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Português, Portugal

CONVICÇÃO

Por Rahim Ahamad
31 Out, 2019

O ressurgimento da equipa B do SCP é mais uma excelente notícia para a nossa formação, dando-lhe um espaço de evolução competitivo que os sub-19 e os sub-23 necessitam. O futuro está a acontecer

No último encontro realizado em Alvalade, frente ao sempre competitivo Vitória Sport Clube, o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL conquistou os três pontos em disputa, num jogo que permitiu perceber já algumas das novas ideias que Silas pretende implementar na equipa. O SPORTING CP soube ter mérito na forma como foi capaz de construir e gerir a vantagem no marcador, com sinais claros que permitem encarar o futuro imediato com outra CONVICÇÃO. A mesma CONVICÇÃO de vencer que se espera hoje, na Mata Real, frente ao FC Paços de Ferreira e, no domingo, diante do sempre complicado CD Tondela. Todos nós, Sócios e Adeptos, temos a CONVICÇÃO de que a equipa necessita de vitórias para ganhar estabilidade competitiva que permita atacar um campeonato que ainda tem muitos pontos em disputa.

Rodrigo Fernandes foi o oitavo jovem da nossa Academia a ser lançado na equipa principal desde a época passada. O SPORTING CP tem vindo a desenvolver nos últimos 14 meses um trabalho profundo no sector da formação – recuperando do inexplicável desinvestimento dos últimos anos e que resultou num retrocesso enorme – que permitirá, a curto/médio prazo, termos mais jogadores com talento a fazer parte da equipa principal. E neste contexto, o ressurgimento da equipa B do Sporting CP é mais uma excelente notícia para a nossa formação, dando-lhe um espaço de evolução competitivo que os sub-19 e os sub-23 necessitam. O futuro está a acontecer. Com uma estratégia clara e enquadrada no modelo de gestão desta Direcção. E nós, Sócios e Adeptos, sabemos que esse é o caminho. O caminho que se pretende de sucesso. Porque essa é e fará sempre parte da nossa CONVICÇÃO.

TODOS!

O lançamento do projecto do voto electrónico remoto como forma de permitir que TODOS os Sócios, independentemente da localização geográfica, possam contribuir e decidir o futuro do Clube nas assembleias, é uma mudança histórica em que TODOS serão beneficiados.

Outros exemplos encontram-se em curso com o intuito de garantir que TODOS os Sócios sejam tratados de igual forma e em que TODOS contam. O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL precisa de TODOS para que os pavilhões e estádios onde jogam as nossas equipas sejam sempre um ambiente de festa e de demonstração do verdadeiro sentimento Sportinguista, tornando os nossos atletas mais fortes ao som da nossa voz. Porque se TODOS estivermos a puxar para o mesmo lado estaremos com certeza muito mais fortes na defesa do SPORTING CP perante aqueles que são os nossos verdadeiros adversários. Será sempre, com esta mesma CONVICÇÃO e com o apoio de TODOS, que lutaremos até ao fim!

O poder de decidir

Por Rahim Ahamad
16 Out, 2019

O Sporting CP é de Portugal e não apenas de uma minoria de Lisboa. Não pode estar dependente daqueles que, pela proximidade, estão servidos das melhores condições para participar nos destinos do Clube

1405 Sócios marcaram presença na última Assembleia Geral (AG) do Clube, realizada na passada quinta-feira, representando menos de 1% do número total de Sócios do Sporting Clube de Portugal. Se considerarmos apenas os Sócios elegíveis para votar – com as quotas em dia e maiores de idade – tivemos uma representatividade de pouco mais de 2% dos Sócios com O PODER DE DECIDIR.

Ao analisarmos os números de assembleias gerais ordinárias de anos anteriores, excluindo as eleitorais, a média de participantes é ainda menor – aproximadamente 500 Sócios – o que significa que menos de 1% dos Sócios estão a participar activamente nas decisões que definem o destino do nosso Clube. O que estes números tornam evidente é que o modelo actual limita e dificulta seriamente a participação dos Sócios, naquele que é o seu maior e principal direito inalienável: O PODER DE DECIDIR.

