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Kittel vence e David de la Fuente dá nas vistas

Por Jornal Sporting
17 Fev, 2016

'Leão' foi o melhor das equipas nacionais, numa etapa ganha pelo alemão da Ettix

O alemão Marcel Kittel (Etixx-Quick Step) foi o grande vencedor da primeira etapa da 42.ª Volta ao Algarve, que ligou Lagos a Albufeira e terminou numa chegada ao ‘sprint’, percorridos que estavam os 163.6 quilómetros do troço. André Greipel (Lotto Soudal) e Jasper Stuyven (Trek-Segafredo) fecharam o pódio neste dia um de competição.

David de la Fuente, do Sporting CP/Tavira, foi o melhor ciclista entre as equipas portuguesas, chegando à meta na 14.ª posição individual. O conjunto ‘leonino’, que se estreou nas estradas esta terça-feira, foi a equipa nacional mais bem classificada, terminando a etapa no nono lugar.

A manhã começou com a apresentação oficial das 24 equipas e dos 190 ciclistas participantes na prova, antes de, às 10h50, ser dado o tiro de partida simbólica para o início da competição, na Praça Infante D. Henrique. Dez minutos mais tarde, aconteceu a partida real da corrida que se estendeu até perto das 15h e que, durante o seu percurso, contou com três metas volantes, em Silves, Mem Moniz e Albufeira. A etapa acabou por ficar marcada por duas quedas protagonizadas por ciclistas da Ettix-Quick Step, nos últimos cinco quilómetros, sendo que o 'leão' Mario González também sofreu uma queda durante o percurso, mas sem agravantes de maior. O ciclista do Sporting CP/Tavira ainda será reavaliado pela equipa médica, mas prevê-se que continue a prova sem condicionamentos.

Classificação individual da 1.ª etapa

1.º Marcel Kittel (Etixx), 3.52.35

2.º Andre Greipel (Lotto), m.t.

3.º Jasper Stuyven (Trek), m.t.

4.º Wouter Wippert (Cannondale), m.t.

5.º Victor Campanaerts (Team Lotto NL), m.t.

6.º Salvatore Puccio (Sky) m.t.

7.º Tiago Machado (Katusha), m.t.

8.º Alex Downsett (Movistar), m.t.

9.º Roman Maikin (Gazprom-Rusvelo), m.t.

10.º Pawel Cieslik (ActiveJet), m.t..

(...)

14.º DAVID DE LA FUENTE, m.t.

23.º JESÚS EZQUERRA, m.t.

48.º RINALDO NOCENTINI, m.t.

61.º LUÍS FERNANDES, m.t.

100.º MARIO GONZÁLEZ, m.t.

114.º DAVID LIVRAMENTO, m.t.

115.º VALTER PEREIRA, m.t.

139.º ÓSCAR BREA, a 18s

Classificação por equipas da 1.ª etapa

1.º Movistar (Espanha), 11.37.45

2.º Cannondale (EUA), m.t.

3.º Sky (Grã-Bretanha), m.t.

(...)

9.º SPORTING CP/TAVIRA, m.t.

Classificação geral individual após 1.ª etapa

1.º Marcel Kittel (Etixx), 3.52.35

2.º Andre Greipel (Lotto), a 4s

3.º Jasper Stuyven (Trek), a 6s

4.º Wouter Wippert (Cannondale), a 10s

5.º Victor Campanaerts (Team Lotto NL), m.t.

6.º Salvatore Puccio (Sky) m.t.

7.º Tiago Machado (Katusha), m.t.

8.º Alex Downsett (Movistar), m.t.

9.º Roman Maikin (Gazprom-Rusvelo), m.t.

10.º Pawel Cieslik (ActiveJet), m.t..

(...)

14.º DAVID DE LA FUENTE, m.t.

23.º JESÚS EZQUERRA, m.t.

48.º RINALDO NOCENTINI, m.t.

61.º LUÍS FERNANDES, m.t.

100.º MARIO GONZÁLEZ, m.t.

