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Português, Portugal

Um Leão que os incomoda

Por Juvenal Carvalho
18 Mar, 2021

É gritante a azia que esta gente tem contra o Sporting CP. Até o pijama da D. Dolores, que comete o crime de ser Sportinguista, vem à colação por parte de opinadores que destilam ódio contra o Sporting CP

É incontornável. Respira‑se vitalidade no Sporting Clube de Portugal. Não é menos incontornável. Estamos a incomodar, e as vozes que querem de forma cínica o nosso Clube na ribalta, dizendo que faz falta um Sporting CP forte ao futebol português e blá‑blá‑blá, são as mesmas que, quando isso acontece, tudo fazem para nos pisar, ora nas instâncias dirigentes, ora por parte de proeminentes “catedráticos” com palco, que a cada oportunidade dão a sua opinião enviesada... com um denominador em comum. Uma brutal azia.

É até, e de forma tão notória esta azia, quando ainda nada por nós está sequer ganho, que chega a ser revoltante. Ao ritmo a que começam a chover processos – até por “fraude” – acredito que o Conselho de Disciplina terá de trabalhar aos fins‑de‑semana e feriados para solucionar toda esta panóplia de casos horrendos... com o principal caso a ser, contudo, e deliberadamente, o Sporting CP estar a incomodar.

Até o Jubas poderá estar em causa por não ter o quarto grau de mascote. O Leão da Porta 10‑A por ser de uma pedra que não tem patente registada, o Paulinho por não ter habilitação adequada para ser técnico de equipamentos, etc., etc., etc.

É gritante a azia que esta gente tem contra o Sporting CP. Até o pijama da D. Dolores, que comete o crime de ser Sportinguista e mãe daquele que é o melhor jogador português de todos os tempos, o “nosso” Cristiano Ronaldo, vem à colação por parte de opinadores que destilam ódio contra o Sporting CP.

Se infelizmente ganhamos menos do que todos desejamos e é este o estado de espírito desta gente, imaginem vocês um Sporting CP a ganhar. Pois é, todos sabemos que a bipolarização dos interesses do futebol se move a dinheiro. Com quanta sede tem esta gente ido ao pote para afastar de vez o nosso Clube da ribalta. Não o têm conseguido. Não o irão conseguir nunca.

Gostemos nós mais deste ou daquele presidente, deste ou daquele jogador, deste ou daquele treinador, uma coisa apelo aos Sportinguistas. Teremos, acima de tudo e de todos, porque nada é maior do que o Símbolo, de estar unidos e seguir a máxima tão bem conseguida pelo nosso treinador Rúben Amorim do #OndeVaiUmVãoTodos.

Teremos mesmo que ser uma muralha inexpugnável. O poder instituído, chamar máfia podia ser forte – ou talvez não –, vai fazer tudo para nos tentar afastar do nosso caminho. Que passa por ganhar e consolidar no topo. Percebem eles, e tanto os incomoda, que definitivamente estamos a trilhar um rumo. Existe um fio condutor. E isso não só os incomoda muito, como tudo tentam para nos afastar das decisões. 

Cabe‑nos a nós – e não, não sou o Calimero – defender o Sporting CP, e não só no futebol. Em todas as modalidades. A nossa grandeza, e somos até aqui ou ali um gigante adormecido que começa a despertar, é enorme. 

Não pode esta gente conseguir o propósito de nos desviar da nossa rota. O caminho é por aqui... e queremos um percurso de êxitos. Para que para nós fique a alegria, e para eles a azia.

Que fiquem a saber que um Leão só se curva para beijar o símbolo. Todos juntos seremos muito mais fortes.

Épico, do ouro ao voleibol

Por Juvenal Carvalho
11 Mar, 2021

O #OndeVaiUmVãoTodos terá de ser um mote transversal ao Clube. Juntos seremos mais fortes

Falar da conquista de medalhas de ouro por parte de atletas do Sporting Clube de Portugal no atletismo é falar de algo felizmente recorrente e desde há muitos anos. É mesmo algo que se confunde com a nossa história, onde o nome do meio é vencer e é uma marca identitária do nosso ADN

No último fim‑de‑semana em Toruń, na Polónia, a história voltou a repetir‑se. E desta feita com toque afro. Foi a primeira vez para a camaronesa de nascimento, mas naturalizada portuguesa, Auriol Dongmo, chegada ao nosso país em 2017, e em boa hora para representar o nosso Clube, que a recebeu de braços abertos e onde ela tem evoluído para patamares que se já são elevados, muito mais poderá conseguir no futuro, e condições terá para mais vezes fazer subir a bandeira nacional ao mais alto lugar do pódio.

