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Opinião

Sporting Clube da Europa

Por Pedro Almeida Cabral
21 Nov, 2019

Mesmo lesionado, João Martinho alcançou duas difíceis vitórias nos quartos-de-final e na final

Eis a Glória. Quando se é bicampeão europeu masculino de clubes em judo, renovando o título conquistado no ano passado, é assim que a crónica tem que começar. Porque já se sabe que para chegar à glória teve de haver esforço, dedicação e devoção. É o trigésimo sétimo título europeu do Sporting Clube de Portugal. Dito assim, por extenso, para avaliar do grau de grandeza do nosso Clube. Do futebol ao atletismo, passando pelo futsal, hóquei em patins, andebol, judo e goalball, são estas as modalidades onde chegámos ao cume europeu. Raros são os clubes em todo o mundo que alcançam a glória continental tantas vezes e em tantos desportos.

Este bicampeonato de judo tem muito que contar. Para começar, foi somente a segunda edição em versão Liga dos Campeões. O que quer dizer que o Sporting Clube de Portugal conquistou até agora todas as edições neste formato mais competitivo. Depois, este triunfo foi conquistado em Odivelas, perante os nossos Sócios e Adeptos, comprovando que a opção de organizar fases finais de campeonatos europeus nos empurra para a vitória. Para a história ficam os nomes dos nossos atletas campeões europeus: Kherlen Ganbold, João Fernando, João Martinho, Nikoloz Sherazadishvili, Jorge Fonseca, David Reis e Frank de Wit.

Se todas as conquistas têm um herói, talvez o herói desta seja João Martinho. Não só por ser um atleta da formação do Clube, como por se ter lesionado, abrindo o sobrolho direito no aquecimento do primeiro dia da competição, sem que isso o tenha impedido de competir. E foi assim que entrou no tatami, com uma improvisada ligadura. Mesmo lesionado, João Martinho alcançou duas difíceis vitórias nos quartos-de-final e na final, frente a Denis Kalinin, atleta medalhado, pontuando um waza-ari no ponto de ouro. Foi este ponto que abriu caminho para Nikoloz Sherazadishvili fechar a competição, com a vitória que valeu a Liga dos Campeões pelo segundo ano consecutivo.

Glória também para o treinador Pedro Soares, que persegue títulos no judo como ninguém. E, sobretudo, por que me recordo bem das suas palavras de há uns anos, quando ganhámos o terceiro bronze na competição que antes havia, a Golden League: não há limites para um Clube como o Sporting Clube de Portugal. Não há. Não pode haver. Nunca haverá.

FAZER MAIS

Por Rahim Ahamad
14 Nov, 2019

O investimento na formação é uma das principais apostas deste mandato e que, certamente, permitirá obter ganhos desportivos e financeiros muito para além desta Direcção

1500 Sportinguistas disseram presente na passada sexta-feira no 39.º Jantar-convívio “Rugidos de Leão”, um dos maiores eventos de Sportinguismo do país. Posso até dizer que é um dos maiores eventos promovidos por Sócios e Adeptos de um clube que se realiza em Portugal. E é nosso, do Sporting Clube de Portugal!

O anfitrião Bernardes Dinis demonstrou o quanto o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL está agradecido por tudo o que este fundador e conservador do Museu do Sporting de Leiria tem feito pelo nosso Clube.

O orgulho Verde e Branco foi o tom desta reunião da família Sportinguista com a promessa que Bernardes Dinis continuará, como sempre, e com tremendo Esforço e Dedicação à nossa causa, a FAZER MAIS “Rugidos de Leão” enaltecendo a Devoção e a Glória das nossas equipas e dos nossos atletas.

PARABÉNS e OBRIGADO por tudo caro e ilustre consócio Bernardes Dinis! 

O discurso do presidente Frederico Varandas, neste evento, sublinhou o muito que já foi realizado pela sua Direcção desde Setembro de 2018, mas com a convicção que ainda falta FAZER MAIS.

