Para quem ouve falar em Musical Sporting, de início, pode parecer uma ideia um tanto ou quanto estranha. Ver em cena um musical de um clube de futebol não é comum e pode causar, aos mais cépticos, muita estranheza.

Para quem ouve falar em Musical Sporting, de início, pode parecer uma ideia um tanto ou quanto estranha. Ver em cena um musical de um clube de futebol não é comum e pode causar, aos mais cépticos, muita estranheza. Mas, a estranheza desvanece-se a partir do momento em que se assiste a um ensaio, algo que, como é natural, não está ao alcance de todos, mas a que o jornal «Sporting» teve ocasião de assistir e lhe vai contar em primeira mão. O início do espectáculo, com bandeiras do Sporting a serem agitadas pelos actores/cantores, é o garante de um primeiro momento emocional e traz a certeza de que este musical nos vai transportar a muitos locais da história do Sporting e da nossa própria história como sportinguistas. Há dois personagens intemporais e que retratam na perfeição as várias gerações familiares que viveram e sentiram o Sporting desde a sua fundação até aos dias de hoje. Pai e filho ligam as histórias da história, com momentos ímpares de emoção, e tanto nos transportam com facilidade ao início de tudo como à realidade dos dias de hoje. As músicas, escolhidas na perfeição, transportam-nos para sentimentos e locais que estão guardados em cada uma das recordações que temos da nossa existência sportinguista. Mais não fazem, como se fosse pouco, do que nos fazer sentir o orgulho de ser Sporting. São 90 minutos que mexem com sentimentos e emoções e sem querer levantar o véu em demasia, há cenas fortes, como aquela em que é anunciada morte de Francisco Stromp, entre muitas outras às quais vale a pena assistir ao vivo. Emoção, diversão, cenas cómicas, cenas tristes, cenas felizes, cenas de um Sporting que se orgulha dos quase 106 anos de história, uma história rica e grande, tão grande como a dos maiores da Europa. Texto de Andreia Alexandre em JORNAL SPORTING