Se para Auriol Dongmo foi a primeira vez, para Patrícia Mamona, também ela com toque afro, por ascendência, mas já lisboeta de São Jorge de Arroios, foi o repetir de mais outra conquista. Mais uma. A repetir a outras em grandes eventos. Nada a demove, nem as lesões, é uma Leoa de têmpera. Daquelas de antes quebrar que torcer. O seu desígnio é vencer.

Mais duas medalhas de ouro do nosso contentamento. Que deixam, onde ele estiver, o sempiterno professor Mário Moniz Pereira orgulhoso. Como também orgulhoso ficou seguramente pelo quinto lugar do nosso velocista Carlos Nascimento, que pelo mérito teve até sabor a medalha.

Mas não só de atletismo se fez a história vencedora do nosso Clube no passado fim‑de semana.

Também o voleibol pôs termo a um interregno de conquistas da Taça de Portugal, que datava de 1995, coincidentemente o ano em que foi extinto no Sporting CP, numa decisão que pessoalmente não compreendi então.

E este fim de um ciclo sem conquistas desta competição, apesar de já havermos anteriormente ganho em 2017/2018 o campeonato nacional na época do regresso, foi mesmo épico. Num dérbi empolgante na final, e quando nas casas de apostas e no meio da modalidade se dava favoritismo ao nosso rival da Segunda Circular, eis que apareceu o rugido do Leão dos comandados pelo treinador Gersinho, que tem cumprido na íntegra a promessa de ascensão de uma equipa quase toda nova, mas que, cada vez mais, está pronta ainda a lutar pelo título máximo. Que bonita foi a festa da entrega do troféu e o erguer do mesmo pelo “Rei Leão” Miguel Maia, que com um sorriso, qual menino iniciado agora, continua a somar troféus ao seu tão vasto pecúlio, quando está a poucos dias de somar 50 anos. Foi mesmo uma lição de galhardia e de capacidade dos nossos briosos rapazes, que muito quiseram e fizeram por alcançar este troféu.

Está também quase a chegar o momento das grandes decisões, do futebol às restantes modalidades. Lá para Maio/Junho tudo se decidirá. O #OndeVaiUmVãoTodos terá de ser um mote transversal ao Clube. Juntos seremos mais fortes. Teremos de engalanar o Museu com mais conquistas e em mais modalidades.

Afinal somos enormes. Somos o Sporting Clube de Portugal!

Até sempre, Maria José Valério

Por Juvenal Carvalho
04 Mar, 2021

Minha querida Maria José Valério, numa confidência. Estou perto do momento de ser avô. E quanto quero com o meu neto cantar a nossa Marcha e gritar ‘Viva o Sporting’. Porque a marcha é de todos nós. Descanse em paz Leoa!

Existem notícias que se do ponto de vista pessoal não a queremos receber, por ter privado algumas vezes com a nossa Zezinha, como Sportinguista é como que um punhal no coração do nosso Leão a confirmação de tão triste momento.

Falar da morte de Maria José Valério é falar de uma perda irreparável para o universo Leonino, que dilacera, e que nos deixa atónitos e até incrédulos.

Independentemente da geração de cada um de nós, todos os Sportinguistas se curvam à figura da mulher de cabelo verde que respirava Sporting por todos os poros da pele, que entoava a Marcha do Sporting CP, aquela marcha que desde crianças, e transversalmente, desde os netos até aos avós, gritávamos a plenos pulmões ‘Viva o Sporting’ a cada entrada da nossa equipa em campo. 

A Marcha de Maria José Valério funcionava, e continuará para todo o sempre a funcionar, como uma espécie de “Bíblia Leonina”, para cada um de nós. Temos a letra decorada como se do hino nacional se tratasse.

