Treinador Leonino considerou que "faltou definir melhor" no dérbi

Após o duelo de sub-17 entre Sporting CP e SL Benfica no Seixal, José João, técnico dos jovens Leões, falou ao Jornal Sporting para analisar o dérbi, considerando que a sua equipa saiu "prejudicada na zona de definição".

"Os miúdos tiveram personalidade, mas faltou-nos definir melhor no último terço. Fomos muito penalizados nesse aspecto. Conseguimos chegar, até com superioridades numéricas, mas não definimos bem nem no último passe nem na finalização", começou por dizer, realçando também a reacção conseguida após o intervalo. 

"No início da segunda parte, voltámos a entrar muito bem, com duas oportunidades claríssimas na cara do guarda-redes, mas não concretizámos. Depois, o adversário mexeu no jogo, lançou dois jogadores preponderantes no meio-campo e começou a ganhar mais duelos individuais, chegando ao 2-0 numa pressão alta e aí animicamente quebrámos um pouco", resumiu José João.

"Fizemos 17 remates, mais do que o nosso rival [14], mas só três enquadrados com a baliza, o que acaba por ser um pouco a história do jogo", sublinhou.

Apesar do desaire, o foco dos juvenis Leoninos continua inalterado e estes jogos "fazem parte do crescimento desta equipa", acrescentou o treinador, apontando: "Vamos crescer, teremos depois a fase final pela frente, para a qual temos o objectivo de nos apurar e onde queremos continuar a trabalhar estes jovens para estarem cada vez mais capacitados para as exigências do futebol profissional".

Reacção verde e branca insuficiente no dérbi de sub-17 (3-0)

De regresso após praticamente um mês de interrupção competitiva devido aos compromissos internacionais, a equipa sub-17 de futebol do Sporting Clube de Portugal visitou, este domingo, o SL Benfica e caiu por 3-0 na partida da 14.ª ronda da série C do Campeonato Nacional do escalão.

Pelas oportunidades criadas, sobretudo no início de ambas as partes, os jovens Leões mereceram mais no dérbi, no entanto seria a eficácia encarnada nos momentos certos a fazer a diferença no encontro, resolvendo-o já no último quarto de hora.

Com os dois emblemas separados por dois pontos à entrada para o dérbi, com o SL Benfica à frente (36 pontos), José João, treinador Leonino, apostou em David Ivanov, Daniel Costa, Francisco Machado, Rafael Mota, Rayhan Momade, Eduardo Felicíssimo, Winilson Lopes, João Simões, Sérgio Matos, Rodrigo Viola e João Infante no onze inicial.

Cumprido o minuto de silêncio em honra de Fernando Gomes, já com a bola a rolar foi o Sporting CP a criar as primeiras oportunidades no dérbi: primeiro, André Moreira, guardião encarnado, soltou uma bola que quase acabou no fundo da sua baliza e, pouco depois, João Infante, dentro da área, atirou forte, mas ao lado.

Já depois dos dez minutos, numa bola que sobrou após um pontapé de canto, foi por muito pouco que Eduardo Felicíssimo não conseguiu aproveitar o adiantamento do guarda-redes rival. Apesar do ascendente verde e branco, seriam as águias a chegar à vantagem, sem terem criado qualquer situação de perigo. Num lance dividido dentro da área, o árbitro considerou falta de Felicíssimo e o capitão Gonçalo Moreira converteu, em força, o pontapé de penalti, que penalizou a boa entrada dos Leões.

Daí em diante, o SL Benfica reequilibrou a partida e Ivanov impôs-se, de imediato, com duas defesas importantes. Após uma fase mais dividida, o dérbi só voltou a animar nos últimos minutos antes do intervalo, quando Momade rematou para as mãos de André Moreira e, do outro lado, Rui Silva acertou no ferro.

No entanto, tudo podia ter mudado logo no reatamento, tal foi a reacção verde e branca trazida do descanso, embora pecando na definição - um aspecto que seria determinante neste encontro. Primeiro, o desvio à boca da baliza de Winilson Lopes encontrou a ´mancha´ de André Moreira e, a seguir, o remate de Sérgio Matos passou muito perto do poste.

No entanto, aos 52 minutos, também o conjunto encarnado desperdiçou uma soberana oportunidade num cara-a-cara e, mais tarde, voltou a acertar no ferro. O dérbi estava vivo e a partir do banco de suplentes José João procurou refrescar o ataque Leonino com Manuel Kissanga e Gabriel Melo para mudar o rumo dos acontecimentos.

