Momento de partilha, reflexão e união centrado no jogador

Inspirar, partilhar experiências e consolidar uma visão comum centrada no jogador. Foi este o propósito do Academy Day, iniciativa que no início desta semana reuniu todos os colaboradores da Academia Cristiano Ronaldo e dos Pólos de Formação do Sporting Clube de Portugal, numa manhã de aprendizagem e trabalho colectivo.

O evento, que contou com a presença do Presidente Frederico Varandas, teve como objectivo juntar, num só espaço, todos os colaboradores que diariamente contribuem para o desenvolvimento dos jovens jogadores Leoninos. Num formato diferente, a actividade no Pavilhão João Rocha incluiu momentos de reflexão sobre o passado, presente e futuro da formação, com apresentações da Direcção da Academia, Direcção Técnica e Departamento de Scouting e Estratégia, e uma dinâmica de team building intitulada “Workshop D.N.A – Decidir as Nossas Ações”.

Na nota de boas-vindas, Frederico Varandas sublinhou a importância do trabalho multidisciplinar da formação no crescimento global do Clube, elogiando o percurso competitivo e inegável evolução de processos nos últimos anos. A fechar, e lembrando a competição cada vez mais acérrima, o presidente reforçou a ambição de continuar a crescer para vencer.

Seguiu-se a intervenção de Paulo Gomes, co-director da Academia Cristiano Ronaldo, que apresentou um balanço da evolução estrutural dos últimos oito anos. Entre 2019 e 2025, frisou o dirigente, o número de colaboradores cresceu de 107 para 212 e os departamentos de 10 para 15. Também os recursos humanos dos Pólos Sporting CP são agora 76, orientando 237 atletas dos Pólos regionais e 187 no Pólo Lisboa.

Em seguida, Ricardo Correia, responsável pelo Departamento de Estratégia, Avaliação e Talento, abordou temas como o trabalho de definição do perfil do jogador Sporting CP e a inovação constante nos métodos de observação e formação.

Já Nuno Figueiredo, Director Técnico da Academia, reforçou a importância do Modelo Centrado no Jogador e da cooperação entre áreas.

“Esta manhã foi uma oportunidade para reforçar a mensagem de que estamos aqui para servir o profissional e formar jogadores para a nossa equipa A. Toda a gente conta, toda a gente tem um papel importante; desde quem está no Scouting, no dia-a-dia, quem trabalha nos nossos pólos de norte a sul do país, quem trabalha na rouparia, nas operações, os treinadores. Toda a gente tem um papel na educação e na formação dos nossos jogadores”, explicou mais tarde, em declarações aos meios Leoninos presentes no evento.

Sobre a actividade prática, o dirigente destacou “a lógica com que foi desenvolvido” o team building, uma simulação precisa do trabalho que acontece diariamente na Academia Cristiano Ronaldo.

“Normalmente, a tendência é as equipas competirem entre si, mas ao longo de todo este processo as equipas perceberam que precisam umas das outras, precisam de partilhar e precisam das peças uns dos outros. Temos de trabalhar em conjunto, temos de nos ajudar uns aos outros e perceber que o trabalho de uma equipa vai ser fundamental para os alicerces depois da nossa construção”, resumiu.

Também o co-director geral da Academia Cristiano Ronaldo, Tomaz Morais, destacou a relevância do evento na consolidação do modelo formativo Leonino e no reforço do sentimento de unidade.

“A ideia do Academy Day foi possibilitar um momento para reflectir sobre o que estamos a fazer, mas também perceber na prática que todos trabalhamos para a formação de um jogador. E que todos têm uma importância muito grande naquilo que fazem. O que fazem nunca é pouco para que um jogador possa um dia chegar à equipa A. É esse o propósito da formação do Sporting CP, formar os jogadores que possam servir a equipa A a todo o momento”, relembrou.

Sobre a escolha do local, o dirigente partilhou uma vez mais a importância de uma visão conjunta como base para o sucesso do Clube.

“Nós, no Sporting CP, consideramos sempre um todo. Temos um orgulho imenso e a honra de servir aquele que é, talvez, um dos três clubes mais eclécticos do mundo. Queríamos simbolizar que as modalidades são uma parte muito importante do futebol, e que o futebol também deve ser uma parte importante das modalidades. O Clube é um só, é uma só família, e temos de seguir todos juntos”, apontou.

No balanço final, “extremamente positivo”, Tomaz Morais destacou ainda a presença de Frederico Varandas. “Ficou muito claro para todos, uma vez mais, o que é que a administração e o Presidente pretendem de nós. Não há nenhuma estrutura que funcione, seja ela qual for, em qualquer indústria, se nós não percebermos o que é que querem de nós”, disse.

“Este team building foi extremamente bem escolhido, está a ser extremamente importante porque está a demonstrar a todas estas equipas, mais de 200 pessoas, que todas elas são uma parte muito importante do puzzle que é construir um jogador, que é formar um jogador, que é tornar um jogador uma boa pessoa, uma pessoa muito sólida, muito forte, que um dia talvez venha a ser um bom jogador”, finalizou.

