Bruno de Carvalho fala em má fé a propósito do acordo que existia com o Moreirense por Ghilas.

Bruno de Carvalho confirmou esta quinta-feira que o Sporting tinha acordo de preferência sobre o avançado argelino Ghilas, mas que o mesmo não foi respeitado. “O valor da cláusula de rescisão era de 3 milhões de euros e esse era o valor máximo a partir do qual o jogador poderia sair do Moreirense. Quando chegámos fomos claros, dizendo que queríamos falar com o jogador e exercer livremente o nosso direito de preferência, mas nesse momento o jogador já tinha tudo acertado com outro clube, o que significa que isto não é um acordo de preferência, mas sim algo que tem um nome: má fé…”, lamenta. “Isto é o futebol português e agora talvez as pessoas comecem a perceber por que razão o Sporting tem melhores ou piores relações com determinado clube. E não é uma questão do Moreirense ser um pequeno ou grande clube, pois há grandes clubes que não são grande coisa, pequenos clubes com alma de grande e pequenos clubes que nem deveriam existir. Mas não podemos aceitar que haja pessoas a falar em honra, quando fazem um processo nas costas do Sporting Clube de Portugal, com quem tinham um acordo firmado aquando do empréstimo do Jorge Chula. E se havia mais clubes interessados no jogador, o Sporting deveria ter sido o primeiro a ser informado”, defende. Bruno de Carvalho deixou no entanto claro que o Sporting “não quereria um jogador que não mostrasse vontade em vir para o clube e se o Ghilas queria ir para o FC Porto muito bem… Mas não vale a pena andarmos a fazer acordos que depois não são para cumprir”. E acrescenta: “Seria bom verificar por que razão um jogador tem uma cláusula de 3 milhões de euros e acaba por sair por um valor muito superior”. Sobre novas aquisições, sublinhou que “serão anunciadas nas alturas certas”. Texto: André Cruz Martins Foto: Melissa Duarte