Apesar do desaire, treinadora salientou “boas sensações” retiradas

Terminada a final da Supertaça, decidida no desempate por penáltis, Mariana Cabral, treinadora das Leoas, esteve em conferência de imprensa para analisar o desenrolar dos acontecimentos, que não acabaram por sorrir ao Sporting CP, apesar da resposta dada frente ao SL Benfica.

"Saio com boas sensações, sinceramente, porque acho que a nossa equipa esteve muito bem, merecíamos ter conquistado este troféu e podíamos ter resolvido o jogo antes dos penáltis até. Sofremos o primeiro golo, reagimos muito bem, empatámos, estivemos por cima e com oportunidades de golo, mas infelizmente não conseguimos concretizar. Obviamente, custa mais assim, mas faz parte do futebol", resumiu.

Já sobre os penáltis, a técnica referiu que foi algo treinado "na pré-época”, mas a diferença esteve na “eficácia”, acrescentou. “O SL Benfica foi mais competente, ganhou, mas tenho a certeza de que temos uma equipa muito competitiva e que está unida e preparada para lutar por todas as competições esta época, já a partir de domingo na Liga", realçou ainda.

Mariana Cabral lembrou que este foi, apenas, o “segundo jogo oficial” das Leoas em 2023/2024 e, por isso, mostrou-se confiante na evolução da equipa: "Tenho a certeza que vamos crescer, ser melhores".

Depois, embora tenha afirmado que "não há vitórias morais", sem esconder que "quem ganha o troféu vai trabalhar com um sorriso”, Mariana Cabral reforçou as boas sensações deixadas pelas suas jogadoras num dérbi muito equilibrado e de domínios alternados. “As jogadoras do Sporting CP sentiram que nós estivemos por cima e que podíamos ter conquistado o troféu. Temos de ir com essa convicção e essa energia", sublinhou, apontando já ao arranque do campeonato, que se dará este domingo.

"São muito poucos dias até ao início da Liga. Já tinha falado do calendário antes do jogo, mas é o que é, agora o nosso trabalho é recuperar as jogadoras e estaremos preparadas para fazer melhor no domingo, na Liga, que é uma competição que queremos ganhar", sentenciou a treinadora verde e branca.

Por sua vez, a centrocampista Brenda Pérez também esteve na sala de imprensa do Estádio Municipal de Aveiro e começou por corroborar a análise da sua treinadora, com quem se declarou "totalmente de acordo".

"Fizemos um jogo quase perfeito, mas acabámos por perder. Os penáltis são uma lotaria, mesmo que os tenhamos treinado, acontece”, começou por dizer, antes de mostrar também optimista para o que se segue.

“É um dia triste, mas vamos corrigir os nossos erros e olhar para os próximos troféus. Tenho a certeza de que temos uma grande equipa, com bons reforços. Estamos muito unidas e hoje viu-se que o Sporting CP está aqui e nós acreditamos", finalizou a espanhola.

Desfecho muito cruel para a exibição das Leoas

No Estádio Municipal de Aveiro, a equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal perdeu, esta quarta-feira, na final da Supertaça por 3-0 no desempate por penáltis diante do SL Benfica, depois do 1-1 no prolongamento.

Depois de uma primeira parte onde as Leoas foram mais perigosas - com uma bola ao poste -, a equipa encarnada reentrou forte e chegou ao 1-0, mas uma recarga da reforço Andrea Norheim relançou a discussão e foi por pouco que o Sporting CP, em crescendo, não resolveu o jogo no tempo regulamentar. Com domínios alternados, o equilíbrio foi tanto perante os 10.136 espectadores presentes que só os penáltis desataram o ‘nó’ que foi permanecendo quer no tempo regulamentar, quer no prolongamento. O desfecho, esse, acabaria por não sorrir – de forma muito cruel – às Leoas, que fizeram por merecer mais.

Depois dos embates no Estádio do Restelo (2021) e no Estádio Municipal de Leiria (2022), com uma conquista para cada lado, Aveiro foi o palco de mais um frente-a-frente entre águias e Leoas, o terceiro consecutivo na disputa da Supertaça. Para o iniciar, a treinadora Mariana Cabral apostou no mesmo onze que bateu o FC Famalicão na meia-final (0-2): Hannah Seabert, Ana Borges, Bruna Lourenço, Andrea Norheim, Alícia Correia, Cláudia Neto, Joana Martins, Brenda Pérez, Maísa Correia, Ana Capeta e Diana Silva.

