Your browser is out-of-date!

Update your browser to view this website correctly. Update my browser now

×

Taxonomy term

Foto DR

Vem aí o 4.º Congresso 'The Future of Football'

Por Jornal Sporting
05 Mar, 2018

Iniciativa internacional promovida pelo Sporting CP irá debater temas actuais e tendências futuras relacionados com a realidade vivida dentro e fora do terreno de jogo

O Pavilhão João Rocha vai ser palco da quarta edição do Congresso Internacional The Future of Football, que se irá realizar nos próximos dias 21 e 22 de Março.

Durante dois dias, serão debatidos temas actuais e tendências futuras relacionadas com a realidade vivida dentro e fora do terreno de jogo.

Importa ainda destacar que o Congresso é aberto à participação quer de entidades colectivas - tais como clubes, empresas e outras instituições -, quer a individuais, como académicos (professores e estudantes) e outras pessoas interessadas no fenómeno do futebol.

Recorde-se que o Sporting CP, responsável pela iniciativa, tem sido pioneiro no desenvolvimento de ideias e propostas que visam a melhoria do futebol. Entre elas: a profissionalização dos árbitros; a introdução do VAR; redução da acção dos agentes no futebol; a protecção dos clubes formadores; fiscalidade, a equiparação da taxa do IVA sobre a bilhética a outros espetáculos; ou ainda a legalização e regulação das apostas desportivas online em Portugal, entre outras.

Conheça o programa, os temas, oradores e moderadores do Congresso, a par de outras informações úteis, assim como recordar algumas frases proferidas pelos protagonistas nas edições anteriores. Para isso, basta clicar aqui.

Foto José Cruz

"É impossível estar aqui e não aprender nada"

Por Jornal Sporting
27 Abr, 2017

Aurélio Pereira foi mais um dos presentes no The Future of Football, em que um dos temas em destaque foi precisamente a formação

Entre muitas outras figuras do futebol nacional e internacional, também Aurélio Pereira marcou presença nestes dois dias do Congresso Internacional The Future of Football. O homem forte do recrutamento leonino, que actualmente tem a designação de scouting, parabenizou o Clube pela organização do evento e comentou alguns dos temas debatidos.

"Em primeiro lugar, dizer que é sempre uma honra estar em eventos desta natureza, organizados pelo nosso Clube. Quer o Luís Roque, quer a sua equipa estão de parabéns: são eventos que não são fáceis de organizar quanto à sua logística. Quanto aos conteúdos, foram aqui ditas coisas extraordinárias a vários níveis. Sobre a formação, quem quer discutir as coisas aprende a ensinar, e é isso que se pretende: aprender a ensinar", afirmou, declarando de seguida que, apesar de vasta experiência que possui, este tipo de ocasiões acabam por enriquecer sempre mais os seus participantes e ouvintes.

"O mundo é uma aprendizagem, a nossa vida é uma aprendizagem. É impossível estar aqui e não aprender nada. Uma simples frase às vezes diz tanto e é tão enriquecedora que compensa bem o tempo que temos estado aqui com toda a atenção", completou Aurélio Pereira.

Foto José Cruz

The Future of Football voltou a trazer a diversidade para um futebol melhor

Por Jornal Sporting
27 Abr, 2017

Terceira edição do congresso organizado pelos leões reuniu ilustres de várias áreas do desporto-rei

Balanço positivo de um evento que continua a crescer. A terceira edição de The Future of Football terminou por volta das 14h00 desta quinta-feira e todos os convidados partilharam duas ideias: o gosto pelo futebol e a vontade de regressar para continuar a discutir a modalidade denominada por desporto-rei.

Na quarta-feira os painéis incidiram sobre o treino de futebol e a estratégia de expansão da marca, incidindo na questão das academias. Luís Figo, Jorge Jesus foram os rostos mais visíveis, mas Pacho Maturana e Luciano Cefaratti também explicaram processos e condicionantes relevantes para quem ali esperava uma entrada no Mundo do treinador. Susana Torres abordou o coaching desportivo, antecipando o segundo grupo de convidados. A formação foi o tema seguinte, com os responsáveis pela academia do Inter de Milão e do FC Barcelona, tal como o director-geral das modalidades do Corinthians.

