Festa verde e branca no Pavilhão Multiusos de Odivelas

Após a última buzina, os festejos Leoninos tomaram conta do Pavilhão Multiusos de Odivelas, dentro e fora da pista, e os protagonistas desta terceira Supertaça do palmarés deram conta de todas as emoções em declarações à Sporting TV.

Facundo Navarro
“Grande exibição, não só a minha, mas de toda a equipa, especialmente com todas as adversidades de que vínhamos – o cansaço, as viagens… Mas na nossa cabeça só estava vir aqui ganhar e foi isso que demonstrámos. Estivemos sempre com a cabeça tranquila, que íamos dar a volta e foi o que aconteceu. Mentalmente temos de ser muito fortes. Obrigado aos adeptos que nos vieram apoiar, nós prometemos esta entregar e trabalho. Para mim, está a ser um sonho e quero continuar a vivê-lo.”

Edo Bosch
“Esta equipa tem uma alma ‘terrível’. É um orgulho ser o treinador deles. Só grandes equipas conseguem isto. São muitos bons individualmente, colectivamente, mas são ainda melhores de coração. As peças encaixaram de forma perfeita. São muito unidos fora de pista e dentro, mesmo nos maus momentos, uniram-se mais para conseguir o resultado. Acho que a vitória é totalmente justa, fizemos um grande jogo. Agora, temos de recuperar bem porque começam outras provas. É maravilhoso começar assim.”

Xano Edo
“Dá muito trabalho, mas é uma sensação incrível e só quero que continue. Foi muito sofrido. Nós vimos de três semanas praticamente sem parar, oito jogos em dez dias e um total de 55 horas de viagem. A semana de treinos foi para recuperar, mas é incrível o espírito de sacrifício desta equipa, foi o que nos fez ganhar hoje. Começar a perder por dois [golos] não é fácil, mas queríamos dar a volta e fazer História. Foi um começo incrível, nem nos melhores sonhos conseguia imaginar algo assim. Esta equipa merece. Os jogadores que já estavam aqui receberam-nos de braços abertos, mas com estas pessoas incríveis é muito fácil fazer um grande grupo.”

‘Nolito’ Romero
“É uma felicidade enorme continuar a fazer História neste grande clube. É muito gratificante e lindo. Foi muito difícil, mas com as nossas armas conseguimo-lo. Sabíamos que tínhamos de estar tranquilos, mesmo que o jogo não tivesse começado como queríamos. Temos muita ‘fome’ de ganhar, fomos de menos a mais e até ao fim não atiramos a toalha ao chão. Sempre tivemos a mesma ambição e garra, às vezes não conseguimos, mas outras sim, e agora já temos dois títulos em três. Os adeptos podem continuar a acreditar nesta equipa.”

Roc Pujadas
“Foi um mês ‘louco’, mas quando trabalhas bem há recompensas. Estamos no bom caminho e temos de continuar assim para conquistar mais, porque isto está agora a começar. Vamos festejar, mas depois temos de continuar o trabalho, porque estamos ainda em Outubro.”

Danilo Rampulla
“Obrigado aos Sportinguistas que vieram cá, a Odivelas. O grupo e o ambiente são incríveis. Por mais que falte força nas pernas, temos muita alma e ‘fome’ de títulos. Não é fácil fazer este jogo, depois do Mundial de Clubes. Acho que esta equipa não vai ficar por aqui. [Vinda para o Sporting CP] Foi a escolha certa e estou muito agradecido aos meus colegas. Agora, depende de nós e não podemos relaxar. Continuando assim, vamos chegar onde queremos.”

Diogo Barata
“Muita felicidade, acima de tudo, e orgulho na equipa que temos. Está a ser um início de sonho para toda a equipa. Apesar da adversidade, conseguimos juntar-nos para ser felizes novamente. Estou muito feliz por estar aqui e isto ainda gora começou. Esperemos que consigamos habituar assim os Sportinguistas. Mostrámos o grande grupo que temos, mesmo que tenha acabado de se formar.”

Alessandro Verona
“[Saiu lesionado]Ainda não sei o que tenho, foi uma pancada e senti dor. Ainda assim, estou muito contente. Ganhámos dois títulos numa semana, vamos festejar e amanhã penso na pancada. Sabemos que temos uma equipa muito competitiva e estamos a melhorar. Aprendi muito com os jogadores que passaram por aqui e tento passar isso aos mais jovens, sobretudo o que é o Sporting CP, a família que é e representá-la bem.”

