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Assim não!

Por Jornal Sporting
30 Nov, 2017

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3652

A visão do nosso fundador quando afirmou que queremos “um Clube tão grande quanto os maiores da Europa” não poderia ter sido melhor plasmada na realidade, com aquilo que se passou na última semana. Foram quatro provas europeias disputadas em casa (Academia, Estádio José Alvalade, Multidesportivo e Pavilhão João Rocha), e mais quatro fora (Ancara, Coruña, Madrid e Checov), em sete modalidades e em dois géneros. 

Na Academia Sporting, no Estádio Aurélio Pereira, veio a primeira alegria com o empate dos nossos juniores frente ao Olympiacos e consequente qualificação para a fase seguinte da UEFA Youth League. No Estádio José Alvalade, seguiu-se, frente ao mesmo adversário, mas agora no escalão principal, a penúltima jornada da fase de grupos da Champions League, com vitória da nossa equipa. Com este resultado foi de imediato garantido o acesso à Liga Europa, mantendo-se ainda a nossa equipa, à entrada para o último jogo, na luta pelo acesso aos oitavos-de-final da maior prova mundial de clubes, num grupo que tem Barcelona e Juventus.

O Multidesportivo, por seu lado, recebeu a primeira “Champions” do Ténis de Mesa e o resultado não poderia ter sido melhor, com a nossa equipa a bater por 3-0 os franceses do Pontoise. Com esta vitória, o Sporting garantiu o segundo lugar do Grupo A quando ainda faltam disputar dois jogos e o apuramento para os quartos-de-final da competição.

Finalmente, o Pavilhão João Rocha recebeu a Ronda de Elite da UEFA Futsal Cup, uma prova de excelência, em que se demonstrou toda a nossa grandeza, competência e capacidade para continuarmos merecedores da confiança da UEFA para organizar estes grandes eventos. Na quadra, o resultado também não defraudou: três jogos, três vitórias e o objectivo do apuramento, pela segunda vez consecutiva, para a Final Four foi concretizado. 

Mas não foi só dentro de portas que a dimensão internacional do Sporting se fez sentir. No Judo, em Ancara, os nossos Leões conquistaram o 3.º lugar na Golden League – Campeonato da Europa de Clubes. No hóquei em patins, o Sporting empatou 1-1 frente ao Liceo da Corunha, nesta cidade espanhola, em jogo a contar para a segunda jornada da Liga Europeia.

Fizemos também história no râguebi ao disputarmos a 1.ª Taça Ibérica, no género feminino, frente ao Olímpico Pozuelo. No andebol, tivemos mais uma jornada da EHF Champions League, com visita à casa do Medvedi, onde não fomos também felizes (30-27), tendo, no entanto, mantido 4.º lugar na classificação do Grupo D.

Tudo isto numa só semana demonstra bem a grandeza do nosso Clube, razão pela qual não conseguimos compreender a falta de respeito que a FPF tem tido com a grande Instituição Sporting Clube de Portugal, ao não reconhecer nos seus 22 títulos de campeão nacional de futebol, quatro deles. Neste processo, para além das incoerências e contradições manifestas entre o seu posicionamento e os factos evidenciados nas suas plataformas de comunicação e do silêncio cúmplice, a FPF revela uma falta de respeito pela história, pelo mérito da conquista dos atletas e do Clube. Apagar factos da história não se coaduna com a responsabilidade de uma Instituição de utilidade pública, como é a FPF, e muito menos num país democrático como o nosso.

O anúncio público do encontro promovido pelo presidente da FPF com os líderes dos nossos rivais, ignorando ostensivamente o Presidente do Sporting Clube de Portugal, é uma falha muito grave. Apresentar como desculpa um castigo que o presidente leonino está a cumprir não colhe, tanto mais que há um acórdão de um órgão da própria FPF, e que faz jurisprudência quanto a esse facto, que é taxativo quanto à impossibilidade de limitação da representação do Presidente do Sporting nas relações com as instituições, nomeadamente com a FPF. Mas, mesmo que assim não fosse, o mínimo que poderiam ter feito, e admitindo, por absurdo, que existiria esse impedimento por parte do Presidente do nosso Clube, era interpelar os responsáveis do Sporting sobre quem, nessa impossibilidade, representaria a nossa Instituição!

Assim, não! Se não querem reconhecer os 22 títulos por teimosia, esperamos que no final da época possam validar o 23.º.

Boa leitura!