Nesta quinta-feira temáticas mais versáteis. Bruno de Carvalho e Oscar Moscariello deram conta do desenvolvimento nos clubes, além das recuperações financeiras de Sporting CP e Boca Juniors, antes de se enquadrar o quarto e último painel apelidado de Desafios para o Futuro. Uma mescla entre treino (Avram Grant), negócios (Oliver Seitz), arbitragem (Paul Rejer) e organização (Emanuel Medeiros) finalizou dois dias de intervenções, em evento reconhecidamente relevante internacionalmente na comunicação social desportiva. Prova disso foi a presença, entre outros, da Gazzetta dello Sport na cobertura in loco.

Aquele que deveria ser o discurso de encerramento, por parte do director de eventos da UEFA, Guy-Laurent Epstein, sintetizou a terceira edição do congresso organizado pelo Sporting CP: "Quero agradecer ao Sporting CP ter organizado o evento, de forma a podermos pensar no futebol. Agradeço ao Presidente pelo entusiasmo, por podermos viver esta emoção de desporto. O evento é vital porque nos pergunta como podemos contribuir para o futebol. Esta modalidade tem uma grande tradição, mas que deverá estar em evolução constante. Estamos perante uma Academia que construiu dois Bolas de Ouro e orgulhamo-nos de ter o palco ideal para se verem estes jogadores [Liga dos Campeões].

Foto José Cruz

"É um desafio falar sobre conhecimento no futebol"

Por Jornal Sporting
27 Abr, 2017

Quem o disse foi Olivier Seitz, do Barcelona, no IV painel do congresso, que contou também com Avram Grant, Paul Rejer e Emanuel Medeiros

Num evento em que o principal propósito, como o próprio nome indica, é discutir o futuro do futebol, nada mais apropriado do que debater os desafios que esse futuro traz. Era esse o mote do IV painel deste segundo dia de The Future of Football, decorrido no final da manhã desta quinta-feira. Nele participaram Avram Grant, actual seleccionador de Gana, Paul Rejer, da Organização Profissional de Árbitros nos Estados Unidos e Canadá, Olivier Seitz, director do mestrado de Football Business do Barcelona e Emanuel Medeiros, CEO da organização ICSS na Europa e América Latina, que promove a segurança e a integridade no desporto.

A migração jovem e o futebol africano

A discussão foi aberta por Avram Grant, antigo treinador do Chelsea, que levou ao Auditório Artur Agostinho o tema da migração jovem. A trabalhar actualmente em África, o experiente técnico começou por justificar a sua escolha. “Fui trabalhar para o Gana porque quis entender a razão pela qual lá não aparecia o talento, se há talento. Digo sempre que não há talento suficiente para se depender apenas dele. Se este congresso tivesse sido há 10 anos, como teria sido? Nestes anos houve muitas melhorias a nível do treino: hoje, tactica e fisicamente, quase todos os treinadores são mais ou menos iguais. Antes não era assim”,  introduziu, debruçando-se depois sobre a sua experiência em África, através da qual identificou os elementos essenciais para se ter sucesso no futebol: talento, paixão e força mental.

“África tem muita paixão. Têm sempre muita vontade de jogar, estão sempre felizes. Talento também há muito. Pelo que o que os impede de contribuir são os problemas do contexto. A esperança é um problema mundial, porque lá há quem lhes prometa tudo e, depois, não cumpra com o acordado. Houve um jogador, numa equipa que treinei, com talento, e que viveu uma situação destas. Disse-me que ia jogar no Qatar, mesmo tendo uma oferta da liga francesa, porque o convenceram disso, e acabou por ser prejudicado”, recordou, explicando que esta migração muitas vezes não é feita da melhor forma, dada a necessidade dos jovens africanos de arriscar, pelas situações precárias em que vivem nos seus países natal. 

