casa é, sem dúvida, uma vantagem, embora ache que o HBC Nantes é uma equipa que pouco treme. O ano passado pouco tremeu e até acho que jogaram cá muito melhor do que lá. Por isso, a presença dos Sportinguistas é mais para nós; para nos dar força. Que se juntem a nós e possamos viver mais uma grande noite europeia", apelou.

Após a vitória frente ao Arsenal CD (22-42), técnico destacou jovens da formação

No final da vitória sobre o Arsenal CD (22-42), Ricardo Costa destacou a seriedade da equipa e o mérito de uma aposta firme na juventude, num contexto de calendário intenso e com várias ausências.

"Há jogos importantes, há jogos para vencer, e este seria mais um. Já há pouco tempo tínhamos vindo a Braga defrontar o ABC e, desta vez, o calendário voltou a ditar uma deslocação", começou por enquadrar o técnico Leonino, em declarações aos meios verdes e brancos, explicando que a gestão do grupo foi feita com equilíbrio, mas sem abdicar da ambição de vencer.

“Apoiámo-nos na juventude. Procurámos, esta semana, integrar muitos jogadores tanto da equipa B como dos Sub-18, para que eles ajudem nesta fase onde temos demasiadas viagens, algum cansaço acumulado, mas fazê-lo sem hipotecar a importância de ganhar o jogo”, acrescentou, sublinhando que a estratégia resultou e a resposta do grupo foi exemplar.

"A resposta de toda a gente foi brutal, quer dos mais experientes, quer dos jovens, alguns com 15 e 16 anos, mas com muita qualidade. Ajudaram-nos, e isso é o mais importante. Dou-lhes os parabéns por esta estreia na equipa principal, porque para nós é decisivo", elogiou.

Sobre a integração dos mais novos e o papel da formação no contexto competitivo sénior, Ricardo Costa reforçou que o presente e o futuro do Clube se constroem lado a lado.

"O futuro é hoje. É aquilo que conseguimos fazer. É nossa obrigação hoje olhar para estes jovens que sonham em poder estar na equipa principal do Sporting CP. Será sempre uma responsabilidade, até porque a formação será sempre um dos pilares do Clube. Sabendo que não é fácil integrar uma equipa como a nossa, sempre que existir uma janela de oportunidade devemos ajudá-los e abrir espaço para que se sintam cómodos na nossa forma de jogar", apontou.

Por fim, o treinador projectou o próximo desafio, frente ao HBC Nantes, em jogo da quarta jornada da EHF Champions League, agendado para quarta-feira (19h45), no Pavilhão João Rocha.

"Quarta-feira teremos uma luta, frente, não direi, a um ‘velho conhecido’, mas a uma equipa que nos traz algumas memórias. É importante continuarmos a ter a audácia de conquistar pontos em nossa casa. Sabemos da importância de ganhar em casa e o HBC Nantes foi a única equipa que nos venceu aqui, tanto o ano passado como este ano, nos jogos que levamos na competição. Por isso, é muito importante conseguirmos jogar o nosso melhor andebol de ataque", sublinhou.

O técnico verde e branco elogiou ainda a consistência do adversário francês, sem deixar de vincar a confiança no seu grupo.

"É uma equipa muito bem trabalhada, com uma defesa fortíssima e uma base que se mantém praticamente igual à da época passada, reforçada com o internacional espanhol Ian Tarrafeta. Do nosso lado, também temos uma base sólida e características muito semelhantes. Acredito que será um grande jogo de andebol e, mais uma vez, espero que possamos encher o nosso pavilhão e sentir, mais uma vez, o apoio dos nossos adeptos", rematou.

Leões de Ricardo Costa triunfaram por 22-42 diante do Arsenal CD

A equipa de andebol do Sporting Clube de Portugal venceu, este sábado, o Arsenal CD por 22-42, em jogo a contar para a sexta jornada do Campeonato Nacional.

Com várias ausências na convocatória, Ricardo Costa apostou forte na formação Leonina, chamando seis jogadores da equipa de sub-20 para reforçar o grupo. A resposta, dentro de campo, foi de elevado nível: uma exibição séria e competente, que espelhou a profundidade e a qualidade do - presente e futuro - plantel verde e branco.

Com o jovem Bernardo Serra na baliza e um Pavilhão de Maximinos ruidoso a acompanhar o arranque da partida, os Leões começaram cedo a impor o seu jogo. Depois de um empate momentâneo a 1-1 nos instantes iniciais, o Sporting CP adiantou-se rapidamente no marcador, vencendo por 1-4 aos cinco minutos, com Emil Berlin, autor de três desses golos, em destaque.

O Arsenal CD ainda reagiu e reduziu distâncias, mas a resposta Leonina foi imediata e avassaladora: com dez minutos jogados, os Leões já venciam por 3-8, mostrando uma notável intensidade competitiva.

A liderar de forma confortável, a equipa de Ricardo Costa manteve a concentração e aproveitou as fragilidades do adversário, ampliando a vantagem de forma constante. Aos 17 minutos, o marcador registava um 5-14, num período em que Carlos Alvarez começou também a sobressair, dividindo o protagonismo com Emil Berlin.