114.º DAVID LIVRAMENTO, m.t.

115.º VALTER PEREIRA, m.t.

139.º ÓSCAR BREA, a 28s

Classificação geral por equipas após a 1.ª etapa

1.º Movistar (Espanha), 11.37.45

2.º Cannondale (EUA), m.t.

3.º Sky (Grã-Bretanha), m.t.

(...)

9.º SPORTING CP/TAVIRA, m.t.

Camisola amarela (geral individual): Marcel Kittel (Etixx)

Camisola verde (pontos): Marcel Kittel (Etixx)

Camisola azul (montanha): Kamil Gradek (ActiveJet)

Camisola branca (juventude): Sebastián Henao (Sky)

"Foi um daqueles momentos únicos"

Por Jornal Sporting
16 Fev, 2016

Luís Costa, campeão nacional de paraciclismo, desejou sorte ao Sporting CP/Tavira antes da Volta ao Algarve

Ao longo de todo o estágio do Sporting CP/Tavira em terras algarvias, foram várias as centenas de adeptos que demonstraram o seu apoio e carinho pelo conjunto ‘leonino’. Hoje, a formação ‘verde e branca’ recebeu uma visita especial: Luís Costa, atleta do Clube e campeão nacional de paraciclismo, deslocou-se ao Hotel Luna Miramar, em Albufeira, onde a equipa se encontra hospedada e conviveu com alguns ciclistas da equipa, especialmente com o chefe de fila Rinaldo Nocentini.

“Resido na zona, em Portimão, e não quis perder esta oportunidade de desejar boa sorte à equipa. É importante por ser o início da época, o início deste projecto. Vão estar aqui presentes algumas das melhores equipas do Mundo e dos melhores ciclistas do Mundo, por exemplo, do Top 10 vamos ter os três primeiros, do Top 50 estarão 30. Isto é muito importante, para as pessoas perceberem que esta equipa não é apenas um projecto simples, é algo que pode dignificar muito o Clube e a melhor maneira de começar é com uma prova desta importância”, explica o ‘leão’.

Para Luís Costa, estar na presença de uma figura como Rinaldo Nocentini foi indescritível e reforçou a já forte ligação entre o paraciclista e o Clube de Alvalade.

“Isto foi um daqueles momentos únicos. Conheço muita gente no paraciclismo, não aqui… Falar com um profissional e com o estatuto que este homem tem, como se fôssemos colegas de equipa, a desejar-lhe sorte… Foi um momento impressionante. Pareceu-me também que ele gostou de falar comigo, o que é bom”, confessa Luís Costa, acrescentando: “É uma maneira de me sentir ainda mais integrado neste grande Clube. É sentir que estou nesta família com os pés bem assentes na terra”. A comunicação com o italiano deu-se… na sua língua materna. “Como me desloco muitas vezes a Itália, todas as épocas acabo por ir lá, ele até me perguntou onde ia porque conhece a região e achou interessante. Entre espanhol e italiano deu para nos entendermos”, conta.

Atleta do Sporting CP, Luís Costa vê com bons olhos a ligação a um histórico do ciclismo nacional. “O Tavira é um clube histórico e isto foi juntar duas forças muito importantes: um clube que dignifica muito o ciclismo nacional, o clube mais antigo, com muitos anos de actividade e o Sporting CP com o historial que tem. Foi uma união muito feliz”, afirma.

Quanto a expectativas para a Volta ao Algarve, Luís Costa só pede o que se exige a cada ‘leão’: o seu máximo. “Penso que a equipa vai fazer o seu melhor, dignificar o Clube. É o início da época, é tudo muito novo. É um início para todos, estão todos em pé de igualdade, mas penso que vai correr muito bem”, atira, concluindo: “É um grupo com condições para fazer grandes brilharetes esta época”.

