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Futsal

Foto César Santos

"Esta é a hora de mostrarmos a família que somos"

Por Jornal Sporting
30 Abr, 2017

João Matos, capitão de equipa do futsal, fala em resultado muito alargado mas a união que é reconhecida ao plantel não termina por isso

O líder máximo do balneário, João Matos, em declarações aos órgãos de comunicação do Clube – Jornal Sporting e Sporting TV –, na zona mista, admitiu que a final da UEFA Futsal Cup não foi num dia feliz da equipa. "Acaba por ser um resultado muito alargado e até humilhante para uma final. Temos que o assumir e com toda a responsabilidade. Não fizemos um bom jogo, falhámos na finalização e há muitos mais factores que ditam um parcial tão avolumado. Actualmente, somos campeões nacionais. Ninguém o poderá negar e seremos até ao final da época", começa por explicação.

O capitão de equipa de futsal verde e branco dirigiu-se aos companheiros no final do encontro e revelou a mensagem que passou: "O que disse foi que chegamos aqui não apenas pela nossa qualidade mas também pela união e pelo facto de nos considerarmos uma família. Esta é a hora de o mostrar também, não adianta agora andarmos tristes, de cabeça baixa, uns com os outros. Chegámos juntos até aqui e saímos juntos daqui. Segundo lugar é melhor do que terceiro ou quarto. Não foi o nosso dia, foi um péssimo resultado para o Sporting CP. Vamos regressar a casa tristes, mas o desporto tem destas coisas. O Inter esteve muito bem e nós não fomos tão competentes como costumamos ser. A nossa união e a nossa qualidade não pode ser colocada em causa. Somos os campeões portugueses e agora é hora de darmos as mãos e sairmos juntos para nos ergermos", finalizou.

Foto César Santos

"Números foram extremamente ridículos"

Por Jornal Sporting
30 Abr, 2017

Nuno Dias, treinador da equipa de futsal, admitiu algumas falhas da equipa, aponta erros a outros intervenientes e considera o marcador final injusto para o que se passou na quadra

Naturalmente abatido, Nuno Dias surgiu na conferência de imprensa de rescaldo da final da UEFA Futsal Cup para comentar as incidência do jogo. Depois de ter endereçado os parabéns ao vencedor, o técnico leonino referiu o equilíbrio que existiu na partida, apesar dos números poderem não reflectir essa realidade. "O Sporting CP bateu-se bem e continuo a dizer o mesmo que disse após a meia-final: continuo a ter um orgulho enorme em ser o treinador destes jogadores. Como se empenham, como lutam e como trabalham em busca do melhor resultado, que hoje não aconteceu. A diferença esteve nos momentos em que não estivemos tão bem, o Inter aproveitou e marcou. Quando estivemos por cima do jogo, e foram vários esses momentos também, não conseguimos aproveitar as nossas oportunidades. Faltou marcarmos e a confiança de um golo. Pelo que fizemos, não merecíamos este resultado, sair desta final com um parcial tão inglório. Os números são extremamente ridículos".

Em relação ao balneário que encontrou depois da final, Nuno Dias admitiu que o ambiente era pesado, pela tristeza, mas que é no futuro que a equipa terá de pensar. Até porque há novos desafios pela frente e a curto prazo. "O grupo está, obviamente, triste. Ainda temos muitas competições e muitos jogos para vencer esta época e vamos ter que dar a volta por cima. Até porque para a semana jogamos para a liga e depois temos a Taça de Portugal para disputar", rematou

Foto César Santos

Vice-campeões em Almaty

Por Jornal Sporting
30 Abr, 2017

Sporting CP derrotado na final pelo Inter Movistar em jogo demasiado castigador para leões com percurso quase imaculado

O Sporting CP saiu de Almaty, da final da UEFA Futsal Cup, como vice-campeão europeu ao perder por 7-0 com o Inter Movistar. Números demasiado castigadores, não apenas pelo percurso quase imaculado dos leões na prova mas também pelo desempenho no derradeiro jogo, dadas as inúmeras oportunidades criadas, barradas pela impenetrável defesa espanhola.

O primeiro sinal de perigo surgiu logo no decorrer do minuto um quando Cavinato obrigou Herrero a defender para canto. Pouco depois, foi Merlim que, com um remate forte, ao lado, voltava a dar sinais de um leão a jogar cara a cara com a melhor equipa do Mundo – eleita pela FutsalPlanet no dia anterior –, até o árbitro croata, Sasa Tomic – que teve influência directa em alguns lances mal ajuizados –, castigar Merlim com o primeiro cartão amarelo aos três minutos de jogo, por falta sobre Ricardinho. Desse lance, foi Fortino quem salvou em cima da linha o que poderia ter causado a inauguração do marcador.

