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Português, Portugal
Foto D.R.

Citius, Altius, Fortius

Por Jornal Sporting
12 Jul, 2018

Editorial do Director interino do Jornal Sporting na edição n.º 3.684

De quatro em quatro anos, Mundiais de futebol e Jogos Olímpicos – para falar nos dois mais mediáticos eventos desportivos do Mundo, a par do Mundial de râguebi –, reúnem na mesma competição os melhores intérpretes das respectivas modalidades. O desporto de alta competição, pela razão atrás explicada, proporciona espectáculos impressionantes na permanente tentativa de superar as marcas que já tinha feito história, renovando assim os heróis que, tal como Camões escreveu nos Lusíadas, da morte se vão libertando, numa eternidade reservada aos predestinados.

Este discurso serve de mote à notória falta de cultura desportiva que, muitas vezes, graça pelo país num claro atropelo ao espírito mais puro do desporto, demasiadamente marcado pela futebolização que, num plano mais largo, funciona como o eucalipto, secando tudo à sua volta. Aliás, basta perceber a importância que o futebol assume entre as dezenas de modalidades que compõem os Jogos Olímpicos para se perceber o alcance do que devem ser as boas práticas de uma saudável cultura desportiva.

A secção de atletismo do Sporting Clube de Portugal, considerada como uma verdade universidade nacional da modalidade, proporcionou um novo momento de Glória ao Clube e aos seus Sócios e adeptos, no passado fim-de-semana, em Leiria, no Campeonato de Portugal de pista ao ar livre, individual. Foram 21 títulos de campeão nacional, 48 pódios, três deles completamente lotados de camisolas verdes de leão rampante ao peito: nos 5.000m, Sara Moreira (1.ª), Catarina Ribeiro (2.º) e Susana Godinho (3.º); nos 200m, Rosalina Santos, Lorene Bazolo e Filipa Martins; no salto com vara, Marta Onofre, Leonor Tavares e Cátia Pereira.

Falamos precisamente das mesmas especialidades do atletismo que colam os espectadores à televisão, de quatro em quatro anos, para as ver.

A secção, liderada por Carlos Lopes – primeira medalha de ouro nacional em Jogos Olímpicos – e com a coordenação técnica de Carlos Silva, não podia dar melhor seguimento ao riquíssimo legado deixado pelo professor Mário Moniz Pereira, ele próprio a eterna referência do atletismo nacional e figura maior da história centenária do nosso Clube.

Temos sempre de colocar as diferentes realidades numa perspectiva de modo a que não haja injustiças nas avaliações quanto ao grau de importância de um título conquistado. Seja em que modalidade for. Isto num Mundo ideal, naturalmente. Mundo ideal que continua nas mãos de cada um, tal como a reciclagem. É um trabalho individual, a de separar convenientemente os resíduos, em nome de um bem maior, comum. A cultura desportiva pode inserir-se no mesmo plano. Apoiar a equipa de futebol não constitui, por si só, argumento de defesa aos amantes do desporto. Esses, sentem tanto gosto e orgulho no título nacional de hóquei em patins, celebrado 30 anos depois do último, como com o título dos iniciados de Pedro Coelho, alcançado na última jornada do campeonato e frente ao eterno rival.

O Sporting, pelo seu extraordinário ecletismo, é um clube que propicia essa veia mais apurada de uma cultura desportiva que se quer no caminho da ideal. A grandeza leonina, tão bem espelhada no nosso Museu, percorre as modalidades apresentando como cartão de visita uma das histórias mais brilhantes do deporto nacional. De sempre. Entre os maiores, há sempre um leão. Ou vários. E leoas! Para além da diversidade, há também a igualdade de género. Mulheres de e com garra!

Obrigado a todos os nossos atletas. O trabalho do Jornal Sporting também fica, assim, muito fácil, pelo orgulho dos relatos que fazemos.

Foto D.R.

Império Leonino

Por Jornal Sporting
06 Jul, 2018

Editorial do Director interino do Jornal Sporting na edição n.º 3.683

Não há, porventura, na história da humanidade, maior imperador do que Alexandre, o Grande, macedónio que em 12 anos de poder expandiu o território original herdado do seu pai desde a ponta oriental da Europa, nas primeiras batalhas balcânicas, até às margens do Índico, espalhando Alexandrias e Alexandrópolis por uma extensão de terra que o tornaram um dos maiores conquistadores de sempre. Segundo rezam as lendas, chorou ao perceber que, chegado às costas do que é hoje o Paquistão, não tinha mais território para conquistar.

As lágrimas que se verteram no Pavilhão João Rocha no sábado passado, no desfecho do derradeiro campeonato, que fechou as contas das modalidades para a época 2017/18, tiveram o mesmo significado. Nada mais havia para conquistar. Não foram, contudo, de angústia ou frustração, como as de Alexandre, mas de Glória alcançada como nunca havia sido feito nos 112 anos de história do Sporting Clube de Portugal, comemorados no dia seguinte à tão importante conquista.

No ano de estreia de uma das mais importantes obras erguidas pelo Clube dos últimos anos, o Pavilhão João Rocha (PJR) abriu o seu ciclo de vida prometendo fazer plena justiça ao eterno nome que carrega. Pleno foi, também, o registo de títulos da nova, elegante e bela casa das modalidades leoninas. Todas as secções que se serviram do edifício que mudou a face da Cidade Sporting conseguiram ser campeões nacionais: voleibol, andebol, ténis de mesa, goalball, ginástica, hóquei em patins e, a fechar, futsal – a mais titulada modalidade verde e branca dos últimos anos, com um registo impressionante de sete vezes campeã nacional em nove épocas.

O jogo 5 da final da Liga Sport Zone, a negra frente ao rival – tal como já havia acontecido com o primeiro título celebrado no PJR, o de voleibol –, proporcionou novo momento de catarse familiar, como quem exorciza fantasmas que apregoam o estado calamitoso de um Clube que atravessa o mais forte e pujante momento da sua história. Que não se embarque, por isso, em discursos fatalistas ou se dê crédito a manchetes como "hecatombe". Se este cenário de verdadeiro império leonino nas modalidades é uma tragédia para alguns, então que a 'catástrofe' se prolongue ad aeternum.

Basta recordar que as sete modalidades acima referidas vão entrar em 2018/19 em qualquer recinto de jogo com as quinas ao peito – ou no braço –, não deixando a mínima dúvida de quem se sagrou e defende o estatuto de maior equipa nacional, qual primus inter pares. Uma responsabilidade que algumas destas equipas irão repetir: o andebol foi bicampeão e vai entrar em 2018/19 com o 'tri' em mente; o futsal sagrou-se tricampeão – tal como o ténis de mesa e o goalball – e vai (vão) lutar pelo tetra.

Neste balanço provisório, uma palavra para outras modalidades que, mesmo não usando o PJR, conseguiram os mesmos desideratos: judo; atletismo, não apenas campeão nacional mas também europeu, de pista e corta-mato, masculinos e femininos; natação; râguebi; tiro à bala; kickboxing; boxe; karaté; padel; bilhar...

Ficou conhecido esta quarta-feira [ver página 30] o segundo candidato oficial à Presidência do Sporting. Fernando Tavares Pereira surge com o lema "Unidos Venceremos", juntando-se ao "Unir o Sporting" de Frederico Varandas, o primeiro candidato a avançar publicamente. Pedro Madeira Rodrigues, ontem, deu-se a conhecer como o terceiro nome na corrida. Estamos agora, praticamente, a dois meses das eleições e a família leonina ficará tanto mais esclarecida quanto aos projectos em causa quanto mais clara, concisa e correcta – usando a velha terminologia da regra dos três cês jornalísticos – for a mensagem.

Por último, mas não menos importante, uma mensagem de apoio e de desejo das maiores felicidades a José Peseiro no cargo de treinador da equipa principal de futebol [ver pág. 6]. Recordo as palavras do ensaísta, filósofo e poeta libanês, Khalil Gibran: "Não se pode chegar à alvorada a não ser pelo caminho da noite". O amanhã é já hoje.

Foto D.R.

O voto é uma arma

Por Jornal Sporting
28 Jun, 2018

Editorial do Director interino do Jornal Sporting na edição n.º 3.682

A Assembleia Geral do passado sábado, dia 23 de Junho, ficará para sempre marcada na história do Sporting Clube de Portugal. Mais importante do que o resultado, que acabou por marcar a vontade da família leonina num momento tão urgente quanto desejado, foi mesmo a cumplicidade e o compromisso expresso na esmagadora afluência às urnas, num claro sinal da vontade dos Sócios em ter voz num momento que acabou por ser de viragem na liderança do Clube.

Perto de 15.000 Sócios, num dia que até convidava a outros planos mais veraneantes, não faltaram à convocatória. Infelizmente, a reunião magna não foi no nosso Pavilhão João Rocha, mas no Altice Arena, que pela sua maior lotação e envolvência proporcionada pelo Parque das Nações, tornou-a especial. Foram horas de espera nas filas, mas num clima de saudável convivência, com trocas de palavras e ideias cuja função catártica legitimou discussões tipicamente familiares, onde só nós podemos dizer mal dos nossos, mantendo no final o mesmo sentimento de pertença.

Foi uma das maiores manifestações de associativismo de sempre – continuamos a bater recordes de participação, não apenas nas nossas arenas desportivas, mas também em eventos de cariz social, cultural, educativo e de solidariedade –, num inequívoco exemplo para o país de maturidade democrática e responsabilidade cívica e desportiva.

É uma extraordinária oportunidade, como todos os momentos de mudança o são, para mais um ponto de partida. Um recomeço com o consequente ânimo de continuar a fazer mais e melhor, aproveitando precisamente esta onda de preocupação e interesse pela vida do Sporting, que não se esgotou apenas no uso da arma que é o voto. A defesa dos superiores interesses do Clube sempre esteve e continuará a estar nas mãos dos Sócios, pelo que o escrutínio deverá ser um compromisso permanente e não apenas pontual.

Ao Conselho de Gestão que desde segunda-feira tomou as rédeas em Alvalade, as maiores felicidades nas suas funções. Até dia 8 de Setembro, o trabalho será árduo ou não fosse este período decisivo para o que irá acontecer na próxima época desportiva. Em todas as modalidades. Será bom que as atenções não se concentrem apenas no futebol, apesar de todos terem a consciência do mediatismo que o desporto-rei encerra. O Sporting está à beira de terminar a temporada de 2017/18 com um registo histórico nas modalidades, tendo o espólio leonino sido enriquecido com um série de títulos, nacionais e europeus, que colocam as quinas de campeão na esmagadora maioria das Listadas do Clube. Entraremos em muitos terrenos de jogo envergando o símbolo exclusivo dos maiores do país, tornando-nos ainda mais apetecíveis como adversários.

O período ora iniciado reveste-se da maior importância pois determina uma nova escolha para os três órgãos sociais. Começam a perfilar-se os candidatos, com Frederico Varandas a surgir como o primeiro nome conhecido na corrida à liderança do Sporting. Tal como decorre dos Estatutos do Clube, o Jornal Sporting irá dar voz a todos os Sportinguistas que oficializem as suas candidaturas às eleições de 8 de Setembro, tentando dessa forma esclarecer da melhor maneira a família leonina para nova decisão, que terá de ser tomada dentro de precisamente 73 dias.

O exemplo que fomos e demos no passado sábado deverá, por isso, continuar. A força do leão rampante é altamente potenciada pelo interesse e participação que cada um dos membros da família lhe dá, não estando nunca em causa a dimensão do Sportinguismo de quem quer que seja. Afinal, quem é que dá vida a Alvalade?
Foto D.R.

Votar e escolher o vencedor

Por Jornal Sporting
21 Jun, 2018

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3.681

Divulgamos esta semana os nomeados para os Prémios Honoris Sporting 2018, onde os vencedores serão conhecidos no decorrer da V Gala Honoris Sporting, a ter lugar pela primeira vez no Pavilhão João Rocha, no próximo dia 29 de Junho.

Como aqui escrevemos na passada semana, a escolha não se afigura nada fácil, estando agora a decisão nas mãos dos Sócios, que podem votar no site do Clube, em www.sporting.pt, nos seus preferidos em cada uma das categorias sujeitas à votação.

Em conformidade com o Regulamento dos Prémios Honoris Sporting, as estatuetas e os galardões destinam-se a reconhecer o mérito individual de atletas, de equipas e ainda de pessoas ou entidades que pela sua contribuição para a difusão e prestígio do Sporting Clube de Portugal mereçam ser, publicamente, distinguidos. 

Este ano há, contudo, algumas novidades quanto aos nomeados, não quanto ao processo, mas ao seu número por categoria, nos prémios respeitantes às Modalidades. Estas tiveram no período a que respeitam os prémios um comportamento absolutamente espectacular, que poderemos classificar como o melhor ao longo dos seus anos de história. Paralelamente, o número de modalidades, desde que os prémios foram criados em Junho de 2014, aumentaram significativamente e dentro destas ao nível do género e dos diferentes escalões. 

Embora os estatutos a isso não o obriguem, tradicionalmente cada categoria de prémios tem contemplado quatro nomeados. A análise que foi efectuada este ano e após recolhidas as propostas dos diferentes departamentos e modalidades do nosso Clube, face ao sucesso estrondoso das modalidades, manter o número de nomeados seria absolutamente injusto em algumas categorias. Assim, nos termos dos Estatutos e do Regulamento dos Prémios e Galardões Honoris Sporting, o Conselho Directivo deliberou que na edição do presente ano os nomeados das categorias respeitantes às Modalidades, variam entre quatro e dez nomeados, permitindo assim aos Sócios uma escolha mais abrangente e distinguir simultaneamente mais alguns daqueles que se destacaram pelo seu desempenho desportivo.

Na presente edição do nosso Jornal pode conferir a lista dos nomeados e aceder ao site oficial do Clube. Sendo Sócio e com as quotas em dia, vote nas suas preferências!

Além dos nomeados que foram agora revelados, no próximo dia 29 de Junho, no Pavilhão João Rocha, ficarão a ser conhecidos os vencedores destes prémios mas também os da categoria Prémios de Honra: Carreira, Saudade e Especial. Este mantém-se por atribuição directa, por deliberação do Conselho Directivo nos termos do Regulamento.

O futsal sénior masculino iniciou da melhor forma a final, a disputar à melhor de cinco, do Campeonato Nacional frente ao nosso eterno rival, no passado sábado, no Pavilhão João Rocha. Partindo de uma desvantagem de 0-2, ao intervalo o resultado marcava 1-2 o que, no entanto, não reflectia o que se passava dentro de campo, mas os nossos rivais foram mais eficazes. No segundo tempo, a nossa equipa, de forma avassaladora, com determinação e garra, conseguiu empatar a partida para depois e pela primeira se adiantar no marcador, para mais tarde dilatar o resultado para 4-2, o que era escasso para o que estávamos a produzir. A partida viria a terminar em 5-4. Foi uma excelente jornada de promoção do futsal, com as bancadas do Pavilhão João Rocha vibrante entusiásticas no apoio ao nosso Clube, demonstrando a razão de termos passado a ter o Pavilhão dos Campeões.

Ontem teve lugar na Luz o segundo jogo tendo o resultado se fixado em 3-2 para os rivais . O próximo jogo será no dia 24 de Junho, de novo no Pavilhão João Rocha. Caso ganhemos este jogo ficaremos a um passo do “tri” campeonato. Se tal acontecer, tentaremos ir buscar o título ao pavilhão da Luz, e se não conseguirmos, teremos ainda a “negra” no Pavilhão João Rocha.

Força Campeões! Nós acreditamos em vocês! Vamos fazer o pleno nas modalidades!

Boa leitura!

Foto D.R.

Escolha difícil

Por Jornal Sporting
14 Jun, 2018

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3.680

A Academia Sporting de Alcochete é uma fábrica de talentos. A nossa formação continua a ser uma das melhores do Mundo.  No passado fim-de-semana, a nossa equipa de iniciados (juniores C) sagrou-se campeã nacional, num jogo emocionante frente ao nosso eterno rival, no Estádio Aurélio Pereira. Com atraso pontual na tabela classificativa, a nossa equipa estava obrigada a ganhar o jogo para poder atingir o objectivo ambicionado, que se veio a concretizar. Mas o jogo não começou da melhor forma para os nossos leõezinhos, que foram para o intervalo a perder por 0-1. Depois do descanso, entraram com muita determinação, muito querer e crer, conseguindo, primeiro, empatar a partida, para passar depois para a frente do marcador e perto do fim do jogo, dar a estocada final, fechando o marcador por 3-1. Viu-se esforço, dedicação e devoção que só poderia ter como consequência a merecida vitória. Orgulho, parabéns campeões!

Também o futsal, agora em juvenis masculinos, frente ao mesmo rival, fizeram a 'remontada' e sagraram-se hexacampeões! Orgulho, parabéns campeões!

O futsal sénior masculino, pelo seu lado, vai também disputar com os nossos rivais da Luz a final do Campeonato Nacional, que se disputará à melhor de cinco. O primeiro jogo é já no próximo sábado, no Pavilhão João Rocha (PJR). O segundo jogo é na Luz e o terceiro no PJR. Caso haja necessidade, o quarto jogo é na Luz e o quinto de novo no PJR. Força futsal, vamos à conquista do 'tri'!

Mas não ficamos por aqui, porque há mais títulos para celebrar. O judo sénior masculino do Sporting Clube de Portugal sagrou-se 'tri' campeão nacional. Orgulho, parabéns campeões!

Este ano terá lugar, uma vez mais, a atribuição dos Prémios Honoris Sporting, que vai já na sua V edição. Nos termos dos Estatutos do Clube e do Regulamento, os Prémios e Galardões previstos destinam-se a reconhecer o mérito individual de atletas, de equipas e ainda pessoas ou entidades que pela sua contribuição para a difusão e prestígio do Sporting Clube de Portugal mereçam ser, publicamente, distinguidos.

Os Prémios Honoris Sporting estão agrupados em quatro grandes categorias: Universo Sporting, Modalidades, Futebol e Honra. Com a próxima edição, serão já mais de 100 as distinções atribuídas desde 1 de Julho de 2014, data da I Gala, realizada no Pavilhão Atlântico e que contou com a primeira transmissão da Sporting TV (via streaming na Internet), possibilitando aos Sportinguistas espalhados pelo Mundo acompanharem em directo este marco histórico. Recordamos que a Sporting TV iniciou as suas emissões regulares no sistema de cabo, a 17 de Julho de 2014, às 19h06, hora definida para evocar a fundação do Sporting Clube de Portugal e assim prestar um tributo a todos quanto, ao longo dos anos, contribuíram para o engrandecimento do seu nome.

O processo de atribuição dos Prémios envolve diferentes áreas. Numa primeira fase é necessário seleccionar os nomeados, num total de quatro por prémio, com excepção dos Prémios Honoris Honra que são de atribuição directa. Para tal, os responsáveis das diferentes áreas, enviam as suas propostas de nomeação para o Conselho Directivo (CD), com a respectiva fundamentação. Por seu lado, o CD analisa toda a informação e delibera sobre os nomeados para cada prémio que irão ser sujeitos à votação.

Concluído o processo de nomeação, a lista de nomeados é colocada no site oficial do Clube, em espaço próprio para, na sua grande maioria, serem votados e escolhidos pelos Sócios. Excepção a estes são os “Prémios Honra” (“Carreira”, “Saudade” e “Especial”), “Parceiro do Ano”, “Núcleo do Ano” e “Escola Academia do Ano” que são atribuídos directamente pelo CD e o “Funcionário do Ano”, que é votado entre estes.

Este ano, a selecção dos nomeados nas modalidades foi particularmente difícil dado o sucesso atingido nas mais diversas modalidades, sendo que apenas só quatro podem ser nomeados por categoria. Mas se nomear não foi fácil, a escolha do vencedor também não se afigura fácil. Prova disso é a lista de campeões que aqui temos feito referência ao longo das últimas semanas.

A partir da próxima semana, os Sócios do Sporting Clube de Portugal, com as quotas em dia, podem votar num dos nomeados de cada categoria dos Prémios Honoris Sporting, na página oficial do Clube na internet em www.sporting.pt. Podem ainda encontrar informação adicional sobre os Prémios e Galardões “Honoris Sporting”, nomeadamente o regulamentos dos Prémios.

Boa leitura!

 
Foto DR

Glória sobre rodas

Por Jornal Sporting
04 Jun, 2018

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3679

Esforço, Dedicação, Devoção e Glória! Foram estas quatro palavras, tantos quantos são os anos desde que este Conselho Directivo deliberou que o hóquei em patins regressasse enquanto modalidade oficial. Neste percurso sobre rodas foi-se trilhando o caminho do sucesso que marcaram o regresso do hóquei em patins, conquistando-se uma Taça CERS, uma Supertaça, uma Elite Cup e neste último sábado, no melhor dos palcos, na nossa Casa das Modalidades, o título mais desejado: Campeões Nacionais, pela oitava vez.

Foi um Pavilhão João Rocha que nesta sua primeira época de existência já se tornou na Casa dos Campeões, consagrando o voleibol, o andebol e agora o hóquei em patins com as bancadas repletas e vibrantes num apoio incessante à nossa equipa que se bateu estoicamente.

Neste jogo decisivo frente ao FC Porto, a nossa equipa entrou determinada, demonstrando mais crer e querer para alcançar o título que há tanto lhe fugia, o que se foi materializando na sua postura em campo e na alteração do marcador. Com atitude e compromisso, os nossos bravos Leões foram os primeiros a marcar. Apesar de a superioridade, este foi um jogo muito competitivo e o FC Porto conseguiu a igualdade, resultado com que se foi para intervalo. Na segunda e decisiva parte, o Sporting aumentou o marcador para 2-1, depois para 3-1, o FC Porto reduziu para 3-2, fizemos o 4-2 e o resultado final ficaria em 4-3, com o Sporting Clube de Portugal de novo Campeão! Parabéns a toda a estrutura do hóquei em patins: dirigentes, equipa técnica, jogadores e staff! Orgulho Campeões!

Dizem que a história não se repete, mas não deixo de registar algumas curiosidades. Tal como esta época, também há 30 anos defrontámos o FC Porto e o Benfica nos derradeiros encontros, este último na jornada final. Frente ao FC Porto, com a coincidência de se ter verificado a vitória por igual resultado (4-3).

Passaram 30 anos desde a última conquista desta mítica modalidade, tantos anos sem podermos assistir ao deslizar dos patins, num desporto tão querido dos Sportinguistas e que faz parte do imaginário infantil de muitos de nós. Muito se fez nestes últimos quatro anos para colocar o hóquei em patins no lugar que por direito próprio é o seu. Dois nomes têm que ser, por uma questão de elementar justiça, aqui salientados pela sua resiliência e determinação para alcançar de novo o patamar cimeiro, o Presidente Bruno de Carvalho e o director Gilberto Borges.

Agora que nos reencontramos com a glória também no hóquei em patins, queremos manter-nos neste patamar, num projecto global que tem sido levado a cabo num Sporting Clube de Portugal eclético, competitivo e ganhador.

Recordemos aqui alguns títulos de campeões nacionais, numa altura em que estamos a escrever umas das páginas mais gloriosas das nossas modalidades nos quase 112 anos de história. 

O voleibol masculino foi de novo campeão nacional e o feminino campeão da divisão que lhe permitiu ascender à segunda nacional. No andebol, bicampeões nacionais e como temos vindo a aqui a exaltar, também o hóquei em patins conquistou de novo o título máximo a nível nacional.

Mas não se ficam por aqui as conquistas. O futebol feminino, regressado na passada época, conseguiu a “tripleta” fazendo o pleno: bicampeonato, segunda Taça de Portugal consecutiva e Supertaça. Também no feminino, o Rugby repetiu “bi” no campeonato e na Taça de Portugal.

No ténis de mesa, o “tri” campeonato e a Taça. Na natação, o “hexa” Campeões. Na ginástica mais títulos, tendo pela primeira vez um atleta do Sporting conquistado um título europeu para Portugal, Diogo Ganchinho nos trampolins. Mas há mais, muito mais, nas modalidades de combate e em tantas outras que o espaço não nos permite pormenorizar.

Quanto ao atletismo, além dos títulos nacionais, destacamos a proeza inédita alcançada nesta época, TRÊS títulos de Campeões Europeus, dois femininos e um masculino. No que diz respeito a títulos europeus, também o goalball juntou aos títulos nacionais o de Campeão Europeu.

São já 29 títulos Europeus, sete nos últimos cinco anos, que nos têm permitido fazer primeiras páginas onde glorificamos os feitos do Sporting Clube de Portugal. Todo este sucesso não é fruto do acaso e é fiel ao destino traçado em 2013, porque “a sorte dá muito trabalho”!

Boa leitura!

Foto DR

Vitalidade das modalidades

Por Jornal Sporting
24 maio, 2018

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3677

Os últimos acontecimentos têm ofuscado aquilo que é um dos grandes traços identitários do nosso Clube, o seu ecletismo. Ao contrário do futebol profissional masculino que terminou a época desportiva no passado domingo, as nossas modalidades encontram-se na derradeira fase decisiva, disputando vários troféus, nacionais e europeus.

O futebol feminino, depois de ter revalidado o título de campeão nacional, tem agora a possibilidade de conquistar a dobradinha pelo segundo ano consecutivo. O Estádio Nacional vai voltar a abrir as portas do seu palco maior, no próximo domingo, para mais uma final da Taça de Portugal. A nossa equipa terá pela frente o Sp. Braga, uma disputa entre os primeiros e segundos classificados do campeonato. Contamos com a participação do nosso “camisola 12” para apoiar as Leoas nesta importante competição e levá-las à conquista de mais um troféu.

Na passada semana, o ténis de mesa revalidou o título de campeão nacional, o culminar de toda a supremacia demonstrada ao longo do ano, onde se inclui uma honrosa participação na “Champions”, apenas travados nas meias-finais pelo campeão europeu. Parabéns Campeões!

Recordamos o voleibol em época de regresso da modalidade ao Clube, após 23 anos de interregno: voltou a sagrar-se campeão nacional, um feito que aqui já fizemos referência em edições anteriores.

O hóquei em patins continua na disputa pelo título, tendo na última jornada recuperado o primeiro lugar após vitória contundente sobre o Paço de Arcos (13-2) e aproveitando o empate a sete bolas entre Porto e Benfica. Somamos agora 62 pontos, mais um do que os nossos rivais, Porto e Benfica. Faltam apenas três jornadas e a próxima deslocação é à Luz. Continuamos na luta!

O futsal, após ter conquistado a Supertaça e Taça de Portugal e de ter atingido a final da “Champions”, disputa agora o playoff que vai ditar o campeão nacional. No próximo fim-de-semana terão lugar no Pavilhão João Rocha o segundo e terceiro (se necessário) jogos dos quartos-de-finais da Liga Sport Zone em que a nossa equipa defrontará o Burinhosa. 

O andebol após se ter sagrado bicampeão nacional, onde evidenciou toda a sua supremacia, e de ter participado na “Champions” vai disputar no próximo fim-de-semana, na cidade da Régua, a Taça de Portugal. No sábado, um difícil encontro nas meias-finais frente ao FC Porto e, se tudo correr como esperamos, disputaremos a final no domingo.

Se considerarmos as principais modalidades de pavilhão e as conquistas de campeonatos nacionais, verificamos que já vencemos no voleibol e no andebol. No que respeita ao futsal, depois de termos vencido a fase regular, estamos a disputar os playoff. No hóquei em patins regressámos à liderança e estamos na luta. Quer isto dizer que das quatro, já ganhámos duas e estamos na disputa nas duas restantes. Isto demonstra bem a vitalidade das nossas modalidades, a sua qualidade e competitividade. 

Mas caro leitor, se os feitos que narrei já nos deixavam orgulhosos, a cereja no topo do bolo pode vir do Alexander Stadium, em Birmingham, onde neste fim-de-semana se irá disputar a Taça dos Clubes Campeões Europeus de pista em atletismo. A nossa equipa feminina é uma forte candidata à reconquista deste troféu. Como é sabido no ano passado esta competição que estava prevista ser disputada na Turquia não se disputou por questões de segurança, tendo a nossa equipa saído vencedora no ano anterior. 

Recordamos que esta época as nossa equipas masculinas e femininas de atletismo conseguiram um feito inédito que nem no tempo do saudoso Professor Moniz Pereira fora alcançado, a conquista simultânea da Taça dos Clubes Campeões Europeus de corta-mato, em masculinos e femininos. Se no próximo domingo, a nossa equipa atingir glória que merece e desejamos, será o quarto título europeu esta época, três dos quais no atletismo. Estamos convosco Leoas!

O atletismo do Sporting ao longo da história conquistou já 17 títulos europeus, 16 em masculinos e um em feminino. Estamos assim com a possibilidade de atingir a “maioridade” se atingirmos os 18 títulos no atletismo, e os 29 se somarmos a totalidade das modalidades do Clube. Que venha a Glória!

Boa leitura!

Incrédulo e indignado

Por Jornal Sporting
10 maio, 2018

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3675

Camões pediu às Tágides, as ninfas do rio Tejo, inspiração para escrever os Lusíadas, obra que, como se sabe, glorifica os feitos dos Portugueses. O Pavilhão João Rocha, por seu lado, veio inspirar e glorificar os feitos dos Sportinguistas. 

Em cinco dias conquistou-se na Casa das Modalidades o título de campeão nacional de voleibol, na passada semana, e, no último domingo, juntou-se-lhe o bicampeonato em andebol. Como curiosidade, ambos os jogos tiveram um condimento especial, uma vez que pela frente tivemos os nossos eternos rivais da 2.ª Circular. 

Os festejos no Pavilhão João Rocha, no entanto, não se ficaram por aqui. Tratou-se de um domingo de “BiCampeões”, uma vez que, ao intervalo, houve ainda oportunidade de aplaudir outras bicampeãs que exibiram o troféu acabado de conquistar.

Falamos das nossas Leoas do futebol feminino que, horas antes, no Estádio José Alvalade, após o regresso da modalidade ao Clube na época passada, voltaram a erguer, pela segunda vez consecutiva, o troféu de Campeão Nacional, depois de terem levado de vencida a aguerrida equipa do Valadares, que lutou bravamente e dignificou ainda mais a nossa vitória. 

Por tudo isto, é natural que, para evocar estas conquistas, a escolha recaia sobre a Marcha do Sporting, ainda mais porque Maria José Valério foi também ela aniversariante neste dia de bicampeonatos. Parabéns a Maria José Valério e aos nossos Campeões e Campeãs! “Rapaziada ouçam bem o que eu vos digo e cantem todos comigo, VIVA O SPORTING”!

Mas, infelizmente, nem todas as celebrações podem ser uma festa. No passado dia 7 de Maio, Dia do Leão, foram evocados, uma vez mais, todas as Leoas e Leões que pereceram com o nosso símbolo ao peito. Na Praça Centenário, com presença dos líderes máximos do Clube, acompanhados de outros membros dos órgãos sociais, representantes das modalidades, dirigentes, treinadores, atletas, GOA’s e familiares das vítimas, e após uma intervenção do Presidente do Conselho Directivo, foi colocada uma coroa de flores e respeitado um minuto de silêncio que, em bom rigor, foi um minuto de palmas muito sentidas. 

Foram recordados muitos Sportinguistas, entre eles, as vítimas da queda do varandim naquele fatídico 7 de Maio de 1995, na 31.ª jornada da época 94/95, em que o nosso Clube recebeu o FC Porto. Mas também Rui Mendes, assassinado com um very light na final da Taça de Portugal em 1996, bem como Marco Ficini, barbaramente assassinado na época passada na véspera do dérbi em Alvalade, frente ao Benfica. 

Se há causas diversas para o desaparecimento dos Sportinguistas do mundo terreno, há uma que não podemos esquecer para que nunca mais se repita: O assassinato! E este, infelizmente, já aconteceu por duas vezes. Nada pode justificar que se roube a alguém o bem mais sagrado da humanidade: A vida!

Também por isto, a nossa indignação é extrema. Sentimos mesmo muita dificuldade em exprimir por palavras o acto ignóbil, indecoroso, sórdido, hediondo, perpetuado pelos adeptos do Benfica, clube que afirma não ter claques. Durante o último dérbi em Alvalade (0-0), no passado sábado, aquelas criaturas, não sabemos como as apelidar, entoaram um cântico vangloriando-se pela morte cruel que infringiram ao malogrado Marco Ficini. Aqui não se trata, nem se pode tratar, de clubites, nem de rivalidades por mais acesas que elas sejam. Nada pode justificar esta sórdida e criminosa acção. 

Estive em Orentano, nas cerimónias fúnebres de Marco Ficini, representando o nosso Clube. Conheci os seus familiares, vi os seus amigos, os seus concidadãos, o seu sofrimento…

O que se passou no passado sábado, ultrapassou tudo aquilo que pode ser admissível numa sociedade livre e democrática. Por tudo isto, questiono directamente os órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica no seu conjunto, e cada um dos seus membros individualmente, o que têm a dizer sobre isto? Quem se demarca e condena? Ou continuarão a ser criminosamente cúmplices pelo silêncio e omissão? 

Interpelo directamente o Governo da República Portuguesa; o Parlamento, nomeadamente a Comissão de Direitos, Liberdades e Garantias; o IPDJ; a FPF; a Liga; o Conselho de Disciplina e o Ministério Público: O que vão fazer? É que, seguramente, todos vêem, ouvem e lêem, e por isso basta de ignorar!

Boa leitura!

Se…, então…

Por Jornal Sporting
26 Abr, 2018

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3673

Muitos terão presente o método científico que aprendemos nos bancos da escola. Diz-nos o mesmo que o primeiro passo de uma investigação é definir o próprio objecto de estudo. A partir daqui, podemos então elencar os objectivos que pretendemos atingir. 

Estando circunscrita e enquadrada a nossa investigação, para que esta se inicie, é necessário dar o “pontapé de saída”, ou seja, formular uma pergunta de partida para que possamos encontrar as respostas. Falamos de afirmações que mais não são do que tentativas de resposta à pergunta de partida e as hipóteses que a investigação se propõe verificar.

Se definíssemos, por exemplo, como objecto de estudo o “sistema” de poder e controlo do futebol português, teríamos que definir de seguida os objectivos da investigação. Assim sendo, imaginem que nos propúnhamos ao seguinte: aferir se há um clube que “controla” o “sistema”; explorar quais as estratégias definidas; conhecer quais as práticas utilizadas; mapear a rede de influências criada.

Estaríamos assim em condições de iniciar a investigação, tendo para tal que definir a pergunta de partida que, por exemplo, poderia ser esta: “Para controlar o futebol português, o “clube” definiu uma estratégia de médio e longo prazo de assalto ao poder, fazendo uso de práticas ilícitas e criminosas?

A partir daqui, se já tínhamos uma pergunta, tornava-se necessário encontrar respostas para ela, pelo que se formulariam as seguintes hipóteses:

– Se não há almoços grátis, então a oferta de vouchers são uma forma de aliciamento, visando criar um clima favorável e de boa vontade por parte dos agentes que as recebem;

– Se os sms’s e emails são uma ferramenta de comunicação, então o conteúdo por eles veiculados demonstram, clara e inequivocamente, o modus operandi de controlo do poder;

– Se o modus operandi é sustentado em práticas ilícitas, então tem que ser penalizado desportiva, civil e criminalmente;

– Se há distribuição de malas, então há resultados combinados;

– Se há favores que são feitos com fins ilícitos, então estamos perante tráfico de influências;

– Se há ofertas desproporcionadas para obtenção de proveitos impróprios, então estamos perante corrupção;

– Se há padres e missas cantadas, então a obediência pelo catecismo e pela hierarquia é cumprida a rigor;

– Se há uma cartilha, então há avençados e outros agentes que são cúmplices activos e passivos do terrorismo comunicacional;

- Se há toupeiras domesticadas, então há donos ainda à solta;

- Se há ameaças e coacção, então há gabinete de processos e queixinhas;

– Se há powerpoint’s, então há uma demonstração da impunidade e do assalto ao poder que envergonha qualquer democracia;

– Se os escândalos que envolvem os mesmos de sempre são abafados na comunicação social que lançam cortinas de fumo para desviar as atenções para outro Clube, então há quem seja conivente, dependente e viole os códigos de ética e deontológicos do jornalismo;

– Se se entenderem que as forças do além podem querer contrariar a democracia, então enganar e usurpar prémios que distinguem os seus é uma demonstração de que podem violar tudo e de que não olham a meios para atingirem os fins.

