Sporting CP empata em casa da AD Valongo a três golos

A equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal empatou, este domingo, a três golos em casa da AD Valongo, em partida da 19.ª jornada da fase regular do Campeonato Nacional da modalidade, num resultado penalizador para a equipa Leonina, que pecou na finalização para a desejada vitória, que seria o resultado mais justo dado o ascendente da formação orientada por Alejandro Domínguez.

João Almeida, com 19 minutos para jogar na primeira parte, marcou e deu vantagem à AD Valongo, e, com sete minutos e sete segundos para o intervalo, bisou e aumentou vantagem da AD Valongo para 2-0, num jogo em que a eficácia fazia muito a diferença, uma vez que os Leões criavam oportunidades e rematavam, mas sem encontrarem o caminho desejado para a baliza dos anfitriões.

Isso aconteceu até faltarem cinco minutos e 16 segundos para o intervalo, quando o Sporting CP reduziu por Facundo Bridge numa picadinha de excelente recorte técnico. Ainda antes do descanso, Matías Platero atirou ao poste. Ao intervalo, a AD Valongo estava na frente do marcador por 2-1.

No início do segundo tempo Zé Diogo defendeu um livre directo de João Almeida, e, logo a seguir, falta sobre Gonzalo Romero e livre directo para o Sporting CP, com o argentino a disparar ao lado da baliza. O Sporting CP estava balanceado à procura do empate, que chegou aos 31 minutos através de Rafael Bessa, que fez o empate. Nono golo no Campeonato para o avançado e 14.º da época, num desvio perto da baliza, quando o Sporting CP estava a jogar com mais um hoquista devido a um cartão azul mostrado a João Almeida.

A menos de 17 minutos do fim, um lance genial de Rafael Bessa resultou no 2-3, com o avançado a ganhar a frente do lance e em habilidade a marcar. Prémio merecido para o ascendente Leonino, traduzido em mais iniciativas atacantes do que as do adversário.

Mas, quase de seguida, e após um time out, Rafael Azevedo ganhou uma bola perto da área e voltou a estabelecer a igualdade no marcador, desta vez a três golos.

Com Rafael Bessa endiabrado, João Lima travou o avançado Leonino em lance para grande penalidade, mas o remate e recarga de Gonzalo Romero foram defendidos pelo guarda-redes da AD Valongo.

O jogo ficou frenético e a AD Valongo teve uma grande penalidade pouco depois, mas também não concretizou. Num jogo mais táctico e menos vertiginoso nos últimos dez minutos, Gonzalo Romero após iniciativa individual, acertou no ferro da baliza da AD Valongo e sobre o final, o Sporting CP teve nova situação de golo, mas sem que a bola levasse o destino desejado. Um empate injusto para o que o Sporting CP produziu na pista da AD Valongo.

Hóquei desloca-se este domingo a casa da AD Valongo

A AD Valongo é o adversário da equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal este domingo, na jornada 19 da fase regular do Campeonato Nacional, a partir das 18h00, numa pista tradicionalmente difícil e para cujos obstáculos a equipa Leonina está avisada, garantiu Alejandro Domínguez, em declarações aos meios de comunicação do Clube em antevisão à partida.

“A AD Valongo é uma equipa que, quando defronta os grandes, dá muita luta. A prova mais evidente é o triunfo que conseguiram frente ao SL Benfica. É uma pista muito complicada, muito difícil e o empate em casa frente ao FC Porto nos instantes finais, com tudo o que se passou, condicionou-nos muito. Condicionou-nos para efeitos de classificação e também porque temos o Ângelo [Girão] sancionado. O Zé [Diogo] fez um grande jogo na WSE Champions League e confiamos plenamente nele, porque é um guarda-redes que está muito preparado e não serve de desculpa. Temos de ir a Valongo para conseguir três pontos e vamos ter de dar a nossa melhor versão para consegui-los, tentar não perder o segundo lugar e continuar a pressionar ao máximo a UD Oliveirense para conseguirmos aquilo que queremos, que é o primeiro lugar na fase regular”, começou por dizer.

