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Opinião

Alma de Leão!

Por Tito Arantes Fontes
12 Jun, 2025

ALMA DE LEÃO – Hoje agarro-me ao que dizem os nossos Consócios. Tenho um velho, bom e grande amigo, médico, excelente por sinal, ou seja, um homem dedicado aos outros, à saúde e ao bem-estar. É um Leão de "Juba Alta", de sempre, de toda a vida, meu companheiro de bancada décadas a fio e que assim vai continuar. No meio das centenas e centenas de mensagens que fui recebendo no nosso "Maio de Ouro" elegi o SMS que este meu querido amigo enviou – no dia seguinte à conquista do nosso Bicampeonato (antes da Taça de Portugal, portanto) – para um dos inúmeros grupos de Leões de que faço parte. É comovente! É o que lhe brota e brotou genuinamente da alma, do seu "coração de Leão"! É, na verdade, o sentir de gente da sua, minha geração! Gente que se vai aproximando dos 70 anos de vida. E – Por tudo – resolvi partilhar a mesma, ou melhor alguns excertos, nesta coluna. Faço votos que a sintam como eu e tantos outros leões a sentiram. Reza assim este nosso Consócio:

"Estou com uma monumental ressaca. Com todos os sintomas: a acordar a meio da noite (sim, ontem dormi o "sono dos justos" ou melhor dos injustiçados), com uma grande dor de cabeça, ter a mesma a andar à volta, nem acreditar no que aconteceu. Mas é uma ressaca diferente, é uma ressaca não etílica, tirando uma lágrima de tinto ao almoço, ontem nem entrou uma gota de álcool (nem champanhe com amigos) no meu "sistema". É uma ressaca emocional. É uma ressaca de anos e anos em que se foi acumulando a sensação de quase, o quase nunca, o quase quase, umas por culpas próprias, outras – na maioria – empurrados por forças exteriores, também pelos media que agora nos louvam, mas que foram cúmplices tanto e tanto tempo de "Calabotes e Calheiros", dos apitos dourados e encarnados que dizimaram plantéis de excelência, que impediram que jogadores e equipas de elite fossem campeões. É uma ressaca de tantos e tantos anos a ser o underdog, uma dita elite que aguentava estoicamente o gozo da maioria ruidosa que não sabia ganhar, nem perder. Esta época saliento duas idas ao nosso templo: o jogo com o Lille e ontem, dia de Campeões! Curiosamente o mesmo resultado, dois a zero para o Sporting CP! Por motivos vários tive de sair ao intervalo... faltou-me o pé ou o coração, tive uma sensação de ansiedade ou até de angústia no meio de tanta gente. Já percebi que actualmente sabe-me bem partilhar as grandes tristezas, mas as grandes alegrias são interiores, solitárias e silenciosas. E ontem, apesar da náusea da incerteza, sabia que a maré ia subir e nos inundar de felicidade. O encontro estava marcado, faltava só acertar a hora. Mas agora é tempo também de reconhecimento e para memória futura quero deixar aqui uns apontamentos de profunda gratidão. Em primeiro lugar ao plantel do Sporting CP, foram uma equipa de Leões fortes e amigos, resolutos e que não tremeram perante as adversidades, as mudanças inesperadas de rumo, as lesões, as pressões de todo o tipo; foram mesmo uma pride of lions por quem temos o maior orgulho deste mundo. Em seguida, a Ruben Amorim que tanto contribuiu para o que se contruiu e que, apesar da sua saída, nos deixou com uma almofada pontual que nos permitiu não ter consequências irreversíveis. Logo após, a Rui Borges que colou os cacos e com resiliência transmontana trouxe tranquilidade e blindagem ao grupo. Depois – natural e obviamente – a Frederico Varandas que soube ler e reconhecer momentos e ter e arranjar soluções, sempre a tempo, sempre bem, sempre adequadas. E – por fim – aos meus amigos, muitos amigos de verdes anos, todos amigos de "anos verdes", que fazem o favor de aturar os meus desabafos, o meu comportamento bipolar entre a maior euforia e a depressão; é aqui que venho buscar alento nas derrotas e cumplicidade nas vitórias. É aqui o meu "Marquês de Pombal"! Porque partilhamos um saber muito autêntico: mesmo após muito esforço, uma enorme dedicação, uma irracional devoção, nem sempre chega a Glória. Mas quando chega, como agora chegou, mesmo que seja fugidia, leva-nos ao céu, ao convívio dos "beatos" Manuel Fernandes ou Aurélio Pereira, para só falar dos mais recentes. Em comunhão com muitos daqueles familiares e amigos que já partiram e que nos esperam em verdes prados para retomar conversas interrompidas cedo demais. Eis o Sporting CP!".

ANDEBOL – Conquistámos a Taça de Portugal, o sétimo título seguido! É fantástico! Obra superior de uma equipa de luxo! E que vai continuar... os manos Costa e o capitão Salvador Salvador já renovaram e são a garantia disso mesmo! Muitos Parabéns, andebol!

FUTSAL – Apurados para a final, à melhor de cinco! Pela 15.ª vez consecutiva, feito único no futsal nacional. Vamos disputar o título mais uma vez contra o SL Benfica.  Queremos o penta, que será record também no futsal nacional! Sabemos de todas as dificuldades que temos tido esta época, mas também sabemos de que ADN esta equipa é feita! Vamos a isso! Vamos a eles! Força, Leões! Coragem, equipa!

HÓQUEI – Lutámos muito! Lutámos bem! Ficámos pelas meias-finais no João Rocha frente ao FC Porto. Mas cumprimos a nossa História, tivemos raça, tivemos querer! Força, equipa! Parabéns, hóquei! E obrigado, Angêlo Girão! Obrigado, João Souto! Obrigado, Matias Platero! Obrigado, Toni Pérez!

VÂNDALOS – Inenarrável e intolerável o ataque perpetrado ao carro em que alguns adeptos portistas seguiam para o Porto, após o jogo de hóquei. Não há nada que justifique a barbaridade cometida! Não é isto que queremos no nosso desporto. E o Sporting CP não é isso! Bem, pois, esteve a comunicado do Clube a verberar o sucedido!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S – Acabo de saber das declarações há minutos de Frederico Varandas sobre a "novela" da eventual saída de Gyökeres. Como disse o presidente: "O Clube tem bom senso e tem palavra!". É isso mesmo! Confiança total, pois, em quem defende os nossos interesses e não se deixa influenciar por forças exteriores, sejam elas quais forem! E ao serviço de quem estiverem! Força, Frederico!

Triplete!