Por sua vez, Filipe Vedor, coordenador do Pólo SCP Lisboa, sublinhou a importância da iniciativa no reforço de laços entre profissionais e práticas complementares.

“Tem sido um caminho que temos construído ao longo de muitos anos. Acima de tudo, cimentar o que tem sido um Modelo Centrado no Jogador e estar em constante evolução - não só as práticas que temos, mas também as pessoas que vão entrando no processo. É um momento muito bom para conhecermos os nossos colegas, que têm as mesmas posições que nós, que trabalham o jogador, mas de um prisma diferente”, avaliou, acrescentando “a importância” de acções como esta.

Sobre a dimensão colectiva da acção, acrescentou: “Este tipo de actividades é muito importante: mostram-nos que, apesar de cada um de nós estar isolado em ilhas diferentes, não estamos isolados no conceito. É uma maneira diferente de ver as pessoas, conhecer colegas em capacidades diferentes. E isto, para nós, é algo que temos de saudar para que aconteça mais vezes”, atirou.

O Academy Day terminou com um discurso de encerramento de Tomaz Morais, centrado no futuro e no reforço do modelo do jogador no centro, metodologia que há quase sete anos orienta a formação Leonina e que, segundo o dirigente, “tem dado muitos resultados à sustentabilidade e à imagem externa do Sporting CP”.

“O Modelo Centrado no Jogador é o núcleo da formação do Sporting CP, é a metodologia que escolhemos e que permite formar o jogador de uma forma holística, com um alinhamento multidisciplinar das 15 áreas que, hoje, compõem a estrutura da Academia. […] A nossa grande vitória passa sempre pelo momento em que um jogador chega à equipa A. Jogadores que sejam adaptáveis, sólidos, respeitados, atléticos e com a mentalidade certa para o alto rendimento. É para isso que trabalhamos juntos todos os dias”, referiu ainda Tomaz Morais.

“Esse alinhamento entre áreas e esse conhecimento mútuo são fundamentais para o desenvolvimento individual de cada atleta e para a sustentabilidade do Clube. O Sporting CP está na liderança do futebol nacional e é, ao mesmo tempo, uma referência formativa lá fora. E isso deve-se à aplicação diária deste modelo, que não é apenas um conjunto de palavras, mas uma forma de estar e de trabalhar em equipa”, rematou.

Técnico reagiu ao triunfo frente ao Olympique de Marseille

O treinador da equipa do Sporting Clube de Portugal, João Gião, destacou a exibição e a atitude colectiva dos jovens Leões na vitória frente ao Olympique de Marseille. O técnico sublinhou a qualidade da primeira parte e a maturidade demonstrada pela equipa após o empate francês no recomeço do encontro.

“Fizemos uma primeira parte muito bem conseguida, a melhor que tivemos nesta competição e também frente ao melhor adversário que encontrámos até agora, indiscutivelmente. O Olympique de Marseille é uma equipa muito forte e muito física, mas estivemos muito bem: ligámos o jogo, chegámos com muita gente à frente e criámos inúmeras oportunidades, não claras, claríssimas. Pecámos apenas por escasso no resultado ao intervalo, porque podíamos estar a ganhar por dois ou três”, começou por referir João Gião, em declarações à Sporting TV.

O treinador Leonino explicou que o início da segunda parte obrigou a equipa a mostrar outra face, mais resistente e solidária, algo que o deixou particularmente satisfeito pela evolução em relação ao arranque da competição.

“Na segunda parte o adversário entra com um golo, mas aquilo que me deixa agradado hoje, sobretudo, é termos sabido gerir isso como equipa. O que me tinha desagradado na primeira jornada foi hoje totalmente o oposto. Quando tivemos de sofrer, unimo-nos. O adversário foi melhor do que nós nos primeiros 25 minutos do segundo tempo, mas nós nunca nos desunimos nem concedemos oportunidades. Depois mexemos, e os jogadores que entraram trouxeram energia. Acreditar até ao fim foi a chave para conseguirmos uma vitória que nos assenta muito bem”, afirmou.

João Gião destacou ainda o ADN ofensivo e dominador que quer ver consolidado nesta geração, sem deixar de reconhecer as dificuldades inerentes ao contexto competitivo da Youth League.

“A nossa ideia passa muito por aí: uma equipa grande não pode ficar na expectativa, não pode deixar o adversário respirar. Esse é o nosso ADN e conseguimos aplicá-lo muito bem na primeira parte. Caímos um pouco na segunda e aí temos de melhorar. Mas é sempre difícil manter essa consistência quando não treinamos todos os dias juntos. Ainda assim, a equipa acreditou sempre, e isso são valores Sporting que eles nunca podem perder”, sublinhou.

O técnico terminou com uma palavra especial para os estreantes, com destaque para Paulo Simão, autor do golo da vitória.

“O Ivanildo [Mendes] estreou-se no onze, o [Manuel] Kissanga e o Paulo Simão fizeram o primeiro jogo na competição e este último entrou muito bem, com uma crença enorme, como todos os outros. Fez a diferença e estou muito contente por ele”, concluiu João Gião.

Também Salvador Blopa, um dos protagonistas da partida, destacou o bom início de jogo e a capacidade de resposta da equipa até final.