Alejandro Domínguez conhece bem as maiores dificuldades que a AD Valongo consegue criar e que esperam o Sporting CP: “Em Valongo, a receita é que a nossa defesa consiga parar as opções de remate de meia distância e de um contra um que têm. João Almeida, que esteve no Sporting CP, é uma referência de ataque deles e está a fazer uma super-temporada. Temos de fazer com que o nosso modelo defensivo seja muito, muito forte, como vem sendo habitualmente, mas ainda mais forte e conseguirmo-nos impor defensivamente. O resto vem, porque esta equipa tem recursos ofensivos, somos directos, somos verticais, temos golo, mas não podemos permitir. Essa é a chave para o jogo em Valongo”.

Técnico Leonino destaca passagem aos quartos-de-final da WSE Champions League

No final da partida, o treinador da equipa de hóquei em patins do Sporting CP, Alejandro Domínguez analisou o triunfo por 3-2 do Sporting CP frente ao Reus Deportiu e consequente passagem aos quartos-de-final da WSE Champions League.

“Era muito importante para nós ganhar hoje, convencer e conseguir a qualificação para os quartos-de-final. Não sei se conseguimos tudo, mas está claro que a qualificação e a vitória eram básicas. Voltar a jogar com a alegria e com a solidez e eficácia com que estávamos há pouco tempo atrás, vai chegar. Todas as equipas passam por momentos em que há alguma dúvida, algum resultado negativo pode gerar um sintoma de que vás para baixo. Reconheço que estamos a passar por um momento em que não estamos a jogar super-bem, fomos capazes de competir e de ganhar um jogo que era muito difícil. O Reus Deportiu reservou jogadores para a Taça do Rei, mas não vinham perder tempo, vinham para ganhar o jogo”, disse aos meios de comunicação do Clube.

Alejandro Domínguez felicitou Zé Diogo pela excelente exibição e explicou o segredo para a vitória Leonina.  “Dar os parabéns ao Zé Diogo porque não era um jogo fácil para ele, que não está habituado a jogar, demos-lhe a titularidade e fez um grande jogo. A chave do jogo de hoje foi adaptarmo-nos a uma equipa que tem muitos registos: defesa zona, defesa individual, tem uma série de registos tácticos e soubemos adaptar-nos bem. Só lamento que com o resultado em 3-0 não termos sido capazes de matar o jogo, por falta de pontaria, ou por o guarda-redes Nill ter estado extraordinário”.

Gonzalo Romero, que marcou o terceiro golo da equipa Leonina no triunfo frente ao Reus Deportiu, abordou o jogo, em declarações aos meios de comunicação do Clube: “O objectivo desde o início era passar de fase, atingimo-lo, era o que queríamos e vamos por mais. Vai ser difícil, mas queremos atingir mais um objectivo para estarmos na final-four da Champions”, falando em concreto do jogo frente ao Reus Deportiu: “Conseguimos dominar grande parte do jogo, perto do final está a acontecer sempre alguma coisa, temos de melhorar essa parte, mas foram 45 minutos em que dominámos e levamos isso para casa e agora é melhorar o que não se fez bem”.

Sobre o golo 200 de Leão ao peito, marcado na noite de quinta-feira, o jogador argentino referiu. “Muito feliz por ter chegado aos 200 golos, mas mais feliz porque atingimos o objetivo que era passar de fase, mais do que nada”.

Sporting CP venceu Reus Deportiu e apurou-se para os quartos-de-final da WSE Champions League

A equipa de hóquei em patins do Sporting CP apurou-se para os quartos-de-final da WSE Champions League, após vencer o Reus Deportiu por 3-2, na 6.ª e última jornada da fase de grupos da mais importante prova europeia de clubes da modalidade.

Com um cinco inicial constituído por Zé Diogo, Matías Platero, Henrique Magalhães, Ferran Font e Rafael Bessa, o Sporting CP cedo começou a ‘ameaçar’ a baliza de Nil Viña, guarda-redes da equipa espanhola, várias vezes colocado à prova pelos remates dos jogadores Leoninos.

Com 20’30 para jogar, os Leões chegaram à vantagem, após uma grande recuperação de bola de Rafael Bessa que combinou com Henrique Magalhães, antes de atirar certeiro para o 1-0 da equipa verde e branca.