Um dos principais pilares do programa eleitoral “Unir o Sporting”, constituía precisamente “na criação de mecanismos que permitissem aos Sócios espalhados por todo o país e mundo a possibilidade de exercer o seu direito de voto”. Porque Unir o Sporting é, entre outras medidas, permitir uma maior e mais efectiva proximidade e representatividade do Sócio quando se discute ou está em causa o presente e o futuro do nosso Clube. É o que esta Direcção, liderada pelo presidente Frederico Varandas, defende. Porque o Clube só é verdadeiramente dos Sócios quando TODOS os Sócios puderem de facto, e na prática, participar e decidir. As eleições de Setembro do ano passado marcaram o início de uma nova era. Propor a alteração do modelo instituído das AG, cujo formato está totalmente ultrapassado e, na realidade, muito pouco democratizado, é uma das medidas estruturais mais profundas e necessárias para o futuro do Clube. A implementação do sistema de VOTO ELECTRÓNICO REMOTO possibilitará que qualquer Sócio possa votar sem qualquer constrangimento geográfico e em condições de segurança e confidencialidade, garantindo assim a todos os Sócios O PODER DE DECIDIR. O Sporting CP é de Portugal e não apenas de uma minoria de Lisboa. O Sporting CP não pode estar dependente daqueles que, pela proximidade, estão servidos das melhores condições para participar nos destinos do Clube.

Esta Direcção está preparada para introduzir este sistema assim que os Estatutos o permitam. A discussão está lançada. Agora, e como sempre, decidem os Sócios. E que decidam TODOS hoje para poderem decidir TODOS sempre! Viva o Sporting Clube de Portugal!

Renovar

Por Rahim Ahamad
14 Out, 2019

Nos últimos dias, vários meios de comunicação social destacaram a nossa Academia, o quartel-general do futebol de formação e profissional verde e branco

Percebe-se bem porquê. Foi a primeira escola de formação moderna em Portugal, geradora de inúmeros talentos e abastecedora das selecções, o que motiva sempre interesse redobrado. Os resultados da nossa formação também têm feito o seu papel: boas exibições e novos valores a despontar, em especial nos sub-23, onde mora uma equipa que só sabe ganhar, com média de idades a rondar os 18 anos. O futuro parece estar novamente garantido.

Renovar a formação do futebol do Sporting Clube de Portugal passa por uma definição estratégica clara, aumento de competências humanas e ainda pelo RENOVAR das infra-estruturas. 

Mas também por criar condições que permitam assumir, de uma forma clara e objectiva, a aposta no talento jovem. Infelizmente, nos últimos seis anos assistiu-se ao contrário: um desinvestimento que não soube manter os níveis de uma das melhores escolas de formação de futebol de todo o mundo. Não deixa de espantar que neste período de forte e acentuado desinvestimento tenham sido vendidos jogadores formados em Alcochete por mais de 100 milhões de euros. Foi, sem margem para dúvidas, uma oportunidade perdida para continuarmos na vanguarda da formação do futebol mundial. 

Esta Direcção tem as prioridades muito bem definidas. E a formação do futebol é a prioridade das prioridades. Conforme explicado esta semana por Filipe Osório de Castro, vice-presidente com o pelouro do Património e Segurança, esta Direcção herdou uma Academia maltratada e um cenário demasiado chocante e inconcebível para um Clube formador como o nosso. RENOVAR a Academia é uma obrigação, para que o Sporting CP retome a sua tradição formativa. Por isso, até ao final do mandato, será realizado um investimento de mais de 12 milhões de euros. Nesta edição do jornal, analisamos o que já foi feito, comparando o “antes” e o “depois”. Trabalhos já realizados em apenas nove intensos meses de trabalho. Mas que já começam a dar frutos. Quando as prioridades estão bem definidas, não há tempo a perder. 