"Que a corrida chegue o mais rápido possível"

Por Jornal Sporting
16 Fev, 2016

Antevisão do director desportivo Vidal Fitas à estreia na Volta ao Algarve

A um dia da estreia oficial do Sporting CP/Tavira na Volta ao Algarve, que decorrerá entre amanhã e o próximo domingo, Vidal Fitas, director desportivo da equipa ‘leonina’ antevê uma prova muito competitiva, com muitos atletas de renome, que poderão dificultar a vida do conjunto de Alvalade. Ainda assim, a vontade de colocar as bicicletas na estrada é imensa e a ambição mantém-se inabalável.

“Estamos com uma ansiedade grande, de correr, de ver como é que os nossos atletas estão em relação aos nossos adversários. Numa corrida que conta com a qualidade dos atletas da Volta ao Algarve, dizer que não queremos lutar pelos primeiros lugares é mentira. Mas temos a consciência de que não sabemos ao certo se será possível fazer isso, não porque não tenhamos qualidade para o fazer, mas porque os adversários presentes são muitos e fortes, dos melhores do Mundo. E não sabemos, neste momento, se a nossa condição física é suficiente para os conseguir bater, por ser a primeira corrida do ano. Mas estamos ansiosos, porque estamos à espera que a corrida chegue o mais rápido possível”, afirma Vidal Fitas.

Este é um dos melhores pelotões de sempre de todas as edições da Volta ao Algarve, com alguns dos melhores ciclistas mundiais a marcarem presença em terras nacionais. Pese embora as recentes baixas de Gustavo Veloso, corredor da W52, e do polaco Michal Kwiatkowski, da poderosa Sky, a prova conta ainda com nomes como Alberto Contador, Fabian Cancellara, Fabio Aru, Tom Boonen ou ‘Purito’ Rodriguez. Humildade é a palavra-chave na formação do Sporting CP/Tavira, mas o querer e a garra ‘leonina’ são argumentos de peso da formação de Alvalade.

“Teremos sempre de entrar com humildade, não há vencedores à partida. Independentemente dos valores e dos atletas de renome que vão participar na Volta ao Algarve, temos de perceber que dos 50 melhores do Mundo, estarão aqui 30 e isso é algo que se deve ter em linha de conta. Mas todas as equipas portuguesas têm argumentos para ganhar corridas. Nós temos um grupo forte, mas os outros também têm argumentos e podem ganhar-nos a qualquer altura, sem qualquer vergonha, porque há gente com muita qualidade em todas as formações. Além da qualidade que as outras equipas têm, seremos sempre um alvo a abater, por isso a humildade terá sempre de estar connosco”, explica Vidal Fitas.

Mas o que as outras equipas não têm, o Sporting CP/Tavira tem para dar e vender: apoio do público. Os Sportinguistas e toda a região do Algarve uniu-se em peso para empurrar esta formação ‘verde e branca’ na direcção da meta. E já nos treinos isso se sentiu. Vidal Fitas só pede uma coisa: continuidade.

“Se os adeptos continuarem a ser o que foram até agora, é excelente. Não nos podemos queixar do que os adeptos têm sido. Quem é adepto de ciclismo apoia, quem é adepto do Sporting apoiará. Temos sentido isso, sempre que a equipa está na estrada há muita gente que cumprimenta e faz questão que se sinta a sua presença. Basta que continuem assim que para os atletas já é óptimo”, conclui o director desportivo.

Ainda se lembram como foi no Algarve em 1985?

Por Jornal Sporting
16 Fev, 2016

Reportagem no Jornal Sporting sobre a vitória individual e colectiva dos 'leões'