Segundos depois, o Sporting CP comete a terceira falta de equipa.

Aos seis minutos, numa jogada de Humberto pela direita, Marcão defende o primeiro remate mas não agarra, pelo que o pivô brasileiro aproveitou para dar a Bastezini que não teve dificuldade em abrir o activo. Rivillos obrigou Marcão a duas grandes defesas consecutivas – a última no um para um – com Lolo a aumentar a vantagem a cinco minutos do intervalo. 2-0 era um resultado perfeitamente ultrapassável.

De registar, ainda, outro decisão infeliz do juiz croata, ao dar cartão amarelo a Leo – por simulação –, quando o fixo verde e branco fora derrubado por Ricardinho, o que seria a sexta falta dos espanhóis e consequente livre de 10 metros.

No entanto, o problema agravou-se no segundo tempo. As constantes tentativas do Sporting CP em atingir a baliza do Inter saíram todas goradas. A partir do 4-0, apontado por Rivillos na sequência de uma falta assinalada aos leões por atraso indevido a Marcão depois da bola ter tocado num jogador espanhol já no meio-campo adversário – leitura muito contestada pelo banco leonino –, Nuno Dias optou pelo cinco para quatro, com Merlim a guarda-redes avançado, embora ainda houvesse 15'36'' para se jogar.

Um risco necessário que teve as consequências conhecidas. Nada a apontar a Nuno Dias. Era uma final e não havia outra decisão a tomar. Os três golos que se seguiram e que fecharam o marcador foram todos, precisamente, na sequência da situação de guarda-redes avançado. Rivillos apontou o primeiro, Ricardinho os restantes dois.

No desfecho do encontro, resultado demasiado pesado para o que o Sporting CP fez e deixou em campo. Aliás, há dois lances, separados por quatro segundos, que espelham bem o que se passou. Quando faltavam 3'55'' para a buzina final, Deo remate à trave, com a bola a sobrar para Ricardinho que, com um balão (3'51''), fechou o marcador.

Foto César Santos

"Espero que os cazaques compareçam em massa"

Por Jornal Sporting
29 Abr, 2017

Leo, fixo leonino e ex-Kairat, acredita que a excelente relação entre o plantel fora da quadra se reflicta no decisivo encontro para o título

Leo foi o jogador do Sporting CP escolhido para, a par do técnico Nuno Dias, fazer o lançamento da final da UEFA Futsal Cup. O fixo, que trocou o Kairat pelos leões, já festejou por duas vezes o título europeu, precisamente ao serviço da clube da cidade de Almaty. Algo que poderá fazer a diferença no encontro de amanhã, no que a apoio ao emblema verde e branco diz respeito.

"Esses dois títulos que conquistei no Kairat vai ajudar-nos a fazer um grande jogo na final e estamos confiantes para o jogo decisivo. São jogos diferentes, equipas com exigências diferentes e espero ter aqui a mesma alegria pelo Sporting CP como as que tive com o Kairat. Espero mesmo que a população cazaque compareça em massa para apoiar-nos na final. Ao Sporting CP e a mim, pelo que já fiz por eles. Que prestigiem a competição".

Quanto ao espírito de grupo, algo também sublinhado por Nuno Dias, Leo acredita que a relação que os jogadores têm uns com os outros irá reflectir-se dentro da quadra. Tem sido assim ao longo desta temporada pelo que no encontro mais importante dos leões esta época não pode ser excepção. "A nossa equipa sempre demonstrou ser como uma família, muito unida, muito forte. Fora da quadra e conseguimos transportar isso para dentro dela. Chegar à final da UEFA era o sonho de todos os jogadores e do staff técnico para este ano. Melhor é impossível. Dentro do nosso balneário está maravilhoso. É só levar isso para o jogo", remata.

Foto César Santos

"Dependemos da união e do sofrimento"

Por Jornal Sporting
29 Abr, 2017

O treinador leonino, Nuno Dias, lança a final reforçando o espírito que se vive na equipa, mas admite que já houve pestanas queimadas para estudar o adversário: o Inter Movistar

Está a chegar a hora de todas as decisões. Se não haveria possibilidade de chegar ao tão desejado e ambicionado título europeu sem chegar à final, então meio caminho está percorrido. Ficou cumprido com a vitória (2-1) na meia-final, frente aos russos do Gazprom Ugra, ainda actual detentor do título.