No meu caso particular, recordo cada ida ao nosso estádio enquanto criança, nos tempos em que ainda pedia ao senhor que calhasse se podia entrar com ele no estádio, e desde o velhinho pião até à central, que era a palmas a compasso que recebíamos a nossa Marcha. Assim continuou até aos dias de hoje e seguramente assim continuará a ser para os vindouros

Para onde for, porque no coração de cada Sportinguista ficará eterna, a sempre nossa Maria José Valério irá continuar a cantar e a amar o Sporting CP. Continuará com aquele sorriso lindo a falar de Sporting, a tirar fotos com as pessoas que a abordavam, a espalhar aquele charme que lhe era tão peculiar.

A maldita COVID-19 levou a nossa Leoa, mas não levou as recordações e o respeito de quem se curva a uma Mulher que entrará na galeria dos imortais ao lado de tanta lenda que o nosso secular Sporting Clube de Portugal já viu partir, numa história imensa e de uma valia sem paralelo.

Minha querida Maria José Valério, numa confidência. Estou perto do momento de ser avô. E quanto quero com o meu neto cantar a nossa Marcha e gritar ‘Viva o Sporting’. Porque a marcha é de todos nós. Descanse em paz Leoa!

 

P.S. – Alfredo Quintana partiu jovem. Com ele partiu muito do andebol português, país onde se radicou muito cedo, e onde era um “monstro” na baliza do nosso rival FC Porto. Até sempre, Alfredo Quintana.

Os filhotes do Leão

Por Juvenal Carvalho
25 Fev, 2021

Se existe algo que é inequívoco que o nosso Clube já ganhou esta época, porque no campo só se ganha no fim e respeitando os adversários, foi o regresso ao nosso cunho de antanho e imagem de marca de Clube que lança jogadores jovens como nenhum outro

Como canta como só ele, Caetano Veloso, no seu “Leãozinho”, todos nós ficamos encantados com os filhotes do Leão, que são também o nosso raio da manhã, num sol que nos irradia e que é parte integrante do ADN do Sporting Clube de Portugal.

Os filhotes do Leão, com crias atrás de crias que nos distinguem dos demais, e que leva o mundo do futebol a ter pelo nosso Clube não só respeito, como nos acham ainda uma referência mundial a este nível.

Somos ‘só’ o Clube que formou Luís Figo e Cristiano Ronaldo, que conseguiram o estatuto de melhores jogadores do mundo, trazendo o nome do Sporting CP para a ribalta. Somos também o Clube que desde sempre, mas que a minha memória só chega ao velho pelado em frente à Porta 10‑A, formou craques atrás de craques. Em que vários deles, no passado, bem como aos dias de hoje, espalham talento pelos relvados de diversos países.

O estatuto de Clube formador é mesmo aquilo que nos diferencia dos demais. Está na génese do Sporting CP. Se aqui ou ali parecia que se estava a perder fulgor, eis que como que ressurgiu o rugido do Leão através das suas crias.

Se existe algo que é inequívoco que o nosso Clube já ganhou esta época, porque no campo só se ganha no fim e respeitando os adversários, foi o regresso ao nosso cunho de antanho e imagem de marca de Clube que lança jogadores jovens como nenhum outro.

Apresentar no onze titular jogadores ainda do escalão júnior (sub‑19) como Nuno Mendes, Gonçalo Inácio, Eduardo Quaresma e Tiago Tomás, acrescentando ainda a estes, outras crias do Leão como Luís Maximiano, Daniel Bragança, Jovane Cabral, João Mário e João Palhinha é decididamente algo de que nos orgulhamos. Na antecâmara do sucesso estão ainda alguns jovens da equipa B, felizmente regressada esta época à competição, e ainda nos sub‑23, com jogadores, vários ainda sub‑17, sub‑18 e sub‑19, queimando etapas, e crescendo a olhos vistos.

Decididamente, o rumo parece encontrado para que o sucesso passe a ser o nome do meio a este nível. O Sporting Clube de Portugal tem no futebol de formação muito do seu ADN. Os adversários plagiaram até muito do nosso trabalho para chegar ao sucesso. Vivemos mesmo momentos de fulgor que nos levou em 2016 a classificar de “Aurélios” os jogadores que foram Campeões da Europa “made in Sporting”. 

