Tricampeões deslocam-se a Viseu

A equipa de futsal do Sporting irá viajar a Viseu para mais uma jornada da Liga Sport Zone, para defrontar o Viseu 2001. O treinador leonino Nuno Dias não espera uma deslocação fácil: "O Viseu está a fazer uma temporada dentro do esperado. Mas está a lutar para fazer um resultado positivo e tem dificultado muito a vida a alguns opositores. Tem jogadores com qualidade e obriga as equipas a jogar nos limites para conseguir os objectivos."

Os tricampeões, que na opinião do treinador da equipa verde e branca estão a terminar "um ciclo desgastante", vão "à procura de um bom resultado a Viseu": "Não nos chega ganhar; é importante, mas queremos jogar bem e terminar o jogo com números que gostamos."

Por fim, o líder deixa ainda uma palavra a todos os adeptos leoninos do centro do país, referindo que é "uma oportunidade única para aqueles que não podem ver a equipa tão regularmente quanto os adeptos de Lisboa", esperando assim o seu apoio, deixando-lhes ainda a promessa de "fazer de tudo para lhes proporcionar um bom espetáculo".

 

O treinador do Eléctrico falou na força do já "mítico" Pavilhão João Rocha

Nuno Dias analisou a vitória do Sporting frente ao Eléctrico, por 6-3, e reconheceu algumas dificuldades da equipa leonina, sobretudo na primeira parte: “Um jogo muito difícil contra uma equipa que é muito intensa defensivamente e que nos criou muitas dificuldades na forma como nós quisemos sair com bola no nosso processo ofensivo, apesar de estarmos alertados para isso. Demorámos a entender o que tínhamos de fazer”, referiu o técnico leonino aos jornalistas no final da partida.

O Sporting resolveu o encontro na segunda parte com três golos em outros tantos minutos, mas Nuno Dias deixou rasgados elogios à forma galharda como se bateu a equipa do Eléctrico: “Penso que na segunda parte tivemos mais dentro daquilo que era o jogo, percebemos melhor a gestão da bola, quando a tínhamos de fazer e quando não nos era possível fazê-lo pela forma como nos pressionaram. Nem sempre é possível jogar bem. Às vezes não conseguimos por mérito dos adversários e são esses momentos que temos de entender. Quando não conseguimos temos de perceber isso e tentar jogar de outra forma e hoje, na segunda parte, percebemos o que tínhamos de fazer e acabámos por justamente vencer”, concluiu o treinador do Sporting.

Já o técnico do conjunto que viajou de Ponte de Sôr enalteceu a qualidade da partida, mas lembrou que o Pavilhão João Rocha tem sido uma verdadeira fortaleza leonina: “Grande jogo de futsal num pavilhão que começa a ser mítico. Ainda ninguém ganhou aqui. Sobre a minha equipa: há pouco perguntaram-me se os meus jogadores são uma surpresa. Se os meus jogadores são uma surpresa é porque alguém anda a dormir. Estes jogadores são já uma afirmação”, atirou Kitó Ferreira.

A reacção do treinador leonino à passagem à final-four da UEFA Futsal Champions League

O Sporting está entre as quatro melhores equipas da Europa do futsal depois de ter terminado o grupo da Ronda de Elite no primeiro lugar e Nuno Dias, líder da equipa técnica do clube de Alvalade, estava muito satisfeito com o rendimento dos jogadores que superaram Sibiryak, NV Makarska e Benfica no Pavilhão João Rocha.

“Não houve nada que não tivesse gostado. O que gostei mais foi a entrega com que nós jogámos, o espírito lutador, a garra e a união do grupo que foi demonstrada em todos os lances. Sempre que um colega era batido, tinha uma ajuda. Gostei dos aspectos muito específicos do jogo que foram claramente anulados por parte do Sporting e que o Benfica não nos criasse alguns perigos que criou na Luz. Gostei da forma como o público hoje, na sexta e na quinta nos lançou para esta passagem à final-four”, disse em conferência de imprensa, revelando depois o que lhe ia na alma.

“Vai uma alegria enorme por termos alcançado um obejctivo que era muito importante para nós depois de dois resultados negativos na Liga e em que provavelmente muitos comentadores e ‘comentadeiros’ já nos levavam para um destino mau e a resposta foi dada hoje, na quinta e na sexta”, contou.