No lançamento da final, Nuno Dias, treinador dos leões, começou por dar os parabéns a Jesus Velasco, técnico dos espanhóis do Inter Movistar – também presente na conferência –, que garantiu o outro lugar de finalista, pela segunda final alcançada, consecutiva, depois de no ano passado ter perdido, em casa, para os cazaques do Kairat, anfitriões desta edição. Ainda assim, traçou as diferenças entre os dois clubes que o Sporting CP encontrou nesta final-four.

"Estivemos a noite toda a fazer essa análise. O Ugra joga prioritariamente os 40 minutos com pivôs de referência. Jogadores fortes fisicamente e muitos duros no duelo individual. O Inter, tacticamente, é mais móvel. Movimenta-se muito mais. Alterna o jogo de pivôs com situações de quatro, também com agressividade defensiva, esquemas tácticos bem elaborados. As meias-finais foram dois jogos idênticos, com vencedores pela margem mínima, no último minuto. Será um jogo muito equilibrado, embora com algum favoritismo para o Inter, por toda a história que tem, já com três títulos conquistados e finalista derrotado em casa no ano passado. Líder na liga que todos consideram ser a melhor do Mundo"

Adversário de lado, Nuno Dias realçou o ambiente que se vive no balneário. Já no dia anterior, depois de alcançada a final, havia confessado sentir um orgulho desmedido em fazer parte do actual grupo de trabalho. Na antevisão ao confronto com o Inter, o mote manteve-se. Naturalmente.

"Sinto a nossa equipa com um espírito fantástico para esta competição. Estamos num grande momento e a desfrutar muito aquilo que tem sido a participação na maior competição do Mundo de clubes. O que poderá decidir o desfecho? À imagem do que foi a meia-final, pode acontecer algo parecido. Haverá momentos em que o Sporting CP vai estar melhor, outros em que será o Inter a estar por cima no jogo. Tudo vai depender da forma como nós conseguirmos unirmo-nos e sofrer quando estivermos em maus momentos. Temos que defender com todas as nossas forças e surpreender".

Jesus Velasco, por seu lado, apresentou-se com a confiança em níveis estratosféricos. E ainda não tinha tido a informação – recebeu-a no hotel onde também está instalado o Sporting CP – que fora eleito o melhor treinador do Mundo, pela FutsalPlanet, assim como a sua equipa, a melhor do Mundo. "O Sporting CP funciona como um bloco e não posso destacar nada, pois haveria muito a dizer. Estou, isso sim, mais preocupado com a minha equipa. São vários pontos fortes do adversário, pelo que o me interessa mais é que os meus jogadores joguem bem".

Foto César Santos

"Ganhar é bom, mas ganhar novamente é melhor"

Por Jornal Sporting
28 Abr, 2017

Leo, mesmo de leão ao peito, continua a ser o herói de Almaty e o ídolo dos cazaques e acredita estar no lugar certo para conquistar o seu terceiro título europeu

Leo surgiu na zona mista, não apenas para falar aos órgãos de comunicação do Clube – Jornal Sporting e Sporting TV –, únicos nacionais presentes em Almaty para acompanhar a caminhada leonina na final four da UEFA Futsal Cup, mas também aos cazaques, que continuam a idolatrar o fixo brasileiro que adoptou o Cazaquistão também como sua pátria.

"Fizemos um grande jogo contra o Ugra, actual detentor do título de campeão europeu. Defendemos bem os pontos fortes deles, o que fez com que não conseguissem fazer o que mais sabem fazer. Soubemos aproveitar as oportunidades. Acredito que fizemos um belíssimo jogo e merecemos estar na final de domingo. Temos vindo a trabalhar muito forte desde o início da época para chegar a este momento. Se vacilámos no 2-1? Foi mais um azar nosso, ou sorte do Ugra. Não creio que tenhamos vacilado na defesa. São situações que acontecem. Algo que já pode suceder na final", explicou.

Em relação aparente sufoco causado pelos russos nos últimos seis minutos de jogo, com o técnico brasileiro Kaká, do Ugra, a adoptar a estratégia do guarda-redes avançado, o fixo de 29 anos considerou natural a tranquilidade e eficácia que os leões demonstraram nesse particular: "Temos vindo a trabalhar bem essa situação. Esta é uma equipa que tem cinco a seis jogadores que trabalham muito essa situação e estávamos bem preparados para as marcações. Apesar de o Ugra fazê-lo com muita qualidade, mas fizemos muito bem a nossa parte".