Um Clube sem memória é um Clube sem história e não há forma mais correcta de empregar este adágio do que aplicando-o ao ciclismo ‘leonino’, sobretudo em vésperas do arranque desta nova aventura que promete ser histórica do Sporting CP/Tavira. Amanhã, quando as camisolas ‘verde e brancas’ voltarem às estradas na prova nacional que reúne alguns dos melhores corredores do Mundo, como Alberto Contador, Purito Rodríguez, Fabio Aru, Thibaut Pinot, Tom Boonen, Fabian Cancellara ou Michal Kwiatkowski, é mais do que uma equipa que está de regresso – é um sem-fim de capítulos de glória que se reaviva (com Joaquim Agostinho à cabeça), é a razão de ser da rivalidade com o Benfica que renasce (nos míticos duelos entre Alfredo Trindade e José Maria Nicolau), é o símbolo de quem já foi gigante entre os gigantes da modalidade (como Paulo Ferreira, quando venceu uma etapa do Tour). Os ‘leões’ somam mais de 150 títulos na modalidade entre estrada e pista, entre os quais 13 vitórias colectivas e nove individuais na Volta a Portugal. Mas também na Volta ao Algarve já fizeram história: Joaquim Fernandes ganhou a edição ‘experimental’ de 1936 (que hoje não é ‘homologada’, porque se conta apenas a partir de 1960), ao passo que Eduardo Correia foi o único ciclista a ganhar na ‘era moderna’ (1985) numa prova onde só houve ‘verde e branco’ na estrada.

Ponto prévio: não existe qualquer tipo de comparação entre aquilo que se passou há três décadas e o que vai agora acontecer. Exemplo: na altura correram sete equipas portuguesas e três estrangeiras (Yoplait de Espanha, ANC Holliday Miltours de Inglaterra e Peugeot de França), agora existem seis nacionais e 18 (!) estrangeiras, com mais do dobro dos participantes; depois, a prova realizou-se com quatro meses de calendário (final de Abril e início de Maio), ao passo que agora será a primeira do ano para conjuntos como o Sporting CP/Tavira; por fim, tinha oito etapas, algumas divididas por manhã e tarde, enquanto que agora existem apenas cinco. Um sem-número de distinções que nem por isso tira brilho à fabulosa campanha ‘leonina’ em 1985, onde a equipa dominou por completo os 686 quilómetros da corrida desde a primeira etapa, entre Pedras da Rainha e Olhão, onde Fernando Fernandes só perdeu ao sprint com o inglês Phil Thomas.

Curiosamente, foi em Fóia – onde termina a etapa chave de 2016 – que Eduardo Correia, apesar do triunfo de Joey McLoughlin, passou a envergar a camisola amarela, tendo Marco Chagas ficado em segundo a dois segundos e António Alves em quinto a 27 segundos. Seguiram-se mais vitórias individuais em etapas de montanha, contra-relógio e decididas ao sprint (com a nuance de, na quinta etapa, ANC Holliday Miltours e Boavista não terem alinhado em sinal de protesto com o afastamento de dois corredores que tinham trocado agressõs na etapa matinal...) até São Brás de Alportel, onde a então equipa do Sporting/Raposeira subiu ao pódio para arrecadar todas as camisolas: amarela para Eduardo Correia, montanha para Marco Chagas, metas volantes para Paulo Ferreira, metas volantes/turismo para Carlos Santos e geral por equipas com os desempenhos de Eduardo Correia (1.º da geral), Marco Chagas (2.º), António Pinto (5.º), Alberto Leal (7.º), António Alves (8.º), Fernando Fernandes (9.º), José Xavier (10.º), Alexandre Ruas (14.º), Carlos Santos (16.º) e Paulo Ferreira (18.º). De lá para cá, após longo tempo de inactividade, ainda há alguns pontos de contacto com a nova realidade e uma curiosidade: Vidal Fitas, director desportivo do Sporting CP/Tavira, recorda-se bem da etapa de consagração. “Não consegui ficar bem ao pé da meta mas recordo-me bem da última etapa porque o Eduardo Correia, que venceu esse contra-relógio, furou e caiu perto da meta. Aliás, até passou a meta com um dos pneus furados!”, recorda.