Rafa Bessa
“Sabíamos que íamos ter uma tarefa muito complicada, já por si seria, ainda mais nesta situação. Já tínhamos mostrado na Argentina do que eramos capazes e hoje voltamos a fazê-lo. Tivemos um início complicado, mas fomos capazes de nos superar e conquistar um título que já não ia há muito tempo para o Sporting CP. Conquistámos dois títulos, era o ‘embalo’ que queríamos e terça-feira há mais. Temos um grupo de trabalho incrível. A fasquia está alta só por jogarmos no Sporting CP, mas [os títulos] dão-nos mais confiança.”

Henrique Magalhães
“No início da época, propusemo-nos a ganhar seis títulos e no primeiro [Elite Cup] claudicamos, mas sabíamos que tínhamos de dar a volta por cima. A verdade é que esta equipa demonstrou um carácter enorme. Estamos muito contentes por ganhar estas duas finais, mas ainda há mais três títulos ao longo da época. Esta equipa tem alma e isso nota-se. Estes dois títulos dão-nos muito alento para o que aí vem.”

Reacção do técnico em conferência de imprensa

Confirmada a conquista da Supertaça por parte da equipa de hóquei em patins do Sporting CP diante do FC Porto (3-4 a.p.), o treinador Edo Bosch esteve em conferência de imprensa para abordar o triunfo, a resposta extraordinária dada pelos seus jogadores e a importância de mais um título.

Análise ao jogo e ao desempenho da sua equipa
"Primeiro, muitos parabéns ao FC Porto, porque foi um grandíssimo jogo, como tinha sido há 15 dias. Chegamos aqui um bocado cansados, mas só as grandes equipas conseguem fazer o que estes rapazes fizeram. Não sei quantos jogos em doze dias, duas viagens de mais de 10 mil quilómetros, estar a perder por dois golos duas vezes contra uma excelente equipa e procurar forças onde não as havia e unir-se ainda mais... Fomos em busca de algo muito difícil, mas conseguimos e acho que o merecemos."

Preparação para o jogo apesar das condicionantes físicas
"Chegamos na terça-feira, muito cansados, mas muito felizes pela conquistado Mundial. O staff trabalhou muito bem nestes dias para recuperar a equipa e treinamos um dia e pouco mais na sexta-feira. Focamo-nos em recuperar os jogadores e acho que isso foi chave. No início, o FC Porto colocou um ritmo muito alto, nós aguentamos, mas sofremos dois golos. Mesmo assim, estos jogadores não baixam os braços, nunca. O segredo deste jogo não foi táctico, nem individual, foi colectivo. Esta equipa tem uma alma... É de lembrar que temos quatro jogadores novos há dois meses e por culpa do Europeu e de algumas lesões não levam esses dois meses a trabalhar juntos, mas parece que já o fazem há dois ou três anos."

Dois títulos em três possíveis no arranque
"Nós trabalhamos, lutamos e morremos em pista pelos adeptos. Acreditem nesta equipa, porque vão dar muitas alegrias. Isto é só o início, cada vez vamos crescer e ser mais fortes. Vamos tentar conquistar sempre o máximo de títulos para eles. No ano passado, as coisas não começaram bem, fomos logo eliminados na WSE Champions League. Às vezes não é fácil recuperar de golpes fortes. Há 15 dias perdemos a final da Elite Cup e conseguimos, uma semana depois, estar na máxima força, e hoje também. Trabalhar sobre vitória é muito mais fácil. Podia ter perdido, mas o orgulho que sinto nestes jogadores faz-me pensar que, ainda assim, continuava a acreditar a 200 por cento neles. A cada dia mostram-me que têm muita 'fome'. Vão querer muito mais durante todo o ano."

Resposta física no clássico
"Estamos cansados, mas também temos feito muitos jogos de alta intensidade. Acho que o FC Porto entrou forte para tentar desgastar-nos para na segunda parte poder dilatar a vantagem ou ganhar o jogo, mas acho que nós, mesmo cansados, habituamo-nos a jogar jogos de grande intensidade. Na segunda parte tivemos uma 'botija' de oxigénio extra que nos serviu muito bem, impulsou-nos para o empate e continuar no prolongamento. Em menos de uma semana levamos dois jogos de 60 minutos contra duas grandíssimas equipas. Um dos segredos era ter o coração forte, como lhes disse antes de começar o jogo. O controlo emocional neste tipo de jogos é fundamental e conseguiram-no durante 60 minutos."