De facto, em muito pouco tempo, o SPORTING CP conseguiu recuperar dos problemas graves de tesouraria, concretizar o empréstimo obrigacionista que a anterior Direcção não conseguiu pagar, investir na Academia, blindar mais de 40 talentos da nossa formação, obter recorde de receitas na área comercial, fazer retornar a equipa B, ter o basquetebol de volta, entre muitas outras situações das quais destaco, em particular, duas medidas que serão estruturantes para o nosso Clube: a implementação do voto electrónico remoto, dando o poder a TODOS os Sócios de decidir e não apenas uma minoria de Lisboa e renegociar a restruturação financeira que permitirá que o Clube passe a deter perto de 90% do capital da SAD.

Foi tudo isto em tão pouco tempo. E só foi possível porque muitos Sócios e Adeptos não se cansam de dar força a este rumo, incentivando para que o bom trabalho continue. 

Mas sabemos que temos de FAZER MAIS, especialmente no futebol. De facto, a nossa história não nos ajuda: nos últimos 35 anos apenas vencemos por duas vezes o campeonato nacional. Obviamente que não se trata de baixar as expectativas, mas sim de realismo e de pragmatismo. Esta Direcção sabe perfeitamente qual o caminho que deve percorrer para que tenhamos um futuro de sucesso desportivo.

O investimento na formação de forma a recuperarmos o nosso ADN e sermos a melhor formação de Portugal e uma das melhores da Europa é uma das principais apostas deste mandato e que, certamente, permitirá obter ganhos desportivos e financeiros muito para além desta Direcção.

Quem quer que venha a seguir, terá sempre condições para FAZER MAIS, porque receberá um Clube em muito melhores condições do que esta Direcção recebeu. 

P.S. – infelizmente, e num momento que o Clube precisa de ESTABILIDADE, continuamos a ter ruído gerado pelos mesmos de sempre que tudo fazem, tudo dizem, tudo escrevem, para afectar, desgastar, fragilizar, colocando as suas agendas pessoais acima dos interesses do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL. Será que devemos ser os primeiros a denegrir o nosso Clube fazendo o trabalho sujo dos nossos adversários? Alguém está errado! E não são os que querem defender e engrandecer o Sporting CP.

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Dérbis

Por Pedro Almeida Cabral
14 Nov, 2019

Só espero que o futebol da segunda parte tenha vindo para ficar, honrando o futebol jogado de tantos dérbis de outrora

Quando era miúdo, nas salas de aula, no meio de Sportinguistas e benfiquistas havia sempre um ou dois azuis que não se davam por vencidos.

Crescido em Lisboa, não julguem que eram portistas. Eram do orgulhoso CF “Os Belenenses”.

Talvez por isso, os dérbis com o Belém (mesmo disfarçado em SAD) me tragam o sabor desses tempos. Ainda que também recordem uma lição: os interesses de uma SAD e de um clube podem ser divergentes ao ponto de tudo acabar em divórcio litigioso, com partilhas que não servem a nenhuma das partes.

Também foi um dérbi uma das minhas primeiras idas a Alvalade.

Aí por 1990, numa fria tarde de Inverno, lá consegui entrar no estádio com bilhete alheio e me pendurei numa apinhada curva.

Jogávamos com algumas lendas Leoninas como Ivković, Venâncio ou Carlos Xavier. Mas talvez me lembre mais do internacional brasileiro Silas, que havia de dar o seu nome ao nosso treinador, a compor o nosso ataque com desmarcações venenosas, e de Cadete, a marcar o solitário golo da vitória, como só ele sabia marcar nos ressaltos. 

Anos mais tarde, em 2000, o dérbi belenense que mais sofri.

Faltavam sete jogos para o fim do campeonato.

Depois da brilhante vitória em casa contra o FC Porto, ganhar ao Belém em casa era a sétima final.

Num jogo tenso, em que já cheirava a Sporting CP campeão, havia de ser o nosso matador Acosta a marcar o também solitário golo da vitória, numa desmarcação de grande classe do argentino.

Recordo-me das comemorações deste golo na bancada como se fosse hoje. 

No domingo passado jogou-se mais um dérbi, bem distante dos das minhas memórias.

Embora com uma primeira parte apática, após a mudança táctica para o 4-3-3 já se viu algum Sporting CP.