Os juvenis do Sporting CP continuaram a correr atrás do prejuízo, mas manteve-se o pouco acerto na finalização, uma vez que nem Melo nem Kissanga - este de livre directo - conseguiram acertar na baliza encarnada. Eficácia essa que o SL Benfica teve na resposta, com Gustavo Ferreira e Duarte Soares, já dentro dos derradeiros 15 minutos, a sentenciarem o dérbi com o 3-0, que se revelou definitivo.

Na próxima jornada, os jovens Leões de José João, que seguem no segundo lugar com os mesmos 34 pontos, recebem o CF “Os Belenenses”.

Sporting CP: David Ivanov [GR], Daniel Costa (Konstantin Nikitenko 68‘), Francisco Machado, Rafael Mota, Rayhan Momade [C], Eduardo Felicíssimo, Winilson Lopes (Manuel Kissanga 57’), João Simões, Sérgio Matos, Rodrigo Viola (Gabriel Melo 68‘) e João Infante (Gabriel Silva 79’).

Golo ao cair do pano derrotou as Leoas (1-2)

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu, este sábado, o SL Benfica e caiu por 1-2 no dérbi da sexta jornada da Liga BPI.

O azar voltou a bater à porta da equipa verde e branca pela segunda jornada consecutiva e novamente com um golo tardio. Foi já em cima do minuto 90 que se decidiu o duelo entre águias e Leoas, depois de uma primeira parte de muita acção, mas sem golos, e de Cláudia Neto – de penálti – ter respondido ao golo de Cloé Lacasse no reatamento.

Para esta partida no Estádio Aurélio Pereira, contou-se apenas uma mudança no onze titular verde e branco, relativamente ao apresentado, também em casa, diante do SC Braga (1-2), na jornada anterior, com Ana Capeta a entrar de início no lugar de Ana Teles.

Mais pressionante, o SL Benfica protagonizou os primeiros remates da partida, mas sem causar verdadeiro perigo para a baliza de Hannah Seabert. Depois, a formação verde e branca conseguiu ter mais bola e pisar mais vezes o meio-campo adversário, reequilibrando o jogo.

Primeiro, Chandra Davidson caçou uma bola perdida na área para rematar ao lado e, mais tarde, só a guardiã Rute Costa evitou, graças a uma rápida reacção, o golo de Brenda Pérez, após um lance de insistência de Diana Silva. Com o passar dos minutos a acção foi aumentando e o golo rondou as duas balizas, mas não apareceria nos primeiros 45 minutos.

Um choque fortuito na área entre Carolina Beckert e Pauleta valeu um pontapé de penálti para as águias, mas Seabert esticou-se toda e manteve a baliza verde e branca a zeros. Já perto da meia-hora, a partir de um pontapé de canto, as Leoas colocaram a bola no fundo das redes, porém Chandra, que fez a emenda decisiva ao cabeceamento de Bruna Lourenço, estava em posição irregular.

Na recta final, o SL Benfica voltou a somar mais aproximações promissoras, no entanto o nulo seguiu mesmo para o segundo tempo, apesar das várias incidências num dérbi muito equilibrado.

No entanto, duraria pouco o 0-0, uma vez que logo aos 47 minutos Cloé Lacasse apareceu de rompante na área para inaugurar o marcador a favor do conjunto encarnado. Aos poucos, as Leoas esboçaram uma reacção e seriam recompensadas, mas antes Brenda Pérez, de longe, atirou à figura.

Foi à passagem da hora de jogo que chegou o empate: lançada em profundidade, Diana Silva caiu na área e na conversão a experiente Cláudia Neto não tremeu e atirou a contar, fazendo o 1-1. Com tudo em aberto de novo no resultado e muita luta no relvado, foi Seabert a emergir na baliza verde e branca, travando duas oportunidades adversárias – uma delas decisiva aos 87 minutos.

Houve menos acção no segundo tempo, contudo, já em cima do minuto 90, o SL Benfica chegou ao 1-2 num lance de insistência finalizado por Valéria Cantuário ao segundo poste, sentenciando o dérbi na Academia e um novo balde de água fria perto do fim para a o conjunto verde e branco.

Com este resultado, as Leoas continuam com 12 pontos na Liga e na próxima jornada, visitam o FC Famalicão, mas antes têm estreia marcada na Taça de Portugal no terreno do SC Rio Tinto.