Realço ainda, nesta edição, o trabalho sobre os sete títulos europeus que o Sporting Clube de Portugal venceu desde Dezembro passado. Um verdadeiro recorde para um primeiro ano de mandato da Direcção do Clube. Não creio que algum outro clube europeu consiga fazer igual!  
RENOVAR a decisão dos Sócios, tomada na Assembleia Geral do passado mês de Junho, é o que se espera na Assembleia Geral de hoje, em que se discute a aprovação do Relatório e Contas. O orçamento foi executado conforme aprovado, apresentando ainda um valor positivo de 141 mil euros. A gestão do exercício foi ainda melhor do que estava previsto. Este é o caminho da recuperação. Com competência e responsabilidade. Na construção de um Clube cada vez mais forte, mais sólido e fundamentalmente mais unido na luta pelo sucesso do Sporting Clube de Portugal.

Nota: Editorial publicado no Jornal Sporting n.º 3748, 2 de Outubro de 2019

 

Maioria

Por Rahim Ahamad
02 Out, 2019

Esta Direcção garante a maioria de capital na SAD e o objectivo de reforçar a posição accionista do Sporting Clube de Portugal

Desde o dia 9 de Setembro de 2018 que esta Direcção tem vindo a implementar e concretizar vários dos pilares-chave do programa eleitoral que apresentou enquanto lista candidata.

Tal como constava no programa, a detenção da maioria do capital da SAD pelo Clube é considerada um factor crítico deste mandato.

Nos últimos dias ganhou algum mediatismo uma linha divergente à que esta Direcção defende, preconizando em alternativa a alienação da maioria que o Clube detém no capital da SAD.

O Sporting CP é uma casa plural e, por isso, todas as opiniões são aceitáveis e devem ser consideradas, mesmo as que as divergem do nosso entendimento.

Porém, falando em nome de todos os Sportinguistas eleitos para os actuais Órgãos Sociais e com o objectivo de tranquilizar aqueles que nos elegeram, vimos afirmar categoricamente que não existe nenhum plano – nem mesmo qualquer esboço de especulação – orientado para a venda de acções da SAD.

Pelo contrário, os dirigentes do Sporting CP – Clube e SAD – estão a trabalhar, desde que foram eleitos, numa série de diligências que visam reforçar o poder accionista do Clube na SAD.

Esses esforços ainda não foram concretizados em decisões, como todos nós desejaríamos, apenas porque se torna necessário negociar e financiar esta operação com fundos que, por enquanto, não estão disponíveis.

Do mesmo modo, queremos deixar claro que não projectamos tomar qualquer medida que altere, em prejuízo do Clube ou da SAD, qualquer activo do património do Sporting CP, nomeadamente a propriedade da Academia de Alcochete.

Esta Direcção, presidida por Frederico Varandas, foi eleita no pressuposto de valorizar o legado do Sporting Clube de Portugal como maior potência desportiva nacional e é nesse sentido único que continuará a desenvolver o seu mandato.

 

P.S.: Com muito – muito! – orgulho endereço os meus parabéns a toda a equipa de hóquei em patins pela conquista do 36.º título Europeu que se torna assim no 7.º troféu Continental vencido neste mandato. @Miguel Afonso, queremos mais!

Não posso também deixar de felicitar todos os envolvidos no regresso do basquetebol ao nosso Clube. Foi tudo espectacular, desde o jogo até a envolvência criada.

Por fim, uma palavra especial para o nosso ‘jovem’ atleta João Vieira, que venceu a medalha de prata nos Mundiais de atletismo. Grande resultado, apesar das difíceis condições em que a prova decorreu.

O Sporting Clube de Portugal é isto, são as vitórias a nossa razão de ser!