E quem diria que seria Luiz Phellype a mudar tudo no jogo?

A sua entrada descompensou a defesa belenense, abrindo espaços para os nossos atacantes, em especial para o artista Vietto, que começa a comprovar com golos o futebol que, claramente, tem nos pés.

O melhor desta vitória foi a reacção após o primeiro golo. Em vez do tradicional recuo amuralhado para a defesa, a equipa subiu, manietou o adversário, e acabámos por chegar ao segundo golo com naturalidade.

Só espero que o futebol da segunda parte tenha vindo para ficar, honrando o futebol jogado de tantos dérbis de outrora. 

Que Leão, o meu amigo António!

Por Juvenal Carvalho
14 Nov, 2019

Continua a ser quem és, amigo António. Se todos fossem como tu, o nosso Clube seria ainda maior.

No advento das redes sociais, o significado da palavra amigo perdeu-se, e passou a ser somado pelo lado virtual e pelos inúmeros likes que os muitos ‘amigos’ colocam a cada publicação.

Mas obviamente que aquilo de que vos vou falar, está nos antípodas de tudo o que acima descrevi.

Vou escrever sobre o meu amigo António que, como eu, é do bairro da Bica.

Um amigo real e um Sportinguista puro, genuíno, daqueles para quem o Sporting CP é muito mais importante do que qualquer ego ou guerrilha de alecrim e manjerona.

O António, de 48 anos, tem síndrome de Down, mais vulgarmente conhecida como Trissomia 21, doença que não o impede, contudo, de ser como nós na paixão, na crença e na presença assídua em praticamente todos os jogos no Estádio José Alvalade ou no Pavilhão João Rocha.

Que bom é todos os dias – termo literal – ter uma SMS do António com um lacónico: ‘Bom dia amigo Leão’, que se repete a todos os dias com o mesmo texto, mudando só para boa tarde e boa noite.

Uma amizade pura e genuína movida pelo Sporting CP. A essas SMS junta outras a dar-me os resultados dos jogos de todas as modalidades, ou a pedir-me para eu o informar daqueles que ele não consegue saber. A que hora do dia for.

O António é uma pessoa encantadora e que vive o Sporting CP com tanta e arrebatadora paixão, que todos os mais assíduos do dia-a-dia do nosso Clube o conhecem. Sempre uma palavra amiga. Sempre uma saudação educada. Sempre com os mais elevados valores que norteiam o Sporting CP. Parece que o dia já não me corre tão bem se não trocar uma SMS ou um telefonema com ele.

O António Oliveira, que tem o mesmo nome daquele craque que representou o nosso Clube, e que no dia da morte de seu pai disse que ‘por cada Leão que cair outro se levantará’, e que tinha pinceladas de génio, é também ele um génio de amor próprio, de resiliência e de Sportinguismo.

Que faz do Clube a sua casa.

Que nada mais o move que não as alegrias proporcionadas pelas conquistas do Leão rampante.

Que não quer saber de relatórios e contas.

Que menos o importa quem é o presidente.

Que quer é ver as defesas do Ângelo Girão, a genialidade de Carlos Ruesga, a classe de Bruno Fernandes, os cestos de Travante Wiliams, os golos de Alex Merlim e os passes de Miguel Maia.

Continua a ser quem és, amigo António. Se todos fossem como tu, o nosso Clube seria ainda maior. 

Obrigado por seres assim, e sobretudo pelo orgulho que tenho por seres meu amigo.

O António é enorme.

Um verdadeiro exemplo de Humanismo e de Sportinguismo!

Rugidos de Leão!!!

Por Tito Arantes Fontes
14 Nov, 2019

Somos os nossos maiores detractores… infelizmente o digo

Na passada sexta-feira teve lugar mais uma edição dos lendários Rugidos de Leão, extraordinária realização anual das gentes Sportinguistas de Leiria e desse grande Sócio do SCP que dá pelo nome de Bernardes Dinis!!! Juba altíssima!!! O homem do fantástico Museu do Sporting CP de Leiria!!!

O evento realiza-se actualmente na Quinta do Paul, Ortigosa, bem perto de Leiria.