Com o decorrer do primeiro tempo, o Sporting CP estabilizou a diferença na casa dos dez golos, apesar de alguns curtos períodos onde os bracarenses conseguiram chegar de forma mais precisa à baliza do guardião de 18 anos, em estreia oficial pela primeira equipa.

Aos 28 minutos, o Sporting CP vencia, assim, por 10-21, alcançando pela primeira vez uma vantagem superior a uma dezena. Até ao intervalo, o Arsenal CD ainda reduziu por uma vez, fixando o resultado parcial em 11-21, espelho fiel da superioridade verde e branca nos primeiros 30 minutos.

O segundo tempo começou a um ritmo mais arrastado. Com cinco minutos jogados, as equipas somavam apenas dois golos cada (13-23), mas o encontro foi ganhando balanço… e juventude. Tanto que, aos 40 minutos, o Sporting CP já levava doze golos de vantagem (15-27), com largo mérito para Pedro Velasco, ponta de apenas 17 anos, que, na sua estreia absoluta pela equipa principal, assinou três golos consecutivos e deu nova vida ao jogo.

Pouco depois, foi Miguel Figueiredo, também de 17 anos, quem aproveitou da melhor forma a oportunidade concedida por Ricardo Costa, estreando-se igualmente a marcar (15-30, aos 44 minutos).

Com um rigor competitivo assinalável, apesar da larga vantagem, o Sporting CP não desacelerou e já vencia por 16-35 aos 49 minutos. Nessa altura, Diogo Geraldes e Miguel Huzik também somavam minutos, enquanto Carlos Alvarez voltava a assumir a batuta do jogo, surgindo repetidamente em frente à baliza para finalizar.

À entrada para os 55 minutos, os verde e brancos, vestidos de cor-de-rosa, num gesto simbólico de apoio à luta contra o cancro da mama, atingiram a marca redonda dos 20 golos de diferença (19-39).

O domínio Leonino manteve-se firme até final e, já aos 58 minutos (21-41), Vasco Cardoso, mais um jovem da formação, assinou o seu primeiro tento pela equipa principal, com os Leões a ultrapassar a marca dos 40 golos.

Contas feitas, o Sporting CP selou o triunfo por 22-42, numa vitória natural, mas marcada pela seriedade, pelo espírito competitivo e, sobretudo, pelo brilho da juventude, que respondeu com maturidade, talento e personalidade à chamada de Ricardo Costa.

Agora, os Leões voltam a centrar atenções na EHF Champions League: na próxima quarta-feira, o Sporting CP recebe o HBC Nantes (19h45), em jogo da quarta jornada da fase de grupos.

Sporting CP: Emil Berlin (4), Carlos Alvarez (9), Jan Gurri (4), Pedro Martínez (3), Pedro Velasco (5), Diogo Geraldes (1), Mamadou Gassama (4), Diogo Branquinho (5), Filipe Monteiro (1), Bernardo Serra [GR], Christian Moga (1), Miguel Huzik, Vasco Cardoso (1), Miguel Figueiredo (3), Mohamed Ali [GR], Victor Romero (1). Treinador: Ricardo Costa.

Líder Sporting CP visita último Arsenal Clube da Devesa (sábado, 18h00)

A equipa de andebol do Sporting CP não pára e volta a entrar em acção, este sábado (18h00), com a visita ao Arsenal Clube da Devesa para disputar a partida referente à sexta jornada da primeira fase do Campeonato Nacional.

Na antecâmara deste duelo de 'pólos' opostos, entre uma equipa Leonina que lidera a tabela com pleno de pontos (15) e um conjunto recém-ascendido que ocupa o último lugar e só tem derrotas, Diogo Branquinho fez a antevisão aos meios de comunicação do Sporting CP, garantindo que apesar das naturais diferenças, não há lugar para facilitismo.

"É um jogo que vale exactamente o mesmo que os outros do Campeonato e queremos os três pontos. Sabemos que o normal é ganhar o jogo e, por isso, podemos ter tudo a perder. Tenho a certeza de que o Arsenal vai dar o seu máximo e pode dificultar-nos o jogo. Nós temos de dar o nosso máximo para o tentar facilitar", delineou o ponta verde e branco de 31 anos, apostado numa exibição, em Braga, capaz de "dominar todas as faces do andebol".

"Temos a nossa identidade e queremos mostrá-la em qualquer jogo, seja do Campeonato Nacional ou da Liga dos Campeões. Somos fiéis a uma defesa boa, onde temos melhorado e, depois, com o contra-ataque, jogar rápido e resolver. Se não for assim, apresentamos um jogo também muito fluído em ataque organizado, porque todos sabemos o que temos de fazer", detalhou o internacional português.

Diogo Branquinho não escondeu, ainda, que se avizinha "uma semana muito complicada", com o regresso da EHF Champions League, mas salientou a resposta categórica que os Leões têm dado a cada desafio para manter a confiança em alta. "Ter demasiados jogos é um bom 'problema', porque quer dizer que estamos em todas as competições em que ambicionávamos estar. Temos encarado todos os jogos de uma maneira boa e estamos muito confiantes pelo jogo que temos apresentado", concluiu.