O vídeo-árbitro em discussão

Quem também se deslocou a Alvalade foi Paul Rejer, antigo árbitro inglês, ainda que para falar sobre um tema totalmente distinto, mas também ele com incidência no futuro da modalidade: o vídeo-árbitro. Depois de explicar como começou este sistema de arbitragem e como funciona o mesmo, dando alguns exemplos práticos para a plateia presente, Paul Rejer, actualmente a trabalhar no futebol norte-americano, adiantou que na próxima época todos os jogos da MLS vão ter recurso ao vídeo-árbitro. “O mais importante relembrar é a questão da interferência mínima de forma a obter um proveito máximo. O vídeo-árbitro não vai incidir em todas as jogadas, mas tem de ser um impacto grande no jogo. Há algumas decisões de que todos nos lembramos e que facilmente seriam erradicadas com este sistema. Mas o público vai exigir zero erros, e isso não vai acontecer. Lembro-me de uma situação em que todos considerámos falta para cartão vermelho e o árbitro, com o vídeo, disse que não… e deu amarelo”, exemplificou, prosseguindo.

“O que é um erro claro? Há lances em que 50% desta sala consideraria penálti e os outros não o considerariam e isso não é um erro claro. Não é aí que temos de trabalhar. Temos de trabalhar em lances que dão golo, marcações de penalties ou expulsões. Os principais objectivos são minimizar os erros e o tempo de paragem nas decisões. É preciso alguma prática a utilizar os protocolos de forma a ser capaz de utilizar o sistema de forma correcta”, afirmou o inglês, defensor da introdução das tecnologias no futebol, tal como aconteceu noutras modalidades, tal como o próprio relembrou.

O que há a estudar e como ficar no topo?

Os dois últimos temas debatidos foram, essencialmente, duas questões que todas as pessoas do mundo do futebol se colocam frequentemente: o que há a aprender, numa altura em que a informação é cada vez mais simples de obter, e como continuar no topo da indústria, perante o aumento da competitividade? Olivier Seitz, do Barcelona, parabenizou o Clube leonino e afirmou que "é um desafio falar sobre conhecimento no futebol", apresentando de seguida as que para si são as quatro vertentes essenciais na organização de um grande clube: a da performance, dos negócios, a social e a política. O espanhol explicou melhor: a primeira, tem como objectivo aumentar a competitividade desportiva e, com isso, passar para a segunda vertente, relacionada com o jogo como um negócio, onde sublinhou a importância da gestão de activos, as incursões no mercado e o controlo de custos. “Tens de ter a noção correcta do valor dos teus jogadores e precisas desse conhecimento para gerir o clube”, disse.

A ligação para a terceira vertente, a social, faz-se através dos adeptos. aos quais é necessário saber vender o clube como um produto, e razão pela qual têm de existir campanhas de marketing, online e offline, que segundo o orador fazem com que os grandes clubes sejam cada vez maiores, e os pequenos tenham mais dificuldades. Por fim, a questão política, que acredita ser das mais importantes. “Organizar um clube de forma a dar voz a determinados valores e identidade. Como é que isso é possível? No Barcelona, o clube representa a Catalunha. O futebol é usado pelos governos para promover identidades nacionais. No Brasil, decidiu-se que o futebol seria a modalidade principal e construíram-se campos por todo o país. Faz parte das escolas, por exemplo, e isso influencia tudo o resto”, concluiu Olivier Seitz.

Quem fechou o painel foi Emanuel Medeiros, que criticou a pequena evolução que o dirigismo no futebol viveu, defendendo que é necessário olhar para as ligas mais desenvolvidas e lamentando o clima que leva à desvinculação de alguns adeptos e de muitos patrocinadores para com a modalidade. "O primeiro passo para se ser credível é reconhecer problemas e trabalhar para melhorar. Falta visão reformista", finalizou Emanuel Medeiros. 