É uma festa monumental! Com 1500 comensais! Em momento de puro fervor Sportinguista. Em união!

Este ano, como sempre sucede desde há vários anos a esta parte, compareceram os Órgãos Sociais em peso, bem como os galardoados com os Prémios Rugidos de Leão e ainda os Campeões Europeus de várias modalidades da época passada que aí foram justamente homenageados.

O presidente do Sporting CP proferiu no decorrer do evento um discurso importante e fundamental. Corajoso. Falando de modo claro sobre várias questões candentes do momento Sportinguista. É uma intervenção que deve ser lida e meditada por todos os Sportinguistas.

Infelizmente, pouco mais de uma dezena de Sportinguistas (no meio do milhar e meio que se encontravam no jantar) tentaram desestabilizar a intervenção e o discurso do presidente Frederico Varandas.

Uma pena! Todos queríamos ouvir o presidente! E ouvir com calma e atenção. De modo tranquilo e pacífico! Infelizmente essa dezena não se comportou à altura da grandiosidade do evento. E não respeitou a enorme e esmagadora maioria dos Sportinguistas presentes! Lamentável!

A intervenção do presidente Frederico Varandas teve fortíssima repercussão nos meios de comunicação social, especialmente – mas não só – nos jornais e programas desportivos.

Vi comentários elogiando a forma clara e corajosa, directa, sem meias palavras com que falou.

E vi outros criticando. E os que mais criticavam e de modo mais agressivo e acintoso eram, adivinhem lá, subscritos por Sportinguistas! Somos os nossos maiores detractores… infelizmente o digo! E infelizmente nunca mais aprendemos a deixar de assim nos tratarmos. 

E a tratarmos dentro de casa, dentro do SCP, as matérias que devem ser nossas e só nossas! Nas famílias é assim! Na nossa – desgraçadamente – não é!

Viva o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

ESTABILIDADE e... FACTOS!

Por Rahim Ahamad
06 Nov, 2019

O período em que os presidentes do nosso Clube estiveram mais tempo em funções foi o ciclo temporal que nos deu dois campeonatos

Nos últimos quarenta anos, o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL foi campeão nacional apenas por quatro vezes, nas épocas de 1979/1980, 1981/1982, 1999/2000 e 2001/2002.

Nestas últimas quatro décadas, o nosso Clube conseguiu atingir por nove vezes o segundo lugar, dezoito o terceiro, terminando em quarto lugar em oito ocasiões. A excepção aconteceu com o sétimo lugar na época 2012/2013.

Durante este período tivemos os seguintes presidentes, por ordem de antiguidade: João Rocha, Amado de Freitas, Jorge Gonçalves, Sousa Cintra, Santana Lopes, José Roquette, Dias da Cunha, Soares Franco, José Bettencourt, Godinho Lopes, Bruno de Carvalho e Torres Pereira, sendo Frederico Varandas o décimo terceiro presidente do nosso Clube neste mesmo período.

FACTOS! 

Se analisarmos o que têm sido os últimos vinte anos da nossa história, percebe-se que existe um afastamento nítido e acentuado do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL face aos seus principais rivais.

A nível directivo, e comparando com os nossos principais adversários, no mesmo período temporal em que o rival de Lisboa teve dois presidentes e o do Norte um, o nosso Clube vai já no oitavo – Frederico Varandas. Isso demonstra a importância da ESTABILIDADE enquanto factor crítico de sucesso no trabalho de qualquer direcção.

A realidade, por mais que nos custe, é tão simples quanto esta: enquanto o SPORTING CP apenas venceu duas vezes o campeonato nacional nos últimos vinte anos, os nossos principais rivais venceram-no sete e dez vezes, respectivamente. E registo ainda o FACTO de, no período onde os presidentes do nosso Clube tiveram mais tempo em funções foi, efectivamente, o ciclo temporal onde vencemos dois campeonatos e mais vezes competimos pela liderança da prova.

O primeiro ano de Frederico Varandas na presidência do SPORTING CP trouxe dois títulos, representando a melhor performance desportiva no futebol profissional dos últimos dezassete anos. Resultados bem acima do habitual.