A comunicação com os jogadores durante o jogo
"Eu gosto de falar os primeiros 15 ou 20 segundos [do desconto de tempo], mas depois os jogadores mais experientes gostam [de falar], por vezes o 'Nolito', o Verona ou o Henrique, como hoje, mais por uma questão de ir procurar uns movimentos. Não gosto de dar muita 'letra' nos momentos de tensão, digo as minhas quatro coisas e, depois, se algum jogador acha que pode acrescentar algo para o bem da equipa, tem 'carta' verde - e branca (risos) - da minha parte."

Reviravolta de mérito sobre o FC Porto confirmada no prolongamento (3-4 a.p.)

Depois de um inédito Campeonato do Mundo de Clubes, uma tão aguardada Supertaça, e outra vez num jogo de exigência total. A equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal conquistou a Supertaça António Livramento ao ter vencido o FC Porto por 3-4, após prolongamento, este sábado, no Pavilhão Multiusos de Odivelas.

Há dez anos que os Leões não levantavam este troféu e foi de forma heróica que conseguiram voltar a vencê-lo. Obrigados a recuperar de um 2-0 e depois de um 3-1 ainda na primeira parte, os recém-coroados Campeões do Mundo puxaram dos galões e contaram com um Facundo Navarro absolutamente decisivo (hat-trick) para chegar ao título: o argentino forçou o prolongamento a três minutos da buzina e, a seguir, apontou também o golo da vitória. Finalmente, a espera pela terceira Supertaça – depois das conquistas em 1982 e 2015 – chegou ao fim.

Perante o (bi)campeão nacional em título, o FC Porto, o Sporting CP chegou à Supertaça como detentor da Taça de Portugal e entrou em pista com Xano Edo, Gonzalo Romero, Alessandro Verona, Facundo Navarro e Rafa Bessa no ‘cinco’ inicial. E foi a equipa mais proactiva e ofensiva desde o arranque, com o capitão ‘Nolito’ a assustar através de stickadas em zona frontal, embora na resposta azul e branca o capitão Gonçalo Alves tenha colocado Xano Edo à prova.

De seguida, o clássico abriu-se mais e os dragões – bem fechados na defesa e confortáveis a sair em transição - obrigaram o guardião verde e branco a aplicar-se a fundo até que aos dez minutos um desvio de Ezequiel Mena acabou mesmo no fundo das redes. Além disso, três minutos depois, Hélder Nunes ampliou o marcador para 2-0, complicando a tarefa verde e branca.

De imediato, os Leões ainda sobreviveram a um período de inferioridade numérica – cartão azul a Navarro - durante a qual dispuseram da sua ocasião mais clara até então, mas se não foi à primeira para Verona, foi à segunda. Servido por Romero, o italiano – em grande neste arranque em 2025/2026 (oito golos) - apareceu triunfante na área para empurrar a bola e dar vida aos comandados de Edo Bosch.

Escassos segundos depois, Hélder Nunes ainda castigou uma perda em zona proibida com o 3-1, mas a reacção verde e branca foi, também, imediata. Navarro interceptou um passe em zona defensiva, acelerou a solo para a meia-pista adversária e com um ‘tiraço’ cruzado fez balançar as redes na fase mais frenética do clássico.

Já o 3-2 não se alterou até ao intervalo, apesar das várias investidas do Sporting CP e do FC Porto, que até beneficiou de um penálti, travado por Xano Edo – sempre fiável entre os postes.

No segundo tempo, os Leões, em busca do empate, reentraram claramente por cima, empurrando e mantendo o jogo nas imediações da área adversária, mas nem Rafa Bessa, nem Danilo Rampulla – nas mais claras – conseguiram bater Xavi Malián e o tempo continuou a correr contra o Sporting CP, que ainda deixou de contar com Verona devido a lesão.

Perante um conjunto azul e branco cada vez mais fechado e que pouco arriscou no ataque, os Leões não pararam de insistir, porém o 3-3 e até a décima falta portista tardavam em chegar. Mas quando esta última foi assinalada, com recurso ao Sistema de Revisão Vídeo, o guardião do FC Porto levou a melhor sobre ‘Nolito’ e, a sete minutos do fim, deixou tudo na mesma em Odivelas.

Não se alterou também a postura do Sporting CP, que continuou a carregar: Romero, em força, atirou para nova defesa de Malián, que negou o golo também a Rampulla e, pelo meio, Bessa ainda acertou no poste.