Por Juvenal Carvalho
12 Jun, 2025

Mal acabou o jogo da final da Taça de Portugal de andebol – a 19.ª e quarta consecutiva conquistada pelo Sporting Clube de Portugal – ainda festejava efusivamente o feito, quando recebi de um amigo, via WhatsApp, um quadro com as conquistas por modalidade, do futebol às principais de pavilhão, e esse quadro é  pintado com tanta tonalidade verde, que é com um orgulho incomensurável que todos nós, que trazemos o símbolo do Leão no coração, assistimos a este momento histórico e que marca, sem arrogância, uma hegemonia clara do nosso Clube sobre os demais. E, porque, quando começava a escrever este texto, na "fortaleza" do João Rocha acabávamos de conseguir garantir a final do campeonato de futsal (já conquistámos a Taça de Portugal e a Taça da Liga) e no hóquei em patins (ganhámos a Taça de Portugal), vimos cair nas grandes penalidades a hipótese do acesso à final. Claro que no futsal, sabendo que teremos opositor de peso, temos legítimas esperanças de conseguir aumentar este pecúlio.

Decididamente, a época desportiva de 2025/2026 está a correr bem ao Sporting CP. Como digo invariavelmente, ninguém ganha em tudo, nem sempre. Mas uma coisa é certa. Sem trabalho nada se consegue. E na "oficina" do Leão, independentemente da modalidade, tudo é feito no sentido de que as conquistas possam estar mais perto... e não aparecem por acaso.

Mas falando do não por acaso, esse tema é perfeitamente adequado aplicar ao nosso andebol, modalidade que foi até ao momento a última a ganhar um troféu, e que trouxe com ele o pleno das conquistas nacionais, que conseguiu o triplete (Campeonato, Taça de Portugal e Supertaça). Mas também na EHF Champions League tivemos um Leão fantástico, que ficou à porta da final four, num desempenho soberbo que só terminaria nos quartos-de-final, ante os franceses do Nantes. E quando Ricardo Costa, após a conquista da Taça de Portugal, lamentou não conseguir estar presente no palco máximo do andebol europeu no próximo fim-de-semana. Momento esse que esteve tão perto e que seria a cereja no topo do bolo de uma temporada FABULOSA!

Uma época verdadeiramente apoteótica. A sétima conquista seguida de troféus nacionais. Um feito simplesmente incrível, assente num projeto em que, aquando da chegada de Ricardo Costa, se percebeu desde logo que havia algo mágico que estava para vir.

E veio mesmo. Apostando em jovens fantásticos como Kiko Costa e Martim Costa – que jogadores tremendos estes manos; com o crescimento da prata da casa, que fantástico jogador está o Salvador Salvador e, para não me alongar mais e não individualizar aqui, aquilo que é um todo, porque tudo foi feito de forma cirúrgica, todos... mesmo todos merecem os maiores elogios.

E o Leão, que foi "penta" em tempos idos, volta a viver no andebol – e não só obviamente, tempos memoráveis. 

O eclectismo sempre fez parte integrante do ADN do Leão. Foi até ele o suporte do Clube em momentos menos bons do desporto-rei. É ele que, com tanta conquista, faz do nosso Museu algo especial. Algo transcendental, até. 

E para além disso, parafraseando alguém que com papas e bolos quer enganar os tolos, mas está difícil mesmo esses que ele quer enganar acreditar naquele seu ruído do desespero, "O Sporting tem isto tudo minado". É verdade, temos mesmo isto tudo minado... mas de trabalho e de competência.

P.S 1 – 10 de Junho de 2025. A data que ditou o adeus aos rinques de Ângelo Girão. Uma careira linda e coroada de sucesso.  Enorme nas balizas. Uma garra arrebatadora. Ficará eternamente como um dos nossos. Obrigado por tudo, Ângelo Girão. Proporcionaste momentos verdadeiramente inolvidáveis aos Sportinguistas. Tornaste-te uma referência do Sporting Clube de Portugal. Sê feliz no futuro. Jamais te esqueceremos.

P.S 2 – Parabéns a Portugal pela vitória conseguida na Liga das Nações de futebol. Em especial para os nossos quatro representantes: Rui Silva, Gonçalo Inácio, Francisco Trincão e Pedro Gonçalves, como também para aqueles que já antes envergaram o símbolo do Leão: Nuno Mendes, Renato Veiga, João Palhinha, Francisco Conceição, Bruno Fernandes, Rafael Leão e Cristiano Ronaldo. A prova provada do trabalho que tem sido feito pelo Sporting Clube de Portugal em prol do futebol português. 

Persistência e superação

Por Mafalda Barbosa
12 Jun, 2025

Editorial da edição n.º 4030 do Jornal Sporting

(per·sis·tên·ci·a)

Perseverança.

Constância.

Firmeza.

Vencer não cansa. Mais uma meta alcançada. Mais um título conquistado.

Desta vez, a 19.ª Taça de Portugal do andebol verde e branco que se junta à Supertaça e ao Campeonato Nacional.

Feita de ambição, persistência, esforço, união, superação e muita, muita, vontade de fazer História.

O triplete voltou a repetir-se pelo segundo ano consecutivo e tanto os atletas Leoninos, como o treinador, Ricardo Costa, não podiam estar mais orgulhosos desta conquista e agradecidos à onda verde e branca que sempre apoiou a equipa.

“É difícil ter palavras para os adeptos, quero dar-lhes o devido mérito. Esta vitória também é deles”, frisou o treinador, salientando ainda: “Estamos a marcar uma geração e muito felizes por mais uma época de sucesso”.

O sucesso reflecte a soma de pequenos esforços e cada meta atingida é um pequeno passo para um grande feito.

Objectivo alcançado, conquista celebrada, agora é tempo de começar a sonhar com o próximo.

Porque “os dias prósperos não vêm por acaso, nascem de muita fadiga e persistência”.*

*Henry Ford

Ecos da Glória!

Por Tito Arantes Fontes
05 Jun, 2025

ALEGRIA COLOSSAL – Continua o Mundo Sportinguista em grande e permanente satisfação! Não é caso para menos. Foi um inolvidável fim de temporada! Um Maio espectacular! Muito especialmente desde o jogo com o Gil Vicente FC que vivemos em total festa! Primeiro querendo viver o momento, depois chorando de alegria agarrados a Eduardo Quaresma e depois festejando a bom festejar o Bicampeonato, a Taça de Portugal e o consequente gozo máximo que constitui a dobradinha!