Nuno Dias elogiou ainda a competência do Sporting na hora de organizar provas deste calibre, explicando que “está num patamar acima” das restantes. “Mais uma vez, o Sporting organiza um torneio desta envergadura com um nível extraordinário. Todas as final-four em que estive presente, tirando a do MEO Arena que foi organizada por nós… Perdoem-me, mas a nossa organização está num patamar acima”, garantiu.

Já sobre a final-four, onde o Sporting vai encontrar Inter Movistar, FC Barcelona e Kairat Almaty, Nuno Dias não tem nenhum preferido para enfrentar nas meias-finais, mas tem uma certeza. “Venha o diabo e escolha. Uma coisa posso prometer: tudo o que estiver ao nosso alcance nós vamos tentar fazer. Vamos agarrar as oportunidades. Mas nunca se esqueçam que estamos presentes com três equipas que já venceram a competição e penso que até mais que uma vez”, lembrou.

Por fim, o técnico leonino realçou a importância de organizar a final-four em Portugal, admitindo que é “um factor extra” que pode ajudar a equipa a conquistar o troféu europeu. “Em termos de organização, já estamos mais que habituados a este tipo de eventos e penso que todos têm sido de uma excelência tal que a UEFA, certamente, poderá medir essa candidatura com algum agrado. Nos anos anteriores, uma foi em Almaty e outra foi em Espanha. Parece-me que estamos na pole position da organização. Hoje tiveram um exemplo do que é organizar e do que é a vantagem de organizar. Desportivamente, é um factor extra que é decisivo e hoje foi mais uma vez pelo apoio que os adeptos nos deram. Dão-nos forças quando já não temos”, concluiu.

Líder do Clube, Frederico Varandas, fez um balanço dos dois meses de mandato e apelou à união

Boa noite, caros consócios!
 

Boa noite Sporting! Porque se há aqui algo que nos une nesta noite é o Sporting! Porque isto é o Sporting! Porque isto é que deve ser o Sporting!

Têm sido dois meses muito intensos. Todas as pessoas sérias, decentes, lúcidas, que conhecem o Sporting, que acompanham a vida do nosso Clube, têm a noção do desafio colossal que temos todos em cima dos nossos ombros.

E no “todos” incluo-vos também a vós, pois se amamos, verdadeiramente o nosso Clube, a missão de recuperar o Sporting é, também, uma missão de todos nós, de cada um de nós.

Têm sido dias e noites extenuantes a lidar com situações muito complicadas, muito difíceis. Muitas coisas que teremos de guardar para sempre dentro de nós e algumas delas esperar que as possamos um dia esquecer.

E, por isso, antes de mais, queria agradecer aos que estão praticamente a viver em Alvalade e em Alcochete, aos que levam trabalho para casa e que não dormem a pensar no Sporting.

Quero agradecer a todos os membros dos órgãos sociais, a todos os nossos funcionários, a todos os nossos atletas, às equipas técnicas, aos médicos, fisioterapeutas, aos seccionistas que, nestes dois meses, cientes da dimensão do desafio, no meio de todos os processos, da turbulência, do ruído, da maledicência, dos insultos, das ameaças, das birras, da histeria mediática, das detenções, das polémicas, da insanidade, não se desviaram do que lhes pedi.

Quero agradecer aos que não se queixam, aos que não pedem, nem pedincham. Quero agradecer aos que ajudam com um sorriso nos lábios. Quero agradecer aos conscientes da realidade duríssima que tivemos e teremos pela frente, mas que sem medos, sem receios, em silêncio, fortes, líderes, sem se deixarem afligir ou influenciar pelos agoirentos, com sobriedade, com máxima dedicação, têm tido o sentido de missão que o Sporting hoje precisa e que lhes pedi.

E quero agradecer, e muito, aos muitos sócios que temos sempre ao lado do Clube, sempre com o Sporting.

Quero agradecer aos sócios, aos que acreditam sempre, aos que não desesperam, aos que não desistem, aos que não vacilam, aos que não deixam de ter os pés no chão, mas que acreditam que com trabalho, com seriedade, com educação, com respeito por nós próprios e pelos outros, é possível superar os obstáculos.

A todos vós, e em nome do Sporting Clube de Portugal, muito obrigado!