Muito disto passa também pela aposta dos treinadores na juventude. Rúben Amorim já mostrou que arrisca na juventude, complementando‑a com a experiência, numa simbiose a roçar o perfeito.

Uma coisa é certa, e volto ao “Leãozinho” de Caetano Veloso: “Os filhotes do Leão são o nosso raio da manhã”.

São ainda, e continuando a apostar assertivamente, o nosso futuro, num caminho que está traçado. É mesmo por aqui!

Amo‑te, Sporting!

Por Juvenal Carvalho
18 Fev, 2021

Neste amor de uma vida com o nosso Clube ri e chorei. Vi levantar centenas de troféus, mas também tive profundas noite de tristeza em que não conseguia dormir. Todas as relações intensas têm momentos bons e maus

Falar do nosso grande amor não requer inspiração, é normal e recorrente. É incontornável. É algo que sai de dentro de nós de forma natural.

Contudo, decidi escrever esta coluna de opinião que hoje estão a ler no passado domingo. E quis a data que a mesma fosse alusiva ao Dia dos Namorados e fez‑me abrir o coração para o amor de uma vida, o meu/nosso Sporting Clube de Portugal.

Como todos nós, no processo de vida, namorei, casei, tive filhos. Sou, afinal, comum dos mortais, igual a tantos outros nestas etapas da passagem terrena.

Contudo, com o Sporting Clube de Portugal o meu namoro é de uma vida e para a vida. Começou em menino. Cresceu com o tempo. É algo quase inexplicável, mas tão belo... direi mesmo inolvidável.

Aquando criança começou mesmo por ser às escondidas dos meus pais, de quem fugia literalmente de casa para ir ver os treinos da equipa de futebol, muitas vezes em vão por serem à porta fechada, mas onde ficava no final dos mesmos junto da mítica Porta 10‑A para ver os meus ídolos. E eram todos, não fazia distinções.

Chegado o fim‑de‑semana fazia os trabalhos escolares a correr e lá ia a caminho de Alvalade para ver tudo. Do futebol às modalidades. Era também o tempo em que pedia aos meus pais a semanada antecipada para ir ver o Sporting CP de lés‑a‑lés de Portugal e até ao estrangeiro. Tempos em que a minha mãe, que nunca se opôs a este namoro, embora uma fervorosa adepta do CF “Os Belenenses”, me dizia para levar a cama para o estádio e dormir lá, tal a minha loucura pelo Clube.

Este fervor podia ir caindo com a idade. Mas não. Depois do namoro, acabei por casar com o Sporting CP ao entrar ainda tão jovem para o dirigismo pela porta do basquetebol. Passei ainda pelo futsal – então futebol de cinco, onde comecei a escrever crónicas de jogos para o nosso jornal –, andebol e futebol juvenil.

Passei sempre tanto ou mais tempo ao lado deste grande amor do que com a minha família real. Passei também o Sportinguismo à minha filha, numa família de Belenenses. Foi um troféu para mim que jamais esquecerei.

Neste amor de uma vida com o nosso Clube ri e chorei. Vi levantar centenas de troféus, mas também tive profundas noite de tristeza em que não conseguia dormir. Todas as relações intensas têm momentos bons e maus. Ajudam até a fortalecer. Foi e ainda é assim com o meu/nosso grande amor.

Recordo‑me como se fosse hoje, e já está perto de chegar aos 50 anos – o tempo voa, o dia em que pelas mãos de meu pai entrei na secretaria do antigo estádio e assinei o contrato de fidelidade de uma vida com o Sporting CP. Quando me fiz Associado até hoje, e sempre cumprindo escrupulosamente as minhas obrigações, ganhando, perdendo... gostando mais deste jogador, treinador ou dirigente. Todos nós passamos. Eterno só o Sporting Clube de Portugal.

Estarei a teu lado até ao fim do meu percurso de vida ou mesmo para além dele.

Só assim sei estar nesta nossa relação tão intensa.

Amo‑te, Sporting!