CAMINHADA FINAL – Esse jogo com o Gil Vicente FC teve lugar no dia 4 de Maio. Todos recordamos que sofremos a bom sofrer em virtude do golo do Gil, de penálti, antes da meia-hora de jogo. O difícil que foi a nossa remontada! O golo salvador de Maxi Araújo já depois dos 80 minutos de jogo. E o êxtase total que chegou com o golaço de Eduardo Quaresma para lá dos 90 minutos, em pleno período de descontos. Foi épico! E a liderança do Campeonato continuava nas mãos do Sporting CP!

TIRA-TEIMAS – Depois, no dia 10 de Maio, o suposto jogo decisivo do Campeonato! O Sporting CP ia à Luz para – mais uma vez – enfrentar o seu velho rival. Logo aos quatro minutos disse bem alto ao que ia e marcou numa jogada perfeita de Viktor Gyökeres coroada com um petardo de Francisco Trincão na entrada da área para o golo Leonino! Pouco depois dos 15 minutos de jogo suportou a manutenção em campo de Otamendi, que devia ter sido expulso por evidente falta sobre Pote, isolado, em posição frontal, na entrada da grande área encarnada. E resistiu, resistiu muito e com pundonor! No final é a equipa com mais remates enquadrados à baliza adversária e os adeptos – a cheirarem o título de Bicampeão – irrompem em mais uma festa Leonina! A liderança do Campeonato continuava a ser do Sporting CP!

DERRADEIRA JORNADA – No dia 17 de Maio, um sábado, jogava-se o último jogo do Campeonato, com o Vitória SC, no mítico José Alvalade! Estádio cheio, a regurgitar no apoio, na fé imensa, na esperança maior! O Sporting CP marca, já na segunda parte, dois extraordinários golos! O primeiro – oportuníssimo – num remate surpresa de Pote já dentro da área adversária! O segundo num portentoso trabalho de Viktor Gyökeres, todo ele força, agilidade, querer e poder! E aí estava o Bicampeonato! E a festa invadiu o país! E estendeu-se a todos os recantos do Mundo! O planeta é verde! Mesmo!

TAÇA DE PORTUGAL – Passada uma semana, no domingo, 25 de Maio, no histórico cenário do Estádio do Jamor, tem lugar a final da Taça! Desta vez, novamente contra o SL Benfica! Foi uma vitória épica! E estrondosa! No final o Sporting CP tem três golos marcados! Três golos lindos! O primeiro de penálti, convertido por Viktor Gyökeres, por indiscutível falta cometida sobre o próprio, ceifado em plena grande área quando seguia isolado para a baliza, depois de uma fantástica jogada de Francisco Trincão no último minuto dos parcos dez minutos de descontos! O segundo através de portentosa cabeçada do miúdo Conrad Harder, que subiu ao “primeiro andar”, para – de cima para baixo, como mandam as regras, numa execução perfeita – fuzilar autenticamente as redes adversárias, correspondendo ao magnífico centro (mais um!) desse príncipe do futebol que dá pelo nome de Francisco Trincão! E – por último – o terceiro golo Leonino todo ele uma lição de futebol para quem viu e para quem o sofreu. Um trabalho notável do ataque do Sporting CP, no qual participaram Conrad Harder e Viktor Gyökeres, finalizado com um momento sublime de Francisco Trincão, que aplica um extraordinário túnel a um desamparado defesa encarnado para, de seguida, isolado, finalizar com um fino remate para a escancarada baliza adversária! Foi uma vitória espectacular! Uma vitória épica pelos seus contornos! Uma vitória arrancada dos confins do querer e da garra Leonina! Uma vitória da alma Sportinguista desta nossa equipa! Uma vitória do futebol!

FESTA IMENSA – Este Maio, com tanto êxito e com tanto jogo que foi sendo sucessivamente festejado, foi – na verdade – um mês em crescendo! Um êxtase acumulado e semanalmente repetido, sempre em dose cada vez maior! Um gozo pleno! Uma festa imensa!

MASSA ASSOCIATIVA I – Foi de um modo geral espectacular o comportamento da massa Associativa do Sporting CP! Como, aliás, foi salientado pelas autoridades. E oxalá estas tivessem também estado à altura do momento. E tivessem evitado danos como o do Bernardo Topa (que bem o presidente Frederico Varandas a visitar este Leão no hospital, oferecendo-lhe a camisola do nosso Clube!). Força, Leão!

MASSA ASSOCIATIVA II – Importa ainda salientar o extraordinário apoio que toda a massa Associativa do Sporting CP deu à equipa no decurso da final da Taça! É que no tal momento do nosso golo do empate, no último minuto de jogo dos descontos do tempo regulamentar, o Estádio Nacional continuava cheio de Sportinguistas, nenhum Leão tinha arredado pé! E, por isso mesmo, milhares e milhares de Sportinguistas assistiram e festejaram in loco ao verdadeiro esplendor na relva que todos tivemos o fantástico privilégio de viver! Em contraponto, do outro lado, mal o Sporting CP empatou… pois, muitos fugiram, depois – com o segundo golo Sportinguista – a debandada aumentou e no terceiro golo a deserção entrou na sua fase descontrolada e desordenada… são modos diferentes de sentir o respectivo clube! No Sporting CP é mesmo até morrer!

AZIA MONUMENTAL – O espectáculo montado pelo SL Benfica, sobretudo depois da final da Taça, é a todos os títulos lamentável. Uma máquina de intoxicação e focalizada em desvirtuar a verdade desportiva! Uma máquina alicerçada em mentiras que – na velha táctica de repetir até parecer que é mesmo verdade – só demonstra que a azia das derrotas sofridas, dos títulos sofridos aos pés do Sporting CP doeu-lhes... e muito! É, no entanto, bom que se habituem a digerir melhor... o Sporting CP, como Frederico Varandas já frisou, está a apontar para o Tri! Força, Leões!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S 1 – MATHEUS REIS: sabe-se pela comunicação social que o clima instalado pós-final da Taça de Portugal levou já a ameaças sérias ao nosso Matheus Reis e à sua família. Lamentável! E isso sim deveria merecer o repúdio inequívoco de todos os verdadeiros desportistas! Força, Matheus Reis! Nós, os Sportinguistas, estamos contigo e com os teus!

P.S 2 – DÁRIO ESSUGO: foi anunciada a sua contratação pelo Chelsea FC! Recordamos a sua estreia na equipa principal, em pleno José Alvalade, com 16 anos! E sentimos as tuas lágrimas de felicidade por esse momento! Foste Campeão! Boa sorte, Dário! Sabemos que és e serás sempre filho desta casa, filho do Sporting CP!