Além disso, Leo também recebeu um forte apoio do público, pelas razões explicadas no início. Comentou não apenas essa questão, como o facto de estar à beira de conquistar o seu terceiro título europeu: "É gratificante. Jogar diante dos adeptos do Cazaquistão e ver que têm um enorme carinho, não só por mim como também pelo Sporting CP. Gostaria muito que assim fosse. Como diz um amigo meu, ganhar é muito bom, mas ganhgar novamente é melhor ainda!"

Foto César Santos

"Não queremos ficar por aqui"

Por Jornal Sporting
28 Abr, 2017

Merlim foi o autor do primeiro golo com que os leões abriram a vitória frente ao Ugra na meia-final e acabou eleito o Homem do Jogo

Em jogos demasiado equilibrados e onde os resultados são discutidos ao pormenor, com detalhes a fazerem a diferença final, Merlim foi o protagonista do primeiro detalhes com que o marcador do encontro da meia-final da UEFA Futsal Cup, entre o Sporting CP e o Ugra, começou a ser decidido. Foi o autor do golo inaugural, logo no início do segundo tempo.

"Fui feliz nesse lance. No um contra um consfui ultrapassaro meu marcador, mas creio que dominámos o jogo todo. O perigo do adversário vinha sempre da estratégia e com a bola nos pés a nossa eqwuipa foi bem superior. Nestas circunstâncias, quando a equipa fica em vantagem, a tendência é sempre baixar na marcação, só que não foi nada disso que fizemos. Continuámos a pressionar bem o portador da bola e isso foi essencial para o jogo".

Não só pelo golo mas também pelo trabalho que desenvolveu na quadra da Arena Almaty, Merlim acabou por ser eleito o Homem do Jogo, prémio que recebeu das mãos do seleccionador nacional português, Jorge Braz. "É gratificante. Todos os jogadores sonham com isso, só que o mais importante é a vitória do grupo. Sem os meus companheiros e sem a vitória não conseguia ter vencido esta distinção".

Alex Merlim, de 30 anos, referiu-se igualmente, em declarações exclusivas ao Jornal Sporting, ao facto de a equipa ter sabido aguentar a pressão do cinco para quatro no final do encontro. "Como o treinador Nuno Dias já havia dito, treinamos muito a situação de cinco para quatro e o grupo que esteve nos minutos finais fá-lo muito bem. Foram excepcionais. Isso dá-nos mais tranquilidade. Se não treinássemos essa situação poderia dar um pouco mais desespero nessas ocasiões. Por exemplo, na liga portuguesa, quando estamos a ganhar, estamos, também, sempre a defender e isso ajuda bastante".

O ala leonino finalizou com a abordagem ao derradeiro e decisivo encontro de domingo, frente aos espanhóis do Inter Movistar: "Acho que era a nossa 'obrigação' chegar à final, mas o grupo está de parabéns. Fizemos um jogo em que cada um de nós deu mais de 100 por cento. Não queremos ficar por aqui. Não é para ficar só feliz por termos chegado à final. O objectivo é ir em busca do título. Seria sempre uma final difícil, fosse contra quem fosse. São os quatro melhores clubes da Europa que aqui estão e não dá para escolher adversários. Vamos já trabalhar em cima do Inter Movistar e analisar tudo direitinho para dar tudo certo".

Foto César Santos

"Uma verdadeira equipa no sentido da palavra"

Por Jornal Sporting
28 Abr, 2017

Nuno Dias estava sereno na conferência de rescaldo da meia-final que carimbou a presença leonina na final e foi assim mesmo que não poupou elogios à sua equipa

Nuno Dias, treinador da equipa de futsal do Sporting CP, chegou tranquilo à sala de conferências da Arena Almaty. Não estava exultante, não sendo claramente o seu género, e a análise acabou por bater em quase todos os pontos que havia referido na antevisão do encontro.

“Foi um jogo equilibrado, mas a vitória é justa. Os nossos jogadores tiveram uma atitude extraordinária, até as melhores ocasiões foram do Sporting CP. Uma palavra para o Ugra que nos levou a um desgaste enorme. Foi a primeira coisa que disse aos jogadores: são uma verdadeira equipa no sentido da palavra. É um privilégio enorme fazer parte deste grupo. A chave esteve na qualidade, na solidariedade deles. Íamos ter as nossas hipóteses e teríamos que sofrer e unirmo-nos. Tínhamos que aproveitar as nossas hipóteses. A resposta que demos foi de união. É justo valorizar isso e dar os parabéns aos jogadores. Agora merecem descansar".