Mais rápida e objectiva, a equipa de Alejandro Domínguez, empurrada pelo apoio dos Sportinguistas, dominava e tinha na baliza Zé Diogo muito atento, sempre que chamado a intervir. Teve uma excelente exibição o guarda-redes Leonino, sobretudo na segunda parte.

Com 8 minutos e 19 segundos para o intervalo, o Sporting CP fez o 2-0, num autogolo, após Viña defender a execução de um livre directo, por João Souto, com a bola a embater num jogador adversário e a dirigir-se para o fundo da baliza do Reus Deportiu. Mas como no hóquei em patins não há autogolos, o golo foi atribuído a João Souto.

A formação catalã teve a melhor oportunidade já dentro do último minuto, num remate ao poste de Arnau Canal, na meia distância, já depois de Rafael Bessa ter proporcionado uma grande defesa a Nil Viña, dos melhores da equipa espanhola. Ao intervalo, o Sporting CP estava na frente por 2-0.

No segundo tempo, uma grande defesa de Zé Diogo manteve a baliza Leonina fechada ‘a sete chaves’, com João Souto pouco depois a não conseguir emendar uma grande assistência de Ferran Font.

Com pouco mais de 15 minutos, o Sporting CP ficou perto da 10.ª falta (averbou a nona) e com uma falta assinalada a Ferran Font, a equipa espanhola teve um livre directo, que não foi concretizado.

Num jogo mais aberto no segundo tempo, a superioridade Leonina nunca esteve em causa e num contra-ataque com 11 minutos e 5 segundos para jogar, a equipa Leonina praticamente sentenciou o jogo com o 3-0, marcado num remate indefensável de Gonzalo Romero, que assim apontou o golo 200 com a camisola Leonina.

Nos últimos dez minutos e sem que nada o fizesse prever até então, o Sporting CP sofreu dois golos no espaço de cerca de um minuto e o resultado ficou relançado. Ferran Giménez marcou, com o Sporting CP a defender com menos um jogador (situação de ‘power-play’) e o mesmo Ferrant Giménez reduziu para a diferença mínima, numa grande penalidade a punir falta de Ferran Font, já depois de Zé Diogo ter detido um livre directo, apontado por Joan Salvat. Com pouco mais de quatro minutos, a diferença mínima (3-2) no marcador lançava o espectro de incerteza no marcador, mas o Sporting CP carimbou, com segurança na posse de bola, o acesso aos quartos-de-final, fase na qual a equipa orientada por Alejandro Domínguez CP vai defrontar o FC Barcelona, numa eliminatória a dois jogos.

Sporting CP: Zé Diogo [GR], Rafael Bessa, Ferran Font, Alessandro Verona, Matías Platero, João Souto, Facundo Bridge, Henrique Magalhães, Gonzalo Romero e Ângelo Girão [C] [GR].

Recepção ao Reus Deportiu em nova jornada europeia (quinta-feira, 19h30)

Na última jornada da fase de grupos da WSE Champions League, a equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal recebe, esta quinta-feira (19h30), a formação espanhola do Reus Deportiu, num jogo do grupo B em que os Leões garantem a passagem aos quartos-de-final em caso de triunfo. Um cenário ao alcance, mas que o treinador Leonino, Alejandro Domínguez, sabe que será dificultado ao máximo pelo adversário.

“Trabalhei 15 anos no Reus Deportiu, é um clube histórico, não virá aqui de passeio, longe disso. Vêm aqui para ganhar. No ano passado, devido a um resultado nosso, o Reus Deportiu ficou fora da final-eight da Liga dos Campeões e virão aqui com a ‘faca nos dentes’ para nos ganhar e é um rival que está actualmente no seu melhor momento da temporada. Tentei transmitir à equipa e aos jogadores que será assim amanhã e que vai exigir a nossa melhor versão. Por exemplo no último jogo aqui, numa boa parte do jogo demos uma boa versão da equipa e acabámos por obter um resultado muito pouco positivo, por circunstâncias várias, mas a realidade é essa”, referiu, na antevisão, aos meios de comunicação do Clube.

