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Foto José Lorvão

Rúben Amorim: "Temos de jogar para vencer"

Por Sporting CP
12 Set, 2022

Treinador lançou recepção ao Tottenham Hotspur FC

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal recebe, esta terça-feira (17h45), o Tottenham Hotspur FC para a segunda jornada da fase de grupos da UEFA Champions League.

Rúben Amorim marcou presença, esta segunda-feira, na conferência de imprensa de antevisão no Auditório Artur Agostinho e não escondeu que a vitória sobre o Eintracht Frankurt (0-3), na Alemanha, deu confiança para a prova europeia, mas assegurou que "não mudaria nada".

"O importante é mantermos a nossa identidade. Foi o que fizemos, mesmo com derrotas, e a forma como demos a volta à situação foi muito por aí, muito confiantes no que fazemos. Nem sempre controlamos os resultados, mas o que estávamos a ver nos jogos era que éramos dominadores e que conseguíamos jogar bem", começou por dizer aos jornalistas, partindo depois para a análise ao Tottenham Hotspur FC, um conjunto que considera "muito forte com um treinador vencedor que ganha onde quer que vá".

"Muito forte nas transições, nas bolas paradas e mesmo quando a bola está no Lloris. Tudo o que é pontapés de baliza são muito perigosas. É uma equipa completa com jogadores de qualidade. Tentámos estudar ao máximo o Tottenham Hotspur FC, mas focámo-nos mais na nossa equipa, nos nossos pontos fracos e naquilo que temos de tentar esconder nos jogos para aproveitar as nossas capacidades. Somos uma equipa que gosta de ter bola e queremos manter isso, essa identidade e forma de jogar. Queremos ser competitivos em todos os jogos. Vamos ser e o resultado logo se vê. A responsabilidade está, claramente, do lado do Tottenham Hotspur FC, mas somos um clube grande em Portugal e temos de jogar para vencer. É isso que vamos fazer", frisou o treinador Leonino.

Rúben Amorim não se quis focar no menor tempo de recuperação e preparação que o Sporting CP teve para esta partida, até porque, "normalmente, são os ingleses" que têm calendários mais complicados: "Sendo um jogo da UEFA Champions League, jogadores jovens e e ambiciosos como os nossos vão estar, de certeza, recuperados".

Sobre as baixas de Jeremiah St. Juste e Luís Neto na defesa, o técnico lamentou as ausências, mas lembrou que há outros jogadores que podem actuar nessas posições.

"Perdemos o [Jeremiah] St. Juste, que é o jogador mais rápido e que era, se calhar, o encaixe perfeito para o jogador mais rápido [do Tottenham Hotspur FC], que é o Son. Depois, tínhamos o [Luís] Neto, que é experiente, e também o perdemos. Teremos outros. O [Gonçalo] Inácio pode ser uma opção, o [Ricardo] Esgaio também", referiu.

Questionado sobre se a última prestação do Sporting CP na UEFA Champions League e a recente vitória categórica na Alemanha alteraram o estatuto do emblema de Alvalade na Europa, Rúben Amorim explicou que "não mudou muito".

"O mais importante é que mudámos a forma como olhamos para nós. Sabemos que é possível, que estamos a crescer. Mesmo perdendo jogadores, nota-se que somos uma equipa mais madura e preparada para estes jogos. Não interessa muito como olham para nós. Tenho a certeza que a maior parte das pessoas da Europa olha para nós como a equipa mais fraca do grupo e nós gostamos disso. Nós acreditamos que é possível, queremos ganhar e o nosso objectivo para amanhã é vencer o jogo", reforçou, assegurando também que, "olhando para as peças, para o treinador e para o clube, o Tottenham Hotspur FC é o favorito" a vencer o grupo, "mas todos têm hipótese de passar".

De acordo com o timoneiro verde e branco, o Sporting CP não pode repetir os erros que cometeu na primeira parte em solo germânico: "Tenho a certeza de que se perdermos as mesmas bolas que perdemos com o Eintracht Frankfurt, eles não vão perdoar. Não podemos cometer esses erros. (...) Vão-nos complicar muito o jogo. Se o Tottenham Hotspur FC marcar primeiro, vai ser muito complicado porque eles são bons com bola a construir e bons a esperar uma equipa e a fazer transições. Há que ter cuidado com a construção não mudando a nossa identidade".

Por fim, perante a imprensa estrangeira, Rúben Amorim falou de Marcus Edwards e Hidemasa Morita. Sobre o inglês, o treinador admitiu tratar-se de "um jogador muito talentoso".

"É um dos melhores em Portugal a jogar entrelinhas. Teve dificuldade de habituação ao estilo de vida português e isso está a mudar. O nosso grupo é muito jovem e ele enquadra-se melhor na nossa equipa. Lisboa não é Londres, mas é diferente [de Guimarães] e tudo isso tem impacto na envolvência do jogador. O talento está todo lá e acho que pode melhorar muito e chegar à selecção inglesa. Tem de ser mais consistente e acho que já está a ser. Tem de ser mais concentrado no treino e em tudo à volta porque o futebol não é só jogar ao domingo. Vejo muito talento nele, acho que ele pode crescer muito, mas tem um longo caminho a percorrer. Fizemos um excelente negócio e não é um jogador barato", afirmou.

Já sobre Hidemasa Morita, Rúben Amorim não tem dúvidas de que "todos os treinadores deviam treinar pelo menos um jogador japonês para perceber o que é um jogador que está sempre pronto a ajudar a equipa": "Pede desculpa mil vezes por dia, é muito respeitador, joga a qualquer posição, quer sempre aprender. Só tenho coisas boas a dizer do [Hidemasa] Morita. Os jogadores japoneses estão a entrar cada vez mais na Europa e ele tem muita capacidade técnica. Veio para jogar a seis, pode também jogar a oito. Estou muito satisfeito com ele e ainda bem que o escolhemos pelo valor que foi e pelo homem que é".