Goleada ao SC Lusitânia nos Açores (2-8)

De regresso à acção após a paragem internacional, a equipa masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal reatou a Liga, este sábado à tarde, com um incontestável triunfo por 2-8 diante do SC Lusitânia, relativo à 19.ª jornada da fase regular.

Num duelo de pólos opostos, os Leões de Nuno Dias não deram qualquer hipótese ao último classificado e somaram a 16.ª vitória consecutiva – já são mais de três meses sempre a ganhar. A três jornadas do fim, o Sporting CP segue imperturbável no primeiro lugar, agora com 53 pontos, mais oito que o SL Benfica, que ainda tem de jogar nesta ronda.

Sem Zicky Té nas opções, a cumprir um ciclo de cartões amarelos, os Leões entraram praticamente a vencer no Pavilhão Municipal de Angra do Heroísmo, graças a um autogolo, pouco depois de Rocha ter deixado a primeira ameaça.

Daí em diante, o Sporting CP continuou a dominar, como era expectável, mas só voltou a materializar isso em golos já depois dos primeiros dez minutos, quando uma incorporação de Henrique Rafagnin ao ataque soltou Rocha para oferecer o golo a Pauleta.

E não mais os Tetracampeões Nacionais pararam de marcar até ao intervalo, complicando de sobremaneira a vida à equipa da casa – leva apenas uma vitória e um empate em 2025. Depois de até ter desperdiçado a sexta falta dos açorianos, Sokolov correspondeu com sucesso a uma reposição lateral endossada para a área para fazer o 0-3, seguindo-se os tentos consecutivos de Wesley – numa rapidíssima transição – e Rocha.

A seguir, Pauleta estava no sítio certo para fazer a recarga e o expressivo 0-6 e, ainda nos últimos instantes da primeira parte, o SC Lusitânia reduziu de penálti (1-6), mas a toada do jogo não mudaria.

Decorridos cinco minutos do segundo tempo, Pauleta completou o hat-trick com um portentoso pontapé de pé esquerdo, da mesma forma que Rocha fez, pouco depois, para atingir um já inalcançável 1-8 quando os açorianos estavam em inferioridade numérica devido a expulsão.

Mais tarde, o SC Lusitânia ainda voltou a reduzir, fechando as contas da partida num expressivo 2-8.

Cumprida a missão nos Açores de forma categórica, na próxima jornada a equipa de Nuno Dias volta a jogar fora de casa, desta feita no recinto da ADCR Caxinas.

Sporting CP: Henrique Rafagnin [GR], João Matos [C], Wesley, Pauleta, Anton Sokolov, Gonçalo Portugal [GR], Kiko, Tomás Paçó, Renato Almeida, Bruno Dias, Taynan, Rúben Freire, Andriy Dzyalo, Rocha

Futsal desloca-se aos Açores para retomar a Liga

Após uma nova pausa de selecções, a equipa principal masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal prepara-se para voltar à acção, este sábado (14h00 hora local, 15h00 de Portugal continental), com uma visita ao SC Lusitânia, relativa à 19.ª jornada da fase regular da Liga.

Wesley foi um dos jogadores Leoninos em maior destaque nos trabalhos de selecções, tendo ajudado a equipa sub-25 do Brasil a vencer a Liga Evolução da CONMEBOL. Um patamar atingido graças ao contributo "fundamental" do Sporting CP, considerou, onde trabalha com "os melhores do mundo, sejam jogadores ou equipa técnica". "É algo que me faz aprender a cada dia", sublinhou em declarações aos meios de comunicação Leoninos, antes de perspectivar o regresso à Liga.

Já com os olhos postos no SC Lusitânia, o fixo/ala, que se considera um "jogador de equilíbrios", perspectivou um adversário focado em "transições" e apostado em dar trabalho aos Tetracampeões Nacionais, embora esteja 'afundado' no 12.º e último lugar da tabela - com apenas nove pontos. 