 

Nota: Editorial publicado no Jornal Sporting n.º 3748, 2 de Outubro de 2019

FUTEBOL POSITIVO

Por Rahim Ahamad
09 Jun, 2019

Na passada segunda-feira participei como orador, em representação do Sporting Clube de Portugal, na conferência Bola Branca – programa histórico da Rádio Renascença – na qual foi discutido o futuro do futebol português na perspectiva dos vários intervenientes com responsabilidade nesta área, nomeadamente o Governo, a Liga Portugal (LPFP), dirigentes de clubes, árbitros, atletas, treinadores e sindicatos, entre outros stakeholders. Destaco, desde já, a brilhante intervenção de Tomaz Morais, responsável pela estratégia e liderança da formação do nosso Clube. Na minha prelecção, comecei por dar conta do trabalho desenvolvido pela Direcção presidida por Frederico Varandas nestes últimos nove meses, com enfoque nas dificuldades encontradas na área do futebol – uma herança difícil que nos deixou em condições competitivas muito abaixo dos nossos principais rivais. Mas foi com um nível superior de empenho e competência que o Sporting CP conquistou dois dos três principais títulos do panorama futebolístico português. O mesmo empenho e competência que tem vindo, ao longo destes meses, a demonstrar na luta por um FUTEBOL POSITIVO e na renovação do dirigismo desportivo. O FUTEBOL POSITIVO que o Sporting CP defende é aquele que consegue vencer sem nunca abdicar dos valores dos nossos fundadores. Aquele que demonstra a coragem de enfrentar a mudança em prol da competitividade, da eliminação da suspeição e da melhoria dos mecanismos de suporte à VERDADE DESPORTIVA, na defesa dos interesses do negócio do futebol moderno e na valorização do espectáculo. Mas para isso acontecer tem de existir CORAGEM. CORAGEM por parte dos organismos responsáveis pelo futebol em tomar medidas concretas e exemplares na luta contra a violência no desporto e também na aplicação de sanções disciplinares a quem prevarica ou incentiva à dúvida, ao descrédito e à suspeição. O modelo inglês é um excelente exemplo do FUTEBOL POSITIVO, do novo tipo de dirigismo, de uma nova mentalidade de estar no futebol e que, através de medidas concretas, como a segurança, a autonomização da arbitragem e a distribuição mais equilibrada de receitas comerciais permitiram encurtar o fosso entre os clubes e melhorar a qualidade da competição.
Por mais que custe ao velho dirigismo, o Sporting CP consegue VENCER. A prova é que estamos mais fortes, mais sólidos – mais competitivos. Este é o caminho. O Sporting Clube de Portugal continuará, em prol de um FUTURO MAIS TRANSPARENTE da competição, a lutar pela defesa do FUTEBOL POSITIVO!

Nota: Editorial publicado no Jornal Sporting n.º 3731, 6 de Junho de 2019

Foto D.R.

O melhor do Mundo

Por Jornal Sporting
27 Set, 2018

Editorial do director interino para a edição 3.695

Não há membro da família leonina que não considere o Sporting como o melhor Clube do Mundo. Não por vaidade, mas com orgulho. Os 112 anos de história, repletos de feitos inigualáveis, têm vindo a encher as memórias de acontecimentos que marcam não apenas a glória do leão rampante mas também a do próprio país. Defender as cores nacionais é uma extensão do trabalho que cada atleta desenvolve diariamente para estar preparado para a superação a qualquer momento, em qualquer palco.

No passado sábado, em Veneza, Tiago Santos sagrou-se campeão do Mundo de kickboxing, na categoria de -63,5kgs, no escalão júnior. Seguiu, assim, as pisadas de outra referência da modalidade, no Clube e no país, que em 1994 alcançou o mesmo título – ao que juntou também o de campeão intercontinental, Fernando Fernandes, cujo cinto é um dos artigos que não pode deixar de ser visto no Museu Sporting, qual árvore com os frutos do Esforço, Dedicação e Devoção de todos os que superaram a concorrência com o seu valor em representação do Sporting Clube de Portugal. Em Coimbra, há um jovem de 18 anos que, na sua modalidade, não tem melhor do que ele em todo o Mundo e esse é um estatuto que não está ao alcance de qualquer um.

No plano mais doméstico, mas igualmente assinalável, esteve João Mansos, de 24 anos, que proporcionou ao Sporting o primeiro título no triatlo. A história, contada na página 29, é mais um exemplo da superação. No seu caso, uma luta interior, como o próprio explica, quando se deu a passagem do ciclismo para a corrida. Há adversidades que servem para espicaçar o já elevado espírito competitivo de quem vive para ser o melhor, preferindo ignorar as vozes interiores que, por vezes, sussurram 'não serás capaz'.