Foto José Cruz

"Congresso já é referência na agenda do futebol internacional

Por Jornal Sporting
27 Abr, 2017

Bruno de Carvalho relevou o III The Future of Football, valorizando a evolução do projecto e as temáticas fundamentais ao desporto-rei ali abordadas

Bruno de Carvalho fez o balanço do III congresso The Future of Football, começando por salientar o crescimento do evento: "Estou muito satisfeito. Cada ano tem sido melhor. Temos conseguido evoluir um debate internacional do que é o presente, mas perspectivando o futuro. Podemos estar orgulhosos, não só os Sportinguistas, mas os portugueses por organizarmos um congresso que já é uma referência na agenda do futebol internacional".

Abordando o discurso de Emanuel Medeiros, muito crítico com as instituições no que toca à dificuldade de alteração de paradigmas desportivos, o líder máximo leonino vincou o papel impulsionador do Clube nas altas instâncias mundiais para a evolução do futebol: "Temos estado na linha da frente, sugerindo soluções. Há que reconhecer os problemas e pensar no futuro como foi dito por Emanuel Medeiros [líder do Centro Internacional para a Segurança no Desporto]. Queremos um Sporting CP à escala global. Desde que aqui entrei que tenho lutado pelo meu clube, mas também pelo desporto, de forma a evitar a estagnação do mesmo. É necessário caminhar em conjunto, de forma séria, e não pensar apenas em cada ‘casinha’. Não basta falar de integridade e verdade desportiva ou de dar credibilização ao futebol. É preciso trabalhar para isso, queremos fazer do congresso uma cimeira nesse âmbito".     

O Presidente do Sporting CP deu o exemplo do vídeo-árbitro, congratulando o seu uso na final da Taça de Portugal: "É um motivo de orgulho ter a final da Taça de Portugal com a tecnologia do vídeo-árbitro. Temos vindo a falar da combinação de resultado, da origem duvidosa dos fundos e das questões de arbitragem. Não podemos compactuar com dinheiro e transferências que surjam de forma ilegal. O Sporting CP tem razão em provocar a mudança, sendo sempre alicerçado pelos seus fãs. Estamos disponíveis para que a discussão seja feita e queremos uma luta pelo Clube, mas também pelo futebol. Este congresso é realizado pelo Sporting CP, é idealizado pela nossa estratégia. Aqui, damos um contributo para a indústria. A temática das academias é actual, já que somos reconhecidos como um dos melhores Clubes do Mundo nesse aspecto. Só prova que o Sporting CP está na vanguarda e que o congresso afirma, cada vez mais, o Clube como um potenciador de transformações", finalizou. 

 

Foto José Cruz

"É importantíssimo falar das academias de topo e as suas vivências"

Por Jornal Sporting
27 Abr, 2017

Marco Caneira marcou presença na 3.ª edição do congresso 'The Future of Football", destacando o trabalho realizado na formação do Sporting CP

A manhã começou cedo (9h30) no Auditório Artur Agostinho com a apresentação da ferramenta Football ISM, criada à imagem do Sporting. Seguiu-se o Painel III, um dos temas em destaque no segundo dia do congresso internacional 'The Future of Football', onde foi abordado o tema da 'Gestão a nível mundial'. Antes da passagem ao último espaço de discussão, 'Desafios para o futuro', uma pausa para o café. 'Coffee Break', é anunciado. Foi nessa altura que o Jornal Sporting encontrou Marco Caneira, uma cara bem conhecida em Alvalade.

"É sempre importante estar presente num congresso destes, onde se vive o futebol e fala-se, sobretudo, da experiência vivida e daquilo que é o futuro. Existem aqui muitas ligações, não só na parte técnica, como da táctica e do marketing, que se tornou uma peça fundamental no futebol", começou por dizer o antigo jogador dos leões, elogiando o lote de convidados e os temas em discussão no congresso.

