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Antuérpia já tem mais um Cantinho especial para o Clube

Por Jornal Sporting
28 Jan, 2016

Reportagem com João Vital, que bateu o recorde júnior 18 nos 400 metros estilos

A história do Sporting é feita de centenas e centenas de capítulos mas há alguns que merecem um Cantinho especial, neste caso literalmente: foi em Antuérpia, a 15 de Maio de 1964, que um pontapé de canto directo de Morais deu aos ‘leões’ a Taça dos Vencedores das Taças, único troféu europeu do futebol ‘verde e branco’ até agora. Esse foi também um ano especial na família do jovem João Vital: pouco tempo depois, o seu avô, Herlander Felga Ribeiro, participou na prova de 100 metros livres de natação dos Jogos Olímpicos de Tóquio, após ter estado quatro anos antes em Roma. Hoje, o nadador ‘leonino’ tem como principal ambição em termos de carreira marcar presença nos Jogos Olímpicos de 2020, na capital japonesa, e deu mais um passo seguro no percurso até esse sonho... em Antuérpia: ganhou a medalha de ouro e bateu o recorde nacional de juniores 18 dos 400 metros estilos na Flandres Cup, quebrando o antigo máximo que datava de 2010, em Coimbra, e tinha sido alcançado pelo actual companheiro e referência: Alexis Santos.

“Não estava a contar com algo do género nesta altura da época, sinceramente. Estamos numa fase de carga e por isso não me encontro no pico de forma. Já tinha os máximos de juvenis e juniores 17 e não deixa de ser um bom indicativo daquilo que se poderá passar daqui para a frente”, refere João Vital em conversa com o Jornal Sporting a propósito de uma competição onde estava também... Alexis: “Acabámos por não falar muito sobre o recorde em si, até porque não estava sequer a pensar nisso. Mas esteve sempre a apoiar-me ao longo do fim-de-semana. Tem sido muito bom trabalhar no mesmo Clube dele porque é um grande atleta, um bom amigo e um apoio muito importante”.

A cumprir a primeira época pelos ‘leões’, João Vital admite que “o trabalho é muito diferente para melhor, porque se trata de um Clube grande onde consigo também fazer estafetas, por exemplo”, e recorda como ponto marcante a conquista do pentacampeonato de clubes: “Foi uma experiência única e recordo-me que na última sessão estávamos muito nervosos. Estivemos seis pontos atrás, depois seis pontos à frente, no final já só tínhamos dois de avanço... Foi uma sensação muito boa. Fui muito bem recebido pela equipa, até porque já os conhecia a todos e dava-me bem com eles, sempre tive muitos amigos no Clube antes de vir para o Sporting”.

Agora, e após um período de descanso, as atenções do jovem nadador centram-se no Europeu de Juniores de Piscina Longa. E os Jogos de 2020? “Para isso ainda falta muito mas é o meu sonho e vou lutar por isso”, diz entre sorrisos. “Gostava de conseguir chegar à final no Campeonato de Europa júnior. Agora fiz um tempo de 4.25, com 4.22 e 4.21 talvez possa ir à final lutar por medalhas”, conclui.

Além da medalha de ouro com recorde júnior 18 nos 400 metros estilos (4.25,52), João Vital foi nono nos 400 metros livres e 11.º nos 200 metros costas. Já Alexis Santos alcançou duas finais A, terminando em quinto nos 50 metros costas (26,47) e em oitavo nos 100 metros costas (58,23).