Presidente do Comité Olímpico destaca feito alcançado pela saltadora leonina, mas arrasa a nível global o desempenho dos atletas nacionais

Portugal terminou os Jogos no Rio de Janeiro com uma medalha de bronze (Telma Monteiro em - 57 kg), 10 diplomas olímpicos (classificações do quarto ao oitavo lugares) e 15 resultados entre os 16 primeiros lugares, num desempenho que resultou em 41 pontos obtidos.

Na chegada a Lisboa, o presidente do Comité Olímpico, José Manuel Constantino, assegura que Portugal tem talento suficiente para ser mais competitivo do que é neste momento, e ressalva o exemplo da atleta leonina que terminou em sexto lugar na prova do triplo salto. “Teve um empenho muito bom e há condições para a Patrícia Mamona ter resultados ainda melhores”.

O presidente do Comité Olímpico já não foi brando em palavras na avaliação global competitiva da comitiva portuguesa. “No plano social/institucional a nossa prestação nos Jogos foi excepcional, a nível desportivo, apesar de alguns resultados muito bons, ficámos aquém das expectativas. Tínhamos duas posições de pódio, ficamos apenas com uma, tínhamos definido 12 posições até ao 8.ºlugar e tivemos 10, tínhamos definido 12 posições até ao 12.º lugar tivemos 18.  Ou seja apenas um dos três objectivos foi cumprido”.

José Manuel Constantino diz que faltou competência. “Porque é que ficamos aquém das expectativas? Por motivos de natureza técnica. Mas quem deve ser responsabilizado sou eu porque sou o presidente do Comité Olímpico, porém não consigo  explicar os resultados da nossa missão através de uma argumentação baseada em condições de financiamento. Foram os mesmos apoios que já permitiram que os mesmos atletas fossem campeões da Europa e do Mundo. Sei que há muito a mudar no país mas isso não explica resultado algum nestes Jogos. Não podemos refugiar-nos em questões de natureza política ou logística para explicar que atletas de elevado valor tenham ficado aquém das suas expectativas, porque anteriormente eles já tinham feito grandes resultados”.

Constantino não se esqueceu ainda de falar sobre o K2 200, um bronze que escapou a Emanuel Silva e João Ribeiro por apenas 29 centésimos de segundo! “Desalentado porque são pequenas diferenças que fazem a grande diferença, entre ficar na posição em que se terminou ou ter terminado no pódio”.

Rosa Mota falou sobre o abandono de Jéssica Augusto e Sara Moreira na prova da maratona

Rosa Mota, vice-presidente do Comité Olímpico Português, fez um balanço positivo da prestação nacional no Rio de Janeiro, mas reconhece que houve provas fracas.

«Os atletas fizeram o melhor que puderam. Claro que a medalha da Telma merecia companhia de outros atletas. E também tivemos provas fracas, também temos que reconhecer isso, não vamos dizer que foi tudo bom. Mas o balanço é positivo», disse a campeã olímpica, no aeroporto Humberto Delgado, à chegada da comitiva portuguesa.

Rosa Mota falou ainda das desistências das atletas leoninas Sara Moreira e Jéssica Augusto na prova da maratona. «Não há nenhum atleta que esteja numa prova que goste de desistir. Quando desiste é porque não tem mesmo condições para continuar. A desistência marca muito um atleta. Elas agora têm que encontrar o melhor caminho para lidar com o que aconteceu».

A vice presidente do Comité Olímpico destacou ainda o bom ambiente vivido no Brasil. «Estávamos em casa. Tivemos o povo brasileiro a aplaudir o nome dos atletas. Fomos muito acarinhados no Rio De Janeiro».

Apesar da tristeza de não ter chegado à final B, Francisca Laia adorou competir no Rio-2016

Francisca Laia aterrou esta quarta-feira no aeroporto Humberto Delgado: uma bagagem que traz alguma tristeza, mas o Rio de Janeiro foi, indubitavelmente, um sonho tornado realidade.