A busca verde e branca foi incessante e foi recompensada, finalmente, aos 47 minutos para aumentar o volume do apoio Sportinguista nas bancadas. Na sequência de mais uma bola devolvida pelo ferro, desta vez Navarro estava lá para o desvio decisivo que concretizou o empate e acabou por levar a decisão da Supertaça para prolongamento.

No entanto, os Leões – moralizados - não se ficaram por aqui e voltaram a ter no camisola 33 o principal protagonista. Com uma stickada certeira em zona frontal, Facundo Navarro assinou o hat-trick na final e adiantou o Sporting CP no clássico pela primeira vez. E o argentino até podia ter aumentado de imediato a vantagem, porém desperdiçou um penálti ganho também por si.

Foi na segunda parte do prolongamento que os papéis, naturalmente, inverteram-se e foi o momento de a equipa verde e branca conter o tudo por tudo dos dragões, que ainda arriscaram com o 5v4 sem guarda-redes, mas emergiu, de novo, Xano Edo para garantir a vitória e soltar a festa Sportinguista dentro e fora de pista.

Neste preenchido mas muito bem-sucedido arranque de temporada dos Leões segue-se, já na terça-feira (21h00), o primeiro passo na fase regular da Liga: a AD Sanjoanense, no Pavilhão João Rocha, é o adversário.

Sporting CP: Xano Edo [GR], Rafa Bessa, Diogo Barata, Danilo Rampulla, Alessandro Verona, Roc Pujadas, Facundo Navarro, Henrique Magalhães, Gonzalo Romero [C], Zé Diogo [GR]

Treinador em antevisão à Supertaça

Recém-coroada Campeã do Mundo, a equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal tem mais um título na mira. Amanhã, sábado (12h00), os Leões de Edo Bosch vão discutir a Supertaça com o FC Porto, no Pavilhão Multiusos de Odivelas.

Na véspera do clássico, o treinador dos Leões esteve em conferência de imprensa para projectar o duelo, dar conta da ambição verde e branca em mais uma frente e garantir uma equipa “na máxima força” após a inédita e exigente conquista na Argentina.

Expectativas para o jogo
“É um jogo entre duas grandíssimas equipas, onde há excelentes individualidades e o pormenor normalmente faz a diferença, tal como foi há 15 dias [vitória Leonina por 1-2 nas ‘meias’ da Elite Cup]. Espero um jogo igual. Tacticamente, estudamo-nos muito uns aos outros e, por isso, não há segredos a revelar. O Paulo [Freitas, treinador do FC Porto] sabe como vamos jogar e eu sei como vão jogar eles. Esperemos que os adeptos e os atletas desfrutem e que seja um grande espectáculo.”

O peso do cansaço acumulado após o Mundial de Clubes
“Na terça-feira chagamos felizes, mas muito cansados. Nestes dias, o nosso staff trabalhou muito bem e neste momento a equipa, além de continuar muito feliz, está totalmente recuperada. Amanhã, vamos estar na máxima força para enfrentar um grande rival.”

A hipótese de levantar um segundo troféu em menos de uma semana
“Sobre vitórias é muito fácil de trabalhar. Os atletas ganharam, celebraram, mas continuam focados. Esta é uma equipa que tem muita ‘fome’ de títulos e vai entrar em todos para conquistá-los. Gostávamos de ter tido mais tempo [de preparação], mas estamos preparados e vamos dar o nosso máximo. Esta é a [competição] que queremos conquistar neste momento.”

Rafa Bessa lançou Supertaça com o FC Porto

Depois da histórica conquista do Campeonato do Mundo de Clubes, a equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal vai disputar mais um título já este sábado (12h00). Diante do FC Porto, no Pavilhão Multiusos de Odivelas, vai estar em jogo a Supertaça António Livramento e os Leões de Edo Bosch querem prolongar o sabor do êxito.

"Temos todos a noção do que podemos fazer e poder conquistar dois títulos tão importantes numa semana dá-nos muito alento. Estamos focados em trabalhar para chegar a sábado nas melhores condições", projectou Rafa Bessa, avançado do Sporting CP aos meios de comunicação Leoninos.

Apesar de a temporada ainda estar no início, a equipa verde e branca já acumula o desgaste da Elite Cup e, agora, do Mundial de Clubes em solo argentino – com as respectivas e longas viagens - mas o inédito troféu conquistado pode ser um trunfo, acima de tudo, porque "traz confiança", sublinhou.