P.S 3 – TÉNIS DE MESA: ganhar Campeonatos Nacionais é obra! Ganhar dez Campeonatos seguidos é simplesmente extraordinário! Bela equipa! Mais uma! Muitos Parabéns, Leões! Força, ténis de mesa!

O "campeão da tasca"... da humildade e do humanismo

Por Juvenal Carvalho
05 Jun, 2025

Malcolm Allison, ou "Big Mal", como era conhecido no mundo do futebol, marcou-me muito na infância por ser, além de um grande treinador, uma figura incontornável. Uma pessoa especial. A forma como interagia com os jogadores e a massa associativa era única, e para a época estava muito à frente dos demais. Foi, pois, o primeiro treinador que me ficou na retina e na memória de Leão sofredor de todas as horas. Jamais esquecerei, entre outros grandes momentos, uma vitória em Alvalade sobre o FC Porto, quando para espanto geral tirou do onze o titularíssimo Rui Jordão e meteu o então menino Mário Jorge. Moral da história, seria Mário Jorge o autor do único golo do encontro, logo o da nossa vitória. Foi o delírio total naquela tarde apoteótica.

Tive ainda, ao longo do meu percurso de vida, treinadores que muito gostei – Mirko Jozic, que futebol que a nossa equipa praticava e tão prejudicados fomos, e Ruben Amorim, sobretudo este, que me marcou indelevelmente – em detrimento de outros que gostei menos. Esta coisa de agradar a gregos e a troianos, juntando à irracionalidade do futebol, faz com que seja mesmo um turbilhão de sentimentos de difícil análise, a avaliação dos treinadores.

Mas hoje vou abrir o coração e pela mais elementar justiça, falar de Rui Borges, o treinador que, 23 anos depois, imitou o feito de outro treinador marcante da nossa história, o romeno Lászlo Bölöni, e "deu" a dobradinha ao Leão.

Rui Borges, de que gostava de ver o futebol então praticado pelas equipas por onde passou, sobretudo no Vitória SC, embora assuma que não o conhecia profundamente para traçar uma opinião muito válida, mas que aquando da chegada ao nosso Clube e desde o dia em que foi apresentado me ficou genuína e literalmente no goto, como se costuma dizer. De terra de gente de boa cepa, humilde, genuíno e trabalhador. Que deu logo à chegada um mote que fez escola com o célebre: "quando faltar a inspiração que não falte a atitude". Palavras sábias estas que foram desde logo assimiladas pelo grupo de trabalho, que subiu para as suas cavalitas e em conjunto foram felizes e tão felizes fizeram a "família Leonina" que também, e ele não se cansou de a isso se referir, jamais deixou de acreditar e de estar ao seu lado e da equipa. Foi mesmo até ao fim. Unos e indivisíveis..."à Sporting".

Este Homem, que é o protótipo de gente de valor e de valores, chegou em boa hora ao reino do Leão. Não é tanto pelo treinador – embora tenha provado nessa premissa uma capacidade que fala por si – mas sobretudo pelo ser humano que não engana, que estas linhas são para si.

Fiquei até comovido por o ter ficado a conhecer melhor no programa da SIC, "Alta Definição". Que humildade arrebatadora. Que homem de família. Que Senhor! Confirmei apenas o que já era notório à vista desarmada, mas conseguiu ainda ir mais além naquilo que julgava possível.

Os invejosos(as), a quem lhes dão espaço nas televisões, mas que sabem tanto de futebol ou de saber estar no desporto quanto eu sei de física quântica, chamaram-lhe "animal de taberna" e "desinteressante", entre outras alarvidades típicas de gente mal resolvida. Os tais que têm palco "porque sim", e que agora não se curvam ao seu sucesso, porque emendar a mão é só para os valiosos. Não é o caso.

E por falar em taberna, porque o Rui teve até a capacidade de ironizar com os epítetos com que essa gente o catalogou, queira saber, que também eu tinha como grande referência de vida o meu avô que como o seu também se chamava Zé, que sou igualmente de raízes bem humildes, cresci num bairro lisboeta, no caso o da Bica, e conheci muitas tabernas onde até joguei ao dominó e às cartas com pessoas mais idosas. Essas tabernas eram frequentadas por gente de bem. À minha/nossa escala. Uns de nós. Uns dos nossos. Faço-lhe daqui, deste meu espaço semanal, um repto: Gostava de beber um copo consigo numa taberna qualquer. Em homenagem à sua terra, pode vir acompanhado de uma alheira.  O mais importante, contudo, é que continue a ser quem é humanamente e que como treinador prossiga na rota do sucesso. Pode ter continuidade já no próximo dia 2 de Agosto.

O resto, parafraseio um conhecido humorista: "Eles falam, falam e eu não os vejo a fazer nada". 

P.S – No ténis de mesa, depois da conquista da Supertaça e da Taça de Portugal, chegou agora a vitória no Campeonato em forma de Decacampeão. Um triplete com a patente da maior força desportiva nacional.

Memorável

Por Mafalda Barbosa
05 Jun, 2025

Editorial da edição n.º 4029 do Jornal Sporting

(me·mo·rá·vel)

Digno de ficar na memória.

Célebre.

Notável.

Podia relembrar o memorável mês de Maio, porque, na verdade, assim foi para todos os Sportinguistas.

Podia voltar a mencionar a notável e inesquecível época 2024/2025 nas várias modalidades Leoninas, inclusive no futebol, onde a festa do histórico Bicampeonato se juntou à festa da tão ambicionada dobradinha.

Mas, sendo já dia 5 de Junho, relembro uma das figuras mais importantes da História do Sporting CP e que, hoje, celebraria o seu 74.º aniversário.

Generoso, humilde, fiel, dedicado e querido por todos, será para sempre relembrado como um ser humano inspirador e um jogador exemplar.

Alguém que ao longo da sua vida sempre transmitiu e honrou os valores do Clube.

"Ganhei títulos, vivi muitas alegrias e algumas tristezas, mas nunca me esquecerei de que o meu melhor momento foi quando vesti pela primeira vez a camisola do Sporting Clube de Portugal".

Deixou-nos um legado de Sportinguismo difícil de igualar e será, para sempre, um exemplo de lealdade e uma inspiração para os mais novos.

As referências do Clube ficam, para sempre, eternizadas na História e na memória de todos nós.

Obrigada, ao memorável Manuel Fernandes.

Momentos de Glória!