Este FACTO, por si só, demonstra que esta Direcção, com ESTABILIDADE pode fazer mais e melhor. E vai fazê-lo. Continuando o que muito já foi feito ao nível da recuperação financeira, na formação, na Academia, nas modalidades (onde num ano se atingiu o número recorde de sete títulos europeus!!), na recuperação da marca, no digital, entre muitos outros.

Tudo em apenas 15 meses e depois da maior catástrofe desportiva de sempre do Clube, o ataque a Alcochete, e de uma das fases mais conturbadas na história do Clube. 

Só com ESTABILIDADE o Clube pode ganhar. Essa ESTABILIDADE começa na responsabilidade de cada um. E é de cada um mesmo! Desde cada membro dos Órgãos Sociais até cada um dos Sócios, por mais longe que esteja de Portugal.

Todos devemos contribuir com a nossa responsabilidade para que o SCP esteja mais próximo de ganhar. Só assim evitamos o perigo de aumentar uma diferença estrutural face aos principais rivais.

Um Clube com ESTABILIDADE será sempre um clube mais ganhador.

 

Os heróis também choram!

Por Juvenal Carvalho
06 Nov, 2019

Sim, os heróis também choram e têm sentimentos e gratidão

Chegava ao fim a Primavera do ano de 1951, mais propriamente o dia 5 de Junho, quando, na pequena localidade de Sarilhos Pequenos, a Sul do Tejo, mais concretamente no concelho da Moita, nasceu aquele que faria as delícias de milhares e milhares de Sportinguistas.
Falo, como é óbvio de Manuel José Tavares Fernandes, o ‘nosso Manel’, o ‘eterno capitão’, o ‘mítico número 9’.

Na passada sexta-feira, enquanto fazia zapping, parei no Canal 11 e lá estava o nosso Manel a falar do seu/nosso Sporting CP. Levava com ele um dossier com todos os golos marcados de Leão ao peito – 260, só superado até hoje pelo ‘violino’ e sempiterno Fernando Peyroteo, numa saga iniciada contra a Académica de Coimbra, e logo com um hat trick num jogo particular. Com ele levava também um álbum fotográfico imemorial, com fotos de grande simbolismo, onde não poderia faltar os quatro golos dos inesquecíveis 7-1 ao nosso eterno rival.
Mas da sua presença no programa ‘Amor à Camisola’, ficou-me na retina um Manuel Fernandes a chorar enquanto olhava uma fotografia sua ao lado de Rui Jordão – que dupla assombrosa – e lhe pediam para falar de um colega de nove anos de Leão ao peito. 

Não contendo as lágrimas, foi falando de um homem de quem gostava como um familiar, enquanto descrevia o excelente jogador que era o ‘Gazela de Benguela’. Como também eu tão bem me lembro daquela velocidade estonteante, feita de técnica sublime e de classe contagiante.
Foi mesmo um grande momento de televisão aquele que foi proporcionado pelo novel canal 11. Ver Manuel Fernandes, que sua mãe, uma apaixonada por futebol, preconizou e realizou o sonho de o ver jogar no SCP, o seu clube do coração, é decididamente comovente. Tão comovente como a forma como ele falou de Rui Jordão, seu colega de Clube, mas acima de tudo um amigo para todo o sempre. 

Sim, os heróis também choram e têm sentimentos e gratidão. 

Obrigado por este bocadinho televisivo, numa tarde melancólica e de chuva. Serás o ‘meu eterno capitão’. Um dos meus ‘Reis Leões’.

Obrigado, Manel!
 
P.S. – Era para escrever algo sobre o treinador de Hóquei em Patins do FC Porto, Guillem Cabestany. Mas ao chegar à conclusão de que gosto é de desporto, abdiquei de o fazer. Digo apenas que levou apenas mais uma lição onde se ganham os jogos. No rinque.

ESTATUTOS – Alterações Fundamentais!

Por Tito Arantes Fontes
06 Nov, 2019

É essencial caminharmos no sentido de facilitarmos a participação dos Sócios na vida comum do SCP

Os actuais Estatutos do SCP foram aprovados em Julho de 2011 e pela última vez alterados em Fevereiro de 2018.