Sporting CP: Hannah Seabert [GR], Ana Borges [C], Bruna Lourenço (Fátima Dutra 90+2’), Carolina Beckert, Alícia Correia, Cláudia Neto, Brenda Pérez, Joana Martins, Diana Silva, Chandra Davidson e Ana Capeta (Inês Gonçalves 77’).

Treinador destacou ainda a "grande capacidade defensiva" das Leoas

Terminado o dérbi de voleibol, onde prevaleceram as Leoas (1-3), o treinador Rui Pedro Costa falou aos meios de comunicação do Sporting Clube de Portugal e analisou a partida, enaltecendo a forte entrada da sua equipa.

"Foi realmente um jogo bem conseguido frente a uma equipa que tem estado bem, mas que tem algumas dificuldades e lesões, tal como nós temos. Estávamos mais ou menos em plano de igualdade nesta fase, na minha opinião, mas acho que entrámos, acima de tudo, muito rigorosos e compactos. Trabalhámos como equipa, servimos muito bem e isso ajudou-nos a conseguir este resultado", começou por dizer, realçando "o rigor táctico, a grande capacidade defensiva e o serviço", como principais factores que desequilibraram o jogo.

Embora muito satisfeito pela exibição da equipa em casa de um emblema rival, o técnico lembrou a fase precoce da temporada que ainda se atravessa e que "as equipas ainda vão ter uma metamorfose muito grande”. “É bom começar a ganhar, sempre, sobretudo entre rivais, o que animicamente nos dá um acréscimo, mas também se levantarmos demasiado os pés do chão perdemos a noção das coisas. Foram três pontos frente a um rival muito difícil e para a semana temos mais um jogo", apontou.

De seguida, Rui Pedro Costa elogiou ainda a alma que a equipa demonstrou nos momentos mais difíceis, inclusive quando conseguiu uma grande recuperação no terceiro set para desequilibrar o dérbi com o 1-2. "De forma natural, tentámos ter um grupo muito solidário, unido e com grande capacidade defensiva", disse, antes de elogiar a prestação da líbero Carolina Garcez.

“Creio que é uma vitória maior, porque não temos a Daniela [Loureiro], que é uma alma muito forte da equipa. A Carolina fez um jogo excepcional e é engraçado saber que a Daniela foi treinadora dela dos 12 aos 18 anos. Conseguiu ocupar esse espaço e toda a gente tem dado um pouco mais em termos de agressividade defensiva, o que traz esse espírito ao de cima. Defendendo é que conseguimos motivar-nos para o resto", concluiu.

Também Aline Timm, capitã das Leoas na Luz, analisou o triunfo, mas antes abordou o seu regresso após lesão, tendo já contribuído decisivamente para esta dupla jornada cem por cento vitoriosa: "Estava ansiosa para voltar a jogar, já estava cansada de estar só a bater palmas (risos). Sabia que o processo de recuperação é difícil, temos de o respeitar, mas com esta equipa fica tudo mais fácil".

Já sobre o dérbi, um jogo em que "o coração bate mais forte e as emoções são sempre grandes”, a experiente brasileira apontou como grande arma Leonina o “serviço agressivo” imposto “para retirar o conforto ao SL Benfica”.

Por fim, Aline Timm destacou o apoio Sportinguista que se fez sentir no pavilhão rival: "Muitas vezes só os ouvíamos a eles, mesmo sendo menos. Estarem presentes, principalmente nestes jogos difíceis, é o melhor que podem fazer".

Basquetebol discute Supertaça no sábado

A equipa de basquetebol do Sporting Clube de Portugal enfrenta, este sábado às 18h00, o SL Benfica, com quem vai disputar a Supertaça.

O jogo, que acontece em Torres Novas, será mais uma partida que os Leões querem vencer, tal como afirmou o treinador Pedro Nuno Monteiro à Sporting TV.

"A equipa está bem, fizemos uma pré-temporada algo limitada em termos de jogos, mas foram positivas as indicações que o conjunto deu ao longo da preparação. Em relação ao jogo da Supertaça, o Sporting CP joga sempre para ganhar, seja onde for e com quem for. A nossa mentalidade é esta e não abdicamos da nossa maneira de pensar", começou por dizer o treinador verde e branco.