O regresso do 'leões' às estradas do Algarve

Por Jornal Sporting
16 Fev, 2016

Sporting CP/Tavira inicia amanhã 42.ª edição da Volta ao Algarve em bicicleta

Fabian Cancellara, suíço de 36 anos mais conhecido por ‘Spartacus’, que entre vitórias no Tour e na Vuelta até uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos já conseguiu, começou o ano com um triunfo no Trofeo Serra de Tramuntana; Michal Kwiatkowski, outro dos melhores corredores da actualidade, ficou na segunda posição. Fabio Aru, Tom Boonen e ‘Purito’ Rodríguez andaram a rolar em bom ritmo na Volta a Valência, ao passo que Thibaut Pinot foi terceiro na Étoile de Bessèges. A Volta ao Algarve já costuma ter um naipe de corredores de nível mundial mas, este ano, os principais chegam quase todos já com algum andamento (Alberto Contador é a excepção). Por isso, projectar aquilo que poderá ser a estreia do Sporting CP/Tavira é quase uma incógnita que encerra, ainda assim, uma certeza: será uma alegria para os muitos seguidores da equipa, que já começam a demonstrar a ansiedade para que as camisolas ‘verde e brancas’ cheguem às estradas.

“Sendo a primeira prova, nunca sabemos o que esperar. Sabemos que existe um ‘handicap’: vamos correr contra os melhores do Mundo já com um mês de competição na Austrália, na Argentina, no Dubai e na Europa. Isso faz diferença, sobretudo nesta fase. Os índices físicos dos nossos corredores são bons mas ainda não temos um termo de comparação, só daqui para a frente é que poderemos ver se estamos melhor ou pior do que os outros. Se fosse uma prova só com equipas portuguesas, aí saberíamos de forma antecipada o nível; assim, e tendo em conta que falamos de atletas que só vemos pela TV ou em provas com contacto esporádico, é diferente”, explica Vidal Fitas antes de detalhar os principais objectivos do estágio que a equipa vai realizar antes da prova: “Este ano vamos ter um arranque diferente, um pouco mais atrasado, como já sabíamos. Na concentração que tivemos na Academia, discutimos o calendário, o que se espera de cada atleta, as ideias para cada um estar melhor numa determinada fase da época e desenhámos os planos de treino que são individuais. Agora, além da entrega de todo o equipamento e roupa, serão cinco ou seis dias com um ou dois treinos mais intensos para activar, mas o resto é de descompressão e de recuperação porque a carga já foi feita antes através dos treinos de cada um. É normal este estágio ser convocado ainda em Janeiro mas isso não quer dizer que esteja mal”.

Em paralelo, o director desportivo falou do momento dos corredores e do traçado da prova algarvia, nomeadamente a alteração na chegada a Fóia. “O grupo de oito corredores que escolhemos [Rinaldo Nocentini, David de la Fuente, Mario González, Jesús Ezquerra, Óscar González, Luís Fernandes, David Livramento e Valter Pereira] está mais à frente dos outros a nível de preparação porque já tínhamos pensado as coisas nesse sentido. Ainda assim, não é por isso que podemos dividir o plantel em dois grupos porque estão sempre todos a 80%/85%, fazendo picos em alguns períodos”, frisou, completando: “O traçado é propício para o espectáculo, com duas chegadas no alto e um contra-relógio. A etapa da Fóia foi alterada e fiz este fim-de-semana o reconhecimento. Será mais complicado do que é normal porque tem antes subidas difíceis que podem ‘partir’ o grupo e reduzi-lo para um leque mais restrito. Vai depender muito de como estiverem os corredores e da capacidade que tenham para defender-se nas partes mais duras da montanha e no contra-relógio”.

Por fim, Vidal Fitas admitiu que a região algarvia já começa a empolgar-se com a prova. “As pessoas estão ansiosas. Logo que começarmos a treinar identificados será tudo diferente porque querem tirar fotografias, apoiar, puxar para cima. Sempre tivemos uma grande falange de apoio e sendo uma competição no Algarve ainda mais gente nas estradas vamos ter com as nossas cores”, assegura. 