"Esperamos uma equipa que vai correr muito, mas cabe-nos fazer o nosso trabalho. Jogar bem do início ao fim para sair com a vitória", atentou Wesley, revelando ainda que a equipa está "tranquila" em relação à classificação. À falta de quatro jogos para terminar a fase regular, o Sporting CP lidera com 50 pontos, mais cinco que o segundo classificado, o SL Benfica.

Por fim, mesmo sabendo que a próxima partida será no Pavilhão Municipal de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, o futsalista dos Leões conta também com a presença dos Sportinguistas nas bancadas. "O Sporting CP tem sempre muitos adeptos. Espero que estejam lá para nos apoiar", apontou.

Leoas do futsal sem pontos contra o GCR Nun'Álvares

A equipa feminina de futsal do Sporting Clube de Portugal perdeu, este sábado, por 4-7 na recepção ao GCR Nun'Álvares para a 21.ª jornada da fase regular da Liga.

As Leoas inauguraram o marcador aos sete minutos por intermédio de Diana Silva, com as visitantes a empatarem pouco depois. A quase seis minutos do intervalo, o GCR Nun'Álvares virou para 1-2.

Aos 19', Diana Silva recuperou a bola no ataque e, num excelente gesto técnico, bisou para o 2-2 que se registava ao intervalo.

Já no segundo tempo, o GCR Nun'Álvares voltou a passar para a frente e aumentou a diferença para 2-4, com Júlia Santos a reduzir aos 31'.

Ainda assim, as forasteiras conseguiram voltar a marcar e distanciaram-se ainda mais (3-7), com Sara Galhardo a fazer o último golo do desafio para o emblema de Alvalade (4-7).

Na próxima jornada, a última desta fase, o Sporting CP visita o Maia FC.

Adjunto realçou melhorias no segundo tempo

Terminada a partida frente ao SCU Torreense, com vitória da equipa de futsal do Sporting CP por 6-3, Paulo Luís, treinador-adjunto dos Leões, fez o rescaldo aos meios de comunicação Leoninos – o treinador Nuno Dias foi expulso no decorrer do jogo.

“Estávamos cientes das dificuldades, porque o SCU Torreense tem vindo a crescer e, até pelos reforços de Janeiro, ficou mais preparada”, começou por dizer, antes de recuperar o desenrolar da partida, atribulada sobretudo na primeira parte.

“Entrámos muito bem no jogo com dois golos e relaxámos de certa forma, permitindo que o adversário entrasse no jogo. A partir daí perdemos o controlo do jogo. Na segunda parte melhoramos acima de tudo na atitude e nos duelos, embora com um nível baixo de eficácia”, apontou o técnico, realçando, no entanto, que “a melhor equipa ganhou o jogo”.

Além disso, não escondeu que foi um jogo que obrigou os Leões a “ir ao ‘coração’ e à parte emocional”.  “Mais uma vez estivemos muito limitados, mas a resiliência e a atitude vieram ao de cima, também com a ajuda do ‘sexto jogador’”, destacou ainda Paulo Luís.

Zicky Té, pivô do Sporting CP, também abordou esta 15.ª vitória consecutiva.

“Entrámos muito bem, mas sabíamos que não ia ser um jogo fácil. O adversário cresceu e nós tivemos de ser ainda mais equipa. Tivemos algumas dificuldades na primeira parte, mas na segunda estivemos melhor. Para vencer tínhamos de elevar o nosso nível”, reconheceu o autor de um dos golos no encontro.

Depois, o canhoto sublinhou a ambição verde e branca nesta fase regular da Liga. “Sabemos a importância de ficar no primeiro lugar, porque jogar no Pavilhão João Rocha é muito difícil para os adversários”, atentou a fechar.

Triunfo custoso e muito proveitoso diante do SCU Torreense (6-3)

Depois da conquista da Taça de Portugal em Matosinhos, a equipa principal masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal regressou à Liga, este sábado à noite, com um triunfo por 6-3 na recepção ao SCU Torreense, relativa à 18.ª jornada da fase regular.

E mais do que isso, esta 15.ª vitória consecutiva dos Leões de Nuno Dias, que tiveram de se aplicar a fundo, acabou por cimentar o primeiro lugar na tabela, porque o SL Benfica perdeu em casa do CRC Quinta dos Lombos (4-3).