Por Tito Arantes Fontes
29 maio, 2025

GLÓRIA I – O lema do Sporting CP é: Esforço, Dedicação, Devoção e Glória! Estamos, neste momento da nossa vida, no último desses patamares, ou seja, na Glória! O modo como ganhámos o Campeonato e como conquistámos a Taça de Portugal são exuberantes demonstrações de Glória! Fizemos o primeiro Bicampeonato em mais de 70 anos! Fomos buscar a nossa 18.ª Taça de Portugal! E – mais de 20 anos depois – voltámos a fazer a famosa e desejada dobradinha! Estamos, pois, extremamente gratos – gratos mesmo, de “coração verde”, de “coração de Leão”! – à nossa equipa, aos nossos jogadores, ao nosso treinador Rui Borges e a toda a sua gente, ao staff de suporte a todo o futebol profissional e aos nossos dirigentes, máxime ao nosso presidente Frederico Varandas! Obrigado! Desfrutemos agora destes imorredoiros momentos de Glória!

GLÓRIA II – O Jamor estava lindo, pintado de verde e encarnado, com uma imensa e orgulhosa massa adepta dos dois clubes, que – desde cedo – se espalharam pela mata em alegres convívios e rivalidades. Foi bonita a festa, pá! Foi mesmo! Desde logo porque também não tenho notícia de quaisquer incidentes entre apaniguados dos dois clubes. Muito pelo contrário assisti a vários momentos e episódios de sã e mútua camaradagem, com cada um na defesa acérrima das suas cores, sempre num clima muito positivo e de tolerância que aqui se salienta e enaltece. Isto contrasta de modo eloquente com o que resulta dos ataques que foram perpetrados nas últimas semanas aos nossos Núcleos e estátuas. O Jamor, também pelo clima que cria, é e sempre será especial. E único! Por isso tem, ano após ano, tanta adesão de tantos milhares de pessoas! E por isso também tanto que merecia uns melhoramentos, urgentes, gritantemente necessários, à altura do papel que se espera seja desempenhado por um Estádio Nacional!

GLÓRIA III – O modo como a vitória do Sporting CP foi alcançada foi épico! E – também por isso – ficará nos anais da História da Taça de Portugal, nomeadamente das suas finais! A primeira parte terminou sem golos, pese embora ainda tenha sido assinalado um penálti contra nós, que – logo depois – foi prontamente revertido por fora-de-jogo de um jogador adversário. A segunda parte começa com o golo do SL Benfica, através de um remate inesperado e forte, ainda a uns 25 metros da baliza (antes fiquei com dúvidas sobre o modo como Geny Catamo perdeu a bola, ainda no nosso meio-campo). Pouco depois, o SL Benfica aumenta para 2-0, mas – e bem! – o VAR chamou o árbitro, que anulou esse golo por falta indiscutível, no meio-campo, sobre Francisco Trincão. A partir daí a partida foi acumulando momentos de emoção… e momentos claros de “anti-jogo” (como bem salientou Rui Borges, no final da partida,  o SL Benfica antes do jogo falou em desejar “mais jogo, menos faltas”, mas afinal, quando se apanhou a ganhar, optou por enveredar de modo notório e até escandaloso por um caminho contraditório com o que os seus responsáveis vinham dizendo) protagonizados por vários jogadores do SL Benfica, que – de modo sistemático – ficavam estatelados no relvado em busca de assistência médica! Assisti a muitas finais da Taça de Portugal, podendo bem dizer que a Académica (em 2012) e o Aves (em 2018) ganharam ao Sporting CP por apenas um golo de diferença no resultado, mas jamais protagonizaram o “anti-jogo”, próprio de equipa pequena e medíocre, que o SL Benfica exibiu no Jamor. Corolário dessa postura foi o crescendo do Sporting CP sobretudo com o aproximar do final do jogo… e aí, no último dos justos dez minutos de descontos (que apenas poderão pecar por defeito, pois o jogo esteve interrompido perto de 20 minutos), assistimos à melhor jogada do desafio até então: Francisco Trincão recupera a bola ainda no lado direito do meio-campo Leonino e – qual príncipe – arranca, serpenteando com arte entre adversários, deixando-os para trás, um atrás de outro, e – já a meio do meio-campo encarnado – passa a bola para o poderoso e mortífero Viktor Gyökeres, que – embalado rumo à baliza adversária – ultrapassa um adversário, que ficou estatelado na relva, entrando sozinho na área, onde é escandalosamente ceifado por outro jogador adversário. Penálti indiscutível que, pouco depois, o nosso Gyökeres converteu com a sua perícia e expertise habitual! Fomos, então, para 30 minutos de prolongamento.

GLÓRIA IV – Certo é que esse golo do empate do Sporting CP transformou o jogo de modo radical. O prolongamento é todo ele do Sporting CP! E é coroado com dois golos. Ou seja, o segundo golo, marcado por Conrad Harder, de cabeça, no meio da área, correspondendo a um precioso e milimétrico centro do lado esquerdo de Francisco Trincão; e o terceiro golo, já mesmo nos minutos finais dos descontos do tempo de prolongamento, protagonizado por uma bela jogada da tríade Gyökeres, Harder e Trincão, tendo este último finalizado de modo superior, depois de aplicar espectacular “túnel” a um atónito defesa encarnado, mesmo no meio da grande área! Foi lindo! E foi a explosão de uma alegria inesgotável dos Sportinguistas que se tinham deslocado ao Jamor! A Taça era nossa e vinha, mais esta, para o Museu do Clube! E que bem que lá fica!

GLÓRIA V – A estrondosa e espectacular vitória no Jamor, com a inerente conquista da Taça de Portugal, a que acresce o Bicampeonato, tem provocado uma dose de monumental azia e evidente demonstração de mau perder lá para os lados da Luz! Não há memória de tanta desfaçatez! O espectáculo tem sido degradante! Mas revelador do desnorte que por ali graça! Fazem comunicados, queixam-se de tudo e de todos, inventam pretensas medidas tonitruantes e só falta mesmo dizerem que querem ir ao Papa. Certo é que não têm nem moral, nem razão para tanto alarido. Desde logo, apenas a título de exemplo, nunca os vimos reclamar nem mexer um dedo quando, em 2023, Di Maria agrediu com um soco Pote em pleno José Alvalade! Não os vimos reclamar, nem mexer um dedo quando o Sporting CP, em 2009, foi vergonhosamente espoliado (a favor deles próprios!) da Taça da Liga na sua famosa edição em versão “Taça Lucílio”! E não os vimos reclamar, nem mexer um dedo quando – e já lá vão 29 anos! – o very-light da claque encarnada matou o Sportinguista Rui Mendes! Vergonhosamente o silvo desse very-light é e continua a ser repetido vezes sem fim na Luz e nos seus pavilhões sem que o SL Benfica se pronuncie sobre o tema e verbere os seus apaniguados! Tenham mas é Vergonha! Afinal, lidos os especialistas de arbitragem, o SL Benfica parece apenas (e não de modo unânime) poder tão só queixar-se de uma expulsão, pois todos os outros lances, nomeadamente os que requereram intervenção do VAR, foram segundo esses especialistas bem analisados e correctamente decididos! Ora essa expulsão, a ocorrer, teria tido lugar aos 90+5 minutos de jogo… bom, pois, recordar que no jogo da Luz de há 15 dias o Sporting CP teve que suportar a manutenção em campo de Otamendi que – também segundo esses mesmos especialistas e de modo unânime – devia ter sido expulso aos 15 minutos de jogo! É diferente! Muito diferente!