De seguida, o técnico apontou a receita para vencer a equipa catalã. “A mensagem para mim, para a equipa e para os nossos adeptos é de máxima atenção, máxima predisposição e máxima motivação. É a principal competição europeia e para nos classificarmos para os quartos-de-final temos de ganhar. Não temos de esperar nada do outro lado, temos de fazer o nosso trabalho e o nosso trabalho é ganhar ao Reus Deportíu aqui, em casa. Temos de estar a cem por cento. Ontem vim ver o jogo de andebol e foi espectacular, fiquei com ‘pele de galinha’, sei que é muito difícil que se repita uma coisa assim no Pavilhão João Rocha, mas desejo-o. Oxalá, porque com um ambiente assim entraríamos com uma clara vantagem”, apelou aos Sportinguistas.        

Alejandro Domínguez elencou também os pontos mais fortes do adversário e que o Sporting CP terá de contrariar ao máximo. “O Reus Deportíu é uma equipa que está muito bem trabalhada tacticamente e a principal qualidade é o um contra um. Têm uma equipa tremendamente ofensiva, muito ofensiva, a diversão está garantida, é uma equipa que nunca ‘especula’ e vai ser muito importante que o nosso modelo defensivo os impeça de chegar à baliza com a fluidez com que o fazem habitualmente. Nos últimos dois jogos empataram com o CP Calafell e ganharam 7-1 ao Igualada HC em casa a desenvolverem um hóquei tremendo. Por isso, digo que serão chaves o modelo defensivo e defesa de um contra um fortíssima, porque essa é a melhor qualidade deles”, atentou, antes de recordar o triunfo Leonino na Catalunha (2-5), no jogo da primeira volta.

“Em Reus encontrámos um rival muito hostil, com um nível de agressividade muito, muito alto e fizemos uma coisa que é algo que trabalho o tempo todo desde que estou aqui, mas que não conseguimos sempre implementar: o Reus impôs-nos um exercício de controlarmos sempre as emoções, de sermos maduros na gestão do jogo, de estarmos totalmente focados nos 50 minutos de jogo. Aquele dia foi extraordinário, oxalá possamos dar continuidade a isso, porque estaríamos um passo mais à frente”, atirou, por fim.     

Técnico destacou o ambiente "espectacular" no Pavilhão João Rocha

Terminado o clássico frente ao FC Porto (3-3), Alejandro Domínguez, treinador dos Leões do hóquei em patins, esteve em conferência de imprensa para fazer o rescaldo de um encontro em que a vitória do Sporting CP escapou nos últimos dois minutos.

"Até chegar à vantagem de dois golos, acho que fizemos um jogo de muito encaixe. O FC Porto teve algumas ocasiões em ataque posicional, mas poucas, e nós também não fomos uma equipa que gerou muito hóquei ofensivo. Resumidamente, hoje o jogo foi eminentemente defensivo e as duas equipas anularam-se uma à outra", começou por considerar na sala de imprensa do Pavilhão João Rocha.

"Com o 3-1 e condicionados pelas [nove] faltas, acho que fizemos uma gestão muito boa até que chegou a última falta. Depois, não há muito para comentar. Pessoalmente, estou contente com o rendimento e a atitude da equipa, com o jogo apresentando também, porque jogámos frente a uma grande equipa", destacou, embora tenha sentido que os Leões puderam ter garantido o triunfo em casa.

"Criámos boas ocasiões nas duas ou três boas oportunidades que tivemos depois do 3-1 para 'matar' o jogo. Faltou-nos pontaria para aproveitar esse momento-chave do jogo", disse, mas sem deixar de realçar o "jogo muito encaixado" que se viveu num Pavilhão João Rocha que foi "espectacular", nas palavras de Alejandro Domínguez. "Os adeptos ajudaram-nos muito", acrescenteu e agradeceu.

Depois, embora não tenha escondido que "dói" perder pontos assim, sobretudo para continuar por perto na perseguição à UD Oliveirense, o técnico verde e branco garantiu que o empate "não vai afectar a moral da equipa", sublinhou, assegurando que orienta um "grande grupo, com muito carácter" e que "não vai cair ao chão", concluiu.

Vitória dos Leões escapou nos últimos dois minutos (3-3)

A equipa principal de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal recebeu o FC Porto e empatou 3-3, este sábado à tarde, no jogo que inaugurou a 18.ª jornada da fase regular do Campeonato Nacional.