O técnico leonino não quis deixar de explicar em que detalhes, afinal, ficou decidida a partida. "Foi, por exemplo, o primeiro golo, no um contra um do Merlim, que conseguiu driblar o adversário directo. Depois, a forma como defensivamente bloqueámos o jogo de pivô. É preciso não esquecer que são três pivôs de renome mundial, com Leo e Caio Japa a fazerem um bom trabalho. E, no fim, a situação de cinco para quatro. Sofremos um golo que nem foi trabalhado pelo Ugra. De resto, foram seis minutos e meio de exímia marcação".

O treinador do Ugra, Kaká, teve igualmente uma leitura exemplar do desfecho do encontro. Apesar de ter referido que será difícil motivar os jogadores para a disputa de 3.º e 4.º lugares, fez questão de sublinhar que o Sporting CP como finalista da prova é mais do que justo: é merecido. “Pedimos, ao intervalo, para manter o jogo de pivô e arriscar mais nos dribles. Conseguimos alguma superioridade, mas foi muito pouco para aquilo que era exigido no ataque. Mérito da equipa do Sporting CP. Aliás, quero dar os parabéns à equipa que foi muito forte. Foi um vencedor justo. Perdemos com dignidade porque ganhou o mais forte”, rematou.

Foto César Santos

Final pelo pé do mago Merlim

Por Jornal Sporting
28 Abr, 2017

Leões seguros e senhores do jogo garantem lugar na final de domingo pelo título europeu com vitória sobre o campeão em título

Reza a lenda da monarquia britânica que o mago Merlim terá sido o guia do rei Artur para que este obtivesse a espada Excalibur que lhe permita ascender ao trono. Fantasias à parte, até porque a final da UEFA Futsal Cup é já uma realidade, o Sporting CP está apenas a um passo de se poder sagrar campeão europeu. A vitória frente ao Ugra, por 2-1, na primeira meia-final, que abriu a competição, assim o determinou.

O sonho tornou-se mais perto a partir do momento em que Alex Merlim desbloqueou, aos cinco minutos da segunda parte, o encaixe táctico que os leões vinham a aguentar frente aos russos do Gazprom Ugra, os detentores do título europeu, a base da selecção russa, duas vezes vice-campeã europeia e actuais vice-campeões mundiais da modalidade. Adversário bem mais potente fisicamente e, acima de tudo, com uma superioridade na altura, o que nas bolas altas fazia toda a diferença

Comecemos pelo início, como de resto deve ser. O encontro principiou de forma bastante nervosa de ambas as partes. De tal forma, que nos primeiros minutos houve algumas picardias, sobretudo entre Chishkala e Leo, com o russo nitidamente a tentar amarelar o brasileiro naturalizado cazaque, que ao entrar em campo na apresentação das equipas recebeu a maior ovação do dia. Ainda assim, foi o Sporting CP que foi criando as maiores ocasiões de perigo. Só o herói cazaque, à sua conta, somou uma mão cheia delas (2'; 3';, sendo a mais perigosa aos 13 minutos, com um remate à trave, na sequência de um pontapé de canto, o que reforça a importância das bolas paradas no sucesso da estratégia leonina).

Sem golos, do primeiro tempo pouco ou nada mais há a referir, a não ser o facto de ambas as equipas terem chegado ao limite das quatro faltas a três minutos do intervalo. Os respectivos time out foram pedidos – primeiro pelo Sporting CP, depois pelo Ugra, separados por 35 segundos –, para afinar as estratégias, mas apenas os russos deram conta do recado, com duas situações de aparente maior aflição para Marcão. Primeiro por Shayakhmetov, com o guardião leonino a desviar com o olhar; a segunda a agarrar com segurança o remate de Chishkala.

Foi na segunda parte que tudo aconteceu. Golos, emoção e sem qualquer traço de nervosismo, o Sporting CP, como Nuno Dias tinha afirmado na véspera, na conferência de imprensa de antevisão do encontro, soube sofrer quando assim tinha de acontecer e aproveitou ao máximo as oportunidades construídas. Aos 23 minutos, com Marcão mais adiantado na quadra, Cavinato falhou a emenda. Estava lançado o mote. Foi precisamente pela ala, desta feita pelo pé do mago Merlim, que os leões se adiantaram no marcador. Ultrapassou Chishkala no corredor esquerdo e bate Kupatadze, que até então tinha estado irrepreensível.