GLÓRIA VI – O Sporting CP jogou quatro vezes com o SL Benfica nesta temporada 2024/2025. Ganhámos duas vezes, empatámos outras duas; no jogo jogado (excluindo o desempate de penáltis na final da Taça da Liga), incluindo prolongamentos, nunca perdemos. Marcámos seis golos, sofremos apenas três. Chega bem para vincar a nossa superioridade nesta época sobre esse nosso rival! E é também isso que celebramos! Faz parte dos nossos Momentos de Glória ganhar aos nossos rivais!

GLÓRIA VII – Corolário destes Momentos de Glória é este desejo imenso de continuarmos a ganhar, a vencer provas, a obter títulos. E o presidente Frederico Varandas sintetizou esse pensar e esse querer do Mundo Sporting ao dizer, logo no rescaldo desta extraordinária e épica vitória na Taça de Portugal, que o seu foco estava já nos “títulos que ainda aí vêm”! Vamos a isso, presidente! Força, Sporting CP!

GLÓRIA VIII – O nosso andebol é também Bicampeão! Foi à Madeira e carimbou o título! No próximo fim-de-semana há festa no João Rocha, no jogo contra o FC Porto. Glória para esta fantástica equipa de andebol! Glória para Ricardo Costa! Glória para o capitão Salvador Salvador! Glória para toda a equipa!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S 1 – Na final da Taça estreámos mais um jovem da nossa academia na equipa principal. Trata-se de David Monteiro. Parabéns, miúdo! E que bem que entraste! Força e continua!

P.S 2 – Marcus Edwards está em definitivo no Burnley. Transferência positiva para o Sporting CP e certamente também para o jogador. Guardamos na nossa retina alguns dos bons momentos que nos proporcionou! Obrigado e boa sorte, Edwards!

P.S 3 – Na semana passada referi vários dos jogadores a quem devemos o Bicampeonato. Por lapso não referi os fundamentais Maxi Araújo, Franco Israel, Iván Fresneda e, claro, Matheus Reis! Obrigado também Campeões!

P.S 4 – As comemorações Leoninas foram, muitas delas, saboreadas nestes últimos dias com esse famoso prato tradicional português que dá pelo nome de “dobrada”! E numa tasca ou taberna ainda soube melhor! Força, Rui Borges! Força, Campeões!

Um momento verdadeiramente épico

Por Juvenal Carvalho
29 maio, 2025

Esforço, Dedicação, Devoção e Glória... eis o Sporting Clube de Portugal.  

Este, que é o lema dos nossos 118 anos de existência, simboliza na perfeição a História, mas também, e sobretudo, o momento verdadeiramente épico que desfrutamos na actualidade. E não só no futebol, como igualmente no conjunto das nossas modalidades.

Identidade, raça e acreditar muito e até ao fim, são palavras que me suscitam naquela que foi a nossa dobradinha 2024/2025, que trouxe o 25.º título nacional e a 18.ª Taça de Portugal para abrilhantar ainda mais aquele que já é o Museu de clubes que mais troféus ostenta.

Faltou por vezes a inspiração. Disso foi exemplo, sobretudo, na primeira parte da final da Taça de Portugal ante o eterno rival, bem como em alguns períodos da segunda parte. Mas a atitude, essa, como sempre pede o míster Rui Borges, nunca faltou. E prova disso foi o facto de o grupo acreditar sempre... acreditar muito. E como quem porfia sempre alcança, como diz o tão conhecido ditado português, seria aos 90+9' que o "monstro" Viktor Gyökeres arrancou uma grande penalidade que ele próprio concretizaria com a sua habitual frieza glaciar, feita de tanto talento. Estava feita a igualdade e aquilo que parecia anunciado concretizou-se. No prolongamento só existiu Sporting CP. Primeiro, com a reviravolta a surgir através do jovem "tanque" dinamarquês Conrad Harder, com uma cabeçada fulminante a anichar a bola na baliza do rival, para mesmo no fim chegar um momento saído da cartola do "mágico" Francisco Trincão, que com uma "cueca" a António Silva, que ainda hoje deve andar para perceber como é que o fantasista Leonino lhe fez aquela maldade, fechar o marcador com o 1-3 final.

Estava consumada a dobradinha do Leão. 23 anos depois, mas com um sabor fantástico. Somos um Clube que ninguém nos dá nada. Tudo é conquistado na base do trabalho feito de competência. E nessa competência volto a destacar a capacidade e a entrega de todos os jogadores, o sucesso de Frederico Varandas – acompanhado por uma equipa dirigente una e indivisível –  que passou a ser o presidente que fica na História por mais títulos – nove – conquistar, e ainda não chegou aos sete anos de presidência, e ainda a Rui Borges, um homem que espalha humildade e conhecimento, mas que alguns "paineleiros" ressabiados(a)s, cuja honestidade intelectual está abaixo do vão de escada, teimam em lhe chamar "taberneiro", "inculto" e até "desinteressante". A tudo isso conseguimos resistir. A tudo isso acrescentámos conquistas ao Clube. Contra factos não existem argumentos. E, claro, não posso deixar de referir a imensa "Família Leonina", uma massa Associativa e adepta única. Que hoje vive tempos fantásticos, mas que sobretudo nos momentos menos bons nunca abandonou o Clube. Que sofreram tantas vezes em silêncio, mas que souberam esperar e sobretudo passar o seu legado para as novas gerações. Que também aí alguns teóricos falaram em perdas de gerações de adeptos. Até admito essa possibilidade, mas olho para os dias de hoje e vejo crianças e jovens a festejar em todos os locais possíveis e imaginários as conquistas como se não houvesse amanhã. Somos, como cantava a "nossa" sempiterna Maria José Valério, um Clube dos netos até aos avós. ENORME!