"Não vamos jogar com esse peso, nem com arrogância. Vamos com a humildade de sempre, mas somos Campeões Mundiais e vamos jogar com a confiança que isso nos traz", realçou Rafa Bessa, sem esconder que espera um desafio "complicadíssimo", contra um FC Porto que tem "uma equipa fantástica".

No entanto, o avançado de 24 anos lembrou a vitória dos Leões sobre os dragões há menos de duas semanas, então nas 'meias' da Elite Cup (1-2). "A memória ainda está fresca, as dinâmicas que levamos para o jogo também e vamos procurar perceber o que fizemos bem nesse jogo e o que não. Certamente que o FC Porto vai tentar explorar o nosso cansaço, faz parte e nós temos de saber contrariar isso da melhor forma", atentou.

Pela frente está a possibilidade de conquistar a terceira Supertaça do palmarés verde e branco, um troféu que o Sporting CP não conquista já há dez anos (2015) - e em 1982 foi a primeira vencida. "Jogamos pelo orgulho que é representar o Sporting CP e pelo orgulho que é poder inscrever o nosso nome na História do Clube", traçou o internacional português, consciente da oportunidade.

Além disso, Rafa Bessa atravessa, também no plano pessoal, um excelente momento, tendo juntado o Mundial de Clubes pelo Sporting CP ao Europeu vencido por Portugal no Verão. Um sucesso que é "para continuar", salientou.

"Pessoalmente, está a ser fantástico. Sinto que tenho ajudado nos títulos e isso dá-me confiança para abraçar o que ainda aí vem. Espero celebrar já no sábado mais um título com os meus colegas, porque é para isto que cá estamos. Que se repita", atirou, por fim.

Voleibol disputa este sábado a Supertaça frente ao SL Benfica (16h00)

Loulé é o ponto de partida da equipa masculina de voleibol do Sporting Clube de Portugal para a nova temporada. No Pavilhão Municipal Professor Joaquim Vairinhos, a partir das 16h00, os comandados de João Coelho estreiam-se oficialmente em 2025/2026, na disputa da Supertaça frente ao eterno rival SL Benfica. Depois de um arranque promissor no Troféu Stromp (3-0 frente ao CV Manacor), chegou, enfim, o tempo de competir.

Em antevisão exclusiva ao Jornal Sporting, o técnico falou sobre a pré-temporada de um grupo "muito comprometido", antecipou o sempre intenso e equilibrado duelo com as águias, destacou a importância dos adeptos no crescimento da modalidade e sublinhou a responsabilidade, e também a motivação, acrescida de levar as quinas de campeão nacional em título ao peito.

"A pré-temporada tem corrido bem. Naturalmente, há ainda muita coisa por limar, fruto da chegada tardia dos atletas internacionais; o que, neste caso, foi um bom sinal, porque as suas selecções foram longe no Mundial. Mas é a única coisa que podemos dizer que nos falta: um pouquinho mais de tempo com toda a equipa completa", começou por dizer o técnico, que não pôde contar com Kelton Tavares, Lourenço Martins e Gonçalo Sousa (Portugal chegou aos oitavos-de-final) nem com Jan Galabov (a Chéquia terminou o torneio no 4.º lugar) nas semanas iniciais de preparação.

"De qualquer das formas, é um grupo comprometido, que encara a época com grande responsabilidade e optimismo, porque só assim conseguimos estar mais fortes para enfrentar os próximos desafios. Desafios que surgem fruto das últimas exibições, das últimas épocas e do que já alcançámos. É um grupo responsável e que vai estar pronto para dar uma resposta já na Supertaça", afirmou, antes de analisar o rival e antecipar um duelo sempre muito intenso e equilibrado.

"Não vai fugir muito dessa toada. É um jogo onde não existem vencedores antecipados: são duas equipas que se conhecem bem e que se respeitam. O SL Benfica permanece praticamente inalterado nas suas opções iniciais; nós temos cada vez menos ajustes. Temos as nossas armas e vamos encarar o jogo da única forma possível para quem representa o Sporting CP, que é para ganhar. É um jogo de um dia só, um momento apenas. Portanto, temos de estar no auge das nossas capacidades para vencer o adversário e começar da melhor forma esta época", definiu o técnico.

João Coelho lembrou ainda que ser campeão em título confere ao Clube e à equipa uma maior responsabilidade, mas garante que levar as quinas ao peito serve também como combustível para novas conquistas.