Sobre o SL Benfica, Pedro Nuno Monteiro delineou quais as dificuldades que a equipa Leonina pode esperar: "A equipa do SL Benfica tem alguns pontos a favor. Para já tem o mesmo treinador e a maioria dos jogadores mantêm-se, por isso já existem mais rotinas, já se percebem melhor uns aos outros e, além disso, tiveram outras entradas que trazem qualidade ao plantel. São factores que nos podem dificultar, mas nós queremos sempre ganhar".

O treinador do Sporting CP deixou ainda uma mensagem aos adeptos: "Os Sportinguistas devem marcar presença em Torres Novas porque isto sem eles não faz sentido. Seja em que modalidade for, somos o Clube com mais adeptos em termos de modalidades, portanto obviamente que a nossa luta só faz sentido com eles ao nosso lado. Precisamos dos adeptos para ganhar".

Treinador contente com evolução da equipa

Após o dérbi na final do Torneio Internacional de Lisboa, Pedro Nuno Monteiro, treinador dos Leões, falou aos meios de comunicação do Clube, analisando a partida.

"Uma das ilações a tirar é que a diferença entre nós e o SL Benfica, como se dizia, não é assim tão grande. Estivemos grande parte do jogo à frente e depois, no fim, não podemos perder um ressalto num lance livre [adversário]. O SL Benfica conseguiu 14 ressaltos ofensivos e nós estávamos curtos, porque só tivemos nove jogadores disponíveis", começou por dizer, realçando: "Estou contente com os jogadores e com a forma como têm estado a trabalhar. Vamos ser uma equipa competitiva e para lutar por troféus".

Terminado um fim-de-semana altamente competitivo frente a adversários exigentes, o técnico fez um ponto de situação positivo sobre os primeiros passos da sua equipa nesta pré-temporada.

"Sendo os nossos dois primeiros jogos, estou satisfeito. Enfrentámos o Clube Unicaja Baloncesto e o SL Benfica, dois rivais de nível alto e vejo a equipa bem, mas ainda temos muito a trabalhar. Defensivamente estamos sólidos e falta-nos ainda algum movimento de bola e decidir mais rápido. Estamos no bom caminho", sentenciou.

Dérbi decidido nos detalhes já em tempo extra (90-89 a.p.)

Depois de ter batido os espanhóis do Club Unicaja Baloncesto (85-82), a equipa principal de basquetebol do Sporting Clube de Portugal caiu, este domingo, diante do SL Benfica por 90-89, após prolongamento, na final da segunda edição do Torneio Internacional de Lisboa.

Com Travante Williams, Ricardo Monteiro, Marko Loncovic, Diogo Ventura e Isaiah Armwood no cinco inicial, os Leões arrancaram com eficácia (3-8). Primeiro, Armwood e Travante iam fazendo a diferença para o lado verde e branco (8-14) e Aaron Broussard, para as águias, respondia (15-16). Muito equilíbrio em campo e no marcador nos primeiros dez minutos (18-18).

A seguir, Marcus LoVett Jr – 15 pontos ao intervalo - também emergiu a partir do banco de suplentes e contribuiu de forma decisiva para manter o Sporting CP na frente, primeiro, por 21-27 e, depois, 27-32. Já Diogo Ventura destacava-se com quatro assistências.

Depois, o SL Benfica reagiu, sobretudo, a partir de lançamentos exteriores e virou o resultado, mas por pouco tempo, uma vez que, sob o cesto, Loncovic garantiu a liderança ao intervalo para os Leões (38-39). Muita luta e dois emblemas quase sempre a par e passo no marcador, apesar da maior eficácia geral do Sporting CP (37%-46%). Por sua vez, era nos lances livres que os encarnados respondiam para se manterem por perto (62%-50%).

O reatamento trouxe um ritmo alto e com um João Fernandes omnipresente o ascendente foi verde e branco (39-46). Aproveitando algumas imprecisões, o SL Benfica, sobretudo à boleia de James Ellisor, foi assumindo algumas vantagens (58-56), mas António Monteiro encadeou três triplos para continuar a baralhar as contas, deixando tudo em aberto para os derradeiros dez minutos (61-63).

Ainda que a contar para um torneio de pré-época, as picardias e o lado emotivo do dérbi não ficaram esquecidos, aquecendo sempre um encontro disputado ao limite em cada bola.

A abrir o quarto período, o poste Ricardo Monteiro exibiu a sua capacidade para lançar de várias zonas e António Monteiro manteve a eficácia da linha de três pontos, abrindo uma brecha no resultado (61-68), que, no entanto, foi anulada pelas águias a cerca de cinco minutos do fim (73-70).