“Acho que entrámos bem, marcámos cedo, aos dez minutos, e isso deu-nos confiança ao longo do jogo. Podíamos ter feito mais golos, sim, mas estivemos fortes e intensos na primeira parte, a tentar reproduzir em campo o que trabalhámos durante a semana”, começou por referir o ala. O jovem Leão reconheceu depois o crescimento do adversário na segunda metade, mas realçou a forma como o grupo reagiu.

“Entrámos um pouco 'a dormir' na segunda parte e o adversário cresceu. Sabíamos que era uma equipa fisicamente muito forte e com bons jogadores individualmente. Sofremos um golo logo no início, mas sabíamos que não podíamos desistir e conseguimos marcar o segundo já perto do fim”, resumiu.

Por fim, Salvador Blopa sublinhou o espírito de evolução constante que marca a caminhada verde e branca na UEFA Youth League.

“O nosso objectivo é sempre fazer melhor do que na última edição. Queremos ir mais longe, aprender a cada jogo e continuar a evoluir”, rematou.

Leões venceram o Olympique de Marseille na UEFA Youth League (2-1)

A equipa do Sporting Clube de Portugal que disputa a UEFA Youth League recebeu e venceu o Olympique de Marseille por 2-1, esta quarta-feira, na Academia Cristiano Ronaldo, em jogo da terceira jornada da competição.

João Gião promoveu mais uma estreia esta temporada, com Ivanildo Mendes a integrar o onze inicial para defrontar os gauleses, que chegaram a Alcochete ainda sem qualquer ponto somado. O médio defensivo, habitualmente ao serviço dos sub-23 Leoninos, foi a única alteração em relação aos titulares da partida frente ao SSC Napoli.

Com os processos cada vez mais consolidados, os Leões entraram fortes e determinados. Logo antes do primeiro minuto, Flávio Gonçalves obrigou o guarda-redes Cheick Diarra à primeira defesa, após uma arrancada enérgica de Ivanildo Mendes. Um aviso claro das intenções verdes e brancas nos instantes iniciais da partida.

Ainda assim, o jogo equilibrar-se-ia nos minutos seguintes, até que os mesmos protagonistas voltaram a combinar, desta feita com sucesso: Ivanildo Mendes recuperou a bola a meio-campo, descobriu Flávio Gonçalves na profundidade e o camisola 10, isolado perante o guardião, não perdoou e inaugurou o marcador ao minuto… dez.

Seis minutos depois, Chris Grombahi voltou a ameaçar, mas o remate foi desviado por um defesa. Aos 20’, os Leões estiveram muito perto de ampliar a vantagem; valeu a intervenção do guarda-redes francês, que travou o disparo de Gabriel Silva com uma defesa à andebol, com as pernas, negando um golo que parecia certo.

O Olympique de Marseille só se aproximou com perigo aos 25’, numa incursão rápida pela direita que Tadjidine Mmadi não conseguiu concluir. O lance isolado não abalou, porém, o domínio Leonino, que se acentuou à medida que o cronómetro se aproximava da meia hora. Apostando no jogo interior, o Sporting CP foi somando ocasiões e instalando-se no meio-campo adversário.

Aos 36’, Gabriel Silva voltou a criar perigo dentro da área, ultrapassou um defesa, mas deixou escapar o esférico no momento decisivo. Cinco minutos depois, um momento estudado quase resultava em golo: na marcação de um livre directo, Rafael Camacho serviu Flávio Gonçalves com um passe rasteiro que apanhou a defesa marselhesa em contrapé. O avançado penetrou na área e cruzou para a pequena área, mas sem destinatário, e o Olympique Marseille afastou como pôde.

Já em tempo de compensação, surgiu a melhor oportunidade da primeira parte: uma excelente jogada individual de Chris Grombahi terminou com o remate de Rafael Camacho ao poste. Domínio total do Sporting CP, que podia – e merecia - estar a vencer por uma margem muito mais confortável.

No regresso dos balneários, o Olympique de Marseille apresentou-se com outra disposição: mais agressiva, mais vertical, mais decidida. E cedo colheu frutos. Logo aos 47 minutos, Darryl Bakola apareceu solto na área após uma combinação com Max Corbon e, de pé esquerdo, finalizou para o empate.

O Sporting CP acusou o golpe e demorou a reencontrar-se com o jogo. Apenas dez minutos depois voltou a ameaçar, quando Chris Grombahi conduziu uma jogada individual que terminou na rede lateral da baliza adversária.

Insatisfeito com o rumo dos acontecimentos, João Gião mexeu na equipa e lançou Manuel Kissanga aos 59 minutos; o jovem médio somou assim os primeiros minutos na prova. Uma estreia absoluta e simbólica para o Leão, que regressou este mês à competição após uma lesão longa.

O jogo seguiu equilibrado, com poucos lances dignos de registo, até que aos 75 minutos Miguel Gouveia defendeu de forma incompleta e, na recarga, Eduardo Felicíssimo apareceu em cima da linha a travar o remate de Antoine Valero, evitando o golo da reviravolta. Na resposta imediata, Gabriel Silva isolou-se, mas perdeu tempo de remate e a jogada esfumou-se.