O reconhecimento natural do valor de cada atleta aparece plasmado nos resultados e, no caso dos excepcionais, gravado no currículo que se vai construindo ao longo das carreiras. O melhor jogador de futebol do Mundo, indubitavelmente ligado ao Sporting para o resto da sua vida, viu-lhe ser negado qualquer prémio na Gala da FIFA. Nem sequer o Puskas, para o melhor golo, com aquela bicicleta oferecida ao Mundo, nos quartos-de-final da maior, melhor e mais prestigiada competição do planeta e frente a uma das maiores referências da baliza da actualidade. Os números de Cristiano Ronaldo – que já há muito entrou no registo de bater os seus próprios recordes – não estão dependentes de escolhas subjectivas, muitas vezes ligadas a amores e ódios. No que diz respeito a clubes, ser o mais poderoso não é, necessariamente, condição para se ser o melhor. 

Por último e – mais uma vez – não menos importante, o episódio que fez o nome do Sporting correr o Mundo no passado fim-de-semana. Ainda hoje muitos tentam perceber como foi possível aquele golo de Carlos Ruesga, que selou a vitória na segunda jornada da Liga dos Campeões, na Rússia. Fez lembrar a forma como os juvenis de andebol garantiram o título nacional, em Braga, frente ao ABC. A diferença está na acrobacia a que o central espanhol recorreu para atingir a glória desejada. O gesto técnico é de tal forma impressionante que deixou qualquer um, Sportinguista ou não, de boca aberta. Aos 33 anos, Ruesga continua a ser um profissional de mão cheia. O golo é a ponta do icebergue. Se terminar a carreira em Alvalade e houver o reconhecimento ao contributo que tem dado à equipa e a glória que tem proporcionado ao Clube, a melhor forma de o homenagear será eternizar aquela queda calculada para a vitória, de nota artística incalculável. Isto é o Sporting!
Foto D. R.

Em frente!

Por Jornal Sporting
13 Set, 2018

Editorial do director interino do Jornal Sporting para a edição n.º 3693

Se fosse fácil não era para nós', costuma ouvir-se por Alvalade ou nas conversas em família sobre a vida do nosso Clube, como se cada missão fosse de nível herculeano e tivéssemos de fazer um esforço extra para chegar onde outros chegam sem tantos obstáculos. Mesmo os externos podem não ser equitativamente colocados, mas não são esses que contam para estas contas que agora voltaram ao zero, com a eleição de Frederico Varandas como 44.º Presidente do Sporting Clube de Portugal. O acento tónico está mesmo nos obstáculos internos, que invariavelmente marcam a vida do nosso Clube.

O discurso de união do novo líder leonino não pode nem deve ser levado de ânimo leve. Reconhecidamente fracturado depois de um período conturbado da nossa história, o Sporting terá, definitivamente, de viver novos tempos, de concórdia e harmonia, alicerçados na mais cuidada gestão, dando apenas continuidade ao excelente desempenho registado na época 2017/18, aquela que marcou o arranque de uma nova era nas modalidades de pavilhão com a chegada da tão desejada – durante anos – casa das modalidades, baptizada com a melhor homenagem ao Presidente que tanto deu, de forma absolutamente transversal, ao Clube.

Nelson Mandela, Sócio de mérito do Sporting, único Clube com o qual manteve uma relação de Associado, sempre disse que gostaria de ser lembrado como elemento de uma equipa e que a sua contribuição fosse avaliada como a de alguém que executou decisões tomadas por esse mesmo colectivo. No seu discurso de investidura, Frederico Varandas referiu que nasceu Sporting, cresceu Sporting, respira Sporting, mas não é o Sporting. Referiu ainda, emocionado e de voz embargada logo após terem sido anunciados os resultados aos Sócios – que às duas e meia da manhã ainda esperavam na Praça Centenário pelos resultados –, que acabava de se assistir à vitória da independência, resistência, resiliência e da superação.