A quatro jornadas do fim da primeira fase, o Sporting CP é líder (mais) isolado com 50 pontos, mais cinco que as águias.

No Pavilhão João Rocha, mesmo sem Henrique Rafagnin, Tomás Paçó e Rúben Freire nas opções da partida, além do suspenso João Matos e do lesionado Allan Guilherme, o Sporting CP entrou com tudo na quadra e antes de se cumprirem os primeiros dois minutos já vencia por 2-0. Decorridos apenas 11 segundos, quando ainda se entoava ‘O Mundo Sabe Que’ nas bancadas, Anton Sokolov fez o primeiro com classe ao picar a bola, de primeira, sobre Cristiano e, pouco depois, o russo trabalhou na área para voltar a ‘facturar’.

Os Leões continuaram por cima e a ameaçar, especialmente a remates de Wesley e Pauleta – e mais tarde num cara-a-cara de Diogo Santos -, mas o SCU Torreense foi mais eficaz e através de Tiago Quintão reduziu para 2-1. Além disso, a quatro minutos do intervalo, o actual décimo e antepenúltimo classificado beneficiou da sexta falta Sportinguista para chegar ao empate – pelo meio, o técnico Nuno Dias recebeu ordem de expulsão no banco de suplentes.

Ainda assim, os Tetracampeões Nacionais não sentiram o golpe e responderam da melhor maneira, com muito caudal ofensivo e insistência até ao 3-2. Depois de Vítor Xisto e o guardião Cristiano terem travado duas bolas com ‘selo’ de golo, Alex Merlim desequilibrou sobre a esquerda e serviu para o desvio, agora mortífero, de Taynan para levar os Leões em vantagem para o segundo tempo. Foi o golo 100 do Sporting CP nesta edição da Liga.

O conjunto verde e branco voltou a entrar melhor, mas desta vez sem a mesma pontaria: Wesley viu o remate colocado defendido e Merlim, em força num livre estudado, acertou no poste. Já ao SCU Torreense bastou aproveitar um canto para, com um forte remate de Célio Coque, repor a igualdade no marcador e voltar a aumentar a ‘temperatura’ do encontro, que continuou a ser dominado pelos Leões.

E só os postes (duas vezes) e Cristiano foram adiando o golo, mas seria inevitável – e desta vez para decidir o animado duelo. Zicky recebeu de costas para a baliza, rodou e marcou e, pouco depois, uma jogada de Taynan acabou em autogolo.

Feito o 5-3, o emblema de Torres Vedras apostou no guarda-redes avançado e conseguiu aproximar-se mais da baliza de Bernardo Paçó, mas os Leões, que até podiam ter matado o jogo nas várias transições conseguidas, escudaram-se de forma sólida no momento defensivo - e Nuno Miranda ainda foi expulso nos visitantes. O marcador, no entanto, voltou a mexer pela última vez a escassos 17 segundos do fim, com Sokolov, em força, a apontar o sexto do Sporting CP e completar o hat-trick – leva 18 golos na Liga, onde se voltou a destacar como melhor marcador.

Missão cumprida no Pavilhão João Rocha e com prémio extra pelo resultado do rival SL Benfica em Carcavelos. Na próxima jornada, o Sporting CP desloca-se aos Açores para enfrentar o SC Lusitânia, último classificado.

Sporting CP: Gonçalo Portugal [C], Leonildo Injai, Zicky Té, Diogo Santos, Wesley, Pauleta, Anton Sokolov, Bruno Dias, Bernardo Paçó [GR], Andriy Dzyalo, Renato Almeida, Alex Merlim [C], Taynan, Rocha

Leoas vencem na casa da UA Povoense (0-6)

A equipa principal feminina de futsal do Sporting Clube de Portugal visitou e venceu a UA Povoense por 0-6, em jogo da 20.ª jornada da fase regular do Campeonato Nacional.

Após mais de um mês de paragem, as Leoas voltam assim à competição da melhor – e em melhor - forma, com um triunfo importantíssimo para as contas finais da prova.