Dois minutos depois, aposta certeira do banco Leonino. João Gião fez entrar Daniel Costa e Paulo Simão - este último a estrear-se também na competição - e o efeito foi quase instantâneo. Daniel Costa cabeceou à trave e, no ressalto, Paulo Simão apareceu no sítio certo para restabelecer a vantagem verde e branca.

Ainda assim, a tarde não terminaria sem sobressaltos. Aos 84 minutos, Gabriel Silva foi expulso por acumulação de amarelos, deixando o Sporting CP reduzido a dez unidades. O Olympique de Marseille aproveitou a superioridade numérica para se instalar no meio-campo Leonino e procurar, pelo menos, o empate. O jogo ganhou nervo, disputas mais intensas e sucessivas bolas paradas junto da área de Miguel Gouveia.

Já nos descontos, aos 90+4’, o guardião verde e branco assegurou o triunfo com uma defesa de instinto, desviando com uma palmada o cabeceamento perigoso de Mohamed Baradji.

Vitória justa do Sporting CP, que podia ter chegado ao intervalo com uma margem mais dilatada, soube sofrer quando foi preciso e viu as decisões do banco revelarem-se decisivas. Os Leões somam agora sete pontos na UEFA Youth League e seguem firmes num percurso europeu sem derrotas.

Sporting CP: Miguel Gouveia [GR], Salvador Blopa, Eduardo Felicíssimo [C], Lucas Taibo, Afonso Lee (Atanásio Cunha, 88’), Rafael Camacho (Paulo Simão, 77’), Ivanildo Mendes (Manuel Kissanga, 59’), Zaïd Bafdili, Gabriel Silva, Flávio Gonçalves (Diogo Martins, 88’) e Chris Grombahi (Daniel Costa, 77’). Treinador: João Gião. Disciplina: cartão amarelo para Zaïd Bafdili (13’), Gabriel Silva (52’), Rafael Camacho (65’), Gabriel Silva (85’). Cartão vermelho para Gabriel Silva (85’).

Duelo marcado para as 14h00 de quarta-feira no Estádio Aurélio Pereira

Os bilhetes para o embate entre o Sporting CP e o Olympique de Marseille, a contar para a terceira jornada da fase de liga da UEFA Youth League, serão gratuitos e exclusivos aos Sócios do emblema Leonino.

Cada Associado poderá levar um acompanhante e levantar os bilhetes à entrada da Academia Cristiano Ronaldo, em Alcochete.

O encontro está marcado para as 14h00 desta quarta-feira, 22 de Outubro, no Estádio Aurélio Pereira.

Dia de partilha deu-se numa formação interna em Alvalade

O trabalho na formação de jovens jogadores é um dos pilares tanto do Sporting Clube de Portugal como do PSV Eindhoven e, além disso, são várias as parecenças metodológicas que guiam os processos de ambos os emblemas. Foi o que ficou à vista no encontro entre os responsáveis pelos escalões de formação de base dos dois clubes, numa formação interna organizada pelo Pólo SCP Lisboa.

Um dia passado no Estádio José Alvalade para aperfeiçoar processos em conjunto e aprender através de partilha e debate de ideias e conhecimentos, em especial sobre a abordagem individualizada que as duas formações preconizam.

À margem do diálogo ocorrido no Auditório Artur Agostinho, Ricardo Damas, coordenador técnico do Pólo SCP Lisboa, sublinhou que este tipo de encontros internacionais surge, sobretudo, para conseguir novas formas de “melhorar o Modelo Centrado no Jogador”. “Sobretudo faz-nos pensar no nosso Modelo. O PSV tem algo similar e acho que podemos retirar muitas coisas para evoluir o nosso”, considerou, além de destacar que “o tempo que o PSV consegue ter com os jogadores e rentabilizá-lo é muito diferente”.

O emblema neerlandês, que recentemente produziu nomes como Cody Gakpo (Liverpool FC) e Noni Madueke (Arsenal FC), esteve representado em Alvalade por treinadores das suas camadas jovens, entre eles Joris van den Besselaar, coordenador técnico dos escalões entre os sub-9 e os sub-13, que se mostrou muito agradado com o diálogo gerado.

“Gostei muito, porque antes de virmos aqui tivemos muitas conversas, especialmente com o Ricardo [Damas], e chegamos à conclusão de que muitas das coisas que nós fazemos o Sporting CP também as faz, mas provavelmente numa escala maior. Foi muito bom poder partilhar algo e receber também em troca para conseguirmos melhores Academias”, realçou.

E confessou ainda que são várias as aprendizagens que leva na ‘bagagem’ para Eindhoven. “Nós temos a parte técnica, enquanto o Sporting CP faz algo diferente ao criar competição dentro da própria Academia. Nós queremos muito adoptar isso e é algo que vou levar. Também a estrutura e o departamento de recrutamento é algo de que nós podemos aprender, bem como a forma como incentivam e envolvem os treinadores em vários tópicos”, detalhou.

