Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now

×

Foto João Pedro Morais

Futsal treina com bola no primeiro dia de trabalhos

Por Sporting CP
02 Ago, 2023

Nuno Dias e João Matos apontam ao objectivo de conquista de mais títulos

Os tricampeões nacionais de futsal voltaram esta quarta-feira ao trabalho, com o primeiro treino na quadra do Multidesportivo do Estádio José Alvalade. Oportunidade para a equipa de Nuno Dias ter o primeiro contacto com a bola, numa sessão bem animada e de elevada intensidade, já com dois dos reforços totalmente integrados: o guarda-redes Henrique Rafagnin e o ala Taynan e ainda com Macedo, promovido dos sub-19 e Wesley [regressado após empréstimo aos Leões de Porto Salvo] no grupo.

Aos meios de comunicação do Sporting CP, Nuno Dias falou do regresso após as férias e das saudades que todos já sentiam. “Também é importante este afastamento [das férias] para quando regressamos já sentirmos falta. As pessoas costumam dizer que só quando perdemos as coisas é que sentimos a falta que elas nos fazem. Não as perdemos, mas estivemos afastados durante algum tempo e percebemos que isto nos faz falta. Felizmente, somos privilegiados por fazermos aquilo que gostamos e quando assim é, o regresso é da forma que foi: alegre, divertido, com saudades uns dos outros, das piadas, das brincadeiras, do jogo, porque sentimos que há esse gosto, há esse prazer em jogar e hoje notou-se isso: primeiro treino com bola, com um pequeno colectivo e uma pequena conversa, mas notaram-se essas saudades, essa vontade de regressar e agora, que venha o trabalho.”

Antes do treino, houve uma mensagem transmitida à equipa, revelada pelo técnico Leonino. “Não há muita coisa para transmitir, porque dos jogadores que chegaram ao Sporting CP, dois deles são regressos, Taynan e Wesley; e o Henrique Rafagnin e o Rafa Félix são os que chegaram de novo. Tentámos fazer com que eles entendessem onde chegaram e relembrar não só a eles, mas a todos, onde estamos, o que queremos, qual o nosso caminho, qual a nossa identidade, compromisso, qual a nossa maneira de trabalhar e grau de exigência, que é o nosso, sem precisarmos das pressões dos resultados, títulos e troféus, porque nós próprios já colocamos essa exigência todos os dias no nosso trabalho. Isso tem de ser para continuar e melhorar, fazendo ver-lhes, aos que regressam, que nada disso mudou e aos que chegam, que percebam onde chegaram, que chegaram ao melhor, que chegaram ao tricampeão e a um grande clube, onde os objectivos são claros e onde o que fazemos normalmente é bem feito. Eles são uma parte para que as coisas se resolvam da melhor maneira para nós”.

Questionado sobre a maneira como Nuno Dias sentiu o grupo de trabalho no primeiro dia de treinos, após as férias, teve resposta directa do técnico Leonino. “Com a paragem, pode haver um ou outro atleta que não chega nas condições que desejávamos, mas eles são todos profissionais, sabem onde estão e fazem pré-épocas há tanto tempo que sabem perfeitamente como nós trabalhamos, como é o início do trabalho e quem não estiver bem, vai sofrer bastante, porque o trabalho é duro, é forte, é com bola, é ao nível do nosso modelo de jogo, tudo englobado e eles sabem que só estando nos melhores índices é que conseguem que abola seja redonda. O nível de exigência nunca é o mesmo nas férias de quando voltamos, mas isso, como eles são, rapidamente vão adquirir a melhor forma para ao longo das próximas semanas, chegarmos ao nosso melhor momento para atingirmos aquilo que pretendemos”.   

O capitão João Matos também assinalou o entusiasmo pelo regresso do plantel Leonino ao trabalho após as férias. “Mais um arranque de temporada. Dar as boas-vindas aos novos elementos, ajudar na integração deles, passar-lhes um bocadinho do que é a nossa identidade, o nosso ADN, o sentir o Sporting CP, a forma como jogamos, a intensidade que aplicamos no jogo e no treino. Agora é começar a preparar, gradualmente, as várias etapas deste período pré-competitivo, para chegarmos à primeira competição o mais preparados possível.”