"Reerguer a história do ciclismo no Clube"

Por Jornal Sporting
04 Fev, 2016

Perfil de Júlio Gonçalves, jovem corredor ex-Anicolor do Sporting CP/Tavira

O talento não se mede aos palmos e Júlio Gonçalves mostra isso mesmo: o corpo pequeno ‘esconde’ um currículo muito interessante para quem é ainda Sub-23 e representava no ano passado o Anicolor de Mortágua. O quarto lugar no Campeonato Nacional de Rampa e a quinta posição no Campeonato Nacional de Elte Sub-23 foram alguns dos pontos altos da última temporada, a que se juntaram outros bons resultados como a vitória no prémio da Juventude do GP Beira Baixa e o terceiro posto na mesma categoria na Volta ao Alto Tâmega e no GP Jornal de Notícias. Vidal Fitas, director desportivo do Sporting CP/Tavira, acompanhou a evolução do jovem trepador nacional e apostou no viseense para reforçar o plantel da próxima temporada. Agora, o corredor espera corresponder às expectativas.

“Para mim é uma honra poder representar esta equipa. O Sporting Clube de Portugal veio dar uma ajuda imensa ao ciclismo. Todos temos a ganhar com isso”, salienta, prosseguindo: “Foi formado um plantel com corredores muito experientes, com uma história fenomenal no ciclismo, e outros mais novos como eu, que tentaremos aprender o mais possível com os nossos companheiros. Vamos estar todos juntos para chegarmos à vitória. O Sporting vai voltar com força e estou certo de que vamos conseguir reerguer a história do ciclismo neste Clube. Em termos pessoais e em relação à equipa, penso que devemos encarar todas as corridas com o mesmo empenho e dedicação”.

Ciente da importância do novo passo na carreira, Júlio Gonçalves promete agarrar a oportunidade da melhor forma, descrevendo-se também como um corredor para as provas duras. “Uma hipótese destas é o surgir de uma oportunidade daquelas que temos de agarrar e trabalhar, dando o máximo todos os dias, para chegarmos ao sucesso. O CC Tavira já é uma equipa com grande história, aliado agora a um Clube como o Sporting é como juntar o útil ao agradável. Sou um trepador mas neste momento só quero ajudar porque somos um grupo focado no objectivo colectivo. Como posso descrever esta ligação à equipa numa palavra? Paixão!”.

O benjamim que passou de júnior a profissional

Por Jornal Sporting
04 Fev, 2016

Perfil de Rafael Lourenço, corredor mais jovem do Sporting CP/Tavira

Consegue imaginar um salto de um jogador de futebol do Sporting dos juniores para os seniores? Aquele elevador de glória apenas para os eleitos que não tem qualquer paragem em pisos intermédios? Multiplique as dificuldades e assim entrará na dimensão do ciclismo. No entanto, e como prova Rafael Lourenço, existe uma linha que separa o complicado do impossível e o jovem de 18 anos é exemplo paradigmático disso mesmo, transitando da formação do Clube de Ciclismo de Tavira para o Sporting CP/Tavira. Por isso, não admira que, em menos de oito minutos de conversa, utilize tantas vezes uma palavra: orgulho.

“Se já é bom ser profissional aos 18 anos, estar num Clube destes ainda mais. Tendo em conta esse passo, que é muito grande, os meus objectivos passam por ajudar a equipa sem estar muito preocupado com aquilo que consigo atingir em termos individuais – se alcançar essas metas já é uma grande conquista. De resto, sei que vou melhorar a forma de estar em corrida e a maneira de ver o ciclismo, que é completamente diferente”, refere o ‘caçula’ da equipa ‘leonina’, completando: “Há sempre um bocadinho de pressão colocada por mim próprio, porque quero ajudar os grandes nomes que temos connosco a alcançar os objectivos, mas sinto-me sobretudo orgulhoso por estar cá. O Sporting está associado ao Joaquim Agostinho, um dos nomes mais importantes do ciclismo mundial, e... é um orgulho!”.

Descrevendo-se como um corredor completo – “Nunca fui um trepador nem um sprinter, daí destacar-me mais a nível técnico e treinando para ser cada vez melhor” –, Rafael Lourenço destaca também a importância que a nova equipa terá para a própria modalidade. “É importante em todos aspectos. Financeiro, porque o ciclismo não estava fácil e isto ajuda as equipas a continuarem na estrada, e competitivo, porque a entrada de Clubes como o Sporting é benéfico para a modalidade. Vamos ter uma equipa consistente e, principalmente, completa para tentar alcançar as vitórias”.