Os opinadores

Por Juvenal Carvalho
11 Fev, 2021

(...) Repor a justiça é um acto inerente à mesma justiça. Nunca pode ser visto como “precedente perigoso” alguém, e aqui falo de que clube for, querer que se faça justiça. Não querer ver isso é mesmo não querer ver nada

Começo esta coluna de opinião com uma evidência. Decididamente, e não entro em futurologia, e sei bem que nada está ganho e que o caminho a percorrer será árduo, o Sporting Clube de Portugal começa a incomodar, e fundamento a minha opinião sustentando‑a em diversos opinadores da nossa praça.

Falo de pessoas com tempo de antena, que estão para o futebol como Carlos do Carmo estaria para o rock, ou Luciano Pavarotti para o fado. 

Aos dias de hoje, aqueles que gostavam tanto de um Sporting CP bonzinho nos relvados, e que até aqui ou ali diziam que éramos prejudicados e que era evidente uma diferença de tratamento, são hoje os mesmos que querem tapar o sol com a peneira e aqui‑d’el‑rei, espumam de raiva e verberam contra o tratamento dado ao clube deles, que no deve e haver têm décadas de saldo positivo e que agora são afinal os ‘calimeros’ da nossa praça. Que viram falta do Coates em Famalicão, que não viram penálti no lance do Zaidu em Alvalade, etc. Como diria o míster Quinito, numa expressão tão sua, e que fez escola, que se referia muitas vezes ao jogo como entretido.

É também entretido, mas com um misto de revolta com escárnio, ouvir esses opinadores, que de lentes coloridas em riste, querem minimizar épocas menos bem preparadas, e que nunca esperavam – e tanto ainda falta – ver o Sporting CP na liderança.

Fiquei feliz em tempos, e não quero pôr toda a gente no mesmo saco, porque programas e pessoas existem em que só se fala do jogo jogado, que alguns canais tivessem acabado com as aleivosidades de alguns em programas que nada acrescentavam que não o fomento do ódio.

São também os mesmos que vêem num cartão amarelo caricato mostrado a João Palhinha no Bessa, e no recurso de despenalização do nosso Clube a um erro admitido pelo próprio árbitro Fábio Veríssimo, um “precedente perigoso”.

Pois bem, precedente perigoso, é outra coisa. É mesmo um jogador entrar em campo e num simples minuto ser‑lhe mostrado amarelo num lance normal. Repor a justiça é um acto inerente à mesma justiça. Nunca pode ser visto como “precedente perigoso” alguém, e aqui falo de que clube for, querer que se faça justiça. Não querer ver isso é mesmo não querer ver nada. 

Que o Sporting CP continue a dar razão a estas pessoas para continuarem a sua saga. É sinal de que os incomodamos, e até se percebe no ar uma santa aliança contra os mesmos.

É porque alguma coisa estamos a fazer bem. E estamos a fazer bem no local certo. Dizia‑me um velho Leão que já não está no mundo dos vivos que para ganharmos tínhamos não só de ser melhores, mas sim muito melhores. Era eu uma criança e interiorizei isso. Hoje lembro‑me amiúde dele. E ainda não havia o mediatismo destes opinadores de pacotilha. 

Era ainda no tempo da televisão a preto e branco, e em que eu lia no nosso jornal, então ainda muito jovem, as tão bem escritas prosas de Inácio Teigão contra alguns apitadores. Pouco ou nada mudou. Mudaram‑se os tempos, mas não se mudaram as vontades. Continua tudo como dantes... apenas apareceram aqueles que hoje são os protagonistas dos novos tempos e invertem tudo aquilo que nós vimos. Os opinadores.

Quanta raça, quanto querer...

Por Juvenal Carvalho
04 Fev, 2021

Dá gosto ver com quanto querer, com quanta raça, os meninos de Rúben Amorim entram em cada jogo sem olhar a adversários, sem olhar a quem está do outro lado. Lutar, lutar e lutar é o lema

Seria cínico da minha parte não vos revelar que este jogo com o rival da segunda circular não é apenas para mim o dérbi eterno. É mesmo o dérbi que me faz apaixonar. O dérbi que me faz até ser irracional. É sempre um dia que parece ter 48 horas, tal a ansiedade e o nervoso miudinho que me invade desde que acordo até à hora do início do jogo. Direi até que roça o irracional este meu estado de alma.