Era tal o equilíbrio de forças que nem os últimos instantes decidiram o dérbi. Mais um triplo de Broussard deu uma vantagem tardia às águias, mas na hora certa LoVett Jr apareceu e numa jogada com cesto e falta repôs a igualdade, levando o jogo a tempo extra (78-78).

Aqui tudo seguiu também a par e passo e, apesar do cansaço, deram-se momentos de muita qualidade, como o triplo longínquo de Travante para o 85-85. No entanto, a margem de três pontos alcançada perto do fim pelo SL Benfica bastaria para encerrar duas horas e meia de acção em 90-89.

Assim, os Leões de Pedro Nuno Monteiro terminaram no segundo lugar do Torneio Internacional de Lisboa, depois de um fim-de-semana muito competitivo para continuar a preparar a nova temporada.

Sporting CP: Travante Williams (10), Ricardo Monteiro (12), Marko Loncovic (4), Diogo Ventura [C] (9), António Monteiro (11), João Fernandes (8), DJ Fenner, João Troni, Diogo Araújo, Isaiah Armwood (12), Ivica Radić (2) e Marcus LoVett Jr (21).

Treinador-adjunto reagiu à final da Supertaça

Após o apito final no Estádio Municipal de Leiria, Pedro Alegria, treinador-adjunto das Leoas, esteve em conferência de imprensa para analisar o dérbi, considerando que o resultado foi “muito desajustado para a realidade do jogo”.

“É muito pesado, a nossa equipa não merecia. O jogo foi muito equilibrado, no prolongamento o SL Benfica fez o 1-2 e nós tivemos oportunidades para empatar. Por exemplo, a [Ana] Capeta acertou no poste, mas elas conseguiram marcar e, depois, chegaram ao 1-4. Acho que [o resultado] é muito injusto para as atletas, por aquilo que fizeram e até pela garra que tiveram em campo, porque foram umas verdadeiras Leoas" começou por dizer aos jornalistas presentes.

Apesar do desaire na Supertaça, o técnico referiu que a temporada ainda agora começou e ainda há muito por jogar. "Ninguém gosta de perder, mas a época é muito longa. Ainda temos mais três competições para disputar e vamos lutar por elas com uma equipa que está numa fase de crescimento", referiu, acrescentando: "É de realçar as jovens da formação que tivemos no jogo, acabamos a jogar com uma atleta ainda júnior".

"A quebra física veio daquilo que o jogo proporcionou e afectou as duas equipas. Do meu ponto de vista, houve uma grande eficácia por parte do SL Benfica e nós não conseguimos fazer os golos que devíamos ter feito", concluiu.

Tudo se decidiu no prolongamento (1-4 a.p.)

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal caiu, esta sexta-feira, frente ao SL Benfica por 1-4, após prolongamento, na final da Supertaça, disputada no Estádio Municipal de Leiria.

O marcador não expressa a incerteza que teve o dérbi, que só se resolveu depois do tempo regulamentar - e de forma cruel para as Leoas - graças a uma eficácia implacável das águias nesse período. Antes da reviravolta, Cláudia Neto tinha dado a vantagem à turma de Alvalade através de um pontapé de penálti.

Para disputar o primeiro troféu da temporada, a treinadora Mariana Cabral apostou no mesmo onze que venceu o FC Famalicão (3-0), há cerca de duas semanas, nas meias-finais da prova – este ano pela primeira vez num formato de final four. Antes do apito inicial no dérbi, na entrada em campo as jogadoras de ambas as formações fizeram-se acompanhar por vários cães da Associação Zoófila de Leiria, numa iniciativa contra o abandono e pela adopção responsável promovida pela Federação Portuguesa de Futebol.

Já com a bola a rolar, num relvado com algumas clareiras visíveis, as águias – com mais posse - foram as primeiras a aproximarem-se da área adversária, porém foi Diana Silva a autora do primeiro remate, que foi directamente para as mãos de Rute Costa, guardiã encarnada. Se as Leoas, sem bola, se distribuíam num 4-4-2 clássico, com ela reconfiguravam-se rapidamente num 3-5-2, com Alícia Correia a juntar-se às centrais e Ana Capeta e a capitã Ana Borges como alas.