Poder-se-ia pensar que estariam actualizados e seriam conformes ao séc. XXI e ao modo – cada vez mais “internético” – em que tudo se debate e delibera.
Infelizmente, não é assim! Os nossos estatutos não prevêem o fundamental “Voto Electrónico Remoto” (VER), única forma de potenciar uma larga participação dos Sócios na vida do Clube. E também não contemplam a existência e constituição de “Assembleias Delegadas”.

Actualmente, para poderem votar, os Sócios têm de se deslocar fisicamente ao local da AG e submeter-se aos procedimentos que sejam estipulados. E bem sabemos como, ainda assim, os sócios do SCP comparecem nas suas AG. Ainda assim… é uma franja que define o destino de um Clube com centenas de milhares de sócios! Não há uma única AG com mais de 10 mil Sócios! Nem nada que se pareça! As únicas excepções são as AG eleitorais. E a destitutiva de Junho de 2018. 

Solução para terminar com este “divórcio” dos sócios para com as AG… existe? Sim! Como?

Facilitando a participação dos Sócios através dos meios tecnológicos disponíveis. E aqui assume especial expressão a questão do VER! É essencial caminharmos no sentido de facilitarmos a participação dos Sócios na vida comum do SCP! É fundamental que os destinos do Clube sejam decididos pela maioria e não pelas minorias de Sócios que, conjunturalmente, estejam presentes em determinada AG! O futuro vai passar por aqui! Façamos, pois, com que no SCP o futuro seja já hoje! 

Assembleias Delegadas (AD) – É uma outra forma das associações da nossa dimensão se organizarem. Grandes clubes mundiais já o praticam, prevendo nos seus estatutos a existência destas AD. É o caso do Real Madrid e do Barcelona! Mantendo a existência de AG plenárias para questões magnas como sejam as eleitorais (incluindo dos delegados que devem compor as AD), as destitutivas e as referendárias sobre aspectos que sejam essenciais e que sejam assim estatutariamente definidos. 

Estas matérias carecem da ponderação de todos os Sportinguistas! Ponderação a ser feita urgentemente! Temos de tornar o nosso Clube mais participado! Mais democrático! Mais vivido por todos os Sportinguistas… estejam eles onde estiverem, trabalhem onde trabalhem, vivam onde viverem!  

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!! 

CONVICÇÃO

Por Rahim Ahamad
31 Out, 2019

O ressurgimento da equipa B do SCP é mais uma excelente notícia para a nossa formação, dando-lhe um espaço de evolução competitivo que os sub-19 e os sub-23 necessitam. O futuro está a acontecer

No último encontro realizado em Alvalade, frente ao sempre competitivo Vitória Sport Clube, o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL conquistou os três pontos em disputa, num jogo que permitiu perceber já algumas das novas ideias que Silas pretende implementar na equipa. O SPORTING CP soube ter mérito na forma como foi capaz de construir e gerir a vantagem no marcador, com sinais claros que permitem encarar o futuro imediato com outra CONVICÇÃO. A mesma CONVICÇÃO de vencer que se espera hoje, na Mata Real, frente ao FC Paços de Ferreira e, no domingo, diante do sempre complicado CD Tondela. Todos nós, Sócios e Adeptos, temos a CONVICÇÃO de que a equipa necessita de vitórias para ganhar estabilidade competitiva que permita atacar um campeonato que ainda tem muitos pontos em disputa.

Rodrigo Fernandes foi o oitavo jovem da nossa Academia a ser lançado na equipa principal desde a época passada. O SPORTING CP tem vindo a desenvolver nos últimos 14 meses um trabalho profundo no sector da formação – recuperando do inexplicável desinvestimento dos últimos anos e que resultou num retrocesso enorme – que permitirá, a curto/médio prazo, termos mais jogadores com talento a fazer parte da equipa principal. E neste contexto, o ressurgimento da equipa B do Sporting CP é mais uma excelente notícia para a nossa formação, dando-lhe um espaço de evolução competitivo que os sub-19 e os sub-23 necessitam. O futuro está a acontecer. Com uma estratégia clara e enquadrada no modelo de gestão desta Direcção. E nós, Sócios e Adeptos, sabemos que esse é o caminho. O caminho que se pretende de sucesso. Porque essa é e fará sempre parte da nossa CONVICÇÃO.