“O objectivo era ganhar a experiência que ainda não tenho a nível sénior. O 16.º lugar? Queria um bocadinho mais, mas há dias assim: uns correm bem, outros nem tanto. Foi uma semana incrível: realizei um sonho, conheci pessoas maravilhosas”, sublinhou a atleta leonina que agora vai dividir os pratos da balança entre a competição e a Medicina.

“No primeiro semestre vou de Erasmus para Palermo para continuar o meu curso, mas vou continuar a treinar. Para o ano é o meu último ano de sub-23, quero ir aos mundiais da categoria e estar ao mais alto nível”, sublinhou Francisca Laia que já espreita a janela para os Jogos Olímpicos de 2020.

“Tóquio está distante mas nós sonhamos muito, e por isso o meu desejo quando lá chegar passa por estar numa final. Depois tudo é possível...”, rematou.

Cátia Azevedo chegou esta quarta-feira do Rio de Janeiro, mas já olha para os Jogos de 2020 com um enorme sorriso de ambição

O aeroporto Humberto Delgado recebeu hoje alguns atletas leoninos que participaram nos Jogos Olímpicos.  Uma das quais foi Cátia Azevedo que fez um balanço extremamente positivo: “A minha competição mais calma. Estive supertranquila antes e durante a competição. Adorei o convívio”.

A atleta portuguesa falhou o apuramento para as meias-finais dos 400 metros, ao cumprir as eliminatórias em 52,38 segundos. Cátia Azevedo, que ficou a 75 centésimos de segundo do seu recorde nacional (51,63 segundos), sai do Brasil com altas expectativas para os Jogos de 2020. “Em Tóquio quero brilhar ainda mais, não ficar tão transparente e dar o ar da minha graça na pista”.

 Quem também parte com níveis de confiança elevados para Terras do Sol Nascente é Vera Barbosa, que destacou o espírito ‘on fire’ da comitiva nacional no Rio de Janeiro. “É possível pedir mais em Tóquio porque há mais experiência e mais bagagem”, referiu a atleta leonina que correu na quinta eliminatória e não foi além do sexto lugar, falhando o apuramento para as meias-finais dos 400 metros barreiras.

Atleta leonino competiu ao lado de Fernando Pimenta, João Ribeiro e Daniel Fernandes

Portugal falhou este sábado o assalto às medalhas na última final da canoagem olímpica.  O K4 constituído pelo atleta leonino Emanuel Silva, João Ribeiro, Fernando Pimenta e David Fernandes foi sexto classificado na prova decisiva dos 1000m e fechou a participação lusa na modalidade, no Rio de Janeiro.

A medalha de ouro foi para a Alemanha, com a Eslováquia e a República Checa a conseguirem prata e bronze, respetivamente.

Equipa de canoístas portugueses garante lugar na final qualificando-se em 1.ª nas meias-finais

O canoísta leonino Emanuel Silva garantiu a presença na final de K4 1000 metros com a equipa portuguesa ao terminar no 1.º lugar das meias-finais da competição, menos de uma hora depois de terem assegurado a qualificação para as meias-finais.

A equipa nacional dominou toda a prova, com a formação australiana sempre em despique de proas das embarcações, apesar de Portugal ter passado a marca dos primeiros 250 metros de prova com um ligeiro atraso de 0,14 segundos. Assim, Emanuel Silva, Fernando Pimenta, João Ribeiro e David Fernandes, têm amanhã (sábado), pelas 14h12, a oportunidade de lutar por uma medalha, com a forte concorrência dos alemães, checos, australianos e sérvios, estes dois últimos tendo competido com os portugueses na meia-final.

Canoísta leonino passa eliminatórias em clara gestão para meia-final

Portugal apurou-se há poucos instantes para as meias-finais da prova de k4 1000 metros, com a equipa formada por Emanuel Silva, Fernando Pimenta, João Ribeiro e David Fernandes. Em ritmo mais controlado, já que as semi-finais serão disputadas daqui a menos de uma hora.