Na Póvoa de Santa Iria, as comandadas de Teresa Jordão começaram a construir o resultado à passagem dos oito minutos, por intermédio de Diana Silva – ela que, um minuto depois, avançou em velocidade pela direita e serviu Beatriz Santos para um mais confortável 2-0.

Aos 16’, foi a vez de Mariana Gandarez fazer o gosto ao pé, finalizando de forma irrepreensível - com a canhota - uma boa jogada de combinação agora pela esquerda. A universal de 27 anos, reforço de Inverno do Clube, assinou, assim, o seu primeiro golo ao serviço do Sporting CP.

Cinco minutos após o regresso dos balneários, Júlia Santos dilatou o resultado com um remate indefensável. Estavam jogados 25 minutos. Aos 28’, foi Sara Galhardo, na passada e sozinha à entrada da área, quem apontou o 5-0.

Uma mão cheia de golos para as Leoas, que não se ficariam por aí: aos 32’, aproveitando a baliza vazia na sequência de uma subida da guardiã da casa na quadra, Beatriz Fonseca fixou de muito longe o resultado num incontestável 0-6 final.

Na próxima jornada, as Leoas recebem o GCR Nun’Álvares, numa partida agendada para as 15h00 de 13 de Abril.

Sporting CP recebe SCU Torreense este sábado, às 19h30, para a jornada 18 da Liga.

A equipa de futsal do Sporting CP recebe este sábado, a partir das 19h30, o SCU Torrense, no Pavilhão João Rocha, para a jornada 18 da Liga e na antevisão da partida, Pauleta, ala Leonino, lançou os dados aos meios do Clube. 

“O nosso objectivo, seja qual for o jogo, é sempre ganhar, este [frente ao SCU Torreense] não foge à regra e jogar em casa, com os nossos adeptos, é sempre bom”. 

Pauleta detalhou o que espera encontrar por parte do adversário no jogo deste sábado, ao final da tarde. “O SCU Torreense agora está melhor, tem um treinador novo, com novas ideias e, dos jogos que vimos deles para preparar o nosso jogo, sentimos que eles melhoraram e estamos preparados”. 

Na primeira volta, em Torres Vedras, o Sporting CP venceu por 0-7, mas Pauleta alerta que não há jogos iguais. “Todos os jogos são diferentes, a motivação é diferente e nós sabemos que vai ser um jogo diferente, melhor, assim o esperamos e estamos preparados”, reiterou.   

Pauleta avançou com o que será necessário para o Sporting CP somar mais uma vitória, este sábado. “O que fazemos todos os jogos, ‘dar a vida’, jogar bem, ganhar, tentar conquistar os três pontos que é o mais importante”. 

Para o ala canhoto do Sporting CP, as últimas cinco jornadas da fase regular da Liga serão muito importantes. “Todos os jogos para nós são finais, temos de ganhar os jogos todos”, referindo ainda que “todos sabem a exigência de jogar no Sporting CP, jogamos todos os jogos para ganhar e conquistar os três pontos”. 

O esquerdino referiu que a equipa Leonina tem sido capaz de superar ausências de atletas por lesão e desvendou a chave para ultrapassar as contrariedades. “Também é a união entre nós, a disponibilidade que temos.  Jogamos no Sporting CP, o melhor clube e estamos preparados para qualquer jogo e qualquer adversidade”.

Festa verde e branca em Matosinhos

Soada a última buzina, a festa verde e branca tomou conta da quadra e das bancadas no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos. Durante os festejos, vários protagonistas da conquista de mais uma Taça de Portugal deram voz à sua felicidade em declarações à Sporting TV.

Bernardo Paçó (eleito o Melhor Guarda-Redes da final)
“Este prémio é, também, muito do Henrique, porque não tivemos a melhor entrada e os primeiros dez minutos foram dele. Manteve-nos no jogo e fez muitas grandes defesas. Vou dar-lhe o prémio, porque para mim foi o melhor guarda-redes da partida. Acho que temos trabalhado muito bem e é muito difícil para o Nuno escolher e essa competitividade, com o Gonçalo também, faz-nos crescer e tem dado resultado. Vínhamos com uma ‘fome’ gigantesca para ganhar este troféu. Queríamos muito dar uma Taça de Portugal a muitos dos nossos colegas que não tinham nenhuma e realizamos esse sonho. É uma felicidade enorme”.

