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Sinais

Por Miguel Braga*
03 Set, 2020

(...) Numa altura em que se multiplicam eventos com público, ainda que com restrições, o desporto em Portugal continua a ser uma excepção para as nossas autoridades de Saúde

Arranca este fim-de-semana o Troféu Stromp, sinal de regresso a alguma normalidade, muito embora ainda sem o público desejado nas bancadas do Pavilhão João Rocha. Numa altura em que se multiplicam eventos com público, ainda que com restrições, o desporto em Portugal continua a ser uma excepção para as nossas autoridades de Saúde.

Terminou também no passado domingo o estágio da equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal. Além da habitual carga de treinos em fase de pré-época, o Algarve foi também o palco ideal para Rúben Amorim testar as soluções de que dispõe para avaliar a composição final do plantel.

À experiência de nomes como Coates, Vietto ou Neto, juntaram-se reforços de qualidade como Feddal, Adán ou Nuno Santos, e a irreverência da juventude no talento de Nuno Mendes, Eduardo Quaresma ou Tiago Tomás. As boas notícias é que ainda há vários nomes, como Max, Matheus Nunes ou Šporar, que nos dão garantias de uma equipa competitiva e cada vez mais confortável com as ideias de jogos e dinâmicas introduzidas pela equipa técnica. E sim, Jovane Cabral, Gonzalo Plata, Antunes, Daniel Bragança, Borja, Porro, Inácio, Rodrigo Fernandes, Wendel e também a magia do nosso Harry Pote, são todos sinais de boa construção do plantel para atacar esta época. E até porque ainda não fechou o mercado de transferências, seja a solução interna ou externa, alguns nomes ainda se vão juntar a este lote para fechar o plantel do Sporting CP.

Também no Algarve, Stefan Ristovski envergou pela primeira vez a braçadeira de capitão do Clube. E fez questão de assinalar o feito nas redes socias, realçando “a honra e o orgulho enorme” da façanha. Sinal de que os homens também se fazem destes momentos e de que o Clube tem nas suas fileiras quem respeita e percebe a grandeza do Sporting CP.

Já está marcada a primeira jornada da Liga NOS e o kick off da temporada 2020/2021 teve lugar no magnífico cenário da Real Companhia Velha. Sobre o mesmo, umas notas. Primeiro, o sinal de que algo precisa de mudar na média de faltas por jogo em Portugal – seja pelo apito rápido, por jogadas menos claras dos jogadores ou vontade dos treinadores – quem não se lembra das instruções de Ricardo Soares, treinador do Moreirense FC, no jogo contra o Sporting CP –, a verdade é que a nossa Liga é a mais faltosa entre iguais (números disponibilizados pela Liga no “Futebol em Números 2019-20 – Report Estatístico das Competições Profissionais”), sendo por isso o tempo útil de jogo e o espectáculo prejudicados. Um sinal claro que devemos melhor, clubes, mas também arbitragem: um sector que deveria ser mais aberto, mais crítico e menos corporativo. A bem de todos. Mas infelizmente, o sinal de que a mudança está longe de acontecer, veio com a atribuição do Prémio Prestígio a Valentim Loureiro, dirigente condenado no âmbito do Apito Dourado.

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal