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Português, Portugal

É do Basquetebol. É do Sporting CP

Por Juvenal Carvalho
04 Jun, 2021

O 'We Are Te Champions' terá de se tornar viral no sistema de som do nosso pavilhão. Com público seria ainda mais lindo este título, porque o ‘João Rocha’ tem muito mais encanto vestido de verde e branco

Vou ser duplamente sincero. Estou a escrever a minha coluna de opinião mais emocional de sempre no nosso Jornal. Estou também, e por escrita após o jogo, ainda trémulo e com uma alegria tão contagiante, que é difícil por palavras descrever este tão feliz sentimento vivido, de quem se sente como que um menino a quem acabaram de dar um brinquedo.

Falar e escrever sobre basquetebol é algo que me apaixona particularmente.

E que melhor momento poderia ter do que falar sobre o nono título nacional do nosso historial, com a particularidade de voltar a ter como palco a nossa casa, e 39 anos depois.

Era eu então um menino, quando assisti ao vivo ao título de 1981/1982. Pontificavam, treinados por Mário Albuquerque, Augusto Baganha, Rui Pinheiro, Carlos Lisboa, Israel, Mike Carter, João Cardoso, Hélder Silva e Ricardo Jasão, entre outros. Foi então uma alegria indescritível. Os interregnos todos no basquetebol após esse título, com duas suspensões da modalidade, fez com que fosse tão suado quanto ansiado este regresso. Tenho, com orgulho, um passado como dirigente da modalidade. Todos, desde antigos dirigentes, jogadores e treinadores, esperaram por este momento. Ele foi possível por aposta deste Conselho Directivo, que em boa hora fez regressar a modalidade ao seu palco mais competitivo.

Desde o início de 2019/2020 até agora já ganhámos duas Taças de Portugal e agora foi colocada a cereja no topo do bolo deste projecto. Na passada quarta-feira chegou o momento tão esperado. Tive de novo o privilégio de estar presente. Desta feita a ser entrevistado para a Sporting TV e a assistir ao mesmo ao lado do meu amigo de mais de trinta anos, o Miguel Afonso. Como ele mereceu este campeonato. Como o Sporting Clube de Portugal lhe poderá estar grato pela sua luta neste regresso.

Falámos horas sobre este projecto. Sei da sua dedicação e amor à causa. Aliado ao seu conhecimento da modalidade, esteve ainda presente o empenho e a arte de um todo. Do homem do leme Luís Magalhães – a quem dei um abraço no fim, sentido e emocional; aos jogadores, que prefiro não destacar nenhum num colectivo tão poderoso, foram uns heróis. Uns heróis vestidos de verde e branco com o símbolo do Leão rampante ao peito. Como foi bonito ver a genuinidade com que festejaram um título tão marcante para o universo Leonino.

Foi feita de sangue, suor e lágrimas esta conquista. Outras virão certamente.

O We Are Te Champions terá de se tornar viral no sistema de som do nosso pavilhão. Com público seria ainda mais lindo este título, porque o ‘João Rocha’ tem muito mais encanto vestido de verde e branco.

É nossa. É do basquetebol. É do Sporting CP.

É tão bom ser Sportinguista!

Somos da raça que nunca se vergará!

Por Juvenal Carvalho
27 maio, 2021

Estamos bem levantados. Desistir é para os fracos, não para o Leão rampante. Somos campeões e estamos estruturados para ter sucesso futuro

Ouvi e li, por parte de gente sapiente e por vários “tudólogos” da nossa praça, que o Sporting Clube de Portugal tinha perdido gerações de adeptos. Que os miúdos são de quem ganha. Que não tínhamos já tanta expressão como outrora. No fundo, e até para mim, que não sou o maior dos optimistas nem o pior dos pessimistas, prefiro antes ser pragmático, tudo isto não me parecia de todo descabido. Só que não. Não era verdade. Incrivelmente, qual caso de estudo, até a perto de duas décadas sem ganhar o Campeonato Nacional de futebol, embora se tivessem somado outros troféus nesta modalidade, e muitos outros, até europeus, em outras modalidades, o Sporting CP era um gigante adormecido, qual vulcão pronto a entrar em erupção.

Com a liderança, e com o aproximar do final da prova, foi despertando nos Sportinguistas uma crença inabalável. Todas as partidas e chegadas da nossa equipa eram um banho de multidão.

Era como que uma espécie de empurrão decisivo aquele rugir dos adeptos sempre presentes.

Com o título consumado com o golo de Paulinho frente ao Boavista FC, a noite do dia 11 de Maio de 2021 trouxe à saciedade a demonstração de força sem paralelo do Sporting Clube de Portugal. Da transmontana Parambos, a aldeia mais Sportinguista de Portugal, a Lisboa, passando por cidades, vilas e aldeias do país, e um pouco por todo o Mundo, foram aos milhares e milhares os Leões que, esquecendo momentaneamente a pandemia, deram largas a uma alegria incontida e indescritível pela emoção e fervor Leoninos.

Num país em que muitos querem só dois clubes grandes, numa política do dividir para reinar, serve para eles de aviso. O Sporting CP está vivo desportivamente e tem uma massa adepta com tanto e tanto jovem. No meu caso particular, festejei o feito na Rotunda da Boavista, no Porto. E festejei sem que não me emocionasse. Por mim, pelos Sportinguistas que viviam o mesmo que eu, mas sobretudo por tantos jovens desta cidade e de tantas outras localidades, que mesmo sem nunca antes terem visto o seu/nosso Clube ser campeão, nada os demoveu de amar o Enorme Sporting Clube de Portugal e provar que o Clube está vivo e recomenda‑se. Uma força e pujança que nos emocionou a nós, e que surpreendeu os adversários, verdadeiramente atónitos com a dimensão do Leão.

Decididamente somos enormes e da raça que nunca se vergará. Por cada Leão que cair, outro se levantará.

E estamos bem levantados. Desistir é para os fracos, não para o Leão rampante.

Somos campeões e estamos estruturados para ter sucesso futuro. Que chegue Agosto. Já estou ansioso!

1, 2, 3... 37, 38, 39!

Por Juvenal Carvalho
21 maio, 2021

São 39 os troféus e sete as modalidades que as alcançaram. Dizer isto, parece‑me por si só suficiente para aferir de uma grandeza sem paralelo no desporto nacional. Completamente inigualável enquanto clube ganhador.

O início da contagem das conquistas europeias do nosso Sporting Clube de Portugal data do já longínquo dia 15 de Maio de 1964, quando o futebol iniciou esta tão bonita saga ao vencer a Taça das Taças ante o MTK Budapest, e a trigésima nona foi no passado domingo, dia 16 de Maio de 2021 – 57 anos depois – no Luso, frente ao FC Porto, e com o hóquei em patins a ser o protagonista.

São 39 os troféus e sete as modalidades que as alcançaram. Dizer isto, parece‑me por si só suficiente para aferir de uma grandeza sem paralelo no desporto nacional. Completamente inigualável enquanto clube ganhador.

Dizer que as últimas edições do Jornal Sporting têm sido igualmente emocionantes, é também algo que todos vocês o sabem enquanto Sportinguistas.

Hoje, como felizmente se vem tornando recorrente, vou falar de mais um feito do nosso Clube, e este com a particularidade de ter cariz histórico, por termos entrado na história da modalidade por nos tornar‑nos a primeira equipa portuguesa a ser bicampeã europeia de hóquei em patins

Ao escrever estas linhas, posso dizer‑vos que, como muitos de vós, tive o privilégio, neste caso ainda muito criança, de em 1977 ter visto a “dream team” orientada por Torcato Ferreira, e com António Ramalhete, Júlio Rendeiro, João Sobrinho, Chana e António Livramento, como “cinco” estratosférico e ainda com Carmelino, José Garrido, Jorge Alves e Carlos Alberto no plantel, a fazerem a delícia dos Leões. Era autêntico “chocolate” que davam aos oponentes. Lembro‑me, como se fosse hoje, da apoteose no aeroporto aquando da chegada da equipa. Da revista que ainda guardo no meu espólio Leonino, que foi publicada em homenagem aos nossos primeiros campeões. No tempo passaram 42 anos até à conquista, no nosso “João Rocha”, da segunda vitória, com a tão bonita particularidade de ter sido em “casa”. Foi o êxtase completo então. Mas quis o destino, e de novo sob a liderança técnica de Paulo Freitas – quanta genuinidade e alegria espelhava após o final do jogo, que no passado domingo conseguimos alcançar a terceira Liga Europeia, que desde o “monstro” Ângelo Girão, a “fechar” a baliza, e passando por Zé Diogo Macedo, Matías Platero, Gonçalo Nunes, Telmo Pinto, Gonzalo Romero, João Souto, Alvarinho, Toni Pérez, Ferran Font, Alessandro Verona e o “capitão” Pedro Gil, marcaram mais uma página escrita a letras de ouro da imensa História do Sporting CP.

Não posso também deixar de destacar, nesta conquista – mais uma, o Conselho Directivo, neste caso na pessoa de Miguel Afonso, o vogal com o pelouro das modalidades, e ainda o Eng. Gilberto Borges, homem que lidera o departamento de hóquei em patins, e que tantas e tantas horas do seu tempo dedica a esta causa e que merece ser feliz e dar felicidade aos Sportinguistas.

Termino esta coluna de opinião de coração cheio, e emocionado. Foi mesmo de lágrima no canto do olho que vi a equipa de hóquei em patins, ainda a transbordar de alegria, a posar para a posteridade com uma tarja a recordar os 25 anos do assassinato bárbaro no Jamor, de Rui Mendes, um Leão natural do Luso, que certamente tão feliz estaria hoje com este momento da nossa vida, ainda para mais vivido na sua localidade de nascimento. Este bonito gesto revela apenas isto: O Sporting Clube de Portugal tem memória e tem história. Esta simplesmente arrebatadora!

Maior do que os Maiores da Europa

Por Juvenal Carvalho
07 maio, 2021

(...) Um feito completamente fantástico, que deu ao futsal o seu segundo título de campeão europeu de clubes, e ao Clube o trigésimo oitavo em competições europeias

3 de Maio de 2021. O relógio apontava para as 21 horas quando soou o apito final e a cidade croata de Zadar era o palco de mais um feito épico, depois de mais um jogo memorável ante o colosso FC Barcelona, sendo que também o Sporting Clube de Portugal é um colosso de expressão única e simplesmente arrebatadora. Um feito completamente fantástico, que deu ao futsal o seu segundo título de campeão europeu de clubes, e ao Clube o trigésimo oitavo em competições europeias em sete modalidades diferentes – futebol, futsal, andebol, atletismo, judo, hóquei em patins e goalball –, facto que fazem do nosso grande amor um clube diferenciado dos demais, e de uma dimensão ímpar, não só no plano nacional, mas também internacional.

Não vou falar do jogo. Já foi tudo dito sobre a qualidade exibicional, não só na final, mas já antes nos quartos‑de‑final ante os russos do MFK KPRF e nas meias‑finais frente aos espanhóis do Inter FS. Fomos simplesmente transcendentais. Qual muralha de aço feita de querer, de talento, de vontade indómita.

Vou falar sim do pós‑jogo, onde me detive, bem como milhares de Sportinguistas, a ver a Sporting TV, ainda a tremer de emoção e a trocar mensagens e telefonemas com amigos Leões. Do grito de guerra de João Matos, perguntando aos colegas se queriam ser heróis – e foram –, à conferência de imprensa épica do professor Nuno Dias, sempre arrebatador dentro e fora da quadra, da genuinidade e de tanto Sportinguismo com que desde os jovens aos menos jovens, de lágrima no canto do olho, mas a transbordar de alegria, tudo isto foi contagiante, inolvidável, indescritível.

Se já estava em êxtase com a conquista, mais emocionado fiquei ainda, juntando‑me à festa dos nossos Leões. Como se estivesse entre eles. Pensando no universo Sportinguista. Das selfies aos cânticos como adeptos, das brincadeiras genuínas de um grupo que é literalmente um todo feito de trabalho.

Do timoneiro Nuno Dias aos jogadores, passando pelos dirigentes da secção, pelos adjuntos, pelos técnicos de equipamentos e pelo corpo clínico, e acabando na direcção, que tem somado êxitos internacionais nas modalidades, neste caso o nono, foram todos heróis e marcaram mais uma página da nossa história escrita a letras de ouro.

Decididamente #OndeVaiUmVãoTodos. E nesse todos quero dedicar este êxito especialmente a alguém que já não está entre nós. Falo de Melo Bandeira, o “pai” de tudo isto, quando a modalidade começava a dar os primeiros passos no Clube. Onde estiver, estará feliz com o feito destes Leões. Como ele merecia viver isto.

Termino com a convicção com que fiz o título desta coluna de opinião: Somos enormes: “Maior do que os Maiores da Europa”

Um 25 de Abril de esperança

Por Juvenal Carvalho
29 Abr, 2021

Com os pés assentes e com a convicção que será árduo este caminho que ainda falta, lutem e ganhem por nós, o Sporting Clube de Portugal merece. Sobretudo vocês merecem tanto

O título desta coluna de opinião não tem qualquer conotação de cariz político, nem é seguramente esse o meu propósito, para mais no jornal de um Clube, o nosso Sporting Clube Portugal, que pela sua imensa expressão humana, acolhe as mais diversas ideologias, raças e credos.

O 25 de Abril, neste ano de 2021, teve a particularidade, após 47 anos passados da data que marcou a revolução, de levar a nossa equipa de futebol a Braga, e de acima de tudo demonstrar uma “revolução” marcada por tanta garra, por tanta crença, por tanta vontade de ser feliz. Tudo isso foi, nesta data marcante, uma “revolução” com sangue, suor e lágrimas. Aos 17 minutos, numa daquelas coisas tão típicas de só acontecer ao Sporting CP, já jogávamos com dez, quando Gonçalo Inácio, assim a modos de cada tiro cada melro, fez duas faltas e levou dois amarelos. Não quero entrar no campo das críticas porque sim, mas que o rigor com que nos presenteiam está muito acima dos nossos rivais em compita, é por demais evidente, e só não o vê quem não quer. Mas se pensavam que o Leão ia ficar ferido de morte, eis que foi dado o mote do toca a reunir, naquilo que tem sido a imagem de marca desta equipa liderada por Rúben Amorim, o “pai” do tão conseguido #OndeVaiUmVãoTodos, e que tem um grupo de trabalho tão unido que ninguém pode acusar seja quem for de não lutar por cada bola como se fosse a última, e por cada jogo tendo como objectivo, e sob a lógica de três em três pontos a somar.

Foi pois, com uma vontade indómita, que para o fim estaria guardado o melhor momento, quando Matheus Nunes, aos 82 minutos, num pontapé cheio de convicção fez tremer as redes bracarenses e a cinco jogos do fim, manter o Leão na liderança e a acreditar que o sonho pode ser possível, com a convicção de que nada está ganho, mas com a certeza de que tudo o farão por isso, com uma crença feita de trabalho.

E se de trabalho falamos, o próximo jogo será frente ao Nacional da Madeira, e tem como data o dia 1 de Maio, o Dia Mundial do Trabalhador. Será pois mais uma jornada para vestir o fato‑macaco aludindo à data. Porque pese as ausências por castigo de Antonio Adán, Gonçalo Inácio e Tiago Tomás, numa coincidência, apenas mais uma com foros de tão curiosa como interessante, será novamente com aquilo que só os desta têmpera são feitos. E estes rapazes já provaram que são feitos de Sporting.

Chegados aqui, não preciso de pedir. É claro e notório que a cada jogo esta equipa quer ser feliz e fazer feliz a inúmera família Leonina, deixando a pele em campo.

Com os pés assentes e com a convicção que será árduo este caminho que ainda falta, lutem e ganhem por nós, o Sporting Clube de Portugal merece. Sobretudo vocês merecem tanto.

Chegado está o momento

Por Juvenal Carvalho
23 Abr, 2021

Somos um caso raro no desporto português no que toca ao ADN de vitórias. Perante estes dados objectivos, vos asseguro. O caminho do futuro será por aqui

É recorrente. Vem esta altura da época e eis que está chegado o momento de todas as decisões nas mais diversas modalidades e frentes em que o nosso Sporting Clube de Portugal se encontra a competir, e tantas elas são.

Se o futebol é a alma mater e a modalidade que faz pulsar os corações Leoninos com maior intensidade, porque é a modalidade rainha, e esta época com a particularidade do sonho ser perfeitamente possível numa lógica do jogo a jogo, também nas modalidades designadas de alta competição os momentos das grandes decisões estão a chegar. 

Por ordem alfabética, e começando pelo andebol, em que mesmo que difícil, será no Dragão Arena que tudo se decidirá, e a palavra desistir não faz parte do léxico Leonino. Sabendo de antemão que a tarefa é hercúlea, será para vingar a derrota no ‘João Rocha’ que nos apresentaremos. Além disso está igualmente garantida a presença na final four da Taça de Portugal, e o objectivo é o de sempre: ganhar

No basquetebol, e numa época em que, devido ao calendário atípico provocado pela COVID‑19, já conquistámos as Taças de Portugal de 2019/2020 e 2020/2021, assegurámos também o primeiro lugar da fase regular, e com ele a garantia de que, a iniciar o play‑off frente ao Vitória SC, teremos de fazer da nossa “casa” uma muralha inexpugnável para trazer para o nosso Museu um troféu que nos foge desde 1982. 

No futsal, depois das conquistas da Taça de Portugal e da Taça da Liga, está igualmente quase assegurada a primeira posição da fase regular, e com ela a garantia das decisões serem também no nosso ‘João Rocha’, o que nos confere alguma margem de conforto. Igualmente por decidir está a fase final da UEFA Futsal Champions League, que nos últimos dias deste mês terá como palco a localidade croata de Zadar. O primeiro adversário serão os russos do CPRF e a ambição de uma grande presença está bem vincada. Ainda para mais sabendo que para os pupilos de Nuno Dias o céu é o limite.

No hóquei em patins, este ano será no play‑off que tudo se decidirá. E para esta fase da competição, a iniciar ante AD Valongo, por termos sido segundo classificado na fase regular, as ambições estão intactas. Acreditamos que não só no Campeonato Nacional, mas também na Liga Europeia, este ano com final four totalmente portuguesa, os comandados por Paulo Freitas, desde a “muralha” Ângelo Girão aos homens de pista à sua frente, será de espírito de missão que estamos imbuídos para as conquistas. Difícil? Sim. Possível? Claro.

Para o fim deixo o já terminado voleibol. O rescaldo da época para os comandados de Gersinho é positivo, pese o titubeante em alguns momentos, num grupo de trabalho quase todo novo em relação à época transacta. A cereja no topo do bolo foi a conquista da Taça de Portugal ante o eterno rival na final.

Com tanto por jogar, e com o que já foi vencido e ainda almejamos ganhar, é clarividente e factual. Somos um caso raro no desporto português no que toca ao ADN de vitórias. Perante estes dados objectivos, vos asseguro. O caminho do futuro será por aqui. Pela continuidade da nossa imagem de todos os tempos: o eclectismo que nos diferencia! 

Um projecto ganhador!

Por Juvenal Carvalho
15 Abr, 2021

(...) O todo, que é sempre a soma das partes, tem sido fantástico, e de “fato macaco” vestido é mais fácil almejar conquistas

Quando o Sporting Clube de Portugal regressou ao basquetebol sénior masculino, percebeu-se de imediato que era um projecto que tinha alicerces sólidos. Que a um treinador habituado a ganhar, e que faz do trabalho e da competência a sua imagem de marca, imagem essa repleta de êxitos por onde tem passado, se juntou um grupo de trabalho composto por uma mescla de jogadores virtuosos, daqueles que dão espectáculo, com outros que fazem do trabalho a sua génese, estavam condimentados os caminhos para o êxito. O todo, que é sempre a soma das partes, tem sido fantástico, e de “fato macaco” vestido é mais fácil almejar conquistas. E como ninguém ganha por acaso e a sorte dá muito trabalho, para parafrasear o nosso professor Mário Moniz Pereira, foi com essa “sorte” que o Leão deixou a cidade de Matosinhos com mais um troféu, no caso a sétima conquista desta competição, para engalanar o nosso Museu.

Tive o privilégio de assistir ao vivo aos jogos, e na bancada fiquei desde cedo com a convicção plena de que a equipa estava cheia de vontade de contrariar as vicissitudes causadas pelas lesões de Micah Downs, a juntar às de Cândido Sá e de Pedro Catarino, que já vinham de trás, e que ganhar era o mote. No sábado, ante o FC Porto, num jogo que pôs frente-a-frente as duas equipas mais fortes a nível nacional até ao momento, percebeu-se ao que o Sporting CP vinha. Era deliberadamente claro o propósito de ganhar aquela final antecipada, com o devido respeito pelos opositores. Desde início que estivemos na frente. As veleidades dadas foram poucas. Estava dado o primeiro e decisivo passo. No domingo, ante um Imortal BC que já nos havia vencido esta época, houve um Leão faminto de ganhar. E quando assim é, e quando se quer tem muita força, estava consumada a segunda Taça de Portugal consecutiva, facto que só havia acontecido nos já longínquos anos de 1974/1975 e 1975/1976.

Agora, a próxima “batalha” a ganhar será o Campeonato Nacional. Vamos partir para o play-off em primeiro lugar. Todos nós acreditamos nestes Leões feitos de têmpera e de carácter. Estão reunidas as condições para sermos felizes. Deles esperamos sangue, suor e lágrimas... que desejamos sejam de alegria.

Do fim-de-semana desportivo ficou também a certeza de que iremos estar na final four da Liga Europeia de hóquei em patins, para defender um troféu do qual somos o detentor, e ainda o resultado menos bom do nosso futebol frente ao FC Famalicão.

Faltam agora oito finais, e se nada esteve ganho, é óbvio que muito menos estará algo perdido. Jogo a jogo continuará a ser o lema. Nós acreditamos em vocês.

As lendas nunca morrem

Por Juvenal Carvalho
08 Abr, 2021

Hoje, porque se fossem vivos, teriam feito 97 e 78 anos, respectivamente, nos passados dias 3 e 7 de Abril, recordo aqui dois ‘monstros’ da nossa História. Falo‑vos de Jesus Correia e de Joaquim Agostinho

A brilhante História do Sporting Clube de Portugal é composta por inúmeras referências de todo o sempre nas mais diversas modalidades. São tantas, e tão relevantes e emblemáticas, que falar de todas elas nos caracteres que me são permitidos nesta coluna de opinião seria impossível, e seguramente que por omissão esqueceria muitas destas figuras que marcam de forma indelével uma inigualável e ímpar História do nosso Clube. 

Hoje, porque se fossem vivos, teriam feito 97 e 78 anos, respectivamente, nos passados dias 3 e 7 de Abril, recordo aqui dois ‘monstros’ da nossa História. Falo‑vos de Jesus Correia e de Joaquim Agostinho.

O primeiro, um dos ‘Cinco Violinos’, e o último que partiu do mundo dos vivos, que ouvia falar dele por conversas de meu avô, e que o percurso de vida me permitiu conhecer e vir a fundar com ele e com outros Leões de juba alta, o Núcleo SCP de Paço de Arcos, uma ambição dele de sempre por ser da vila onde nasceu e viveu, e que tanto amava. Lembro como se fosse hoje quando o cumprimentei pela primeira vez, precisamente no dia em que houve a primeira reunião preparatória para a criação do núcleo. Fiquei trémulo de emoção, literalmente. Ouvi então posteriormente, contadas pelo próprio, estórias deliciosas da sua vivência no nosso Clube. Ele amava incondicionalmente o Sporting CP e também o “seu” CD Paço Arcos, onde praticou hóquei em patins, facto que lhe valeria a alcunha do ‘Dois Amores’, ou do ‘Necas’ para os amigos. Tinha sempre um sorriso, um aceno, uma palavra simpática para quem com ele se cruzava. Era um senhor na verdadeira plenitude. Como seu último acto de relevo, numa história deslumbrante, ficará o pontapé de saída dado no primeiro jogo no novo Estádio José Alvalade, ante o Manchester United FC. Foi em Agosto de 2003, ano de sua morte.