Na segunda-feira nada diferiu. Acordei, contudo, com uma fé inabalável. Este lema do #OndeVaiUmVãoTodos, veio para fazer escola e eu, como todos nós, estamos ao lado destes rapazes, e sobretudo acreditamos neles.

Não quero começar o jogo pelo lado marginal. Não quero falar por isso da forma como só o tribunal haveria de repor a justiça e colocar João Palhinha em campo.

Quero só falar do que vi. E o que vi foi um Sporting Clube de Portugal a ser mais equipa desde o apito inicial. A querer mais. A ter mais equipa, porque no futebol o que conta é um todo que quer muito, repleto de jovens complementados com outros mais experientes, que luta por cada bola como se fosse a última.

Dá gosto ver com quanto querer, com quanta raça, os meninos de Rúben Amorim entram em cada jogo sem olhar a adversários, sem olhar a quem está do outro lado. Lutar, lutar e lutar é o lema.  

E como quem luta como eles, dá razão ao velho ditado português que diz que quem porfia sempre alcança. E não é que alcançaram mesmo, e que para fim estaria guardado o bocado que nos pôs em êxtase. 

Matheus Nunes, sim, falo desse menino cheio de talento, que joga com cabeça assente no lugar como poucos, e que seria também de cabeça que nos deu uma vitória que só vale três pontos, mas que emocionalmente para os Sportinguistas vale muito mais que isso. É o gosto tão peculiar e especial de ganhar ao nosso arqui-rival de todo o sempre.

Faltam 18 finais a partir de agora. Amanhã será com o CS Marítimo, numa deslocação onde teremos umas contas a ajustar, a primeira das 18. Será já com a integração de Paulinho, João Pereira e Matheus Reis no plantel que encararemos os jogos até ao final desta época. Que sejam felizes nesta etapa de Leão ao peito. Que venham ajudar e reforçar um plantel que quer muito. Que faz da mistura da garra com a classe a sua imagem de marca. 

Qual de nós não está orgulhoso do momento que está a vivenciar, sabendo que o futebol vive do momento? Ninguém, que se orgulhe de ser Sportinguista, respondo eu.

Nada está ganho. Até ao fim muita água correrá por debaixo das pontes. Uma coisa sei. Com este esforço, esta dedicação e esta devoção, a glória estará mais perto.

O Leão, e estes Leões já deram provas disso mesmo, só se curvam para beijar o símbolo. 

Caminhamos juntos... somos feitos de Sporting!

É nossa!!!

Por Juvenal Carvalho
28 Jan, 2021

O êxito está sempre mais perto quando existe um rumo. E quem assumiu este rumo merece dos Sportinguistas o seu apreço

Se o tempo na cidade de Leiria era, como em todo o país no passado sábado, de intempérie, e o relvado obrigava a lutar ainda mais, os nossos Leões, com a garra que lhes é tão peculiar, disseram presente e trouxeram para o Museu, com a vitória nesta Taça da Liga, o quinquagésimo primeiro troféu em provas oficiais do Sporting Clube de Portugal no que concerne à nossa equipa mais representativa do futebol profissional.

São, mais concretamente, 22 títulos máximos de Campeão Nacional – mesmo que uns teimosamente tardem em reconhecer a evidência e queiram que seja na versão 18+4, 17 Taças de Portugal, oito Supertaças Cândido de Oliveira, três Taças da Liga e uma Taça das Taças, a única competição europeia vencida pelo nosso Clube no desporto‑rei, com o tão famoso cantinho do Morais ante os húngaros do MTK Budapest na finalíssima. É este o nosso historial no futebol sénior, que a somar a um todo gigantesco nos faz de longe o Clube mais ganhador do desporto português e um colosso igualmente além‑fronteiras.

Na sua “Pedra “Filosofal”, António Gedeão dizia que “sempre que um homem sonha o mundo pula e avança”. Adapto para a nossa equipa, dizendo que sempre que os rapazes de Rúben Amorim jogam, o mundo Leonino extasia e se orgulha.