"Todos os oradores têm dado o seu contributo de forma positiva. Foi importantíssimo falar daquilo que são as academias de topo e as suas vivências. De como formam atletas e homens, não só em Portugal como também na Holanda e em Itália. É bom partilhar informação", frisou, analisando um dos caminhos para o futuro: a formação.

"No Sporting já o era no passado, é no presente e será, certamente, no futuro. É importante optimizar aquilo que são os activos de um clube, neste caso do Sporting, que é a sua formação. Nesse campo, o Sporting trabalha bem, nós sabemos, nem é preciso comentar. Há que prever e antecipar o futuro, evoluindo cada vez mais", aplicou Marco Caneira.

Por último, uma confidência (verde e branca, claro): "O regresso é sempre bom. É uma casa que sempre conheci desde que tinha três ou quatro anos e vinha ver os jogos com o meu pai. Sempre que venho a Alvalade, ver os jogos do Sporting, sinto uma sensação especial, uma vez que quando se está por fora é mais complicado do que dentro das quatro linhas", rematou.

Foto José Cruz

"Esta aplicação vai reinventar a maneira de gerir o futebol"

Por Jornal Sporting
27 Abr, 2017

Filipe Esteves, director-geral da AGAP2, destaca o relevo da ferramenta Football ISM que englobará toda a informação de recrutamento de jogadores do Clube

Filipe Esteves, director da AGAP2, abriu o segundo dia do Congresso Internacional The Future of Football, com a apresentação da aplicação Football ISM, que promete revolucionar o futebol (de formação, principalmente) ao juntar observações e dados numa só base de informação, actualizada ao minuto e de forma acessível: "Esta aplicação vai reinventar a maneira de gerir o futebol. Permitirá avaliar a forma como os jogadores treinam, ajudar no processo de observação e recrutamento de talentos. Ajudará, inclusivamente, a que a família dos jogadores possa acompanhar o dia-a-dia do educando. São três anos de trabalho para uma solução de gestão para o Clube. Dá total acesso à informação, de forma completamente personalizável. Reúne uma grande quantidade de informação, um historial completo de como jogam, treinam, das leões, da avaliação e comportamento escolar. É um exemplo de integração de todos os departamentos do Clube".

Numa parceria com quase quatro anos de duração, a AGAP colocou ao dispor do Sporting CP uma ferramenta completa, com um impacto significativo no processo de recrutamento: "O Sporting CP selecciona a informação pretendida. Os treinos, os jogos, o desenvolvimento pessoal... Época a época, é disponibilizado um histórico, com informações como as refeições de cada atleta. O observador pode mesmo saber em tempo real o vínculo do jogador, os direitos de imagem e de formação. Concede a possibilidade de avaliar o que é certo e o jogador pretendido. Mais, melhora a gestão do Clube porque é possível saber as necessidades de stock de cada academia. Faz-se a observação, contacta-se o olheiro ao momento e, trinta segundos depois, o relatório está na posse dos coordenadores e técnicos. Acelerará o recrutamento e o Sporting CP chegará primeiro ao jogador. Na aplicação é feita uma lista de jogadores a observar, podendo acrescentar-se, posteriormente, relatórios de jogo desses mesmos jogadores e de outros que sejam considerados como mais-valias", pormenorizou Filipe Esteves, director-geral da tecnológica há três anos, e também já noticiado na edição de 26 de Abril do Jornal Sporting.

O Presidente do Sporting CP, Bruno de Carvalho, destacou no painel III esta parceria: "A nova ferramenta demonstra a dimensão do Clube. Sustenta a visão de inovar, para a qual as pessoas não estavam habituadas. Ajudará na facilidade de acesso à informação e na ligação entre todos os departamentos".