Já Joaquim Agostinho, que nunca conheci pessoalmente, fez as minhas delícias de criança. Enchia‑me o quarto com pósteres. Parava a cada dia para ouvir na rádio as chegadas da Volta a Portugal. Lia avidamente todas as crónicas sobre as suas participações na Volta a França. De Norte a Sul enchia de orgulho a enorme legião Leonina. Subia os Alpes e os Pirenéus sem levantar o rabo do selim. Era uma força da natureza. Jamais apareceu algum ciclista português com a sua capacidade. Começou tarde uma carreira recheada de sucesso. O ‘Tino’, como era carinhosamente tratado, personificava a garra do Leão. Infelizmente partiu cedo e de Leão rampante ao peito e de amarelo. Uma queda na Volta ao Algarve provocada por um cão que se atravessou no seu caminho, levou este Campeão. Um Campeão de um Clube repleto de campeões.

Lembrar estes e outros campeões é ter memória. E o Sporting CP é um Clube com memória e que tem uma incomensurável História. Uma História sem paralelo. Obrigado a ambos pelo que representaram. 

As lendas nunca morrem!

99 anos com “Razão de Ser”

Por Juvenal Carvalho
31 Mar, 2021

Ler é saber mais. Ler Sporting é ler sobre um Clube ganhador como ninguém. Falo de factos. Já foram noticiados tantos êxitos, com tantos grafismos e escritos por tanto Leão nestes 99 anos, que muitos mais aí virão

Dizer, em dia de aniversário, que é um motivo de orgulho escrever umas linhas no Jornal do nosso Clube, do clube que amo incondicionalmente desde criança, é pouco para expressar o que me vai na alma.

É mesmo algo tão intenso e arrebatador que, para mim, embora tenha iniciado esta colaboração com o nosso Jornal, a convite de Melo Bandeira, um Leão imenso, decorria ainda o fim da década de 80, início da década de 90 do século passado, quando comecei a escrever sobre futsal – ou futebol de cinco, como era na altura designado –, que não deixa de ser com uma alegria de quase menino babado que a cada semana arranjo motivos para escrever e, mais do que isso, exacerbar o meu Sportinguismo, aquele que os que me são próximos desde criança sabem o quão genuíno ele é.

E foi mesmo desde criança, em casa do Sr. Brito, um Leão da velha guarda, que religiosamente, e todas as semanas, lia de fio a pavio o Jornal Sporting. Como que a minha “bíblia”. Onde comecei a perceber a verdadeira dimensão do Sporting Clube de Portugal. Muitas e boas prosas, de um Sportinguismo contagiante li neste nosso Jornal, que 16 anos após os nossos fundadores nos quererem grandes, tão grandes como os maiores da Europa, surgiu o primeiro Boletim do Sporting. A confirmação de um pioneirismo que faz de nós o Jornal mais antigo de clubes do Mundo.

O Jornal Sporting completa assim 99 anos de vida. Estamos apenas a um ano de nos tornar centenários. Desde o início, quando com José Serrano como primeiro director, e com o título “Razão de Ser”, saiu o primeiro número, que com o esforço, a dedicação e a devoção de tantos, lemos páginas com glórias atrás de glórias do nosso Sporting CP. São incontáveis os troféus nacionais e internacionais ganhos pelo nosso Clube, que foram escritos e descritos com a pena de ilustres Sportinguistas.