Depois de uma primeira parte muito fechada, apenas entreaberta pela arte e frieza de João Souto na bola parada, o reatamento trouxe o empate azul e branco seguido de uma reacção muito forte Leonina, que só não chegou para vencer - golos Rafa Bessa e Ferran Font num curto intervalo de tempo - porque nos últimos (e atribulados) dois minutos o 3-1 acabou por transformar-se em empate com muitas faltas e cartões à mistura.

Assim, o ‘braço de ferro’ entre Leões e dragões para continuar na perseguição de perto ao líder, a UD Oliveirense, deixou tudo na mesma entre os dois emblemas – um ponto de distância entre os, agora, 44 do Sporting CP e os 43 do FC Porto -, enquanto a UD Oliveirense pode reforçar a sua liderança, fixada nos 46 pontos e ainda com o seu jogo desta jornada por disputar.

A um Pavilhão João Rocha que se tornaria efervescente ao longo do jogo, o FC Porto chegava depois de ter perdido, na Argentina, a final da Taça Intercontinental frente ao FC Barcelona, que significou ainda um ponto final na melhor série de vitórias (dez seguidas) da equipa de Ricardo Ares. Já do lado verde e branco, em busca de regressar aos triunfos no campeonato, Alejandro Domínguez optou por lançar Ângelo Girão, ⁠Gonzalo Romero, Matias Platero, ⁠Ferran Font e ⁠Toni Pérez no ‘cinco’ que iniciou o clássico – Alessandro Verona ficou fora das opções para o jogo.

Os primeiros instantes da partida foram bastante mornos, com Hélder Nunes e Gonçalo Alves a ensaiarem as primeiras ameaças à baliza Leonina, seguindo-se as respostas – potentes – de ‘Nolito’ Romero e Ferran Font para defesas apertadas de Xavi Malián.

Depois, o Sporting CP foi assumindo posses mais longas, mas o jogo e as oportunidades continuaram repartidas: Carlo Di Benedetto acertou no ferro e Rafa Bessa, por duas vezes, também ficou muito perto de marcar.

Ainda assim, nada parecia capaz de desfazer o ‘nó’ em pista e no marcador num clássico que se manteve fechado, apesar do controlo Leonino ter aumentado na recta final da primeira parte, tal como o apoio vindo das bancadas bem compostas do Pavilhão João Rocha.

No entanto, o nulo não duraria até ao intervalo, graças à arte e frieza de João Souto na finalização. Depois de os dragões terem voltado a atirar ao poste da baliza de Girão, Hélder Nunes viu o cartão azul a pouco mais de um minuto para a buzina e o avançado dos Leões, chamado a cobrar o livre, não desiludiu: depois de partir para cima de Malián, ‘picou’ a bola e finalizou com muita classe para a primeira grande explosão de alegria dentro e fora da pista.

Logo a seguir, porém, o capitão e guardião Girão teve de se aplicar nos últimos instantes para brilhar com duas enormes defesas e, assim, levar a vantagem mínima intacta para a segunda parte, mas por pouco tempo.

Foi ‘a todo o gás’ que se deu o reatamento do clássico, abrindo praticamente com o golo do empate do FC Porto, apontado por Di Benedetto através de uma stickada violenta em zona frontal.

Já na resposta verde e branca, o golo só não chegou porque Platero, no coração da área, não conseguiu o desvio certeiro que, primeiro, o passe de Font e, depois, de Toni Pérez pediam. Gonzalo Romero, de longe, também ameaçou e, mais tarde, só Xavi Malián serviu de obstáculo aos Leões, por três vezes consecutivas, adiando um já merecido segundo golo do Sporting CP. Tardou, mas chegaria e em dose dupla num intervalo de apenas dois minutos.

Com os Leões de Alejandro Domínguez a dominar e a carregar sobre a área adversária, embalados também pelo ininterrupto apoio nas bancadas, cheirava a golo no Pavilhão João Rocha, e assim foi. Aos 38 minutos, Rafa Bessa entrou de rompante na área e finalizou rasteiro para devolver a liderança do marcador ao Sporting CP e, a seguir, Ferran Font assinou o 3-1 na cara de Malián, após assistência primorosa de Romero a todo o comprimento da pista.