Já a forma individualizada como as duas formações olham para os seus jovens jogadores foi o grande ponto em comum neste encontro internacional. “Tudo o que nós fazemos é com esses mesmos objectivos”, afirmou Joris van den Besselaar.

“O Sporting CP foca-se muito na parte individual. A liberdade que dão aos jogadores mais jovens é algo que tentamos replicar, mas também como olham para o jovem em si, como pessoa, e depois tentar que melhorem no colectivo mas através do desenvolvimento individual”, acrescentou.

Uma abordagem com “grandes similaridades” e, acima de tudo, “fundamental”, nas palavras do coordenador Ricardo Damas. “É difícil prever o potencial de cada um, mas podemos sempre melhorá-los como jogadores e pessoas, por isso temos de pensar em todas as áreas em que podemos ajudá-los”, referiu no final de mais uma experiência internacional frutífera em prol do desenvolvimento constante do futebol de formação.

Leões empataram no terreno do SL Benfica (1-1)

A equipa de futebol Sub-17 do Sporting Clube de Portugal empatou este sábado com o SL Benfica por 1-1, em encontro invertido da 16.ª jornada do Campeonato Nacional.

Numa primeira parte equilibrada, os Leões mostraram personalidade e ambição, assumindo várias fases do encontro e criando mais perigo junto da baliza adversária. Com maior número de remates, cantos e presença no meio-campo ofensivo, o Sporting CP acabou por não conseguir traduzir a superioridade estatística em golos.

Num regresso feliz dos balneários, os Leões adiantaram-se no marcador logo a abrir o segundo tempo, aos 46 minutos, por intermédio de Paulo Rodrigues, que assinou o seu primeiro golo na temporada.

O SL Benfica acabaria por empatar aos 63 minutos, e o resultado manteve-se até final, apesar das tentativas Leoninas para chegar ao triunfo num dérbi muito disputado, com intensidade e duelos físicos.

Com o objectivo de regressar às vitórias, a equipa orientada por Pedro Pontes volta agora a entrar em campo no próximo sábado, 4 de Outubro, dia em que recebe o SCU Torreense no Estádio Aurélio Pereira. 

Sporting CP: Afonso Redondo [GR], Paulo Rodrigues (Sandro Ferreira, 59’), Mário Almeida [C], Alexandre Rosado, Henrique Tavares, Rodrigo Nogueira, José Garrafa, Leonardo Varela (Francisco Simões, 68’), Martim Ribeiro (Diego Moreira, 59’), Afonso Marques (José Lino, 74’) e Duarte Tomás (Vítor Conceição, 68’). Treinador: Pedro Pontes. Disciplina: cartão amarelo para Leonardo Varela (39’), Duarte Tomás (67’) e Henrique Tavares (69’).

Leões perderam por 2-1 no terreno do Leeds United FC

O Sporting Clube de Portugal estreou-se na edição 2025/2026 da Premier League International Cup com uma derrota por 2-1 frente ao Leeds United FC, em Inglaterra.

Na segunda participação consecutiva do Clube na prova destinada a jogadores sub-21, os Leões, orientados pela equipa técnica dos sub-23, alinharam no relvado do LNER Community Stadium com Guilherme Pires na baliza; Rayhan Momade, Daniel Ciesielski, Miguel Alves e Afonso Lee no sector defensivo; Zaïd Bafdili – o belga em estreia oficial de Leão ao peito –, Chris Grombahi e Rafael Camacho no meio-campo; e, mais adiantados, Diogo Martins, Guilherme Santos e Micael Sanhá.

Um onze com atletas de diferentes escalões formativos que, apesar da juventude e da estreia conjunta, mostrou consistência nos processos e soube discutir o jogo com intensidade.

Ainda assim, o primeiro grande sobressalto pertenceu aos anfitriões: à passagem dos oito minutos, Miguel Alves surgiu no momento certo e, em cima da linha de golo, afastou o perigo, evitando a vantagem inicial do Leeds United FC. Com alguns Sportinguistas a dar cor às bancadas do estádio, Diogo Martins respondeu pouco depois, aos 15 minutos, surgindo em velocidade na área para incomodar o guardião inglês. O avançado verde e branco acabou por cair no relvado, mas o árbitro mandou seguir.

Aos 21 minutos, foi a vez de Micael Sanhá acelerar pela esquerda e entrar disparado na área, mas, com dificuldades no último passe, o Sporting CP continuava sem criar uma ocasião verdadeiramente flagrante. Até que, logo depois, e num movimento de profundidade, Rayhan Momade apareceu isolado na frente de Rory Mahady e assinou o seu primeiro golo da temporada. A jogada nasceu da batuta de Zaïd Bafdili, que fez um passe preciso a rasgar a defesa adversária, confirmando a qualidade que vinha exibindo desde os minutos iniciais.

Com o jogo, muito combativo, a desenrolar-se sobretudo a meio-campo, o Leeds United FC voltou a criar perigo à passagem da meia hora, quando Louie Dudley recuperou a bola em zona defensiva do Sporting CP, avançou em progressão e rematou à baliza de Guilherme Pires, atirando ao lado do poste direito.

