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A garra do Leão

Por Juvenal Carvalho
08 maio, 2025

Se alguém tinha dúvidas da têmpera de que esta nossa equipa de futebol é feita, certamente no passado domingo, desde quem esteve presente no estádio – que apoio incansável até ao fim – até aos milhares e milhares de Leões que o viram via televisão, seguramente que as dissipou todas. Foi, como naquele velho ditado, com "alma até Almeida" que os rapazes de Leão ao peito abordaram todas as adversidades.

O jogo não correu particularmente bem desde o apito inicial. Sofremos mesmo um golo ainda numa fase relativamente inicial da partida, numa grande penalidade que era evitável e que foi convertida por Félix Correia, um jogador que passou pela nossa formação...mais um produto made in Sporting. Demorámos até a entrar no jogo e jogámos mais com o coração do que com a cabeça durante algum tempo. Até ao intervalo, apesar do claro domínio ante uma equipa que veio de Barcelos com a predisposição de defender...defender muito, com toda a equipa atrás da linha da bola e renunciando até a sair com a bola a jogar em termos de acção atacante, que a nossa equipa não criou oportunidades claras de golo, pese a infinita vontade de lutar por cada bola como se não houvesse amanhã. 

Depois do intervalo foi de novo um Sporting CP com muita têmpera e muito coração que entrou em campo. Mas se assim o era, as dificuldades em entrar no "ferrolho" gilista mantinham-se. Decididamente não estava a sair bem. Mas nada demovia os nossos jogadores. A vontade indómita era também muito derivada do apoio incessante vindo  das bancadas. Onde havia ansiedade natural, mas onde a palavra acreditar até ao fim era o denominador. 

Mas aplico aqui outro ditado português, o de "quem porfia sempre alcança". E assim foi. Quando faltou a inspiração, não faltou a atitude. Uma frase tão assertiva de Rui Borges esteve mesmo na génese e seria o mote da reviravolta. E se aos 81 minutos o Nobre Vulcão entrou em êxtase com o golo do empate obtido por Maxi Araújo, e poucos minutos depois, num livre directo exemplarmente bem marcado por Francisco Trincão, com a bola a bater caprichosamente no poste ter levado os Sportinguistas ao quase desespero, estava guardado para os 90+3' o momento em que a loucura se  instalou das bancadas ao relvado, com o fantástico golo de Eduardo Quaresma – que Leão – num momento de verdadeira magia saída daquele pé direito. Foi na raça, e quanta raça o Leão teve, que os três pontos foram alcançados. 

Agora, que estamos a apenas 48 horas do dérbi eterno (sábado às 18h00) não fazendo futurologia, tenho uma esperança inabalável de que vai correr bem. Que o "Bi" pode vir a ser uma bonita realidade. Usemos o nosso lema: Com muito Esforço, uma incessante Dedicação e tanta, tanta Devoção, a Glória estará mais perto. Sejam felizes e façam-nos também felizes, rapazes. Nós acreditamos em vocês.

P.S 1 – Parabéns ao hóquei em patins pela conquista da quinta Taça de Portugal para o nosso Museu. Agora o tempo é de irmos em busca da dobradinha. Que tenha sido a primeira conquista das muitas que queremos ver conseguidas na liderança de Edo Bosch.

P.S 2 – Não correu bem a final four da UEFA Futsal Champions League à nossa equipa. Mas conhecendo todos nós o que esta modalidade já nos deu, acredito que depois das conquistas já esta época da Taça da Liga e da Taça de Portugal, a cereja no topo do bolo venha com a conquista do Penta. Afinal, não sendo fácil, muito menos é impossível.

P.S 3 – 72 horas depois de ter terminado a brilhante, e porque não majestática carreira europeia, o nosso andebol foi ao pavilhão do eterno rival passear classe e dizimar por concludentes (29-37), deixando o campeonato a apenas uma vitória, que pode surgir já na próxima jornada ante o Marítimo. O "Bi" está assim muito mais perto.