Mas como costumo dizer, e muitos de vós afinam por este diapasão, somos um clube muito acima do futebol. Somos mesmo o clube mais ecléctico de Portugal.

E se na passada semana ganhámos o Bicampeonato no futebol, agora foi a vez do andebol. Que equipa temos. É até difícil arranjar adjectivos para a qualificar. Jogamos ao nível dos melhores da Europa. Fizemos uma carreira que fala por si na EHF Champions League onde caímos de pé nos quartos-de-final. Ganhámos a Supertaça onde esmagámos o eterno rival na final, e um Campeonato em que conseguimos o "Bi" com apenas uma derrota, e esta na primeira fase.

Fomos literalmente esmagadores, e ainda sonhamos com a dobradinha. Um grupo soberbo, um treinador fantástico como Ricardo Costa e uma sabedora liderança de secção de Carlos Carneiro; e ao nível do Conselho Diretivo o amor ao clube feito de saber de Miguel Afonso, a quem me curvo pelo trabalho feito, a todos os níveis notável, o andebol vive o seu momento mais épico.

Acabo este texto, tão bom é escrever para o Jornal Sporting irradiando a alegria incontida do momento em que o Clube me/nos proporciona, parafraseando os fundadores. Porque eles quiseram e a História encarregou-se de lhes dar razão: Somos um Clube grande, tão grande como os maiores da Europa!

P.S 1 – Na lógica das conquistas, de parabéns estão também o atletismo, pela conquista da Taça de Portugal, e o basquetebol feminino por se ter sagrado campeão da CN 1, depois de já antes ter conseguido assegurar para a próxima época a participação na prova máxima da modalidade.

Épicos, históricos e heróicos

Por Mafalda Barbosa
29 maio, 2025

Editorial da edição n.º 4028 do Jornal Sporting

(he.rói.cos)

Sublimes.

Destemidos.

Que revelam extraordinária coragem e força de carácter.

Só quem se revê nestas características conseguiria alcançar uma reviravolta epopeica e terminar da melhor forma uma época que será, para sempre, inesquecível.

23 anos depois, o Sporting Clube de Portugal conquistou a dobradinha – a sétima da História verde e branca.  

A 18.ª Taça de Portugal chegou em forma de superação, união e coragem.

Porque “o verdadeiro heroísmo consiste em persistir por mais um momento quando tudo parece perdido”. *

E assim foi.

De uma forma épica, o Sporting CP voltou a escrever mais uma página da sua História. E, desta vez, com o final que todos os Sportinguistas mais desejavam para a época 2024/2025.

Épica, histórica e heróica foi também a prestação da equipa Leonina de andebol ao longo da época que ainda não terminou. Os, também, Bicampeões Nacionais conquistaram o 23.º título nacional e preparam-se para disputar, em breve, a Taça de Portugal.

“Sete títulos conquistados em três anos e meio é um marco extraordinário, não só para mim enquanto treinador, mas para todos sem excepção. Todos fazem parte desta equipa extraordinária, que contribui todos os dias para que o Sporting CP seja maior a cada dia. Esse é o desígnio deste grande clube, essa é a nossa grande responsabilidade”, salientou o treinador Ricardo Costa.

Que o Sporting Clube de Portugal e todas as suas equipas, nas mais diversas modalidades, mantenham o legado e o caminho de excelência que é reconhecido ao Clube desde a sua fundação.

* Sir Wilfred Thomason Grenfell (1865-1940), médico-missionário e escritor inglês.

O 25.º Título – Bicampeão!

Por Tito Arantes Fontes
22 maio, 2025

CAMPEONATO NACIONAL I – Está feito! Conseguimos novamente o nosso título de Campeão, o 25.º título! E este em modo de Bicampeão! Milhares e milhares de Sportinguistas, 50 mil no Estádio, dezenas de milhares fora do mesmo, centenas de milhares em Portugal de lés-a-lés, milhões espalhados pelo Mundo! Uma festa imensa! Desde cedo que se sentia o título, as horas não passavam, a ansiedade crescia e nós a querermos que os minutos passassem depressa. Até que, às 18h00, começou finalmente o nosso último jogo do Campeonato, contra o sempre difícil e personalizado Vitória SC. Tínhamos 90’ para fazer História, para mais uma vez nos assumirmos como a Maior Potência Desportiva Nacional! O fervor à volta do Estádio era descomunal, a fé tremenda, a esperança total. Íamos a caminho do Bi! A primeira parte foi ansiosa e insípida, com notório domínio Leonino, mas escassas oportunidades no ataque e, em contraponto, exibindo sempre uma defesa sólida. Na segunda parte acelerámos um pouco o jogo e, dez minutos depois do reatamento, tivemos soberba jogada protagonizada por Quaresma, Debast, Maxi e pum… Pote fuzila de primeira! Alvalade “vem abaixo”! Explode mesmo! Estava feito o primeiro golo e o título ali tão perto! Depois, sempre com o domínio e controlo total do jogo e sempre sem permitir qualquer veleidade ao nosso adversário (não nos lembramos de uma defesa digna desse nome por parte de Rui Silva), fomos em busca da consolidação da nossa vitória! E sim, pouco depois dos 80’ de jogo, esta chegou com assistência de Pote e por intermédio do intrépido Viktor Gyökeres! Um golaço feito de raça, poder, força, técnica, um golo de arte e só possível mesmo a um avançado centro de eleição! Éramos Campeões! Bicampeões!

CAMPEONATO NACIONAL II – Este título é mesmo tão, tão merecido! O Sporting esteve quase sempre na liderança da prova. Sempre que, esporadicamente perdia a mesma, recuperava-a de imediato, logo na jornada seguinte, demonstrando um indiscutível estofo de Campeão, contrariamente a outros que sempre fraquejavam e reiteradamente demonstravam que não tinham mesmo a qualidade necessária e suficiente para conquistar o título! Acabámos a prova isolados na liderança, com 82 pontos, com mais dois pontos do que o segundo classificado. Este, nesta última jornada, para ser Campeão, precisava de fazer melhor resultado que o Sporting CP; fez pior! O Sporting CP ganhou, o SL Benfica empatou (apesar de ter jogado a última meia-hora contra apenas dez adversários)! Corolário das 34 jornadas é a liderança isolada do Campeonato, com o maior número de vitórias alcançado (25 ex aequo), menor número de derrotas sofridas (apenas duas), melhor ataque (88 golos), melhor defesa (27 golos sofridos), melhor diferença de golos (61) e com o melhor goleador da prova, Gyökeres com 39 golos! É clarinho e justíssimo!