TODOS!

O lançamento do projecto do voto electrónico remoto como forma de permitir que TODOS os Sócios, independentemente da localização geográfica, possam contribuir e decidir o futuro do Clube nas assembleias, é uma mudança histórica em que TODOS serão beneficiados.

Outros exemplos encontram-se em curso com o intuito de garantir que TODOS os Sócios sejam tratados de igual forma e em que TODOS contam. O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL precisa de TODOS para que os pavilhões e estádios onde jogam as nossas equipas sejam sempre um ambiente de festa e de demonstração do verdadeiro sentimento Sportinguista, tornando os nossos atletas mais fortes ao som da nossa voz. Porque se TODOS estivermos a puxar para o mesmo lado estaremos com certeza muito mais fortes na defesa do SPORTING CP perante aqueles que são os nossos verdadeiros adversários. Será sempre, com esta mesma CONVICÇÃO e com o apoio de TODOS, que lutaremos até ao fim!

O senhor deixa-me entrar consigo?

Por Juvenal Carvalho
31 Out, 2019

São as muitas vivências do Sporting CP que me arrastaram desde muito jovem para Alvalade

Falar do passado não tem de ser sinónimo de não querer um futuro diferente para melhor, mas sim porque ter memória significa que por mais que a marca do tempo seja indelével, as memórias de um passado Leonino militante deixam sempre marcas pela positiva, sobretudo por inesquecíveis.

São as muitas vivências do Sporting CP que me arrastaram desde muito jovem para Alvalade, onde consumia tudo o que era do nosso Clube, que me fazem recordar tempos idos que jamais esquecerei.

Dos tempos em que às portas do velhinho pavilhão, situado onde hoje é a estação de Metro do Campo Grande, ia ver o hóquei em patins, quando pontificava o dream team que conquistou a primeira Taça dos Campeões Europeus; o andebol, onde então brilhavam Carlos Silva, Manuel Brito, Carlos Correia e João Miranda, entre outros; e o basquetebol onde pontificavam Mário Albuquerque, Nelson Serra, Rui Pinheiro e Israel, etc…, e pedia às pessoas mais idosas para me deixar entrar com elas, porque o dinheiro não abundava, ou porque queria guardar a semanada dada pelos pais. O importante era ver a listada verde-e-branca com o rampante símbolo do Leão.

Também no Estádio José Alvalade, o emblemático e antigo estádio, o ritual era o mesmo, começando pelo ‘peão’, acabando na central, estava sempre o incontornável ‘o senhor deixa-me entrar consigo’. O que contava mesmo era o incontido fervor Leonino, onde ganhei amigos para uma vida. É incontornável que tudo mudou. Que hoje a era digital e a muita e apelativa oferta social leva menos gentes aos estádios e aos pavilhões. Tudo isto é factual e indesmentível.

O que não é indesmentível, mas que continua a ser factual, é que recordo com saudade um ambiente único. Em que o termo família Leonina era apropriado e nos diferenciava. Em que não havia ainda bilhetes reservados pela internet. Em que os torniquetes eram um sonho longínquo no tempo. Em que os porteiros ainda usavam boné. Em que tudo, e não porque me sinta um desadaptado aos tempos actuais, eram de todo diferentes. Perguntar-me-ão se diferentes para pior? São seguramente incomparáveis, é o que me apraz dizer.

Mas de uma coisa sei, e não por saudosismo, nem porque queira recuar no tempo. Estão distantes os tempos imemoriais em que eu, sobretudo nos ‘Dias do Clube’, e em todos os jogos do pavilhão, que tinham obrigatoriamente bilhete para Sócio, arranjava sempre um ‘pai’ a quem pedia para entrar com ele. É que para ver o Sporting Clube de Portugal não existiam - nem existem, limites… ou vergonha!

Apetece-me, por inesquecível, repetir o pedido: ‘O senhor deixa-me entrar consigo?’

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