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Foto DR

Apito (a)final

Por Jornal Sporting
20 Jul, 2017

Editorial do Director do Jornal Sporting na edição n.º 3632

Na última semana o nosso rival da Luz quis dar mais um ar da sua graça a propósito da decisão das instâncias federativas sobre o caso “Apito Final”. Na ânsia de desviar os holofotes mediáticos que sobre si recaem, face aos casos comprometedores vindos a público, tentaram envolver no meio o nosso Clube. Ironia das ironias é o facto do Sporting ser o único que em nada pode ser envolvido nestas confusões, a não ser, por se tratar daquele que sempre pautou a sua conduta pela verdade desportiva e pela transparência do futebol português. Aquele que se deixou de palavras vãs e assobiar para o lado para apresentar propostas concretas com esse objectivo, com o resultado bem conhecido de todos, como são exemplo o fim dos fundos ou a introdução do vídeo-arbitro, num apoio real e descomprometido ao trabalho dos árbitros.

Veio então agora o nosso rival, com aquele seu tom cândido e angelical, estranhar o suposto silêncio do nosso Clube, esquecendo-se deliberadamente que tivemos a nossa intervenção no devido tempo, e em situações que curiosamente também os envolviam. Agora parece que a memória os atraiçoou. Esperemos é que agora as investigações sectárias feitas na altura, deixando-os de fora quando havia indícios para que no mínimo fossem feitas diligências, não deixem agora ninguém de fora, doa a quem doer.

Lá diz a sabedoria popular que “quem tem telhados de vidro não atira pedras ao vizinho”. Isto foi precisamente o que aconteceu, com estes a cada vez mais se aperceberem que terão cada vez mais cacos para limpar… Pelo nosso lado continuamos tranquilos porque temos telhados sólidos que se coadunam com os valores e princípios desta ímpar instituição que este ano completou 111 anos de vida. Temos sim, paredes de vidro que são a transparência dos nossos actos e do nosso comportamento, para que tanto interna como externamente possamos ser escrutinados porque aqui não há nada a esconder!  

A propósito de toda esta situação, que demostra e perdoem-me a expressão que o “rabo-de-palha” começou a arder com todo o calor (revelações comprometedoras) que se tem sentido. Por isso, mais uma vez a tentativa de em desespero criarem cortinas de fumo, só que estas agora tem o fumo com origem nos próprios e como se ousa dizer: “não há fumo sem fogo”.

Todos estes estratagemas são aquilo que podemos considerar “música para os nossos ouvidos”. Porque estamos em período de veraneio parece-nos apropriada a letra de Martinho da Vila que, devidamente adaptada, traduz a música que os nossos vizinhos nos querem dar:

«Já tive apitos de todas as cores
De várias idades, de muitos amores
Com uns até certo tempo fiquei
Pra outros apenas um pouco me dei
Já tive apitos do tipo atrevido
Do tipo acanhado, do tipo vivido
Casado carente, solteiro felizJá tive apito…até com meretriz
Apitos e cabeça desequilibradas
Apitos confusos, de guerra e de paz
Mas nenhum apito me fez tão felizComo os voucher’s, emails e sms’s me faz»

Passemos para aquilo que realmente é importante na vida, a própria e a música que conta, os parabéns, para cantarmos em uníssono ao nosso Sócio n.º 1, João Salvador Marques, que amanhã completa 97 anos. Como o próprio afirmou quando foi homenageado na II Gala Honoris Sporting, o nosso Clube sempre foi para si como um irmão mais velho, com apenas 14 anos a separá-los. João Salvador Marques é para todos nós uma referência por tudo aquilo que a sua vida nos tem demonstrado, pelo que em nome do Jornal Sporting, o irmão mais novo, só tem 95 anos, e em meu nome pessoal, deixar-lhes as maiores felicidades e expressar-lhe o orgulho imenso que sentimos por o ter como um dos nossos.

Boa leitura!