Gerir o Sporting não é pensar no “agora”, não é gerir para a bancada, nem para ser popular, nem para dizer chavões, comprometendo o clube e o futuro. Já disse e repito: Não estou aqui para ser popular. Não estou aqui para agradar a estes ou àqueles. Não estou aqui para fazer favores ou para gerir em linha com o que opinion makers acham ou gostam. Não estou aqui para levar pancadinhas nas costas, ou para me dizerem que sou o maior, porque ao longo de toda a minha vida não cheguei a lado nenhum por acaso, não tenho problemas de autoestima, nem inseguranças e sei exactamente o meu valor e o valor inestimável de todos aqueles que me acompanham e que, como eu, estão aqui para servir o Sporting e não para se servirem do Sporting. Também não estou aqui para ser justiceiro, nem para apagar a história, seja ela boa ou má. Estou aqui para fazer aquilo em que acredito e com aqueles em quem confio, com aqueles em quem acredito e que ao longo das suas vidas, nas suas carreiras, nos seus trajectos, uns mais novos, outros mais experientes, deram inúmeras provas de competência e de boa-formação.

O nosso Sporting é o Clube que recebemos dos nossos avós, dos nossos pais e que queremos deixar aos nossos filhos, aos nossos netos, para que a nossa história continue.

Um Sporting que não se respeite a si próprio, não terá o respeito de ninguém! um sporting de figuras tristes, de ressabiamento, loucura, histeria, ruído, cheio de gente com sede de protagonismo para, por tudo e por nada, passar a vida, em público ou em privado, a falar mal do sporting, não merece o respeito de ninguém!

Temos de ter noção, o discernimento, o sentido de auto-crítica, de que há situações e um nível de comentários sobre o Sporting que não existe em mais lado nenhum do mundo e que isso também provoca os seus efeitos.

Quem conhece o desporto europeu, quem conhece a realidade dos outros grandes clubes europeus e os seus modelos de gestão, sabe que a paz e a estabilidade são condições básicas, e repito o “básicas”, para vencer, pois esses são factores essenciais para se poder planear, semear, estruturar, testar, treinar, corrigir, vencer. quem trabalhe e tenha tido sucesso, em qualquer coisa, seja num negócio, na sua profissão, na sua carreira, sabe que há coisas que devem ser feitas e coisas que não devem ser feitas. ao nível de clubes, seja em Espanha, França, Itália, Holanda, Alemanha, Inglaterra, em nenhum lugar do mundo há, tantas vezes, com tanta frequência, tanto ruído à volta de um clube como há com o Sporting. e é preciso entender, é preciso que todos, e quando digo todos… é mesmo todos… entendam… aquilo que nos faz bem, enquanto clube, aquilo que nos faz mal, enquanto clube, aquilo que nos faz mais mal que bem, enquanto clube.

E, por isso, quando me pedem palavras, quando me pedem promessas, prefiro apresentar trabalho, prefiro factos, prefiro acções.

E é de acções, de factos, que vos falo aqui hoje.

Hoje já temos um novo modelo de gestão na academia, liderado pelo Professor Paulo Gomes onde voltaremos a ser uma referencia na formação de jogadores. mas não queremos apenas formar bons jogadores. queremos formar bons jogadores que percebam e que sintam o privilégio que é vestir a camisola do Sporting.

Reforçámos o Departamento Médico com um dos mais conceituados médicos na área da medicina desportiva – Doutor João Pedro Araújo.

Estamos a montar uma Unidade de Performance que será um exemplo em toda a europa. em Janeiro chegará como coordenador dessa unidade Francisco Tavares, uma referência na comunidade científica, que já trabalha há vários anos ao mais alto nível no râguebi tendo mesmo estado num dos melhores clubes de râguebi da Nova Zelândia. para a unidade de performance fomos também buscar um dos mais credenciados sports cientist do mundo – Alireza Rabbani.

O nosso scouting teve um reforço de peso com a entrada do José Guilherme Chieira.

Escolhemos um treinador pela sua competência e não pela sua nacionalidade ou popularidade. mas não só a escolha do treinador foi pensada como também toda a sua equipa técnica. a contratação de Rodoldo é cirúrgica e essencial para potenciar o trabalho de Marcel Keiser.

Mas há mais.

Quando, há uns meses atrás, disse que era preciso conhecer a casa das máquinas, ter um conhecimento profundo do core business do clube, das actividades do clube, perceber o que é hoje o futebol profissional ao mais alto nível, não estava a brincar. estava a falar a sério. Futebol é pormenor. E cada pormenor conta.

Mas não só no Futebol estamos a preparar o futuro…

No Hóquei, renovámos com o André Girão.

No Andebol renovámos com Carlos Ruesga e Edmilson

No futsal renovámos com Panny Varela e com o nosso querido mister Nuno Dias.