Com o tempo de 3.01:49 minutos, a equipa nacional seguiu quase toda a prova em 5.º lugar, com os alemães a marcarem uma média de pagaiada fortíssima (ficaram a escassos segundos do próprio recorde olímpico), ultrapassando os franceses já depois da passagem para os últimos 250 metros, terminando assim na 4.ª posição da 1.ª eliminatória e com o oitavo melhor tempo do conjunto de participações.

Além do marchador português, Emanuel Silva também compete esta sexta-feira

No antepenúltimo dia de Jogos Olímpicos há dois atletas leoninos em acção no Rio de Janeiro:

- João Vieira na prova 50km marcha – (Final: 12h00)

- Emanuel Silva na prova k4 1000m – (Eliminatórias: 13h51 / Meia-final: 14h51)

Emanuel Silva acabou a prova de K2 1000m com um misto de sensações, mas já está a apontar baterias para o K4 1000m

Emanuel Silva esteve, esta quinta-feira, muito próximo de conseguir a sua segunda medalha olímpica, depois da prata conquistada em Londres. O atleta leonino, que fez parelha com João Ribeiro na prova de K2 1000 metros, esteve em terceiro lugar durante a primeira metade da prova e chegou mesmo a estar na segunda posição à entrada para o últimos 250 metros, acabando por não resistir na ponta final.

"O quarto lugar? É o primeiro lugar dos últimos, infelizmente. Só depois de cortar a meta, quando olho para o meu lado esquerdo, onde estavam os candidatos, é que reparei que tínhamos sido ultrapassados pelos australianos. Nós, durante a prova, sabíamos que vínhamos nos lugares da frente, eu estava a ter essa noção, tive de acreditar. O João tinha ordens para não olhar para o lado, tinha de seguir o meu ritmo e a minha estratégia. Foi quase perfeito, porque perfeito teria sido uma medalha. É frustrante", afirmou Emanuel Silva que frisou que por 28 centésimos se ganha, por 28 centésimos se perde, aludindo à diferença a que a embarcação nacional ficou do bronze da Austrália.

"Não vou dizer que estou triste, estou contente, um bocado frustrado. É uma mistura de sensações e emoções. Agora é descansar, amanhã nasce um novo dia, novas oportunidades. Temos o K4, vamos descansar, vamo-nos juntar ao Fernando e ao David e vamos procurar um melhor resultado", prometeu.

Fernando Pimenta que depois de ser quinto no K1 1.000 metros sublinhou que estaria ainda mais furioso no K4, ao que Emanuel Silva respondeu: "Ainda bem".

"Em todos os barcos que entro estou sempre com raiva, furioso, é esse o meu instinto animalesco que está em cada pagaiada que dou, porque eu nunca fico satisfeito com os resultados. Já tenho 31 anos e não estou cansado disto, cada vez me dá mais prazer representar o meu país, os portugueses. É o meu maior orgulho. Por isso cada tripulação que faço vou com tudo, vou com a minha experiência, aproveito a motivação dos meus parceiros para fazer o barco andar mais rápido possível", rematou.

Atleta leonino terminou a prova de K2 1000m em 4.º lugar

Os canoístas Emanuel Silva e João Ribeiro terminaram em quarto lugar a prova de K2 1000 metros nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

A dupla portuguesa cruzou os 750 metros na segunda posição, mas na ponta final acabaram por ser ultrapassados pelos sérvios Tomicevic e Zoric, que conquistaram a prata.

O título olímpico foi para os alemães Max Rendschmidt e Marcus Gross, com o tempo de 3,10.781 minutos, batendo os sérvios (3.10,969) e os australianos Wallace e Tame (3,12.593). Emanuel Silva e João Ribeiro ficaram a 296 milésimos do pódio.