Com que garra e bravura os nossos Leões se apresentaram nesta final. Foi mesmo um Leão anfíbio, devido ao estado do tempo, que lutou por cada bola como se fosse a última, num colectivo que faz muitos anos não me lembrava, que trouxe mais um troféu para Alvalade.

Foi sob a liderança em campo do “comandante” Sebastián Coates, que esteve imperial, ao ganhar todas as bolas, que a equipa do Sporting CP puxou dos galões de grande, porque para se ser grande não basta apregoar, é preciso sê‑lo mesmo, que daria o mote para mais um troféu. 

Voltamos a orgulhar‑nos da fornada “made in Sporting”. No onze começámos com seis meninos da casa. Gonçalo Inácio, Nuno Mendes, João Palhinha, João Mário, Tiago Tomás e Jovane Cabral, e no banco tínhamos ainda Luís Maximiano e Daniel Bragança. 

A juntar a isto a assertividade nas contratações de Adán, um guarda‑redes que dá pontos e troféus, Zou Feddal, Pedro Porro, Pote, Nuno Santos, Tabata e Antunes, uma coisa todos temos a certeza. O caminho faz‑se caminhando, mas está trilhado e é por aqui. 

O êxito está sempre mais perto quando existe um rumo. E quem assumiu este rumo merece dos Sportinguistas o seu apreço. 

O risco assumido com a contratação de Rúben Amorim foi grande, mas começa a dar frutos. Por tudo o que disse atrás. Sabemos para onde vamos. Existe um fio condutor. Muito falta ainda no campeonato em que lideramos. Terá de ser com sangue suor e lágrimas a cada jogo. Faltam 19 finais até ao fim. Nada está ganho, bem pelo contrário. De uma coisa, no entanto, tenho a convicção. Vão ter que nos aturar, somos feitos da raça que nunca se vergará. Os nossos rapazes dão na plenitude expressão ao #OndeVaiUmVãoTodos. São feitos de Sporting. 

Nós acreditamos em vocês!

O eclectismo em modo europeu

Por Juvenal Carvalho
21 Jan, 2021

É caso para dizer “tanto eclectismo”, “tanto Sporting CP” também além-fronteiras. É este o nosso ADN. É isto que nos diferencia dos demais.

Sabemos todos o peso e o cunho ecléctico de uma história eminentemente ganhadora que nos diferencia.

Somos, depois dos colossos FC Barcelona e Real Madrid CF, o clube do velho continente com mais competições europeias conquistadas, e com a particularidade da diversidade das mesmas. Já ganhámos competições europeias no futebol, futsal, andebol, atletismo, hóquei em patins, judo e goalball, esta última com a particularidade de ser de desporto adaptado. Claro que não é coisa pouca. É mesmo feito só ao alcance de instituições grandiosas. E o Sporting Clube de Portugal não é grande... é imenso. 

Nesta temporada, e para aferir da grandeza atrás mencionada, apesar de já eliminados nas competições europeias de futebol, de ténis de mesa e de voleibol, o caminho a percorrer nas restantes está longe de estar terminado. Nem um tempo atípico levado por uma pandemia castradora, que até acaba por desvirtuar competições levadas pelas infecções em jogadores dos mais diversos plantéis, abate um Leão sedento de continuar uma história ganhadora.

Percorridos que estão ainda poucos dias do ano de 2021, e o futsal foi a modalidade a abrir as hostilidades europeias.

No passado sábado, dia 16 de Janeiro, o “João Rocha” abriu as portas à UEFA Futsal Champions League e coube-nos em sorte os dinamarqueses do JF Gentofte. O adversário não era, longe disso, opositor à nossa altura. Mas para os Leões, o respeito pelos adversários fez com que os 12-1 com que brindámos os nórdicos fosse marcado pelo não tirar o pé do acelerador. Os comandados por Nuno Dias não olham à valia dos opositores. A intensidade é sempre a mesma e começaram a competição com o pé direito.

Daqui a poucos dias será a vez do basquetebol, que invicto entre portas há mais de um ano, o que não deixa de ser sensacional, irá para a fase de grupos da FIBA Europe CUP, a disputar em “bolha” – sinais dos tempos – na Polónia. Num grupo de quatro a apurar dois, os opositores serão os israelitas do Nes Ziona, os húngaros do Szolnoki Olaj e os anfitriões do Ostrow Wielkopolski. A tarefa será árdua. A esperança é contudo verde. E como lutam os Leões de Luís Magalhães. Lutam por todas as bolas como se fosse a última.