Tudo isto de uma forma sã, equilibrada e em linha com o modelo de sustentabilidade transversal que defendemos para todo o Universo Sporting.

Redefinimos a grelha da Sporting TV que deve ser um canal Sporting, para sportinguistas, um canal plural, aberto, com liberdade de opinião, que não deve estar ao serviço das agendas de ninguém e que é de todos e para todos.

Estamos a trabalhar em vários dossiers e parcerias com sponsors, fornecedores, que, por motivos óbvios, e havendo negociações em curso, não podemos falar delas em público. mas o trabalho, trabalho sério, está a ser feito.

Mas há mais.

Houve quem dissesse que não iríamos ver um euro do caso Rui Patrício, mas, num processo muito difícil, muito difícil mesmo, que exigiu tempo, desgaste, paciência, tenacidade, resiliência, muito esforço e empenho de várias partes, o caso resolveu-se. e o Sporting recebeu bem mais que um euro!

Apesar da tristeza de inúmeros factos que são conhecidos de todos e em todo o mundo, apesar da vergonha, não desistimos de irmos buscar o máximo que pudermos pelo Gelson junto do Atlético de Madrid e estamos a trabalhar em soluções.

E apesar dos boicotes, apesar das cunhas, apesar das altas-traições, apesar de todas as tentativas inqualificáveis para que não houvesse Empréstimo Obrigacionista, apesar das facadas que foram dadas no coração do Sporting quando se diz, impunemente e irresponsavelmente, que a SAD está em falência ou em insolvência, apesar de todas as manobras incríveis e que jamais poderia acreditar que pudessem ser feitas para que não houvesse empréstimo obrigacionista, com os brutais prejuízos que isso teria para o próprio Sporting, apesar de tudo isso, conseguimos fazer e lançar o empréstimo obrigacionista.

E, uma vez mais, também já ouvi as vozes do costume, com as encomendas do costume, dizerem que agora o Sporting não vai conseguir vencer a batalha do Empréstimo Obrigacionista. mas vai vencer. O Sporting vai vencer também esta batalha. Vamos vencer. Haja o que houver, nós vamos ultrapassar isto e superar o que tiver de ser superado.

Às vezes, e digo isto aos que estão mais perto de mim, aos que estão na minha equipa : “Vão meter o pé, vão tentar rasteirar, vão tentar derrubar-nos, mas nós vamos ultrapassar todos os obstáculos, vamos superar tudo! vamos abanar, mas não vamos cair, nem fazer fita, nem nos vitimizar, pedindo falta ou cartão. Vamos em frente, vamos passar por eles todos, e vamos marcar golo!"

E, por fim, porque gosto de ser directo e conciso nas minhas intervenções, para concluir, queria falar-vos de: “Amor ao Sporting!”

Há vários tipos de amor. há várias concepções de amor.

Em minha casa, na minha família, fui educado e cresci com uma definição de amor. “Amar é proteger” – foi isso que me ensinaram.

E, por isso, quando ouço a frase “amar o Sporting”, o meu primeiro instinto e o instinto que deve estar em cada um de nós, é o de proteger o Sporting!

Proteger o Sporting!

Como?

Pelo exemplo. dando o exemplo.

Cuidando. Estimando. Respeitando. Defendendo. Preservando. Quem ama – verdadeiramente – o Sporting é isso que faz.

Se cada um de nós fizer isso, teremos um clube melhor, teremos um clube mais forte, mais saudável, mais digno, mais independente.

E todos nós gostamos da ideia de independência, todos nós gostamos da ideia de um clube nosso e dos sócios, forte e com vitalidade. Pois então, saibamos lutar por isso. saibamos, com actos concretos, garantir essa independência, essa dignidade.

Saibamos dar provas de amor ao Sporting, principalmente quando o Sporting mais precisa desse amor e dessa protecção.

Hoje, e nestes próximos dias, pelo Sporting e só pelo Sporting, todos têm, uma vez mais, a oportunidade de fazerem o que puderem pelo vosso, pelo nosso, Sporting!

E como?

Uma vez mais, dando o exemplo.

Estes órgãos sociais subscreverão, dando o exemplo, o Empréstimo Obrigacionista. se cada sportinguista subscrever o valor mínimo de €100 neste Empréstimo Obrigacionista, correspondente a 20 obrigações, pelo Sporting Clube de Portugal, daremos uma enorme demonstração de força ao país e ao mundo depois de tudo o que nos aconteceu. Estaremos a investir no Sporting. estaremos a investir no nosso presente, no nosso futuro.