Embora o SL Benfica tenha começado com mais bola, o pressionante conjunto verde e branco mostrou as garras bem cedo e somou algumas recuperações perto da área rival, mas sem conseguir dar-lhes o melhor seguimento. Já depois dos dez minutos, Alícia Correia protagonizou os dois primeiros remates Leoninos – um muito por cima e outro para as mãos de Lena Pauels.

A formação encarnada liderada por Filipa Patão respondeu, pouco depois, também com um remate por cima, antes de em cima dos 20 minutos ficar muito perto golo – Catarina Amado chegou ligeiramente atrasada para o desvio fatal à boca da baliza. Depois, o dérbi arrefeceu e passou a ser mais disputado a meio-campo até que um pontapé de fora da área de Brenda Pérez - defendido em ‘voo’ por Lena Pauels - reacendeu o ataque verde e branco.

No pontapé de canto que se seguiu, o Sporting CP ficou à beira do golo em três ocasiões consecutivas: na primeira, Maísa Correia viu o seu remate dentro da área ser bloqueado, seguiu-se uma tentativa de Ana Capeta travada pelo poste e, por fim, Lena Pauels – cada vez mais em evidência – levou a melhor no cara-a-cara com Cláudia Neto. Tudo isto em escassos segundos.

Apesar do maior perigo criado, as Leoas de Mariana Cabral não conseguiriam reflectir isso no marcador do primeiro tempo, que, no entanto, não acabaria sem as águias esboçarem também uma reacção. Na melhor situação, Lúcia Alves cabeceou para as mãos de uma atenta Hannah Seabert e o nulo seguiu intacto para o descanso.

Já o reatamento foi igualmente frenético. Depois de Diana Silva obrigar a guarda-redes encarnada a mais uma defesa, do outro lado um forte ascendente do SL Benfica esbarraria também em Seabert, que brilhou com uma dupla defesa consecutiva.

Logo de seguida, o VAR anularia um golo ao SL Benfica num canto devido a uma falta sobre a guardiã verde e branca, mas o 1-0 chegaria pouco depois, graças a um lance individual de Kika Nazareth. Pelo meio, a reforço Olivia Smith já tinha entrado para o lugar de Maísa, estreando-se de Leão ao peito e, já à passagem da hora de jogo, Mariana Cabral lançou ao mesmo tempo Fátima Pinto e Maiara Niehues para os lugares de Capeta e da amarelada Joana Martins.

Com o passar dos minutos, o dérbi foi-se partindo em campo, cada vez com mais ataques e contra-ataques e algumas imprecisões, contudo, seria uma bola parada a resgatar as Leoas à entrada para o último quarto de hora. Em zona frontal, Maiara, de livre directo, acertou com estrondo na barra e a defesa Andrea Norheim - uma das caras novas para esta época - acreditou e foi a primeira a chegar à recarga para fazer o 1-1 com o seu primeiro golo com a camisola do Sporting CP – grande festa nas bancadas e dentro das quatro linhas.

E de repente o conjunto verde e branco revitalizou-se e fez-se com o ascendente da partida. Tudo se podia ter complicado, pouco depois, para o SL Benfica, mas o vermelho directo a Andreia Norton – por ter agarrado Olivia Smith quando esta tinha todo o meio-campo pela frente para correr com a bola – foi revertido para cartão amarelo após análise das imagens.

Ainda assim, o Sporting CP continuou a mandar nesta fase final e só um vistoso ‘voo’ de Lena Pauels tirou um grande - e decisivo - golo a Cláudia Neto. Até ao fim do tempo regulamentar, já com Fátima Dutra e a reforço Jacynta Galabadaarachchi em campo, Seabert ainda teve uma rápida e atenta saída aos pés de uma adversária, mas nada mudaria no resultado e a Supertaça avançou para o prolongamento.

Também aqui o ‘sinal mais’ continuou a ser das Leoas, mais perigosas, com Olivia Smith a ficar perto do golo num remate desde a meia-lua e Maiara Niehues muito interventiva a partir da direita. No entanto, as águias também se mostraram vivas na final e, depois de um cabeceamento que saiu muito perto do poste, só uma impressionante defesa à queima-roupa de Seabert manteve o empate no marcador.

Para os derradeiros 15 minutos, Mariana Cabral fez a substituição extra a que tem direito no prolongamento e retirou a desgastada Diana Silva para lançar a jovem Andreia Bravo. Esta etapa ficou marcada, sobretudo, pelas várias paragens e problemas físicos de parte a parte, naturais num jogo tão exigente numa fase precoce da época.

Assim, só os pontapés de penálti decidiriam esta edição da Supertaça, acabando por castigar cruelmente a equipa Leonina, que acabou por ‘morrer na praia’. Logo a abrir, Norheim, Dutra e Fátima Pinto falharam as suas tentativas - a primeira desenquadrada e as outras defendidas -, enquanto o SL Benfica marcou os seus primeiros três pontapés (3-0) e ficou com a vitória e o troféu.