Henrique Rafagnin
“Vamos partir [a distinção] ao meio (risos). Esta união faz-nos competir ao mais alto nível. Soubemos sofrer e depois com a entrada do Bernardo conseguimos fazer dois golos com as suas subidas e isso deu uma grande volta para nós. Parabéns para nós e para os adeptos. É sensacional. Mais um título para o Sporting CP e para nós”.

Tomás Paçó (eleito MVP da final)
“Tive muito tempo de fora, como vários jogadores, e os outros aguentaram o barco. A atitude da equipa deve-se a esses jogadores, como o Wesley, que ficou injustamente fora deste jogo. Eu sabia que tinha de fazer um duplo esforço por isso. Chegamos aqui todos unidos e é lindo levantar este troféu com a equipa. A mudança da nossa atitude nos últimos minutos da primeira parte fez a diferença e quando começámos a ganhar duelos é meio caminho para marcar golos. Felizmente, conseguimos ir para o intervalo a vencer e na segunda parte estivemos muito bem. [Apoio dos adeptos] Hoje marcaram presença em grande e foram o sexto jogador. Espero que continuemos assim”.

Alex Merlim
“Foi um jogo especial e para mim é um prazer partilhar a quadra com grandes jogadores e o SL Benfica tem muitos. Eu procuro desfrutar, dar o melhor por esta camisola e isso é feito nestes palcos, disputando títulos. Jogamos sempre pelos que estão fora também, porque sabemos da vontade que têm de estar dentro da quadra. [Mais um título] É sempre como se não tivesse vencido nenhum troféu. Temos de almejar sempre ser campeões”.

Taynan
“Parabéns a estes adeptos maravilhosos. Foi um jogo digno de um dérbi, com uma primeira parte complicada, mas aqueles minutos surreais só uma equipa como a nossa conseguia para dar a volta ao marcador assim. Na segunda parte voltámos com outra mentalidade e estivemos muito bem para ficar com a Taça. Hoje vamos festejar até Lisboa, mas amanhã temos de trabalhar. Agora vamos focar-nos nas duas competições que faltam”.

João Matos
“Acima de tudo, é uma marca fantástica. É extraordinário estar na totalidade [dez] das Taças de Portugal do Sporting CP. É um título importante para nós, porque não há fim de ciclo no Sporting CP. Mostramos a força de uma grande equipa. Propomo-nos ganhar tudo em todos os anos, falhámos uma [a Supertaça] e já conquistámos duas [Taça da Liga e Taça de Portugal]. Sabe muito bem ganhar. Foi um jogo difícil, e também por isso tem outro sabor. O adversário criou-nos muitas dificuldades com mérito e só sendo uma equipa unida e competente é que conseguimos dar a volta. Festejar faz falta e depois preparar os objectivos que temos pela frente”.

Treinador reagiu à conquista em conferência de imprensa

Após a vitória por 4-3 sobre o SL Benfica na final da Taça de Portugal e a festa na quadra partilhada com os adeptos, Nuno Dias, treinador a equipa de futsal do Sporting CP respondeu às perguntas dos jornalistas em conferência de imprensa.

Entre outros temas, o técnico abordou a exibição em crescendo da sua equipa, as dificuldades do início e a forma como conseguiram sair a vencer para o intervalo (2-1), a vontade intacta de continuar a vencer que norteia o grupo e, ainda, os elogios ao apoio sentido graças aos muitos Sportinguistas presentes em Matosinhos.