Independentemente do investimento que já foi feito e que tem vindo a ser feito pelos institucionais neste empréstimo obrigacionista, sinceramente, confesso que preferia ver uma prova de vida inequívoca, de força e de vitalidade, da massa associativa e da massa adepta do Sporting Clube de Portugal ao país e ao mundo e gostava de ver muitos a participar, mesmo que com pouco, do que poucos a investir muito. mas esta é também a minha concepção de clube e vai em linha com o sentido de militância e de participação associativa em que me revejo.

Mas voltando ao nosso amor…

Estejam certos de que não iremos vacilar.

Não iremos vacilar. Não daremos um passo atrás. Com humildade, sabendo escutar e sentir a nossa massa associativa e respeitando sempre os sócios, todos os sócios, mesmo aqueles que discordam de nós, com a mesma firmeza com que abraçámos este desafio, com a mesma paixão com que entrámos nesta missão, defenderemos as nossas ideias e lutaremos, em cada segundo, por um Sporting mais vencedor!

Haja o que houver, Sporting sempre!

VIVA O SPORTING!

 

O Sporting soma duas goleadas nos dois primeiros jogos da Ronda de Elite da UEFA Futsal Champions League

O Sporting derrotou o NV Makarska por 6-0 na segunda jornada da Ronda de Elite da UEFA Futsal Champions League e Nuno Dias revelou estar bastante satisfeito com o rendimento da sua equipa. O treinador dos leões frisou ainda que os dois primeiros jogos desta fase da competição foram "os melhores da época" até ao momento.

"Estas duas exibições, tanto a de ontem como a de hoje, foram muito semelhantes ao nível da qualidade. As duas foram quase irrepreensíveis com um controlo muito grande do jogo, da intensidade, da variação da velocidade de jogo. Gerindo os tempos de ataque quando o tivemos de fazer, fortes nos duelos, rápidos nas transições ofensivas e defensivas. Estamos bem, num momento bom para jogar. Tal como disse em agosto, íamos chegar a novembro num determinado patamar que nos desse garantias de fazer uma boa [Ronda de] Elite e é isso que está a acontecer. Ainda vamos melhorar, mas dentro deste percurso que já fazemos deste agosto estamos claramente no nosso melhor momento e praticar o melhor futsal desde que iniciou a época. Estes dois jogos foram claramente os dois melhores jogos da época até agora", começou por dizer Nuno Dias aos jornalistas em conferência de imprensa.

Para o treinador verde e branco, a atitude mais dura e agressiva da equipa croata não foi uma novidade e não foi pensada para esta partida contra o Sporting. "De todas as análises que fizemos em relação à equipa croata, percebemos que eles eram assim. Não aconteceu hoje eles jogarem desta forma por acaso. Eles defensivamente são intensos e agressivos, têm jogadores fortes fisicamente que gostam do contacto e deste tipo de jogo físico. Não foi só hoje", explicou Nuno Dias.

Sobre o jogo com o Benfica, a partida que vai decidir quem vai estar na final-four da UEFA Futsal Champions League, o técnico leonino assegurou que "vai ser tudo diferente". "Não tenho dúvidas nenhumas de estamos muito melhores e tenho a certeza que vai ser tudo diferente - espero que o resultado também. Favoritos? Em dérbis nunca podemos assumir determinados favoritismos. Vocês sabem bem o que é um dérbi, o que é um Sporting-Benfica, sabem bem o equilíbrio que existe e que os aspectos emocionais por vezes dominam quando não deviam dominar. Agora, o Sporting está muito melhor do que o estava na altura e tem a vantagem de, apesar de ninguém jogar para empates, dois resultados nos servirem. E a grande vantagem que temos é o facto de jogar em casa, no nosso pavilhão. Esse é o factor que poderá ser decisivo. Jogar neste pavilhão dá-nos uma alma extra, um poder extra que não tivemos na Luz", admitiu.

Por fim, Nuno Dias apelou à presença dos adeptos no jogo de domingo contra o Benfica (19h00) e destacou a relevância dos Sportinguistas nas conquistas da equipa. "Espero algo semelhante e, de preferência, melhor ainda, se for possível. A minha grande esperança é não ver nenhuma cadeira verde vazia. Era sinal que estavam todas preenchidas de Sportinguistas. É isso que pretendemos - um ambiente de festa que seja de um apoio enorme para as nossas intenções. Os nossos adeptos sabem que são importantes para os nossos objectivos. Que lotem o Pavilhão João Rocha e criem um ambiente fervoroso como aconteceu ontem e hoje. Nós vamos tentar fazer o nosso papel", garantiu.