 

Foto José Cruz

"Dois pilares: os fãs e uma gestão de excelência"

Por Jornal Sporting
27 Abr, 2017

Bruno de Carvalho traçou as linhas orientadoras da função Presidencial no Sporting CP, sem deixar de abordar questões como a violência no desporto e a recuperação financeira

No segundo dia do Congresso Internacinal The Future of Football, Bruno de Carvalho participou no painel III, referente à Gestão de Nível Mundial, explicando as directrizes que o guiam na Presidência do Sporting CP: "Temos de olhar para o futebol e perceber o dirigente necessário à frente do Clube. Todos sofrem de situações económicas difíceis. A realidade deve ser a de trazer para o Clube a paixão e o know-how com uma visão própria de uma multinacional. Os clubes têm de saber quais os seus pilares e o Sporting CP não sabia. Para mim, são dois: centrar no importante do Clube, que são os fãs, e a gestão de excelência. Os adeptos não foram suficientemente abordados no primeiro dia. É para eles que queremos ganhar, que queremos um Clube sustentado financeiramente. Trabalhamos com o propósito de trazer títulos. Eliminar o número 12 das camisolas das 53 modalidades foi uma medida financeira. Vínhamos da pior época de sempre e conseguimos ter um crescimento exponencial dos associados, mérito indiscutível dos fãs".

Sobre a reestruturação financeira, o líder máximo verde e branco salientou a ligação com os resultados e sucesso desportivo, referindo o crescimento de associados e de reconhecimento europeu: "Há que ter o conhecimento do meio, da comunicação e treinadores. O Presidente tem de ser alguém que não se guia por regras predefinidas. Não temos de estar na tribuna, mas sim usar instintos, ir ao detalhe, lá está para chegar aos resultados. O Clube nunca esteve no top-10 de associados, entretanto já estamos no top-5. Existem três passos a dar: recuperação financeira que está feita, um crescimento consolidado que está a ser conseguido e os resultados, o reflexo dos dois passos anteriores. Não pode haver medo em tomar as medidas diárias, dezenas delas por dia. Confio na minha equipa, nos técnicos e nos departamentos e várias modalidades. Temos uma visão conjunta e queremos criar uma cultura de campeão, sempre com um trabalho em família, sem trabalhar isoladamente. Passámos a ser respeitados pela Europa fora". 

Oscar Moscariello, embaixador da Argentina em Portugal e secretário das relações internacionais do Boca Juniors, reforçou a ideia lançada por Bruno de Carvalho: "O futebol é algo em que toda a Sociedade está envolvida, é um desporto que atravessa várias faixas etárias e reflecte o funcionamento de um país. No Boca Juniors foi fundamental uma equipa dirigente capaz, que conseguiram transformar uma crise financeiro num exemplo a seguir. Não tem só bons resultados como uma boa organização. O modelo de negócio chegou a todo o Mundo e foi estudado pela Universidade de Harvard, inclusivamente.todas as secções são pensadas como uma grande empresa. Houve resistência sim, mas um dirigente não deve arruinar o clube com contratações impossíveis. Continua a ser necessário vender promessas da academia, mas não há dependência do montante de direitos televisivos".

Acerca da violência e desrespeito nos recintos desportivos, Bruno de Carvalho apontou à necessidade de que a rivalidade não ultrapasse o limite do razoável, mas apresentou uma mensagem pacificadora: "Futebol é desporto de paixões, mas há que separar criminosos de adeptos. Temos um trabalho árduo, perceber se as acções de apoio são boas ou más para o Clube... Neste último dérbi fizemos a prevenção durante todo o dia, jogo que aconteceu depois de um acontecimento trágico. O resultado não foi bom, mas os adeptos do Sporting CP tiveram um comportamento quase exemplar. Não digo que os adeptos do Sporting CP não cometam excessos, mas, se calhar, somos o único clube que tem uma lista de pessoas que não entram em Alvalade por ordem judicial, O que não faz parte do mundo de futebol são as linhas ultrapassadas. Não podemos cruzar a linha de haver mortes, isto é uma indústria de lazer, logo os assassinatos não têm logica nenhuma. Desde 1996 que sabemos o que é ter adeptos assassinados, aí sim criamos ódios e esse tipo de violência. Não podemos gozar ou ultrapassar barreiras, é um assunto grave que deve ser falado. Não quero generalizar, até porque sei que 99% dos benfiquistas, dos Sportinguistas e dos portistas não quer que isto aconteça. Quero conseguir viver a rivalidade sem mortes nem tentativas de crime".