Hugo Sabido e um sonho de família que vai ser cumprido

Por Jornal Sporting
29 Jan, 2016

Reportagem no Jornal Sporting com reforço da equipa do Sporting CP/Tavira

Podia ser ‘apenas’ a voz da experiência mas é, sobretudo, uma voz que sabe do que fala. Ponderado, tranquilo e eloquente, Hugo Sabido é uma das peças-chave da equipa do Sporting CP/Tavira. E se é verdade que o ciclismo tem muito de razão, sobretudo na tomada de decisões durante a prova sem rádios para saber o que pensa o director desportivo, o novo projecto transporta o corredor de 36 anos para uma dimensão muito ‘emocional’. “Vai ser um regresso a uma casa onde estive no meu primeiro ano de profissional, em 2002, e com o Sporting, Clube que sempre me apaixonou e do qual sou adepto. É o juntar de dois amores num só”, explica, prosseguindo para a história familiar que será recontada 60 anos depois. “Todos estes corredores já vão ficar na história por fazerem parte da equipa no ano do regresso após longa ausência. Para mim, é um sonho realizado porque tenho um pai que também foi ciclista e teve um convite do Sporting em 1959, que infelizmente não conseguiu aceitar devido ao serviço militar. Estou a cumprir o sonho da família”, diz.

Após experiências nos maiores conjuntos nacionais e no estrangeiro (Team Barloworld, de 2006 a 2009, onde correu com o agora companheiro Rinaldo Nocentini), o corredor que já esteve 17 dias ‘enclausurado’ na Serra da Estrela para preparar Voltas (onde já conseguiu um segundo, um sétimo e um décimo lugar, além dos triunfos em etapas da Volta à Polónia, na Volta ao Algarve e vários top-10 em Campeonatos Nacionais de Elite) tem treinado nos trilhos da Serra de Sintra e não vê a hora do arranque oficial da temporada. “Este regresso terá um impacto enorme, reaviva a chama e espero que possa trazer o esplendor das multidões nas estradas para nos apoiarem. Estamos ainda no início mas muito animados, não só para a Volta a Portugal, que é a prova mais mediática, mas para todas as outras que iremos disputar, não só por triunfos mas pelas classificações secundárias e vitórias nas etapas”, comenta, prosseguindo: “As directrizes vêm sempre do carro, mas não havendo rádios temos de tomar decisões e aí a experiência pode fazer a diferença, até para ajudar os mais novos a não gastarem cartuchos antes da hora. Como treinamos a maior parte do tempo de forma individual, porque é tudo muito metódico e individual, somos peças à procura de um colectivo forte e partimos em igualdade com as outras equipas”.

David de la Fuente, o guerreiro que brilhou no Tour

Por Jornal Sporting
29 Jan, 2016

Reportagem no Jornal Sporting com o reforço da equipa do Sporting CP/Tavira

Tudo começou no Natal de 1988: os pais vestiram David de la Fuente e o irmão de Reis Magos, ofereceram uma bicicleta a cada e a história prossegue até hoje, apesar de ter passado oito anos ainda no atletismo. Tímido na primeira abordagem mas destemido no discurso, ainda hoje se denota nas palavras do espanhol que representou na última temporada a Efapel uma mensagem que viu num pacote de açúcar e decidiu partilhar na sua conta pessoal do Twitter: “Se o plano não funciona, muda o plano mas não mudes o teu objectivo”. “Considero-me sobretudo um corredor de equipa, que dá mais de 100% em todas as provas. Sou guerreiro nas fugas e sempre à procura da vitória quando é esse o objectivo do conjunto”, comenta o vencedor do prémio da combatividade no Tour de 2006, quando chegou mesmo a liderar a classificação de montanha e a ter sobre si todos os focos mediáticos normais da prova mais consagrada do calendário velocipédico mundial.