Já Teo Strunje, treinador do NV Makarska, não poupou os elogios ao Sporting e aos adeptos nas bancadas do Pavilhão João Rocha. "O ambiente foi fantástico. A nossa equipa nunca jogou num ambiente como estes. O Sporting está, obviamente, cheio de jogadores de qualidade e jogam um futsal diferente do Benfica. O Sporting joga com um jogador fixo na frente durante quase todo o encontro e é algo amargo para nós porque estamos habituados a isso mas é complicado jogar contra uma equipa tão boa", frisou o técnico em conferência de imprensa.

A reação do treinador do Sporting ao jogo contra o Sibiryak

O Sporting começou a Ronda de Elite da UEFA Futsal Champions League com uma goleada de 4-0 sobre os russos do Sibiryak e Nuno Dias era um homem "muito satisfeito" no final da partida.

"Foi cumprido o primeiro objectivo e com distinção. Conseguimos aliar um bom resultado a uma excelente exibição. Estamos num bom momento e hoje o crescimento foi notório. Estou muito satisfeito com o desempenho da equipa, estiveram quase sempre bem. Ninguém consegue estar 40 minutos bem, principalmente quando jogamos contra o vice-campeão russo, que tem uma equipa com jogadores super experientes que nos obrigaram a jogar contra um 5x4. Já sabíamos que ia acontecer, mas é sempre duro e é sempre um desgaste muito grande não só físico como também emocional porque não temos a bola e queremo-la ter", disse o treinador verde e branco à Sporting TV em zona de entrevistas rápidas.

Para Nuno Dias, não há qualquer dúvida em relação à justiça e o ambiente vivido no Pavilhão João Rocha foi absolutamente fantástico. "A vitória é completamente justa. Os números espelham a nossa qualidade. Foi o primeiro objectivo e não conseguindo manter esta dinâmica amanhã nada vai ter sentido. Esperamos dar continuidade a esse trabalho e espero fazer mais um bom resultado. Se ainda há bilhetes para esgotar o Pavilhão João Rocha, que aproveitem. Hoje foi um ambiente completamente louco, completamente extraordinário. Estou muito contente pelo que conseguimos dar aos nossos adeptos", admitiu.

Os treinadores das quatro equipas fizeram a antevisão à Ronda de Elite

Realizou-se esta quarta-feira a conferência de imprensa com os quatro técnicos que vão estar presentes na Ronda de Elite da UEFA Futsal Champions League, prova que vai decorrer no Pavilhão João Rocha entre 15 de novembro, quinta-feira, e 18 de novembro, domingo. Nuno Dias, treinador do Sporting, alertou que o dérbi contra o Benfica, o último jogo desta fase, acontece depois de duas partidas importantes.

"Não temos só um adversário. Aliás, o Benfica é o último adversário nesta ronda. Antes disso jogamos com uma equipa russa e uma equipa croata que, pela análise que fizemos, merecem-nos muito respeito e todo o destaque na preparação. Para todos os que esperam que algo aconteça no domingo: se não formos fortes e competentes na quinta-feira e na sexta-feira, o domingo pouco interesse vai ter para nós. Estamos num grupo com o Benfica, mas para além do Benfica temos duas equipas muito fortes e para as quais temos de estar preparados. O nosso foco vai inteiramente para o Sibiryak, que é o jogo que vai iniciar esta campanha na Ronda de Elite", explicou Nuno Dias aos jornalistas presentes.

A Ronda de Elite chega após a renovação até 2022 do vínculo que liga Nuno Dias ao Sporting desde 2012. Para o treinador não se trata de um voto de confiança, mas sim de “reconhecimento”. "Os votos de confiança dão-se quando há derrotas. Quando os resultados são maus é que dão votos de confiança para ultrapassar as coisas más. Não se trata de um voto de confiança, mas sim de um reconhecimento do que tem sido o meu trabalho e da minha equipa técnica ao longo de tantos anos no Sporting. Por um lado há um reconhecimento do Sporting e por outro lado há um agradecimento da minha parte e o querer continuar neste clube que tanto me tem dado e feito crescer", referiu.