Os ingleses cresceram no jogo e, aos 35 minutos, voltaram a rondar a área verde e branca, mas Miguel Alves apareceu imperial para cortar. Na sequência do canto, foi a vez de Guilherme Pires voar e, com uma palmada, retirar a bola da zona de perigo. Um momento de maior pressão dos anfitriões, que obrigou o Sporting CP a cerrar as suas fileiras.

A poucos segundos do intervalo, Guilherme Pires voltou a voar e assinou uma grande intervenção para travar um livre directo com selo de golo. No canto seguinte, contudo, os Leões não conseguiram afastar a bola e Harvey Vincent, na cara do guardião, fez o 1-1 já ao cair do pano.  

O descanso chegou com a igualdade no marcador, depois de um primeiro tempo equilibrado em que o Sporting CP teve menos posse (45%), mas respondeu com eficácia e organização.

No regresso dos balneários, uma falha de comunicação na defensiva Leonina, aos 50 minutos, ofereceu ao Leeds United FC a primeira ocasião clara da segunda parte, mas o remate inglês embateu num jogador do Sporting CP e saiu pela linha de fundo. Já após o canto, a bola atravessou toda a área à espera de um derradeiro desvio que, felizmente para os Leões, nunca surgiu.

Com menos bola e numa partida marcada pelos muitos duelos físicos, o conjunto orientado por João Santos soube responder à pressão, mostrando-se aguerrido e capaz de travar as sucessivas investidas inglesas. Apostando sobretudo na velocidade pelas alas, os verdes e brancos foram tentando responder, mas encontraram sempre uma linha defensiva da casa bem fechada e difícil de ultrapassar.

Aos 70 minutos, Sandro Nascimento saltou do banco para dar novo fôlego ao jogo do Sporting CP. A sua entrada agitou o ritmo da partida e, de imediato, os Leões começaram a empurrar o Leeds United FC para trás, assumindo o controlo da posse e instalando-se no meio-campo adversário.

Poucos instantes depois, o recém-entrado cruzou com conta, peso e medida para Diogo Martins, que se elevou no coração da área e cabeceou com intenção, mas foi travado por uma boa parada de Rory Mahady. O aviso estava dado e, aos 76 minutos, foi a vez de Chris Grombahi tentar a sorte de longe, conquistando novo canto e confirmando o ascendente verde e branco no jogo.

Aos 83 minutos, João Santos voltou a mexer no tabuleiro, lançando Konstantin Nikitenko e Sandro Gambôa, ao mesmo tempo que o técnico inglês promovia também alterações na sua equipa. Desta feita, porém, foi o Leeds United FC a recuperar o domínio, obrigando Guilherme Pires a mais uma intervenção de enorme qualidade para negar aquele que podia ter sido o tento do triunfo inglês.

O golo, contudo, acabaria mesmo por surgir na recta final. Mais lúcidos nos instantes derradeiros, os ‘Peacocks’ conquistaram um livre aos 89 minutos e, na sequência, Reuben Lopata-White consumou a reviravolta no marcador.

Com os dois golos sofridos a nascerem de lances de bola parada, os Leões ainda procuraram reagir em busca da igualdade, lançando Martim Peixoto já para lá do tempo regulamentar. Mas o relógio foi implacável e o Sporting CP saiu derrotado na estreia desta Premier League International Cup.

Sporting CP: Guilherme Pires [GR], Rayhan Momade, Daniel Ciesielski, Miguel Alves, Afonso Lee (Martim Peixoto, 90’), Zaïd Bafdili (Sandro Gambôa, 83’), Chris Grombahi, Rafael Camacho, Diogo Martins (Konstantin Nikitenko, 83’), Guilherme Santos e Micael Sanhá (Sandro Nascimento, 70’). Treinador: João Santos. Disciplina: cartão amarelo para Afonso Lee (27’), Diogo Martins (33’), Rafael Camacho (55’) e Sandro Gambôa (89’).

Entrada em cena na Premier League International Cup frente ao Leeds United FC

Em 2025/2026, o Sporting Clube de Portugal vai voltar a competir na Premier League International Cup, uma prova destinada a jogadores sub-21 e que nesta edição vai acolher 16 clubes ingleses e 16 emblemas de outros países europeus.

Inseridos no grupo D, os jovens Leões, que serão orientados pela equipa técnica dos sub-23, preparam-se para disputar a primeira jornada, esta quinta-feira (19h00), frente ao Leeds United FC, no LNER Community Stadium, em York. Sunderland AFC (20 de Novembro), West Ham United FC (17 de Dezembro) e Manchester United FC (20 de Janeiro) serão os restantes adversários do Sporting CP na fase de grupos.

"Estamos muito honrados por sermos convidados a participar nesta prova pela segunda vez e ansiosos por partir”, começou por dizer João Santos, treinador-adjunto dos sub-23, na antevisão feita aos meios de comunicação Leoninos, antes de abordar os benefícios de contar com mais uma frente internacional no futebol de formação.

"É um espaço diferente da UEFA Youth League, não só por defrontarmos, numa fase inicial, apenas clubes de Inglaterra, mas também pela faixa etária. É diferente também para os jogadores, porque aqui vão estar com outra equipa técnica. Haverá muito para crescer e absorver, tendo em vista aquilo que mais nos importa: preparar os jogadores para a equipa A", reflectiu.