Uma vantagem merecida para espelhar uma segunda parte com maior ascendente verde e branco – e o 4-1 só não chegou também de seguida porque Souto não conseguiu converter a décima falta azul e branca.

A seguir, num período em que Girão e Edu Lamas viram o cartão azul, Zé Diogo entrou para deixar a sua marca e tirou um golo certo aos dragões com uma verdadeira ‘estirada’. Depois, recém-entrado, Girão não ficou atrás e limpou uma bola em cima da linha que também levava selo de golo numa recta final em que o FC Porto procurava um último esforço. E a incerteza voltaria para ficar até ao fim do clássico.

A dois minutos do fim, Di Benedetto voltou a encontrar o fundo das redes e reduziu a desvantagem visitante, deixando tudo em aberto para aquilo que seria uma montanha-russa - com muita turbulência - de emoções fortes até à última buzina. Romero ainda teve no stick uma oportunidade de bola parada, fruto de um cartão azul a Telmo Pinto, mas não teve sucesso e tudo se precipitou a partir daí.

O Sporting CP cometeu a décima falta pouco depois, em cuja cobrança Girão voltou a ver um azul e ainda o vermelho – por adiantar-se e, depois, por protestos – e Gonçalo Alves sentenciou o 3-3 já com Zé Diogo na baliza. Os derradeiros instantes disputaram-se com três jogadores de pista de cada lado até ao fim e Ferran Font ainda teve a última oportunidade do clássico, mas nada mudaria.

Leões (segundo lugar) e dragões (terceiro) seguem separados por um ponto na tabela classificativa e podem ver a UD Oliveirense fugir na liderança desta fase regular.

Para o Sporting CP segue-se a recepção ao Reus Deportiu para encerrar a fase de grupos da WSE Champions League.

Sporting CP: Rafael Bessa, Ferran Font, Matias Platero, João Souto, Toni Pérez, Ângelo Girão [GR] [C], Facundo Bridge, Henrique Magalhães, Zé Diogo [GR], Gonzalo Romero.

Sporting CP recebe FC Porto, sábado, às 15h00, na jornada 18 do Campeonato Nacional

A equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal recebe este sábado o FC Porto para a jornada 18 do Campeonato Nacional, num jogo de grande importância nas aspirações de os Leões terminarem a fase regular no primeiro lugar. É com este pensamento que o técnico Alejandro Domínguez olha para o clássico frente aos azuis e brancos. 

“Esperamos e planeámos este jogo como uma autêntica final, porque está em jogo o primeiro lugar da fase regular, é um jogo decisivo para o conseguir, por isso, a equipa está completamente focada. Sabemos da dificuldade deste FC Porto, que ao longo da época tem vindo a evoluir e por isso está onde está, mas acho que se estivermos na nossa melhor versão e o Pavilhão João Rocha com os nossos adeptos, como tem sido sempre, é uma boa combinação para conseguir a vitória”, referiu na antevisão ao jogo, em declarações aos meios de comunicação do Clube.  

Na primeira volta, o resultado não foi favorável ao Sporting CP e Alejandro Domínguez tem bem claro o que terá de ser diferente. “A diferença que tem de existir entre o jogo que tivemos no Dragão e aqui no João Rocha é a capacidade de ganhar os duelos individuais. Lá, nós por uma questão de entrega ou por outras razões, perdemos muitos duelos individuais e isso causou dano, ainda que tentássemos competir, mas isso condenou-nos. Isso tem de mudar e estaremos agora no cenário ideal para que seja diferente. Estaremos na nossa casa e temos de ser fortes aqui para o que falta na fase regular e para tudo o que falta em todas as competições. A nossa casa tem de ser uma grande fortaleza”.  

Sporting CP e FC Porto são os dois ataques mais concretizadores do campeonato [ambas as equipas com 88 golos] o que faz antever um jogo virado para a baliza adversária e para os golos. “O desporto tem uma parte subjectiva e uma parte objectiva. Na parte objectiva, mostra-se que somos duas equipas com vontade de atacar, eles estão a ser um pouco melhores em golos sofridos, mas o importante aqui é que somos duas equipas com uma clara ambição ofensiva e isso tem de jogar a nosso favor”. 