Jogar em casa, no Pavilhão João Rocha, “é uma vantagem para Nuno Dias”. "Se não considerássemos que jogar em casa é uma vantagem nem sequer nos tínhamos, provavelmente, candidatado a organizar esta ronda. Sabemos que, perante os nossos adeptos, no nosso espaço e na nossa casa, onde normalmente nos sentimos bem, certamente será um ponto a favor em relação aos nossos adversários", admitiu.

Já Joel Rocha, treinador do Benfica, elogiou o Sporting e a qualidade das organizações dos leões. "Queria dar os parabéns às quatro equipas participantes. Ao todo são 16 na prova e aqui estão quatro equipas que muito trabalharam e merecem. Espero que sejam seis jogos de excelência. Há que reconhecer que quem organiza esta Ronda de Elite é claramente experiente nesta organização e nestas andanças", frisou o líder da equipa encarnada.

Sergei Ivanov, treinador dos russos do FC Sibiryak, reconheceu que “é sempre mais difícil jogar fora do que em casa”, mas que o seu conjunto “vai dar o máximo para tentar passar” à final-four. Por fim, Teo Strunje apelidou o Estádio José Alvalade de “fantástico” e mostrou-se feliz por estar em Portugal, “um país de futsal”, antes de garantir que não tem “medo de ninguém”. "Chegamos aqui como campeões da Croácia. Não temos qualquer pressão. Há equipas fantásticas, vamos dar o nosso melhor", contou o treinador dos croatas do NV Makarska.

O apito inicial da Ronda de Elite da UEFA Futsal Champions League no Pavilhão João Rocha está marcado para as 14h00 desta quinta-feira com o Benfica-NV Makarska. O Sporting entra em ação às 20h30 do mesmo dia para defrontar o FC Sibiryak.

"Esta é a casa onde pretendo continuar por muitos anos", garantiu

Nuno Dias, treinador da equipa principal de futsal do Sporting, renovou o vínculo que o liga ao clube por mais três anos, ou seja, até 2022. Na hora de reagir à assinatura do novo contrato, Nuno Dias mostrou-se bastante satisfeito e explicou que se sente feliz em Alvalade, onde está desde 2012.

"A sensação é boa. Acima de tudo é o reconhecimento por parte de quem nos dirige de que o que temos vindo a fazer tem sido um trabalho de qualidade e quando assim é os acordos são fáceis de alcançar", começou por dizer o técnico ao Jornal Sporting e à Sporting TV. "Esta é a casa onde gosto de estar, onde me sinto bem e onde pretendo continuar por muitos anos", assegurou.

Para Nuno Dias, não há qualquer dúvida em relação ao que se pretende para o futuro. "O objetivo é ganhar sempre. Nunca vou deixar de ter esta ambição e esta forma de estar e trabalhar, que é querer sempre ganhar, querer sempre jogar bem, querer sempre fazer com que os nossos adeptos gostem de ver a equipa a jogar para que encham o pavilhão e para que as vitórias não sejam só nossas, que sejam deles também. É querer sempre triunfar cada vez e enriquecer cada vez mais o nosso museu. Trazer mais títulos, mais troféus. Nunca me vou contentar com aquilo que vamos alcançando. Toda a gente sabe que sou um treinador ambicioso e, felizmente, lidero uma equipa técnica que me acompanha nesta ambição", frisou Nuno Dias.

Os 18 troféus que já conquistou são mais de metade dos 35 que a equipa sénior de futsal do Sporting entregou ao Museu, mas Nuno Dias pretende "conquistar mais". "Não me contento com aquilo que vamos alcançando. O que fizemos já é passado e faz parte do Museu. É a história deste departamento que tantos títulos nos tem dado, mas é a história. Apesar de relembrarmos o passado com alegria e orgulho, somos ambiciosos e preocupamo-nos, essencialmente, com o presente e com o futuro", explicou.

"Acaba por ser uma renovação perfeitamente natural de alguém que chegou ao Sporting há seis épocas e ganhou tantos títulos. No desporto, a competência, por norma, é medida pelos títulos que nós conquistamos ao longo da nossa vida desportiva e eu acho que o Nuno deu provas dessa competência ao longo desses anos com a quantidade de títulos que conquistou. Estarmos aqui hoje, seis anos depois de termos feito esta aposta no Nuno, para renovar este contrato deixa-me muito satisfeito", disse ainda Miguel Albuquerque, Director Geral para as modalidades do Sporting.

