Equipa de Vidal Fitas vai participar na 13.ª edição da Tropicale Amisso Bongo, de preparação para a Volta ao Algarve
O início do ano é sempre o momento das equipas europeias de ciclismo saltarem de continente, procurando destinos mais quentes, de forma a preparem as provas do calendário velocipédico que marcam o arranque da temporada. O Sporting CP/Tavira, com participação já assegurada na Volta ao Algarve em Fevereiro, deslocou-se, nesta tarde de sexta-feira, até Libreville, capital do Gabão, onde irá participar na 13.ª edição do Tropicale Amissa Bongo, juntamente com outras equipas europeias e africanas, como por exemplo as francesas Direct Energy e Delko Marselha; a alemã Bike Aid ou os italianos pro continental da Wilier.
"Estas provas de início de época são geralmente sempre fora da Europa. Há o Down Under na Austrália, na próxima semana há outra na Argentina (Tour de San Juan, antigo Tour de San Luiz), depois segue-se Omã, seguido de Abu Dhabi, enfim, tudo em zonas que neste momento vive outra estação. É importante chegarmos à competição com o mesmo tempo de estrada que as equipas world tour. Nesta altura do ano, seis ou sete dias de prova já faz diferença. Isto porque quem chegar sem preparação, quando se começar a ambientar ao esforço, já a prova está a terminar. Para a Volta ao Algarve, era importante participarmos numa prova deste tipo", explicou Vidal Fitas, director desportivo do Sporting CP/Tavira. "Deixa os ciclistas com outro golpe de pedal, se assim se pode dizer. É para adquirir ritmo. A partir daí, tudo vai depender de como a corrida se desenrolar, mas naturalmente que participamos para vencer, acrescentou.
Vidal Fitas escolheu o seguinte lote de corredores para defender as cores leoninas naquele país africano – que faz fronteira a Norte com a Guiné Equatorial e a Leste com o Congo: Joni Brandão; Alejandro Marque; Rinaldo Nocentini; Mario Gonzalez; Nicola Tofalli; e Fábio Silvestre.
"Partimos sempre com grandes expectativas. Representamos o Sporting CP e só isso é sinónimo de querer e ter de ganhar. Vai ser especial para mim porque estive muitos meses parado e este regresso à competição deixa-me muito contente. Temos de ser capazes de ganhar alguma etapa e apesar de não sabermos muito bem o que vamos encontrar, não será por isso que não vamos deixar tudo na estrada", contou Joni Brandão.
Alejandro Marque foi outros dos protagonistas leoninos que falou ao Jornal Sporting e à Sporting TV antes da partida para Libreville. Lembrou que saiu da Galiza – onde mora e treina – com temperaturas negativas e que irá ter de suportar os 30 graus positivos que se fazem sentir no Gabão. "Realmente é difícil. Sobretudo nos dois primeiros dias enquanto o corpo não se adapta às novas condições climatéricas. A pulsação é muito mais acelerada e, bom, são coisas a que nos temos que ir adaptando pouco a pouco e da melhor maneira. Vai ser assim para todos", explicou, adiantando: "Será uma prova de grande nível, com equipas franceses que estão Tour, profissionais e uma excelente oportunidade para ganhar ritmo e ver como estão os outros".
O Sporting CP/Tavira seguiu viagem com uma comitiva de 10 elementos (seis corredores e quatro de staff técnico), que se reuniram todos numa escala em Paris, onde se encontraram com Nocentini e Toffali, que viajaram de Itália.
A prova vai decorrer de 15 a 21 de Janeiro, dividida por sete etapas em linhas, num total de 1.011 kms.