O Sporting CP, em vantagem, começou a arriscar mais, consciente do que tal significava. Aliás, se há motivo de orgulho nesta equipa é que, para além de nunca terem perdido a concentração no que havia para fazer – Marcênio, por exemplo, foi uma sombra do que poderia realmente render ao Ugra –, soube ser paciente e o chavão do colectivo ter estado acima das individualidades fez o sentido que realmente deve ter. E ser.

Diogo, que entrou no segundo tempo para uma exibição de luxo, foi o rosto desse risco calculado aliado a uma confiança de quem sabe o que fazer e quando o devia fazer. A 11 minutos do fim, carrega a bola pelo corredor direito desde a sua área, passando por três russos e ainda rematou com a bola a soprar uma aragem ao poste esquerdo da baliza de Kupatadze. Aliás, o mesmo Diogo acertou no poste dois minutos depois.

Dieguinho tornou o sonho da final ainda mais real ao marcar o 2-0, num lance algo confuso, já no chão, com um toque subtil mas suficiente para bater o guarda-redes russo. Naturalmente, Kaká, técnico do Ugra, pede desconto de tempo e entrar na quadra com Shayakhmetov como guarda-redes avançado. O jogo estava a 6'34'' do fim e o Sporting CP sabia que a partir desse momento começava o trabalho mais doloroso. O tal sofrimento que Nuno Dias havia referido. Aliás, o técnico leonino pareceu premonitório: o jogo terminou exactamente como havia dito que iria acabar, em cinco para quatro. Pormenor delicioso foi ouvir Deo gritar, para os companheiros que entravam de novo em jogo depois do time out: "Gente, confiança!"

O Sporting CP foi estoico na pressão, sério na abordagem à defesa, seguro na perseguição à bola e ao homem que a tinha e até o golo sofrido, a 1'49'' do final do encontro foi um mero tiro de sorte, traído por um pequeno toque em Caio Japa – um autêntico leão na defesa, como o capitão João Matos, que até do banco incentivava os companheiros –, que acabou por enganar Marcão. Nem sequere se pode considerar falha no sistema montado para aguentar o cinco para quatro final.

A cada defesa de Marcão, celebrada pelo próprio e por todos no banco de suplentes como se de um golo se tratasse, o cronómetro caía vertiginosamente.

Os festejos finais, justificados, foram a descompressão de 40 minutos onde a vida se concentrou na quadra da bonita, funcional, mas atrasada Arena Almaty – perdeu a rede de internet antes mesmo do jogo e não houve quem a recuperasse... e custou mais de 200 milhões de euros! O Sporting CP garantiu a presença na final da UEFA Futsal Cup pela segunda vez, novamente em Almaty, defrontando o Inter Movistar, que venceu o Kairat por 3-2.

Foto César Santos

Último ensaio antes da decisão para a final

Por Jornal Sporting
27 Abr, 2017

Derradeiro treino na Arena Almaty só foi aberto à imprensa por 15 minutos

O último treino da equipa de futsal do Sporting CP antes da meia-final da UEFA Futsal Cup decorreu na Arena Almaty ao final desta tarde. A sessão esteve aberta aos jornalistas apenas por 15 minutos, pelo que deu apenas para acompanhar o aquecimento. Nessa fase, Deo e Dieguinho, ambos em dúvida para o encontro de amanhã, frente aos russos do Gazprom Ugra, integraram os trabalhos.

O treino foi a seguir ao que o Ugra efectuou e os jogadores das duas equipas ainda se cruzaram na Arena, como de resto se pode comprovar pela imagem de Deo com o capitão de equipa dos russos, Aleksandr Kopeikin.

Este dia foi marcado, naturalmente, pelas conferências de imprensa dos técnicos e dos capitães de equipa. No entanto, o dia do Sporting já havia começado bem cedo, com uma sessão de treino matinal, embora novamente na Academia Kairat, uma vez que as equipas só têm direito a um treino por dia na quadra onde vão realizar-se os encontros da final-four.

Os leões fecham, assim, a véspera do arranque oficial da competição, com os primeiros dois jogos das meias-finais. O que havia a trabalhar para o sucesso da missão já foi feito. Agora, é esperar que a bola comece a rolar e que os leões, embalados pelo talento e pelo apoio da "família leonina" – como referiu o próprio João Matos na conferência –, consigam alcançar a tão esperada final, meio caminho para a Glória desejada.

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