Técnico leonino demonstrou-se satisfeito por vencer, mas também com o rendimento colectivo

Nuno Dias não podia esperar melhor resposta por parte dos seus pupilos, que reagiram com uma goleada a um resultado negativo. “Fomos intensos quando não tínhamos a bola e quando a tínhamos. Hoje fomos mais agressivos nessa abordagem de transição, fomos mais fortes nos duelos individuais, que é um aspecto que temos de melhorar, e acho que o dilatar do resultado tem que ver exactamente com essa seriedade. Os jogadores estão de parabéns”, começou por dizer.

Os números mostram uma vitória esclarecedora mas, além disso, Nuno Dias elogiou o desempenho colectivo. “Foi importante a vitória e a exibição. Às vezes conseguimos resultados volumosos e a exibição nem sempre agrada, mas hoje saio agradado com as duas coisas. Estivemos muito sérios na abordagem ao jogo”, afirmou.

Apesar de ter muitas caras novas no elenco, o técnico verde e branco garantiu que a evolução natural trará uma equipa pronta para cumprir os objectivos. “Quando me perguntavam se o plantel era melhor do que o do ano passado, eu respondi que ainda não era, mas que vai ser. Eram muitos anos de Sporting CP da maior parte dos jogadores, com rotinas claramente assimiladas. Espero que, em Novembro, este plantel já esteja mais próximo do que idealizamos, mas só em Junho é que vamos estar no nosso melhor momento”, reforçou.

Sobre a aposta na formação, Nuno Dias explicou que é uma prioridade do Clube leonino. “Semana após semana, temos jogado com jovens jogadores do plantel. O Dani [Machado] já jogou e já marcou, já jogou o Célio [Coque] no Pinheirense, o Zicky já jogou e já marcou, hoje jogou o Paçó. Aos poucos, temos de ir dando oportunidades. O Sporting CP também é isto. Formar bem”, esclareceu.

Tal como Nuno Dias, Rocha também agradeceu o apoio dos adeptos. “Estou feliz pela partida que a gente fez e pelos golos, mas o mais importante foi a vitória. Fizemos uma bela semana de trabalho e conseguimos sair vitoriosos. Os adeptos apoiaram-nos bastante. É essencial ter este apoio no nosso Pavilhão”, concluiu. 

Conjunto leonino voltou aos triunfos no campeonato

No regresso ao Pavilhão João Rocha, os tricampeões nacionais de futsal venceram o Sporting de Braga por 6-1 e reagiram de forma categórica ao resultado negativo no dérbi.



Os leões rapidamente demonstraram que o tropeção anterior tinha ficado para trás. Rocha, de volta à equipa, abriu o marcador logo nos primeiros primeiros minutos, finalizando com classe. Sem abrandar o ritmo, a turma de Nuno Dias continuou à procura do golo e, pouco depois, Léo apareceu vindo de trás para colocar o 2-0 no marcador. A inspiração verde e branca só abrandaria depois de mais um tento, este a meias entre Dieguinho e Vítor Hugo – o brasileiro atirou ao poste e a bola bateu nas costas do guardião bracarense. Do outro lado, a tímida resposta minhota obrigou André Sousa a aplicar-se em duas ocasiões, afastando o perigo. O Sporting CP estava por cima da partida e ainda não tinha aparecido a magia habitual de Merlim. Descaído para a esquerda, descobriu uma forma de meter um chapéu no guarda-redes contrário, mas teve pontaria a mais e acertou na trave. O Sporting de Braga conseguiria mesmo reduzir a diferença, por intermédio de Cássio, que ganhou espaço nas imediações da área leonina e atirou a contar. No entanto, Merlim insistiu, trabalhou na esquerda e ofereceu o bis a Rocha, que só teve de encostar.



Na segunda metade, os tricampeões nacionais mantiveram a qualidade defensiva, recuperando a bola em zonas adiantadas e criando oportunidades para aumentar a vantagem. Logo no início, Dieguinho foi carregado em falta na área e não perdoaria na marcação do penálti. Sem tirar os olhos da baliza de Vítor Hugo, os leões foram controlando as operações durante a etapa complementar. Rocha ainda não estava satisfeito e aproveitou para chegar ao hat-trick, desviando um cruzamento de Deo a partir da esquerda. Com o 6-1 no marcador, os 1322 espectadores presentes no Pavilhão João Rocha puderam observar novamente o talento da formação verde e branca. Zicky e Bernardo Paçó voltaram a merecer uma oportunidade por parte de Nuno Dias – o guarda-redes teve mesmo uma excelente intervenção com os pés -, provando que o futuro não está assim tão distante.