Também no hóquei em patins se aguarda pelo começo da Liga Europeia, em que nos coube como adversários os espanhóis do CE Noia, os franceses do US Coutras e os germânicos do SK Germania Herringen, muito embora a federação internacional ainda equacione neste momento qual o modelo a disputar. Nesta modalidade temos mesmo a particularidade de ainda sermos o detentor do troféu. E lá estaremos para o defender com a garra do Leão.

Também no andebol, a partir do próximo mês de Fevereiro, será retomada a EHF European League, e aí o objectivo primordial imediato e perfeitamente possível, é o de passar a fase de grupos.

É caso para dizer “tanto eclectismo”, “tanto Sporting CP” também além-fronteiras. É este o nosso ADN. É isto que nos diferencia dos demais.

Que outro clube português se pode orgulhar de ter tanta modalidade a competir ao mais alto nível internacional? A resposta é fácil: nenhum!

Amanhã há jogo!

Por Juvenal Carvalho
14 Jan, 2021

Pedras no caminho vão existir. Temos adversários fortes em compita. Mas como invariavelmente digo em tertúlias de Sportinguistas esta equipa quer muito e o que não mata torna‑nos mais fortes. Amanhã há jogo. Ganhem por todos nós!

Poderia escrever esta coluna de opinião sobre outra coisa qualquer. O Sporting Clube de Portugal tem uma história tão vasta e uma cultura tão ganhadora que temas não me faltariam seguramente. E como eu gosto de falar na história e nas referências de uma instituição secular como a nossa.

No momento em que estou a escrever a mesma, estou até ainda a quente de uma derrota na Madeira que nos afastou da Taça de Portugal. E como eu sofro quando as coisas nos correm mal.

Foi a primeira derrota da época em provas nacionais. O jogo não foi tão bem conseguido como os anteriores. O adversário teve cem por cento de eficácia num jogo em que o Sporting CP teve mais bola e mais oportunidades. Foi futebol e o tempo não é para pôr tudo em causa. É sim de olhar em frente e como escrevi no título desta coluna de opinião, amanhã há jogo.

E esse jogo, para a competição mais importante do calendário, será num momento em que os mais optimistas não esperariam tão brilhante desempenho. Esta época foi planeada com o foco na luta pelos lugares cimeiros sem vacilar. Com treze jornadas disputadas, lideramos e espalhamos classe. Que mais se poderia exigir, perguntam vocês? Respondo que a exigência faz parte do nosso ADN, mesmo que não ganhemos o campeonato vai para duas décadas.

E é na base da exigência que os comandados de Rúben Amorim têm estado irrepreensíveis e não é uma derrota que pode colocar tudo em causa.

E para caminhar ao lado destes rapazes existe uma mole humana Leonina espalhada de Norte a Sul, e não só.

Amanhã, o jogo com o Rio Ave FC, será importante – todos o são –, mas tenho uma fé inabalável que a continuidade dos êxitos está ao virar da esquina. Nem o furacão “Filomena” nos abateu na Choupana. Foi um Leão anfíbio e na lama que saiu por cima. Terá de ser um Leão de terra, mar e ar para o que resta do campeonato. O foco é no jogo a jogo. O todo será a soma das partes. E para este todo ser de glória, contamos com o esforço, a dedicação e a devoção dos rapazes que envergam o símbolo do Leão rampante, mas como acima referi, também de todos nós. Unos e indivisíveis seremos mais fortes.

Não éramos imbatíveis. Provou‑se. Não passámos a ser os piores. É uma realidade objectiva. Porque além da valia evidente do plantel, existe um não sei quê que me leva a acreditar numa grande época.

Pedras no caminho vão existir. Temos adversários fortes em compita. Mas como invariavelmente digo em tertúlias de Sportinguistas esta equipa quer muito e o que não mata torna‑nos mais fortes. Amanhã há jogo. Ganhem por todos nós!

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