"Naturalmente, acresce a responsabilidade, mas é também um reforço dos níveis de optimismo que a equipa deve ter. Devemos encarar cada desafio como o último. Temos tudo o que é preciso, se estivermos ao nosso melhor nível, para levar de vencido o próximo troféu, que neste caso é a Supertaça. Temos de estar confiantes do que valemos e não ter qualquer receio de enfrentar qualquer adversário", atirou.

A fechar, o técnico reforçou a importância do apoio dos adeptos num jogo de grande rivalidade e que, reconhece, é sempre vivido de forma diferente.

"Claro que sim, é especial. São dois clubes que valorizam as modalidades, neste caso o voleibol, e são duas equipas muito competitivas. Existe, já à partida, cada vez mais equilíbrio e maior indefinição quanto ao resultado e ao vencedor. Por isso, são jogos que movimentam sempre massas. Certamente, os adeptos estarão presentes em grande número. É sempre um jogo muito apetecível de se seguir, entre duas equipas que tudo vão fazer para conquistar a vitória. Esperemos que seja o Sporting CP a levantar o seu primeiro troféu desta época", rematou.

Leoas do rugby defrontam Sport CP/CRAV este domingo

A equipa feminina de rugby do Sporting Clube de Portugal vai disputar, este domingo, a Supertaça com o Sport CP/CRAV, com o jogo a estar marcado para as 14h00 no Campo de Rugby da Moita, Anadia.

Na antevisão à Sporting TV, o treinador Luís Barata falou sobre o momento da equipa que dirige, assegurando que o trabalho está a ser realizado da melhor forma.

"Estamos plenamente focados no objectivo de construir uma equipa. Temos muitas atletas jovens e temos tido uma aposta na formação. Estamos a construir e a construir bem. Possivelmente, as coisas não vão acontecer como queremos no imediato, mas estamos fortes, muito focados e a preparar muito bem a Supertaça", referiu.

O técnico lembrou que a pré-época contou com "um estágio muito produtivo" que serviu para "trabalhar algumas das questões para esta época e novidades relativas à estrutura da equipa e à dinâmica de ataque". "Queremos surpreender", acrescentou.

Admitindo que "a pressão existe sempre para quem veste de verde e branco", Luís Barata abordou, então, o adversário de domingo.

"O Sport CP/CRAV é uma equipa muito forte e está num processo de construção com alguns anos que está a ter resultados. São fortes defensivamente e no ataque também. Jogam muito bem ao pé e são fortes a nível táctico. Temos de trabalhar para fazer face a essas adversidades e mostrar o nosso rugby", frisou.

Por fim, o timoneiro das Leoas admitiu que o plantel conta com "algumas alterações", assegurando, ainda, muita esperança para o futuro: "Houve jogadoras a sair e a entrar, o que nos dá alguma força como o início traz sempre coisas novas. É mais exigente, mas estamos a trabalhar bem e temos a plena confiança de que as coisas vão correr bem".

Maria Teixeira, capitã de equipa, também esteve na Sporting TV para garantir que o grupo está "a entrar com o pé direito" em 2025/2026: "Começámos os trabalhamos há cerca de um mês e estamos a preparar intensamente este jogo, que é importante e lança a época. Sabemos que vai ser uma temporada difícil e que começa dessa forma. O Sport CP/CRAV venceu o Campeonato e a Taça no ano passado, pelo que vamos ter de enfrentar fortes adversárias. Estamos em processo de construção de uma equipa e vamos trazer tudo o que temos estado a trabalhar neste jogo. Se tudo correr bem, queremos a vitória".

A jogadora não escondeu que o Sporting CP "tem um pouco menos experiência no jogo ao pé, o que faz com que o jogo corrido seja muito mais consistente": "Estamos a trabalhar exactamente nisso. Estamos a criar algumas novidades tácticas, o que vai trazer alguma surpresa".

"O nosso trabalho é continuar este percurso, aumentar o nível e conseguir integrar quem chega. É difícil, mas é recompensador quando conseguimos olhar para as nossas colegas e ver toda a evolução. Estamos a fazer um trabalho muito consistente", acrescentou.

Maria Teixeira reforçou que o objectivo é "surpreender" através de "mudanças no estilo de jogo, em coisas novas e uma intensidade diferente": "Este é o palco ideal para isso, para mostrarmos a nossa evolução. (...) Vai ser um jogo bastante interessante e tudo pode acontecer porque as finais são mesmo assim".

Por fim, a capitã apelou à presença dos Sportinguistas: "É completamente diferente jogar com apoio nas bancadas. Ajuda-nos dentro de campo e pode ser um pormenor para nos ajudar a virar o jogo".