É, também, o fim de um ciclo e o começo de um novo, com tudo o que de bom possa trazer ao Sporting. São sempre momentos de esperança, mais ou menos desmesurados, com maior ou menor grau de cepticismo, talvez mascarados pela paixão e amor que se tem ao Clube, que por vezes nos tolda o julgamento, mas que ninguém leva a mal quando em doses saudáveis e longe da irracionalidade dos extremismos de ser tudo mau, uma desgraça à beira do apocalipse. "Não há nada como começar para ver como é árduo concluir", escrevia Victor Hugo, alertando para as dificuldades que sempre surgem pelo caminho. No entanto, é precisamente na união pedida pelo novo líder de Alvalade que poderá estar a chave do sucesso. Sartre também dizia que amor, carreira, revolução e outras tantas coisas que se começam sem saber como acabarão. Ninguém sabe. Podemos, isso sim, contribuir para que o desconhecido possa não ser tão nublado.

Parabéns à equipa de futsal por mais um registo histórico na conquista da Supertaça, diante do Fabril, em Loulé, com um 11-0 final no marcador, a maior goleada alguma vez verificada na competição.

Uma palavra de ânimo à equipa de futebol feminina, em especial a Carlyn Baldwin – pela grande penalidade falhada e que motivou até um pedido de desculpas público da jogadora nas suas redes sociais –, pela derrota nos penáltis na Supertaça. Dois anos de projecto em que conquistaram cinco títulos em seis possíveis, tendo perdido o primeiro precisamente no passado fim-de-semana, em Viseu.

Para todas elas, eles e, acima de tudo, para ele, Frederico Varandas, recorda-se o hino dos campeões de 1981/82: EM FRENTE!

Foto D.R.

Vontade férrea

Por Jornal Sporting
30 Ago, 2018

Editorial do director interino para a edição n.º 3691

Muitas das modernas constituições que ditam as regras mais elementares de convivência entre cidadãos têm o inegável contributo da teoria de separação de poderes do barão de Montesquieu, político e filósofo francês da passagem do século XVII para o XVIII, que a propósito escreveu: "Os leões têm uma grande força, mas esta ser-lhes-ia inútil se a natureza lhes não tivesse dado olhos". Os olhos que teve Romain Salin para defender o remate de Cervi que valeu um golo. Os olhos que teve o capitão – mais uma vez a assumir a responsabilidade da decisão –, Nani, dignos de verdadeiras Odysseas suportadas também pelo espírito de sacrifício de Montero que, apesar de ter características diferentes, coube-lhe desempenhar as funções do ausente Bas Dost. Olhos que todos tivemos para ver (e apoiar) uma das mais fortes razões que liga a imensa família leonina e motivo de reunião semanal, no caminho que se quer de sucesso. A campanha que esta época arrancou, "Agora És Tu", reflecte bem a necessidade de haver a tão pedida união entre todos. Ghandi também dizia que a força não provém da capacidade física mas da vontade férrea em alcançar os objectivos. Vontade todos terão, é certo, mas a diferença poderá estar naqueles que a demonstram sempre com o mesmo espírito de entrega, independentemente dos obstáculos que possam surgir – e se às vezes são de mais. Não há como contornar a questão: a equipa orientada por José Peseiro, como tem sido apontada por todos, começou claramente em desvantagem em relação aos seus mais directos adversários e, por essa razão, terá de apresentar argumentos que justifiquem o desejado desfecho que nos foge, novamente, há quase duas décadas. Os arranques de temporada, com maior ou menor grau de exigência, são invariavelmente complicados de gerir. As maratonas não se ganham nos primeiros quilómetros. À terceira jornada, e depois de já termos visitado a casa do eterno rival e directo concorrente nos objectivos, ocupar a liderança da Liga NOS nada tem de surpreendente – será apenas para os não -crentes –, antes de justiça. Assim como é mais fácil trabalhar um plantel sobre vitórias, o primeiro lugar é, igualmente, motivo de orgulho e sinal de responsabilidade acrescida. O próximo desafio, da quarta jornada, na recepção em Alvalade ao Feirense, este sábado, terá o ingrediente extra de poder significar, aconteça o que acontecer em outros estádios, novo reforço da liderança leonina. A presença em massa torna-se cada vez mais importante. A força e concentração que se pedem à equipa também terão sempre de vir das bancadas. "Não é força que se pede a um canoeiro. O segredo está no ritmo dos remos, batendo num mesmo compasso na superfície da água", escreveu Mia Couto. Pedimos, na manchete da edição passada, que sentissem o dérbi. Álvaro de Campos dizia que ser forte é ser capaz de sentir. A equipa sentiu e foi forte. Agora somos nós. Agora és tu! Parabéns a Nuno Dias e Pany Varela, eleitos o melhor treinador e melhor jogador português da Liga Sport Zone da época passada. Justiça para tricampeões nacionais, que entraram nesta pré-época a vencer o mais prestigiado torneio da modalidade em Portugal, Masters Cup, derrotando dois poderosos adversários, o último dos quais, na final, responsável por lhes negar, há dois anos consecutivos, o título maior europeu. As mesmas saudações a Luís Gonçalves, Carina Paim, Carolina Duarte e Érica Gomes, os quatros leões responsáveis por oito medalhas nos Europeus paralímpicos que se realizaram em Berlim. Isto é o Sporting!