Tendo as hipóteses formuladas, haveria agora que definir a metodologia para verificar se estas se afirmam ou infirmam. Numa primeira abordagem parece-nos que poderíamos considerar quatro dimensões: desportiva; política, judicial e criminal.

Por hoje ficamos por aqui, o que não implica que esta linha de raciocínio não continue. Por isso, investigue-se!

Boa leitura!

Um Clube eclético à conquista da Europa

Por Jornal Sporting
12 Abr, 2018

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3671

“Um Clube tão grande, como os maiores da Europa”. Esta foi a visão do nosso fundador e que, a equipa liderada pelo Presidente Bruno de Carvalho, tem vindo a materializar ao longo destes últimos cinco anos, nas suas diversas modalidades. Primeiro, fazendo regressar ao Clube modalidades tradicionais, como são os casos do hóquei em patins, do voleibol, do râguebi, do basquetebol (aqui só formação), do futebol feminino. Mas também a criação de raiz de modalidades paralímpicas em que somos referência a nível mundial, onde o goalball é um dos exemplos. Mas todo este esforço não seria suficiente se, paralelamente, não dotasse as diferentes modalidades de condições que lhes permitissem ser mais competitivas, e possibilitar-lhes a disputa de títulos, não só a nível nacional mas também europeu, criando e modernizando infraestruturas, de que o Pavilhão João Rocha (PJR) é um caso paradigmático, profissionalizando ainda estruturas de apoio como é o caso do Gabinete de Apoio ao Atleta, o Sporting Olympics ou o Gabinete Médico.


São já 28 títulos europeus, sendo que seis foram conquistados nos mandatos da actual Direcção, respeitante a quatro diferentes modalidades, o que dá uma média superior a um título europeu por ano.

Vinte e nove anos depois, o hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal volta a uma fase final da Liga Europeia, no caso à final four que se realizará a 12 e 13 de maio, troféu que já conquistou há mais de 40 anos, e por aqui se percebe também a relevância deste feito. Esta qualificação foi carimbada após eliminação da Oliveirense nos quartos-de-final, com o resultado da primeira-mão, realizada em Oliveira de Azeméis, e o da segunda-mão no Pavilhão João Rocha, a repetir-se, 3-2 favorável ao nosso Clube.

O hóquei em patins regressou ao Sporting CP, enquanto modalidade oficial, em 2013, tendo conquistado neste período uma Taça CERS (15/16), ocupando actualmente a liderança do Campeonato Nacional. Agora, nas meias-finais da Liga Europeia, saiu-nos em sorte o FC Porto que eliminou, nos quartos-de-final, o nosso rival da luz.

Anteriormente, já o futsal tinha garantido a qualificação para a final four da UEFA Futsal Cup, onde irá medir forças nas meias-finais com um rival bem conhecido, os húngaros do Eto Gyor, em jogo marcado para dia 20 deste mês. A competição, que se jogará em Saragoça, terá na outra meia-final dois colossos do futsal europeu, os espanhóis do Inter Movistar (campeão em título) e o Barcelona. Em termos nacionais, o futsal do Sporting CP lidera isolado o Campeonato Nacional de forma confortável.

O atletismo também tem pela frente a possibilidade de mais uma conquista Europeia após ter alcançado um feito inédito ao ganhar, este ano, na mesma edição, a Taça de Clubes Campeões Europeus em Corta-Mato, tanto em masculinos como em femininos. Agora é a vez de disputar o título europeu em pista, a ter lugar em Agosto, em Berlim. Em termos nacionais, os nossos atletas continuam a somar conquistas.

O andebol disputou a fase de grupos da “Champions”, enquanto que o ténis de mesa alcançou um feito inédito, ao disputar as meias-finais da mais forte competição europeia de clubes. Ambas as modalidades encontram-se na liderança dos respectivos Campeonatos Nacionais. O voleibol, por seu lado, modalidade que regressou este ano ao Clube, terá no próximo fim-de-semana o primeiro jogo da final frente ao nosso rival na Luz, sendo que os dois seguintes vão jogar-se no PJR. Em caso de necessidade, haverá mais um jogo na Luz e depois outro no PJR.

O futebol está nos quartos-de-final de uma competição europeia, o que também há muito não acontecia, discutindo hoje o apuramento para as meias-finais da Liga Europa. É necessário recuperar de uma diferença negativa de dois golos, após a derrota sofrida na passada quinta-feira em Madrid.

Este ano tivemos também uma conquista inédita, após a vitória no Campeonato Nacional e a conquista do título Europeu de Clubes no Goalball, o que, além de revelar e afirmar, cada vez mais, o ecletismo do Sporting CP, demonstra também a nossa preocupação ao nível da inclusão.

Boa leitura!

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