Com a estreia diante do Leeds United FC no horizonte, João Santos admitiu que “não houve propriamente muito tempo de preparação”, no entanto mostrou-se confiante numa “boa resposta” por parte dos seus jogadores.

"Vamos jogo a jogo, sustentados no crescimento individual e em ter uma equipa competitiva. Contra clubes ingleses vamos encontrar jogos abertos, de muita intensidade com e sem bola e de pressão alta. Queremos, sim, perceber aquilo que esta competição vai dar a estes jogadores", salientou.

E uma das coisas que esta competição vai promover é uma sequência de jogos e viagens mais aproximada da rotina semanal da equipa principal. "É uma tendência do futebol moderno: cada vez treina-se menos. Passar por essas experiências, nestas etapas de formação, é extremamente rico para perceberem quão importante são as rotinas pré e pós-treino, o descanso, a alimentação, a hidratação... Tudo o que são indicadores e factores de aceleração da recuperação", destacou João Santos.

Depois, o extremo Chris Grombahi, que leva cinco jogos e dois golos esta época pelos sub-23, também lançou a entrada na Premier League International Cup.

"Espero coisas boas de mim e da equipa. É uma experiência nova para a maioria de nós. Tivemos poucos dias, mas preparamo-nos bem e acho que vai correr bem", apontou, sem esconder também o seu entusiasmo. "Vou estar em ambientes que nunca imaginei e em que poucos jogadores da minha idade conseguem estar", acrescentou o jogador de 17 anos.

Além disso, Chris Grombahi não tem dúvidas de que este novo estímulo competitivo “vai ajudar” na sua evolução e, por isso, encara-o como uma oportunidade a não perder.

"Mesmo sendo uma experiência nova não podemos sentir receio. Só posso agradecer ao Sporting CP estas oportunidades e quero aproveitá-las, porque isto passa rápido", atentou.

A acabar, o jovem extremo apelou, ainda, ao apoio dos Sportinguistas em Inglaterra. "Contamos com o apoio deles. Sabemos que o Sporting CP tem adeptos em todo o mundo", realçou.

Treinadores e directores da Academia Cristiano Ronaldo aprenderam a tocar violino, num coaching day especial

Trabalhar no sector da formação do Sporting implica trabalhar para uma orquestra bem afinada. Metaforicamente e por um dia, na prática, treinadores e directores da formação do Sporting CP juntaram-se para uma acção em que tocar violino (literalmente) foi o desafio colocado. 

Produzir boa música é o que procura sempre fazer a formação Leonina, com muitos jogadores, jovens valores, a mostrarem a excelência do trabalho desenvolvido na Academia Cristiano Ronaldo e também no Pólo SCP Lisboa, mas tocar violino numa sala de ensaio foi encarado também com muito entusiasmo pelo Staff Leonino. Tomaz Morais, co-director geral da Academia Cristiano Ronaldo explicou os propósitos da iniciativa.

“Nós trabalhamos para a excelência e trabalhando para a excelência, o rigor, a disciplina e a entrega têm de ser totais. É isso que queremos continuar a transmitir aos nossos jogadores, aos que começam agora connosco e aqueles que têm vindo já a evoluir connosco. Diariamente trabalhamos com muita determinação, com muita convicção para a formação deles e estes dias são muito importantes para afinar uma série de processos”, referiu aos meios de comunicação do Clube, acentuando as sinergias entre todos, num trabalho articulado que envolve todos:

“A Direcção Técnica permite que se possam criar bons hábitos entre atletas e jogadores, que se possa potenciar o talento que eles tenham e, ao mesmo tempo, dar-lhes o que um jogador de futebol precisa, que é uma adaptabilidade muito grande qualquer sistema táctico e a qualquer equipa onde possa vir a jogar. Esta acção em género de orquestra com o violino na mão, não é mais do que um alinhamento comunicacional, um alinhamento entre códigos e percebermos que o som final, a música final que sairá desta orquestra é o jogador que nós formamos para a equipa A. É essa a analogia, em que cada um tem o seu toque, mas a afinação tem de ser permanente e total”.

Miguel Catarino, treinador dos sub-9 do Sporting CP, não esconde a satisfação pelo resultado final produzido. “ A orquestra portou-se muito bem, estávamos todos a um nível muito bom. Esperamos mais uma época de crescimento dos nossos atletas, de crescimento do nosso staff, mais uma época de superação, de aprender mais, sobre as nossas crianças e uma época de muita felicidade, acima de tudo. Trabalhar no Sporting CP já é perfeito para nós, então uma época perfeita é terminarmos com os atletas com um sorriso na cara por ultrapassarem mais uma etapa de crescimento”.

Tomaz Morais, ‘maestro’ que teve direito a batuta para liderar a orquestra, estava feliz pela receptividade de todos as participantes na iniciativa e até pelo jeito demonstrado pelos elementos do Sporting CP.   “Os treinadores do Sporting CP têm um jeito muito grande para a música (risos). Têm aqui um hobby muito interessante para continuar e a capacidade de eles reagirem a estímulos e desafios foi claramente atingida. Saiu daqui uma orquestra muito afinada e agora é continuar a trabalhá-la”. 