Para as Leoas de Mariana Cabral segue-se, agora, o arranque da Liga com a recepção ao Länk FC Vilaverdense, que tem início marcado para as 16h00 deste domingo.

Sporting CP: Hannah Seabert, Ana Borges [C], Bruna Lourenço, Andrea Norheim, Alícia Correia (Jacynta Galabadaarachchi, 90’), Cláudia Neto (Fátima Dutra, 90’), Joana Martins (Maiara Niehues, 64’), Brenda Pérez, Maísa Correia (Olivia Smith, 52’), Ana Capeta (Fátima Pinto, 64’) e Diana Silva (Andreia Bravo, 106’).

Leoas enfrentam SL Benfica na quarta-feira, em Aveiro

O Sporting Clube de Portugal informa que estão à venda a partir de hoje, quinta-feira, os bilhetes para a final da Supertaça, onde a equipa principal feminina verde e branca vai enfrentar o SL Benfica pela disputa do primeiro troféu da época.

Cada ingresso custa 4€ e já pode ser adquirido nas bilheteiras do Estádio José Alvalade, que estão abertas todos os dias entre as 10h00 e as 20h00.

O embate entre Leoas e águias está agendado para a próxima quarta-feira, dia 13 de Setembro, no Estádio Municipal de Aveiro - Dr. Mário Duarte e tem pontapé de saída marcado para as 19h45.

Técnico reagiu ao dérbi em conferência de imprensa

Após a vitória em casa por 32-26 diante do SL Benfica, Ricardo Costa, treinador dos Leões do andebol, esteve em conferência de imprensa para analisar o dérbi.

"Era uma entrada importante para nós e sabíamos que o SL Benfica teria menos pressão neste jogo do que nós, pela mudança de treinador, pelos dez reforços que têm e pelo tempo que necessitam. Nós somos uma equipa mais consolidada e todos nos dão como candidatos ao título, mas para isso temos de responder dentro de campo e foi aquilo que nós fizemos", começou por dizer aos jornalistas presentes na sala de imprensa no Pavilhão João Rocha, antes de se debruçar sobre o desenrolar dos acontecimentos.

"Entrámos, se calhar, um pouco nervosos, mas depois tivemos 15 ou 20 minutos de, não digo perfeição, mas de muito boa defesa em 6-0, obrigámos o SL Benfica a ir para 7v6 e, não sendo uma novidade para nós, encontraram o golo mais facilmente. Nós bloqueámos um pouco nos últimos dez minutos da primeira parte, mas depois o jogo andou sempre num resultado confortável para nós, em margens de cinco ou seis [golos]", resumiu o técnico.

Por isso, Ricardo Costa deu os "parabéns" aos seus jogadores: "Era um jogo de alta exigência para nós e perante o nosso público e demos a resposta que queríamos". "Cada jogador contribui com o seu grão de areia e acreditam naquilo que fazem", disse ainda, antes de destacar, a nível individual, as prestações de Martim Costa (15 golos) e dos dois guarda-redes Leoninos.

"O Martim tem esta facilidade, ainda por cima num jogo difícil e de alta pressão. Sei que conto com ele, porque dali vem uma resposta positiva. Ele não se encolhe. Os nossos guarda-redes também estiveram bem. O Leo [Maciel] na primeira parte e, depois, decidi trocar porque sofremos alguns golos da ponta, onde o Andre [Kristensen] é muito bom. Temos a felicidade de ter dois guarda-redes diferentes e ele podia ajudar-nos em bolas aos seis metros. Foi isso que aconteceu", enalteceu.

Por fim, o técnico verde e branco abordou ainda o forte apoio Sportinguista que se fez sentir nas bancadas, sublinhando que "a simbiose entre jogadores e adeptos funcionou na perfeição". "Cada jogo tem a sua história e hoje foi escrita com os nossos adeptos, que sem dúvida foram o nosso oitavo jogador. Em momentos em que o SL Benfica se aproximava eles conseguiram ajudar com aquela força extra. Ao longo destes três anos tivemos grandes momentos juntos aqui e queremos continuar a vivê-los", sentenciou.

Triunfo sobre o SL Benfica no Pavilhão João Rocha (32-26)

A equipa principal de andebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, esta quarta-feira, o SL Benfica por 32-26 no jogo de cartaz da primeira jornada da primeira fase do Campeonato Nacional, disputado num preenchido e frenético Pavilhão João Rocha.