Ainda assim, apesar de algumas incursões prometedoras de parte a parte, o arranque foi morno no dérbi e o verdadeiro perigo chegou, depois, aos 21 minutos: Cláudia Neto lançou Ana Borges na direita e o cruzamento encontrou Capeta ao segundo poste, mas a avançada chegou em esforço e o desvio saiu muito perto do poste.

Embora o SL Benfica se tenha mostrado mais pressionante na recta final do primeiro tempo, a turma de Alvalade manteve-se sólida defensivamente e foi desbaratando as investidas encarnadas. A última oportunidade até seria para o conjunto de Filipa Patão, mas Hannah Seabert respondeu à altura ao remate cruzado de Jéssica Silva e o nulo seguiu para os segundos 45 minutos, que seriam mais animados.

Logo a abrir, uma ocasião para o Sporting CP e duas para as águias serviram de amostra para o que se seguiria. Sempre equilibrado até aqui, foi à passagem da hora de jogo que o ´nó’ no dérbi seria desatado e para o lado das Leoas: depois da queda de Capeta na área encarnada e de uma longa revisão do VAR, Cláudia Neto, reforço para 2022/2023, assumiu a responsabilidade e converteu o pontapé de penálti com sucesso, estreando-se a marcar de Leão ao peito. Nesta fase, já Chandra Davidson e Vera Cid tinham ocupado os lugares de Ana Borges – saiu limitada fisicamente – e Rita Fontemanha.

O ritmo não baixou e isso acabaria por beneficiar o SL Benfica que foi à procura do empate e conseguiu-o aos 75 minutos, através da recém-entrada Kika Nazareth. Antes disso, Chandra tinha ficado perto do 2-0, mas também Seabert tinha adiado a reacção encarnada.

Com os derradeiros minutos pela frente, as águias – galvanizadas – continuaram por cima, mas o pouco acerto no último terço e uma grande defesa da guardiã Leonina, já em cima do minuto 90, levaram o jogo para prolongamento, onde tudo se decidiu pela diferença de eficácia.

Depois de Capeta ter acertado no poste logo a abrir, o SL Benfica foi mais feliz e, de penálti – mão na bola de Beckert -, fez o 1-2 por Ana Vitória. A resposta verde e branca até foi imediata, mas sem a mesma eficácia, pois Capeta, num lance rápido, atirou por cima da barra.

E daí em diante tudo se precipitou para as encarnadas, que foram novamente mais eficazes e em dois lances no início dos derradeiros 15 minutos sentenciaram a Supertaça, chegando ao 1-4 final. Pelo meio, Chandra ainda acertou no ferro – a segunda vez para o Sporting CP no prolongamento - confirmando que não era a noite das Leoas.

Sporting CP: Hannah Seabert [GR], Ana Borges [C] (Chandra Davidson 56’), Carolina Beckert, Bruna Lourenço, Alícia Correia, Rita Fontemanha (Vera Cid 56‘), Cláudia Neto, Brenda Pérez (Fátima Dutra 106’), Joana Martins (Andreia Bravo 83‘), Ana Capeta e Diana Silva.

Treinador reagiu à derrota na final da Taça de Portugal

Depois da final da Taça de Portugal, em que a equipa feminina de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal perdeu por 1-3 diante do SL Benfica, Nuno Pinto marcou presença na conferência de imprensa para analisar o desafio.

"Não podemos comentar o que acontece nos balneários, mas tenho ali 11 mulheres destroçadas porque queriam muito ganhar um título pelo Sporting CP. O que conta são os títulos. Não ganhas, não ficas para a história. A equipa trabalha imenso, mas não tem trazido títulos para o Clube. As coisas são como são e temos de dar os parabéns ao adversário. Fizemos uns play-offs brilhantes e uma final da Taça muito boa. A primeira parte foi excelente, mas não deu paa vencer. O 1-2 foi decisvo para a história do jogo. Mas tudo isso conta pouco, o que conta é ganhar e não ganhámos", disse o treinador verde e branco aos jornalistas.

Para Nuno Pinto, os pormenores têm feito a diferença nas decisões, mas o grupo que orienta tem respondido às adversidades da melhor forma.

"Esta equipa do Sporting CP, à excepção da Taça do ano passado, esteve sempre nas finais e com as diferenças que vimos. Estas coisas resolvem-se em detalhes, que por vezes não estão apenas na pista. Tudo faz parte e, no momento da verdade, pesa. Fomos uns dignos vencidos. Gostava muito de ter orgulhado os Sportinguistas e gostava que os Sportinguistas se orgulhassem do nosso trabalho", frisou.