“Creio que a entrada de uma equipa como o Sporting CP/Tavira no ciclismo é muito importante porque quero que a modalidade cresça e este projecto vai ter grande repercussão. Vai captar muita gente para o desporto, algo muito positivo para o ciclismo. É um Clube com grande significado e estar com a equipa mais antiga do Mundo é uma mistura que... Nem sei... ‘Muy’ bonita, se tudo continuar pelo bom caminho podemos chegar muito longe”, salienta o corredor de 34 anos que conta ainda, entre muitos marcos no currículo, com triunfos no GP Miguel Indurain, na Volta à Alemanha ou um terceiro lugar numa etapa do Tour, antes de abordar mais em específico o plantel para a nova temporada: “Esta equipa mistura juventude com experiência. Temos três ou quatro atletas com experiência de correr em equipas grandes até do Pro Tour e podemos ensinar e encaminhar um pouco os mais novos, que têm valor para chegar lá acima. Se conseguirmos também esse objectivo além das metas desportivas, melhor ainda. Quando comecei a negociar sempre me chamou muito a atenção porque é uma das maiores equipas de Portugal com a equipa mais antiga. Era muito apetitoso, apelativo. Tudo o que possa ajudar, encantado!”.

“Precisamos de ter um bom início, para a união e para nos conhecermos melhor. Vamos correr forte, todos juntos, e ver como vai ser o ano. Qualquer equipa tem o objectivo da Volta a Portugal e dia a dia vamos a deixar a pele por todas as provas. Terá de haver um pouco de variação nas preparações, uns a começarem mais fortes e outros um pouco mais suave, para na Volta a Portugal estarmos todos bem para ajudar a equipa”, conclui.

 

"As corridas em Portugal são melhores e o clima também ajuda"

Por Jornal Sporting
15 Jan, 2016

Reportagem com Mario González, espanhol que corria na ActiveJet Team

Impressionante a experiência vivida ontem no campo do Sporting. 2016 vai ser um ano para trabalhar no duro”, escreveu Mario González na conta oficial do Twitter após a apresentação oficial no intervalo da recepção ao FC Porto, acompanhado de uma imagem de todo o grupo e, depois, de uma com Rinaldo Nocentini no parque de estacionamento do Estádio José Alvalade. Horas antes, o espanhol tinha deixado a imagem de um jovem (23 anos) muito ponderado nas palavras e até um pouco introvertido, mas esse era apenas uma espécie de gelo que derreteu logo no primeiro contacto que teve com o Universo Sportinguista.

De acordo com alguns especialistas, por detrás daquela figura esguia encontra-se um corredor com um tremendo potencial e margem de progressão, a que não são alheios os títulos de campeão nacional de Espanha de Sub-23 e outros pódios nas provas de contra-relógio e estrada. Ainda assim, o atleta que militava também na ActiveJet Team na derradeira temporada mantém os pés bem assentes na terra, ciente de que este será um ano importante em termos individuais e colectivos. “Pressão? Nada. Acima de tudo orgulho por representar uma equipa como o Sporting CP/Tavira e a noção de que é uma grande oportunidade que quero aproveitar da melhor forma”, argumenta antes de escalpelizar as primeiras impressões deste novo Mundo.

“É um projecto interessante, com um Clube grande que tem uma equipa de futebol conhecida a associar-se a uma formação histórica. Já conheço algo da história, sei que o Sporting já teve a sua equipa antes e o Joaquim Agostinho, que correu o Tour e o Giro. Considero-me um corredor completo e quero aprender com os mais velhos por forma a ajudar a equipa. Ainda não falámos de todos os objectivos em específico, mas a Volta a Portugal será um ponto alto. Pode ser um grande ano para toda a equipa”, explica, completando: “Na Polónia pela ActiveJet Team fazíamos corridas muito diferentes, sobretudo pelo Centro da Europa. As corridas em Portugal são melhores para nós, o próprio clima também ajuda a nossa prestação. É um passo importante na minha carreira e gostava de continuar aqui muito tempo”, refere. 

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