Época nova e a ambição de sempre: ganhar o máximo e se possível, todas as competições em que o Sporting CP vai participar. Mas as sementes lançadas para colher frutos no futuro, são o dia-a-dia e o trabalho, preconiza o fixo Leonino. “Na temporada passada fizemos uma época boa, mas não tão boa quanto as duas anteriores, porque queremos sempre mais e ganhar mais. A nossa ambição é sempre superior, mas mais do que pensar nessa ambição de ganhar seja o que for, tudo começa aqui, na exigência diária, na cobrança diária, no respeito e lealdade uns pelos outros, e isso vai transformar-se em vitórias. Se nós em épocas passadas, em que ganhámos tudo, o discurso foi: queremos ganhar tudo novamente e assim foi, no ano passado voltámos com o bicampeonato e queríamos ser tri, mas acabámos por não ganhar três dos cinco títulos que disputámos; não adianta dizer que vamos lutar por tudo novamente. Vamos trabalhar diariamente, arduamente, com todo o nosso empenho, com todo o nosso profissionalismo e dedicação, uns dias melhor outros dias pior, mas acima de tudo é haver lealdade e respeito entre todos, que haja cobrança e que haja exigência, e isso depois tem de se reflectir, porque se tem reflectido nos últimos anos em troféus".

Evoluir individual e em contexto de equipa são alicerces do sucesso, defende o capitão da equipa de futsal Leonina, que sublinha, em primeiro lugar, o desejo de o Sporting CP estar nas decisões. “Move-me evoluir, acordar e vir treinar, move-me defender o Zicky, ajudar o Bernardo (Paçó), brincar com o Pauleta, estar no balneário com o Panny (Varela) e assim sucessivamente. Isso é o que me move diariamente. Tudo o resto é consequência. A nossa maior motivação é estarmos aqui e evoluirmos uns com os outros, porque trabalhamos com os melhores do Mundo, Staff, equipa técnica. Isso faz-nos evoluir e, depois, logicamente vamos estar nas decisões, não só pela nossa qualidade, mas também pela qualidade do trabalho desenvolvido. Isso é tudo uma consequência. Queremos ganhar todos os troféus que tivermos pela frente, é impossível haver neste plantel quem não queira ganhar. Têm de ter essa mentalidade de ganhar, os novos vão entender isso rapidamente já na pré-época, mas acima de tudo, temos de trabalhar bem, porque o trabalhar bem vai reflectir-se mais tarde em troféus. Na época passada estivemos nas decisões todas. Há que trabalhar, evoluir, olhar para a época passada e para as anteriores e vermos onde é que errámos, onde é que podemos crescer, onde é que os adversários melhoraram e onde vamos conseguir passar por cima deles e é assim que vamos, sucessivamente, ganhar jogo a jogo.

João Matos vincou a relação de grande proximidade entre o plantel e os adeptos e deixou uma mensagem aos Sportinguistas.  “Vivemos disto e temos de nos dedicar a 100 por cento ao Sporting CP. Sentimos um carinho diferente e especial da parte deles, conquistado também por muito mérito nosso. Muito do nosso trabalho é para que esses adeptos continuem a acreditar e a confiar em nós. Depois de todo o apoio que tivemos, com um agradecimento muito grande a todos os Sportinguistas que nos apoiam diariamente, semanalmente, mensalmente, em casa, ou for e em qualquer ponto do Mundo, obrigado por estarem connosco.”

Por fim, João Matos desvendou o sentido da mensagem, sobretudo para os jogadores que chegam agora ao Sporting CP. “Tem de ser motivador para qualquer jogador ser treinado por um homem que em dez anos tem quase 30 títulos. Isso por si só é motivador. Vêm para a melhor equipa da década, considerado pela UEFA. Tudo isso é motivador e ainda não conheceram o Pavilhão João Rocha cheio. Mais motivação vão ter ainda e, no arranque, a mensagem passa um pouco por aquilo que o Wesley e o Taynan já passaram. É difícil chegar ao Sporting CP, mas mais difícil do que chegar é manter e é essa exigência que nós temos enquanto equipa, a identidade de querer jogar com a intensidade nos limites, de querer marcar muitos golos é o que nós queremos. Passámos isso, mas também que há um período de adaptação, dentro desta exigência a que nós estamos habituados, que nos faz bem e que é aquilo de que gostamos”, finalizou.