Foto D. R.

Sétima onda

Por Jornal Sporting
16 Ago, 2018

Editorial do director interino para a edição n.º 3.689

Não é mito mas também não será totalmente verdade a ideia comum de as ondas descansarem na costa em grupos de sete, sendo a sétima a mais forte. Não é possível prever, com cientifica facilidade, os movimentos dos oceanos e mais especificamente as ondas, que também dependem do vento e, isso sim, é absolutamente imprevisível.
São também sete – como os pecados mortais ou os magníficos de Sturge, versão do velho Oeste de uma das obras primas de Kurosawa, os seus sete samurais – os candidatos oficiais às próximas eleições de 8 de Setembro, já anunciadas pela Mesa da Assembleia Geral leonina, cuja corrida irá determinar o futuro a curto e médio prazo do Sporting Clube de Portugal.
Não há, nesta comparação dos candidatos com as ondas, quaisquer ligações temporais ou circunstâncias, sobre quem foi o primeiro ou último a submeter a lista para apreciação e respectiva validação pelos serviços leoninos, mas tão somente o facto serem exactamente sete e o último ser, efectivamente, o mais forte e aquele que poderá dar ao Clube o melhor desempenho para um 'heat' que se quer vitorioso.
Ao contrário do que se possa pensar – já Henrique Monteiro o tinha referido na entrevista concedida ao Jornal Sporting, na passada edição –, que ter muitos candidatos não é necessariamente prejudicial à escolha que os Sócios terão de fazer. Pode originar (ou não) dispersão de votos, mas aumenta o leque de opções e pode fazer com que mais votos possam cair nas urnas, já que uma das razões mais fortes para a abstenção é precisamente a falta de projectos a concurso que cativem a responsável, heterogénea (como as ondas) e preocupada massa adepta leonina. O período que agora se inicia deverá ser esclarecedor por parte dos candidatos. Há sempre muito em jogo quando se tomam decisões em relação aos comandos do nosso Clube e esta (decisão) compete exclusivamente à família leonina e do que assimilar das ideias que cada um dos sete potenciais a futuro Presidente apresentar. A parte mais relevante não é tanto a apresentação mas o compromisso assumido na execução dessas mesmas ideias. O futebol, por mais mediático e financeiramente relevante que possa ser, não deverá marcar em excesso os debates que se avizinham, até porque é nas modalidades que poderá estar a maior diferença de políticas seguidas, quando comparadas com o que se viveu até aqui e cujos frutos não deixam margem para dúvidas: será mais fácil começar a nomear as modalidades leoninas que NÃO foram campeãs nacionais...
Sétima foi também a medalha de ouro que Nelson Évora conquistou, no passado domingo em Berlim, nos Europeus de pista ao ar livre, curiosamente o título que lhe faltava na carreira. Tudo começou em 2003, quando se sagrou campeão europeu júnior do triplo salto, em Tampere (Finlândia), abrindo caminho para uma carreira que, aios 34 anos, continua a elevar bem alto no nome de Portugal... e do Sporting! Depois de ter sido desconsiderado pelo eterno rival, Nelson encontrou no Sporting, a verdadeira universidade do atletismo nacional, não apenas o seu porto de abrigo, mas o sítio certo para dar continuidade ao trabalho que o próprio sabia que ainda não tinha terminado. Em boa hora, Nelson, que em Alvalde acreditamos e temos sempre lugar para
os fora-de-série. Isto é o Sporting!