As dificuldades iniciais e a estratégia com os guarda-redes
“Nos primeiros dez minutos, o SL Benfica foi superior, criou perigo e não nos deixou jogar. Nós não tivemos muitas chances para subir com o Henrique e tínhamos falado com ele e o Bernardo que por estratégia e pelas suas características – um mais calmo e de passe, e outro mais agressivo a atacar o espaço – durante o jogo íamos alterando na baliza. Acabamos por ter conseguido, com essa alteração, que numa subida do Bernardo fizéssemos o 1-1. Depois, crescemos, criamos perigo, fomos mais agressivos e acabámos por melhorar bastante durante a primeira parte e, com alguma felicidade, passámos para a frente a dois segundos do fim”.

A importância (relativa) da reviravolta a fechar a primeira parte
“Foi importante ir a vencer para o intervalo, mas, no futsal, a emoção do jogo tem que ver com o perigo constante nas balizas. A probabilidade de o resultado alterar-se é grande. É sempre importante estar em vantagem, mas era curta”.

Um Sporting CP melhor na segunda parte e um “resultado justo”
“Sabíamos que o SL Benfica queria melhorar, mas nós entramos com a postura certa e acho que na segunda parte fomos melhores. O jogo continuou equilibrado, mas as melhores oportunidades foram nossas e soubemos entender melhor o que o jogo estava a pedir, e o SL Benfica travou-nos muitas vezes em falta, muitas mais do que as que foram assinaladas. Acho que o resultado é justo e é mais uma conquista brilhante de um grupo de trabalho extraordinário e de quem me orgulho muito de pertencer e liderar”.

As melhorias e o mérito em dar a volta ao dérbi
“O SL Benfica não nos deixou jogar e teve mérito. É uma equipa agressiva, rouba bolas e espaço e nós não conseguimos jogar. O nosso mérito foi dar a volta a uma situação que estava estranha para nós. Conseguimos, aos poucos, perceber o que era importante fazer: encurtar distâncias, jogar mais rápido, ser mais vertical quando a bola entrava no pivô. Tínhamos de andar para a frente. Melhorámos e acabamos por fazer um bom resultado e conquistar mais um troféu”.

Continuar a vencer apesar das adversidades
“A quantidade de lesões que temos tido, jogadores limitados, os reforços de Janeiro e um certificado que demorou a chegar, a saída do Tatinho… Dava uma série de categoria. É nas dificuldades que temos vivido que se fazem as grandes equipas. Muitas vezes cheguei ao treino e não sabia quantos elementos tinha para treinar. Felizmente a nossa equipa de sub-19 – e parabéns à selecção por ter conseguido o apuramento para o Europeu – com o Leonildo, o Renato e outros, têm-nos ajudado e feito com que os treinos rendam. Tem sido uma época extraordinária e as dificuldades só nos fazem crescer, estar mais unidos e estar mais fortes”.

A vontade incessante de vencer títulos
“Estamos a ajudar o Sporting CP a ter mais troféus, isso é o mais importante. O que conta é a forma como ajudo um grupo que é de vencedores e não se cansa de ganhar. Com tantos troféus, esta equipa continua com fome de títulos. Para mim, este é como se fosse o primeiro e fico com a sensação que cada vez é mais duro e exigente. No fim, é um desabar de emoções por alcançar mais um objectivo”.

Elogios ao apoio dos Sportinguistas presentes
“Seja onde for, os nossos adeptos estão sempre presentes e a ajudar-nos. Muito. Às vezes parece um cliché e repetitivo, mas ajudam-nos muito. Transmitem uma alma para a equipa que ajuda a superar-nos”.

Reviravolta sobre o SL Benfica na final (4-3) deu décima Taça de Portugal

A equipa principal masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal conquistou, este domingo à noite, a Taça de Portugal ao ter derrotado o SL Benfica por 4-3 na final, disputada num lotado Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos. Os golos foram apontados por Zicky Té, Tomás Paçó (dois) e Alex Merlim.

Depois de ter perdido as finais das últimas duas edições, à terceira tentativa foi de vez e voltou a ficar com a prova-rainha, a décima do seu palmarés – não a vencia desde 2021/2022, então tinha sido a quarta consecutiva. Desta forma, o Leão volta a reinar na prova-rainha, onde se destacou de novo como o clube mais titulado.

