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Influências

Por Miguel Braga
03 Nov, 2022

Editorial da edição n.º 3896 do Jornal Sporting

O Dia de Todos os Santos comemora-se, todos os anos, a 1 de Novembro. Reza a história que no século II a comunidade cristã começou a celebrar o dia para honrar todos aqueles que tinham sido martirizados e perseguidos pela sua fé. Foi nesse dia que o Sporting CP enfrentou os alemães do Eintracht Frankfurt em jogo a contar para a última e decisiva jornada da fase de grupos da UEFA Champions League.

Tal como em 2014, o afastamento da mais importante competição europeia de clubes ficou ligado a uma equipa alemã e, especialmente, a más decisões das equipas de arbitragem, com a agravante de existir, nos dias de hoje, uma ferramenta (VAR) que tem como objectivo corrigir injustiças do apito em casos concretos. Infelizmente, não foi isso que aconteceu em Alvalade na passada terça-feira.

Para qualquer pessoa que conheça, minimamente, as regras do jogo existiram vários erros de arbitragem, um com influência mais do que directa no resultado. Em Portugal, os especialistas foram unânimes em considerar que o lance do penálti, que muda o desenrolar do jogo, foi precedido de falta atacante. A título de exemplo, o ex-árbitro Duarte Gomes, em A Bola, escreveu que “o pontapé de penálti assinalado a favor do Eintracht Frankfurt resultou num grave erro da equipa de arbitragem (com responsabilidade maior para o VAR); Kamada não saltou na vertical, mas sobre as costas de Coates, carregando-o ilegalmente com a anca e braço. A falta, nas imagens, foi evidente”. No Record, Jorge Faustino também não teve dúvidas: “penálti mal sancionado!”. Já no podcast ‘Sem Falta’ do Observador, o ex-árbitro Pedro Henriques foi arrasador: "Nota 2, muito negativa, talvez das mais baixas que dei até hoje", por causa de uma “arbitragem desastrosa” com “impacto claro no resultado”. Destacando não só o “erro grosseiro” no penálti de Coates como um “segundo amarelo por mostrar” a um jogador do Eintracht Frankfurt.

Ao minuto 76, Trincão tem um arrancada pela direita e, já perto da área adversária, é travado grosseiramente por Jakic – porém, Slavko Vinčić, o mal-afamado juiz da partida, optou por fazer vista grossa e perdoar a expulsão ao jogador da equipa alemã. A estas más decisões, adicionaria apenas mais uma, novamente com os mesmo protagonistas, Vinčić e Jakic, relembrando a diferente intransigência demonstrada com o amarelo mostrado a Paulinho (por não ter assinalado a falta evidente que o jogador sofreu e do consequente protesto resultou a sanção disciplinar para o avançado Leonino). Logo aos sete minutos, Jakic travou Arthur numa daquelas jogadas caracterizadas como “ataque prometedor”: falta assinalada e cartão amarelo correspondente. Depois, o jogador croata protestou veemente e mais próximo do árbitro, motivando assobios das bancadas, mas não motivando Vinčić a tomar mais qualquer medida.

Vários jogadores reagiram ao resultado menos bom e deixaram uma palavra de união e força para regressar às vitórias já no próximo sábado, frente ao Vitória SC. Um desses exemplos foi Pedro Porro: “Ser de um clube não é só nas vitórias, mas também nos momentos menos bons. Ninguém disse que seria fácil, mas estamos juntos e continuamos sempre a honrar o Clube e o símbolo que temos no peito. Sempre foi e sempre será pelo Sporting CP”. Que ninguém duvide.