Alejandro Domínguez deixou ainda uma mensagem a apelar para a importância da presença dos adeptos Leoninos em força nas bancadas do Pavilhão João Rocha. “Conheço muitos Sportinguistas e que vivem o Sporting CP com paixão e só quero dizer-lhes que é jogo ultra, ultra vital para nós e para tentar conseguir no final desta época, a 30 de Junho, o que todos desejamos: o campeonato nacional. Quantos mais formos aqui, no sábado, mais perto estamos de o conseguir”.

Reacção do técnico ao triunfo sobre a AD Sanjoanense

No final do triunfo em casa da AD Sanjoanense (1-3), que permitiu garantir a passagem aos quartos-de-final da Taça de Portugal de hóquei em patins, o treinador Leonino Alejandro Domínguez expressou a sua satisfação pelo resultado e pela exibição da equipa, que segue assim em frente na prova e regressa às vitórias depois de dois desaires consecutivos com o SL Benfica.

“O mais importante hoje era não só passar a eliminatória, porque se queres seguir vivo na competição tens obrigação de ganhar nestas pistas, mas também recuperar as boas sensações da equipa a jogar. Ou seja, que a equipa sentisse que estava a fazer as coisas bem, algo não era fácil porque o rival era complexo e porque o ambiente que vivemos aqui foi tremendo. A palavra é mesmo essa”, começou por dizer ao Jornal Sporting, prosseguindo depois com a sua análise.

“O público foi muito respeitoso, mas apoiou o jogo inteiro sem parar, praticamente não consegui comunicar com os jogadores devido ao ruído no pavilhão. O apoio à equipa local foi tremendo, mas fico contente porque em muitas fases do jogo tivemos boas sensações a jogar”, sublinhou.

Alejandro Domínguez olhou depois para o que aí vem agora, as recepções ao FC Porto, para o Campeonato Nacional, e ao Reus Deportiu, para a WSE Champions League, nas quais espera já poder contar com Ferran Font e Rafael Bessa, que ainda não estiveram disponíveis neste duelo: “Espero poder recuperá-los para encararmos da melhor forma estes dois jogos, que serão vitais”.

Leões vencem AD Sanjoanense e seguem em frente na prova (1-3)

A equipa de hóquei em patins do Sporting CP garantiu a passagem aos quartos-de-final da Taça de Portugal, este sábado, ao derrotar a AD Sanjoanense por 1-3 em jogo dos oitavos-de-final.

Disputado no Pavilhão dos Desportos, em São João da Madeira, casa do líder da zona norte da II Divisão, o encontro não foi fácil para os Leões, que tiveram de se aplicar para superar um rival aguerrido e que discutiu sempre o resultado até ao fim, além do ambiente adverso nas bancadas.

A equipa de Alejandro Domínguez colocou-se em vantagem aos 13 minutos, por Alessandro Verona, aumentando depois para 0-2 através de Henrique Magalhães, desta vez aos 15 minutos. Ainda antes do tempo de intervalo, o inglês Alexander Mount reduziu para a turma da casa: 1-2.

Na segunda metade, João Souto não conseguiu concretizar um livre directo e acabou depois por ver o cartão azul, só que a AD Sanjoanense também não fez melhor, com Ângelo Girão a impedir o empate com duas intervenções consecutivas. Já aos 38 minutos, João Souto redimiu-se ao fixar o resultado em 1-3, sendo que até final Ângelo Girão voltou a defender mais um livre directo.

Os Leões garantiram assim o passaporte para os quartos-de-final da Taça de Portugal, onde vão ter pela frente o vencedor da eliminatória entre HC Turquel e UD Oliveirense. Segue-se agora o regresso ao Campeonato Nacional, no próximo sábado, dia 24, com uma recepção ao FC Porto.

Sporting CP: Ângelo Girão [GR] [C], Matías Platero, João Souto, Facundo Bridge e Gonzalo Romero; Zé Diogo [GR], Rodrigo Costa, Alessandro Verona, Toni Pérez e Henrique Magalhães.