Neste terceiro dérbi da época, o primeiro com um título em discussão, Nuno Dias introduziu Rocha na ficha de jogo no lugar do suspenso Wesley (expulso na meia-final) e apostou de início em Henrique Rafagnin, Tomás Paçó, Alex Merlim, Taynan e Zicky Té - Gonçalo Portugal e Bruno Dias ficaram fora das opções, tal como o lesionado Allan Guilherme.

Mais pressionantes sem bola e objectivos com ela, as águias entraram por cima e deixaram várias e sérias ameaças logo nos primeiros minutos, mas Henrique Rafagnin brilhou e opôs-se a todas elas. Arthur, André Coelho e Jacaré foram os primeiros a testar os reflexos do brasileiro, que com duas ‘manchas’, mais tarde, ainda negou dois golos certos a Carlos Monteiro e Lúcio Rocha e prolongou o nulo.

Quase a meio do primeiro tempo, os Leões soltaram-se mais e esboçaram uma reacção ao conseguir algumas aproximações à área encarnada, mas nada saiu bem em termos de definição. Pouco depois, Merlim e Rocha, com remates de longe, colocaram Léo Gugiel em sentido, mas o SL Benfica aproveitou uma bola parada para inaugurar o marcador do dérbi. De livre directo, em zona frontal, André Coelho atirou a contar aos 14 minutos.

O empate Leonino até podia ter sido imediato, mas nem Tomás Paçó – falhou o desvio final a uma bola de Bernardo Paçó -, nem Zicky – atirou ligeiramente ao lado – tiveram pontaria. Ainda assim, quando a eficácia verde e branca chegou foi em força e para virar o dérbi de pernas para o ar com uma reviravolta a fechar a primeira parte.

Depois de Bernardo Paçó já ter levado a melhor num cara-a-cara com Lúcio Rocha, voltou a incorporar-se com qualidade ao ataque e, desta vez, a sua bola colocada na área encontrou resposta à altura: Zicky, com classe, desviou para o fundo das redes para o empate a pouco mais de um minuto para o intervalo.

Tempo suficiente para os Leões atearem de novo a festa na bancada Sportinguista ao tomarem conta da liderança do marcador. Novamente, tudo começou no jovem guardião e, sempre de bola no ar, Taynan e Sokolov desenharam a jogada que culminou no remate fulminante de Tomás Paçó na área para o golo do 2-1, conseguido a dois segundos da buzina.

Reatada a final, Bernardo Paçó fechou a baliza perante Arthur logo a abrir e o equilíbrio reinou, com o Sporting CP a conseguir contrariar as intenções adversárias e sendo progressivamente até mais ameaçador no ataque. E voltaram os golos – em catadupa – ao dérbi.

Afonso Jesus, primeiro, ainda tirou à última hora um golo certo a Taynan, mas no canto que se seguiu Tomás Paçó confirmou o 3-1 de cabeça. A resposta das águias até foi imediata, graças a um simples desvio de Arthur na área para reduzir a desvantagem, mas com igual eficácia e prontidão - e um toque de magia - reagiu também o Sporting CP.

A partir da esquerda, o ‘mago’ Merlim atirou rematou cruzado e em força para o 4-2 que deixou os Leões mais perto do troféu e obrigou o rival a esforços redobrados.

O SL Benfica apostou em Diego Nunes como guarda-redes avançado para os derradeiros minutos e essa foi a receita que valeu o 4-3, que, no entanto, chegou a escassos quatro segundos do fim. Foi férrea a fortaleza defensiva Leonina e, soada a buzina, a festa em Matosinhos pintou-se de verde e branco.

Pouco mais de um mês depois da conquista da Taça da Liga, os Leões de Nuno Dias juntam mais uma Taça de Portugal ao palmarés e continuam a só saber vencer nos últimos 14 jogos.

Sporting CP: Tomás Paçó, Zicky Té, Diogo Santos, João Matos [C], Pauleta, Anton Sokolov, Bernardo Paçó [GR], Andriy Dzyalo, Alex Merlim, Taynan, Rocha, Rúben Freire, Henrique Rafagnin [GR]