O Jornal do nosso Clube é de todos os tempos. E por falar em tempos, os novos tempos são inovadores. São das novas tecnologias. Onde ao papel se juntou o digital. Onde quando antes estávamos ávidos para saber algo do nosso Clube, e tudo parecia que demorava uma eternidade, hoje tudo está à distância de um simples clique. O Sporting CP modernizou‑se e acompanhou a sociedade. Está preparado e estruturado para os tempos vindouros. Das grandes cidades aos locais mais recônditos, onde houver um Leão, haverá Jornal do clube nas mãos de cada um. Por on‑line chega mesmo aos quatro cantos do Mundo, para a inúmera diáspora leonina.

Ler é saber mais. Ler Sporting é ler sobre um Clube ganhador como ninguém. Falo de factos. Já foram noticiados tantos êxitos, com tantos grafismos e escritos por tanto Leão nestes 99 anos, que muitos mais aí virão.

Vamos a caminho do centenário com a mesma garra. A garra do Leão rampante em forma de caracteres. Pintados a verde!

Os Leões também choram

Por Juvenal Carvalho
25 Mar, 2021

(Dário Cassia Luís Essugo, Lisboa, 14.03.2005)

É esta a data de nascimento daquele menino, de apenas 16 anos feitos há seis dias, que aos 84 minutos do jogo ante o Vitória Sport Clube, ao entrar em campo para substituir o também ele ‘made in Sporting’, João Mário, fez história e tornou‑se no mais jovem jogador de sempre do Sporting Clube de Portugal a integrar a equipa sénior do nosso Clube.

Se a entrada em campo, por si só, demonstra o quanto Rúben Amorim, bem como o Conselho Directivo, numa simbiose perfeita, apostam na nossa formação, tendo o nosso míster feito mesmo menção de o vincar desassombradamente na conferência de imprensa realizada no pós‑jogo, que a entrada daquele menino em campo era o futuro do Sporting CP e que abria a porta do Clube a outros jovens, num clube, e aqui digo‑o eu, cada vez mais apelativo e com um rumo claramente traçado. Ouvir estas declarações do nosso treinador é algo que nos orgulha e até fascina. Demonstração cabal de que a aposta na formação é o caminho, e que mudou mesmo o paradigma de um Clube que faz desde sempre da formação a sua imagem de marca, mas que aqui ou ali se percebia que nem tudo corria bem, e que a galinha dos ovos de ouro que deu ao mundo do futebol tanto e tanto craque de dimensão mundial, já tinha vivido melhores dias. 

Mas eis que aquele Clube que em 2016 fez dos “Aurélios” a sua bandeira, com os filhos do Leão a serem maioritários no grupo de jogadores que trouxe para Portugal o título europeu de selecções, está a ressurgir. É inequívoco. É clarividente.

Invariavelmente, jogam no onze titular pelo menos três atletas ainda juniores. E jogam com uma alegria contagiante e uma experiência muito acima da idade que consta no seu cartão do cidadão.

Da noite de sábado passado, e depois de ver o choro de Dário Essugo no final do jogo em que fez história, tive o privilégio, por vídeo recebido de amigo via WhatsApp, de também eu, e seguramente milhares espalhados pelo mundo, ver aqueles 37 segundos verdadeiramente comoventes no bom sentido, com o choro do Dário Essugo, numa descarga emocional de tanta felicidade, acabei por me comover eu, e seguramente tantos de vós que estão a ler esta coluna de opinião.

Foi mesmo viral, tanto o vídeo como o sentimento generalizado de um choro de um menino muito feliz por todos nós.

Como viral foi o conforto de meninos também da nossa cantera, no final do jogo ao Dário. De João Palhinha, o primeiro a chegar, a outros como Gonçalo Inácio e Tiago Tomás, já eles “veteranos” na maturidade que patenteiam

Todos foram Dário, na lógica do #OndeVaiUmVãoTodos. 

Este “campeonato”, o do orgulho de ver as crias do Leão a afirmar‑se, está ganho e com nota artística. O outro, que todos nós o desejamos, terá de ser jogo a jogo, na lógica de três em três pontos a somar. Com trabalho... muito trabalho. Faltam dez finais.

Todos juntos seremos poucos...

 

P.S. – Parabéns ao atletismo pelos títulos nacionais de crosse longo na vertente masculina e feminina. 

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