O co-director geral da Academia Cristiano Ronaldo revelou aos meios de comunicação do Clube a sensação de pegar na batuta de um colectivo musical. “Não foi nada fácil ser maestro (risos), até porque eu não tenho grande ouvido para a música, mas fui desafiado, também, tinha de responder ao desafio e acima de tudo conseguimos fazer uma orquestra com diferentes ritmos. Acho que foi muito giro. Nós no futebol de formação do Sporting CP, na Academia, sozinhos não somos nada, precisamos uns dos outros e vivemos para os jogadores. Foi isso que também tentei mostrar, que um dia temos de trabalhar com mais calma, outro dia mais agitados e ao mesmo tempo sabermos tocar todas as notas que nos dão e saber reagir a tudo aquilo que é preciso”. 

Nuno Figueiredo, director técnico da Formação, também deu por muito bem empregue o tempo na acção musical, um conceito que ‘gerou frutos’ para levar com vista ao futuro. “Todos nós conseguimos mostrar uma boa noção de ritmo, pelo menos, seguindo as instruções temos capacidade de nos ajustar. É a importância de ter um bom maestro. Este é mais um ano desafiante, em que o nosso propósito continua a ser darmos uma boa imagem do futebol de formação e conseguirmos promover e potenciar jogadores para chegarem à equipa A".

Reconhecido o esforço e o sucesso académico a par da carreira futebolística

No futebol de formação do Sporting CP, a vida escolar é a principal prioridade de cada jovem atleta, para lá do seu desenvolvimento como futebolista. Uma visão perfeitamente alinhada com a Unidade de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE) e, por isso, foram vários os alunos-atletas Leoninos integrados neste programa que viram reconhecido o seu esforço e êxito escolar a par da carreira futebolística durante o último ano lectivo.

No auditório da Escola Secundária de Alcochete, entregaram-se diplomas de mérito académico a um grupo de vários jovens da Academia Cristiano Ronaldo que concluíram mais um ano escolar, do 8.º ano até ao 12.º, nesta instituição de ensino. Em representação da Academia, Paulo Gomes e Tomaz Morais, seus co-directores gerais, marcaram presença neste relevante momento.

Um dos distinguidos foi Alexandre Tverdohlebov, guarda-redes da equipa sub-19 do Sporting CP e já internacional jovem por Portugal. “É algo muito importante, porque a escola é tão ou mais importante do que o futebol. É um motivo de orgulho, porque mesmo sendo difícil [de conciliar], com trabalho, esforço e empenho, tudo é possível”, detalhou, confiante na carreira-dual que tem traçado.

“Os mais novos olham para nós como exemplos e é muito bom ver que somos reconhecidos por isso. O caminho é este. Temos de olhar para a escola da mesma forma que olhamos para o futebol”, realçou Alexandre Tverdohlebov, agradecendo também todo o apoio que tem sentido por parte da Academia e do Sporting CP, bem como do programa UAARE.

“As pessoas que nos rodeiam na Academia ajudam-nos imenso e são muito compreensivas. A UAARE tem um papel muito importante porque funciona como uma ponte entre a escola e o futebol e ajuda-nos a ter horas de estudo, por exemplo, quando vamos às selecções. E o Sporting CP também, com salas de estudo e explicações”, atentou o jovem guardião.

Por seu turno, a directora do Agrupamento de Escolas de Alcochete, Ana Fidalgo, que conduziu a cerimónia, mostrou-se muito agradada pelos “frutos” gerados pela “história longa” que une a instituição ao Sporting CP. Neste caso, por “valorizar os alunos que são atletas e conseguem patamares de excelência em termos desportivos e académicos”, disse, dando conta da sua satisfação. “Antes da inauguração da Academia, estive na celebração do primeiro protocolo com o Sporting CP e a preocupação do Clube para com os atletas é constante”, acrescentou a directora.

E também Luís Deus, subcoordenador da UAARE, não escondeu a importância de um momento que “valoriza os alunos, o desporto e a escola”. “É um dia de afirmação do programa e da carreira dupla, porque prova que é possível conciliar os estudos e o desporto do alto rendimento. O nosso objectivo é esse, que os atletas não tenham de optar por uma via, porque não são incompatíveis”, justificou, além de ter destacado o Sporting CP como um parceiro com quem a UAARE está “muito alinhado” nesta missão, contando com um total de 180 estudantes-atletas - de diversas modalidades e equipas - inseridos actualmente.

“A relação com o Sporting CP vem praticamente desde o início do programa e é um dos mais importantes interlocutores desportivos. Valorizamos o facto de a preocupação do programa UAARE ser transversal também ao Sporting CP, ou seja, de que a formação é global. Olhamos para os jovens não só como alunos, nem só como atletas, mas como pessoas”, concluiu.

Um caminho comum que vai continuar a ser percorrido com os jovens Leões cada vez mais preparados para ‘dar cartas’ dentro e fora dos relvados.