Foto D.R.

A vida a regressar à normalidade

Por Jornal Sporting
02 Ago, 2018

Editorial do director interino para a edição n.º 3.687

Esta será a última edição antes de serem definitivamente conhecidas todas as listas candidatas às eleições, que terão lugar no dia 8 de Setembro. O prazo de 8 de Agosto irá colocar um ponto final na discussão, muitas vezes estéril, de nomes que avançam e recuam, alguns deles apenas alimentados como balão de ensaio a potenciais vagas de apoio que acabam por nunca surgir e, assim, deitar por terra as melhores das intenções de quaisquer figuras do universo leonino.

Todos os actos eleitorais são importantes na medida em que determinam o futuro, a curto e médio prazo, do Clube, mas tal como os treinadores admitem que o desafio seguinte é sempre o mais importante – para não se pensar por antecipação e queimar etapas que podem revelar-se cruciais no caminho a seguir –, também estas eleições podem e devem servir para a pacificação interna, dentro do respeito democrático de aceitação dos resultados, independentemente de ser ou não do agrado de cada um.

É a vida a regressar à normalidade, até porque o defeso está a terminar e há um campeonato para vencer. Um, não. Vários. A equipa de futebol regressou a casa, no primeiro encontro da época e que serviu de apresentação do plantel à família leonina. Um dia que acabou por não se resumir apenas ao futebol, trazendo Sócios e adeptos à cidade Sporting, não só às instalações das quais tanto nos orgulhamos, mas também aos valores intangíveis associados aos atletas que representam o emblema de Alvalade. Os capitães de equipa Carlos Carneiro (andebol); Miguel Maia (voleibol); João Matos (futsal); e João Pinto (hóquei em patins, dando depois lugar a Caio); estiveram no Pavilhão João Rocha para confraternizar com quem perdeu vários minutos em fila para entrar. O campo adjacente ao Pavilhão, em frente à Loja Verde, acolheu miúdos e graúdos em actividades, que acabaram por se prolongar já dentro do Estádio, depois da abertura de portas duas horas antes de se entrar em campo para defrontar o Marselha.

O empate acabou por não manchar a festa que se adivinhava. Afinal, as apresentações marcam invariavelmente o renascer da esperança de mais uma época que se quer de sucesso, em tudo idêntica à anterior das modalidades, nas quais não nos escapou um único título maior dos nacionais em disputa.

É a vida a regressar à normalidade. Agosto não é apenas o mês do arranque do campeonato de futebol. É também o mês da Volta a Portugal, que ontem teve o seu começo em Setúbal e a qual conta, naturalmente, com a participação da formação Sporting CP/Tavira, orientada por Vidal Fitas, desta feita com Joni Brandão na máxima força para poder fazer sonhar os amantes da mais importante prova do calendário velocipédico nacional. E português, o que seria só mais um motivo de orgulho e satisfação para todo o País.

Por último, mas claramente não menos importante, destaque para o título mundial do atirador leonino Pedro Serralheiro, que em Barcelona alcançou o feito na categoria de bench rest 50m hunter. Cada vez mais se confirma a superação do sonho do fundador, de querer ter um Sporting tão grande como os maiores da Europa. O Velho Continente parece ser pequeno para a real dimensão do Clube. Isto é o Sporting!

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