Foto José Cruz

“Depois de muitos anos, é sempre bom regressar a casa”

Por Jornal Sporting
26 Abr, 2017

Luís Figo não escondeu a felicidade por voltar a Alvalade num debate em que também estiveram presentes o técnico leonino Jorge Jesus, o treinador colombiano Francisco Maturana e a especialista em coaching desportivo Susana Torres

Um dos painéis que marcou o primeiro dia do Congresso Future of Football abordou a temática do que faz a diferença no treino. Um debate que foi moderado por Luciano Cefaratti e em que participaram ilustres como o treinador do Sporting CP, Jorge Jesus, o antigo internacional português formado no Clube leonino, Luís Figo, o antigo jogador e agora seleccionador colombiano, Francisco Maturana, e a especialista em coaching desportivo Susana Torres.

Figo não escondeu o orgulho e a satisfação por regressar a Alvalade, tendo ainda defendido que existem dois tipos de treinadores. “Depois de muitos anos, é sempre bom regressar a casa. Existem dois tipos de treinadores, o de formação e o de futebol profissional. Na formação, o treinador assume um papel vital. É o responsável directo pelo presente e futuro dos jovens que lhe são confiados. Quanto ao treinador de futebol profissional tem um conhecimento profundo do desporto e tem que ter intuição, capacidade de planeamento e automatismo de comportamentos, procurando dessa forma potencializar ao máximo as capacidades dos jogadores” salientou. Já Jorge Jesus definiu o treinador actual. “Um treinador deve ser um criador da filosofia das ideias de uma equipa, dos objectivos de treino e até mesmo da ciência”, destacou.

Por outro lado, Maturana passou alguma da sua experiência como jogador e treinador, enquanto Susana Torres falou sobre o trabalho psicológico que faz com os jogadores e a importância desse mesmo âmbito.

Quanto ao último painel, que contou com responsáveis como Roberto Samaden (Inter), Corne Groenendijk (Ajax), Roberto Toledo (Corinthians) e Franc Carbo Pujol (Barcelona), tendo sido moderado pelo guarda-redes dos verdes e brancos, Beto, baseou-se na importância da formação no futebol mundial e na expansão das academias para outros países.

Um dia em cheio de um evento que já vai na terceira edição.

Foto José Cruz

"Quando era pequenino ouvia: esta equipa não tem fio de jogo"

Por Jornal Sporting
26 Abr, 2017

Jorge Jesus foi um dos oradores do Painel I e relembrou os tempos em que ia aos estádios com o pai

Jorge Jesus foi um dos oradores do Painel I (Coaching: o que faz a diferença?) e tomou a iniciativa de falar de alguns episódios da sua juventude em que, pela mão do pai, acompanhava o Sporting CP aos vários estádios de futebol. Nessa altura, o agora técnico leonino admite que não tinha apetência para entender algumas expressões que se costumam ouvir nos 'corredores das bancadas'. 

"Quando era pequenino ouvia: esta equipa não tem fio de jogo. Mas afinal, o que é isso? Fio de jogo? Hoje, sei que isso é o modelo de uma formação, algo que estabelece as regras dos jogadores. No fundo, a identidade de um conjunto", frisou, explicando desta forma aquilo que a sua vida profissional lhe tem dado. 
 
"Claro que não há ciências exactas no futebol. Ou seja: o técnico tem ideias, métodos de treino, objectivos, mas não está imune ao fracasso. Independentemente de eu apostar, por exemplo, num 3x4x3, isso não significa que, durante uma partida, não se altere o esquema. Não tenho dúvidas de que, no futuro, o futebol vai equiparar-se às restantes modalidades - andebol, basquetebol, etc. -, em que se mudam as tácticas e as estratégias várias vezes", concluiu.

Páginas

Subscreva RSS - Congresso Internacional The Future of Football