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Foto César Santos

Custo dos canarinhos vale uma vitória na Feira

Por Jornal Sporting
01 Nov, 2018

Estreia a marcar de Wendel não evitou derrota contra o Estoril, que obriga o Sporting a vencer o Feirense na última ronda do grupo D

A calculadora é um objecto útil quando se discutem contas à mesa. Contudo, para apresentarmos os algarismos (2-1) da segunda jornada do grupo D da Allianz Cup, que opôs Sporting e Estoril no Estádio José Alvalade, é obrigatório irmos além dos números – esses, deixamos para depois, uma vez que a derrota frente aos canarinhos tem de valer uma vitória em Santa Maria da Feira, embora os três pontos possam não chegar para passar à final-four da competição. 

A equipa de Luís Freire entrou no encontro descomplexada, sem que se fizesse notar o ‘estatuto II Liga’, e a exibir o futebol que lhe é reconhecido: apoiado. Sandro Lima, um dos melhores dos visitantes, castigou Jefferson no corredor direito (do ataque), em associações com Ayltan Boa Morte, numa clara indicação estratégica de explorar aquela ala no processo ofensivo. De forma assertiva, há que sublinhar que o golo de Wendel, aos nove minutos, surge num lance em que o Estoril leva ao extremo a sua identidade. Ainda dentro da grande área, Gonçalo Santos evitou o alívio sem critério, mesmo perante a inteligente pressão de Bas Dost, tendo o médio brasileiro aproveitado para roubar a bola ao capitão oponente e rematado para a sua estreia a marcar ao serviço dos leões. 

Essa (pressão inteligente) seria apenas a primeira boa acção do holandês na partida, que apesar de ter enfrentado um longo período de paragem, deixou indicações positivas. Ao longo da primeira parte, soube combinar com Diaby, oferecendo uma boa dinâmica no último terço, sendo que faltou aparecerem jogadores em zonas de finalização – Wendel foi mesmo o que mais tentou alvejar a baliza de Thierry. Se isso foi o que faltou ao ataque, a construção a três, com Petrovic a baixar entre os centrais (André Pinto e Marcelo), levou à procura do jogo exterior sempre que Wendel não se soltou de marcação. Neste particular, o jovem de 21 anos tentou invariavelmente aparecer entrelinhas, aproveitando o balanceamento dos contrários, que optaram por subir mesmo nos momentos defensivos.  

O paradigma alterou-se bastante na etapa complementar e para tal contribuiu o decréscimo dos níveis de concentração dos verdes e brancos. Dadashov, a abrir o segundo período, falhou o empate por centímetros, depois de cabecear sem marcação no coração da área. O cruzamento veio (outra vez) do lado direito, teleguiado pelo irrequieto Ayltan. De resto, o Sporting não encontrou ideias para surpreender o adversário e foi dos pés de Gudelj, na sequência de um livre directo, que criou o único lance de perigo antes de Sandro Lima fazer o 1-1 (71’) – o trabalho individual do ponta-de-lança, superiorizando-se a André Pinto, evidenciou a sua qualidade. 

No período menos positivo dos orientados de José Peseiro, somaram-se situações de contra-ataque na direcção de Salin e aquela que já era uma noite de má memória para o central leonino, pior se tornou após o auto-golo aos 82’, proveniente de um pontapé de canto. 

Em cima do apito final de Hélder Malheiro, Diaby e Carlos Mané, consecutivamente, tiveram hipóteses de igualar o jogo, só que Thierry esteve intransponível na primeira e na segunda tentativa, segurando o esférico e o triunfo contrário. 

Agora com a calculadora e os olhos postos na tabela classificativa: na última ronda deste grupo, caso Sporting e Estoril saíam vencedores dos respectivos encontros, juntam-se ao Feirense com seis pontos. Como tal, o primeiro factor de desempate é o goal average, o que obriga a turma de Alvalade a viajar até ao Norte a pensar em golos, caso não queira regressar a Lisboa a fazer contas.