CAMPEONATO NACIONAL III – Este título é, por outro lado, tão, tão merecido por tantos outros aspectos, desde logo pelas vicissitudes que o Clube enfrentou ao longo desta atípica temporada, as quais soube enfrentar com coragem e de modo estoico! Foi a imprevista, inesperada, indesejada e traumática saída de Ruben Amorim do comando técnico da equipa; foram as lesões que, em catadupa, de modo muito sensível e notório a partir de Novembro, a equipa foi sofrendo, muitas delas em jogadores nucleares e indiscutíveis titulares; foi o consulado de João Pereira, onde, por isto ou aquilo, os resultados nos fugiram e só conseguimos quatro pontos em 12 possíveis (quatro jogos); foram as decisões de jogo que nalguns momentos nos foram sendo desfavoráveis e que permitem, na análise de “especialistas de arbitragem”, chegar à conclusão que, na Liga da Verdade do Record e em trabalhos similares de outros meios de comunicação social, o Sporting CP sempre ganharia o Campeonato, inclusive com maior avanço e destaque em relação aos seus mais directos competidores.

CAMPEONATO NACIONAL IV – E este título é também extraordinariamente merecido pelo fabuloso naipe de jogadores que o Clube tem! Pelo modo como a equipa soube suportar os infortúnios da época e ultrapassar as agruras da mesma. Pelo modo como soube receber Rui Borges e a sua equipa técnica! Pelo modo como este se soube integrar e moldar a equipa e jogadores ao seu jeito, sempre com um discurso positivo, com um querer total e com um contagiante acreditar no grupo de trabalho! Rui Borges, recorde-se, entrou em Alvalade para ganhar na 16.ª jornada ao SL Benfica e assim continuou. Foram 19 jornadas e não averbou nenhuma derrota nesses jogos, mesmo tendo jogado fora no Dragão, na Luz e em Guimarães. É obra! Obrigado, equipa! Obrigado, Rui Borges!

CAMPEONATO NACIONAL V – A equipa merece, sem dúvida, um enorme destaque! Foi ela, foram os nossos jogadores que nunca quebraram, que sempre lutaram! Eles tinham e têm o tal espírito de Campeão que tantas e tantas vezes Rui Borges salientou. O conjunto merece o nosso imorredoiro aplauso! E alguns destaques (correndo o risco de algum injusto esquecimento) vou fazer. Hjulmand, claro, o nosso fundamental capitão, orgulho do nosso Clube, pelo que joga, pelo que comanda e por ser quem é e como é! Depois, Gyökeres, claro, fez 39 golos no Campeonato, apesar de não ter feito todos os jogos, para além de muita assistência e de tudo, tudo o que deu à equipa, mesmo quando estava fisicamente limitado. Trincão foi fundamental, fez uma época extraordinária, coroada com golos fundamentais em Guimarães, na Luz, contra o Nacional e tantos outros. Rui Silva é um esteio que veio para ficar e resolveu-nos o tema da baliza. Palavra para o imenso rol de lesionados, desde logo para Pote (a cena no Marquês do mic drop é inolvidável!) que ainda regressou a tempo de ser decisivo neste último jogo e os ainda no estaleiro Nuno Santos, Daniel Bragança, João Simões. Especial referência para Eduardo Quaresma, decisivo com aquele soberbo pontapé contra o Gil Vicente. E para o Ricardo Esgaio, seguramente o único homem no Mundo a merecer um verso em português do Viktor! E para tantos outros: Diomande, Quenda, Catamo, Gonçalo Inácio, St. Juste, Morita, Debast e os jovens da equipa B sempre tão bem! Obrigado, Equipa! Obrigado, a todos os jogadores!

FREDERICO VARANDAS – É o grande obreiro deste momento histórico da vida do Clube! Sete anos de mandato, três títulos de Campeão Nacional! É, para já, uma Taça de Portugal, três Taças da Liga, uma Supertaça! São oito troféus conquistados até ao momento! E nestes avultam, claro, os três títulos de Campeão, nos quais se insere o actual e histórico Bicampeonato! Um feito que não era alcançado desde a primeira metade dos anos 50! Frederico Varandas já apontou o futuro… quer mais títulos! Quer continuar a ganhar! Obrigado, presidente! Obrigado, grande Leão de juba alta!

TAÇA DE PORTUGAL – É no domingo, no Jamor. Lá estaremos! Queremos trazer o “caneco” para o Museu! Venha ele! Força, equipe! Vamos à “dobradinha”!

EQUIPA B – No passado sábado, no Estádio Aurélio Pereira a nossa equipa B deu-nos uma outra enorme alegria! Conquistou o direito a subir de divisão! Na próxima época teremos, pois, a equipa B na Liga 2! Parabéns, equipa! Parabéns, Leões!

ANA BORGES – Esta nossa jogadora e capitã de equipa sai no final desta época! Foram nove temporadas de Leão ao peito! 216 jogos e oito títulos! Obrigado, Ana Borges! Até sempre!

Viva o Sporting Clube de Portugal!

P.S 1 – A CML decidiu mal quanto ao fecho, em cima da hora, de vários estabelecimentos hoteleiros nas imediações do Estádio José Alvalade. A decisão foi manifestamente tardia, mal explicada e é mesmo racionalmente incompreensível, inclusive em termos internacionais; depois, face à onda de contestação que imediatamente varreu o universo Leonino e – ao que se sabe – à intervenção de Frederico Varandas, tentou emendar a mão; foi tarde; o mal estava feito; certo é que há uma semana a CML não teve comportamento idêntico quanto a estabelecimentos nas cercanias do Estádio da Luz; não se percebe, pois, o racional desta infeliz decisão. Corolário do ocorrido foi a desagradável situação que na 2.ª feira ocorreu na recepção da comitiva do Sporting CP. Carlos Moedas e a sua vereação bem que poderiam ter poupado tanto assobio que lhes foi dirigido!

P.S 2 – A PSP já veio qualificar a operação de segurança dos festejos do título do Sporting CP como tendo decorrido de forma “globalmente tranquila, positiva e serena”. Já o ano passado foi assim. A massa Associativa e adepta do Clube é, no seu adn, maioritária e largamente composta por gente boa e ordeira! Soube que infelizmente houve um adepto que poderá ter ficado cego por, ao que parece, efeito de uma bala de borracha perdida. É uma situação triste (que carece ainda de adequada investigação) e que naturalmente lamentamos. Os meus votos de recuperação para este Leão!

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