Dificilmente podia ter sido melhor o arranque dos Leões de Ricardo Costa. O ambiente no primeiro jogo oficial em casa foi vibrante e a exibição verde e branca perante o rival encarnado também não defraudou. Depois da superioridade demonstrada na primeira parte, o Sporting CP mostrou solidez nos momentos necessários para nunca ceder na liderança do marcador. Individualmente, Martim Costa brilhou no ataque, marcando quase metade dos golos Leoninos – 15.

Para começar o embate, o treinador Ricardo Costa apostou em Leo Maciel, Kiko Costa, Edy Silva, Salvador Salvador, Edmilson Araújo, Natán Suárez de início do lado verde e branco. Os primeiros instantes foram de equilíbrio e algum calculismo das duas formações – 2-2 era o resultado com mais de seis minutos disputados.

A seguir, as águias até chegaram ao 2-4, mas dois golos consecutivos de Kiko – com uma defesa de Leo Maciel pelo meio – e outro de Martim Costa rapidamente deram a volta ao marcador (5-4). A defesa Leonina começou a emergir e num contra-ataque rápido Mamadou Gassama fez o 7-5 antes do quarto de hora de jogo, acendendo as bancadas e levando Jesús González, técnico encarnado, a pedir um desconto de tempo.

No entanto, nada mudou e os Leões arrancaram imparáveis até fixar uma diferença de cinco golos com o 12-7 - e nunca mais deixariam a liderança do marcador. No ataque, sobretudo os irmãos Kiko e Martim Costa - seis golos para cada um ao intervalo - revelaram-se verdadeiros quebra-cabeças, causando inúmeros estragos à linha defensiva do SL Benfica, que não conseguia travá-los.

A resposta encarnada, contudo, chegou à entrada para os últimos cinco minutos da primeira parte, conseguindo um parcial de 0-3 para reduzir a desvantagem (12-10) – pelo meio, Gustavo Capdeville defendeu um livre de sete metros a Kiko Costa. Ainda assim, ao intervalo o Sporting CP foi para os balneários a vencer por 15-12.

Para a segunda parte, Andre Kristensen assumiu a baliza Leonina - em grande logo a abrir - e Pedro Portela também entrou. O reatamento foi mais errático de parte a parte e embora tenha começado com Orri Þorkelsson a continuar a mostrar pontaria a partir da ponta esquerda, Gustavo Capdeville, guarda-redes do SL Benfica, impôs-se com várias defesas e um golo de baliza a baliza para um repentino 16-15.

Um resultado que, porém, durou pouco e que as águias não souberam capitalizar, somando erros atrás de erros, esses sim aproveitados pelo conjunto de Ricardo Costa, que não cedeu na liderança e voltou a disparar no marcador (19-15). E para defender esta margem de quatro e cinco golos num dérbi cada vez mais quente, o Sporting CP foi contando com um Kristensen em excelente nível entre os postes e muita eficácia de Martim Costa, que foi galvanizando um ruidoso Pavilhão João Rocha (25-20) – o camisola 79 acabaria com uns impressionantes 15 golos.

Nunca mais os Leões largaram o controlo do jogo, gerindo-o com segurança. Antes de Portela apontar o 30-25 num livre de sete metros, o jogador encarnado Ole Rahmel viu o cartão vermelho. A recta final teve muitas paragens e ânimos bastante exaltados, mas à impotência do SL Benfica a turma de Alvalade respondeu com assertividade: uma última defesa de Kristensen levantou as bancadas e o golo final do capitão Salvador Salvador selou o 32-26 e soltou a ruidosa festa a verde e branco, dentro e fora das quatro linhas.

Esta foi a terceira vitória seguida do Sporting CP em dérbis com o SL Benfica, que continua sem conseguir vencer na casa das modalidades Leoninas. Conquistados os primeiros três pontos na primeira fase do reformulado Campeonato Nacional de 2023/2024 - este ano terá uma segunda fase com três grupos de quatro equipas consoante as classificações, para a qual transitam com metade dos pontos -, segue-se para os Leões de Ricardo Costa uma deslocação a Braga, este domingo (17h30), para enfrentar o ABC.

Sporting CP: Edy Silva, Benjamin Jakobsen, Pedro Portela (2), Edmilson Araújo, Kiko Costa (8), Natán Suárez, Jan Gurri, Salvador Salvador [C] (1), Espen Våg, Orri Þorkelsson (4), Mamadou Gassama (1), André Kristensen [GR], João Gomes, Etienne Mocquais, Leo Maciel [GR], Martim Costa (15).

Técnico reagiu ao desfecho da Supertaça

Após a derrota por 4-5, decidida no prolongamento, frente ao SL Benfica, Nuno Dias, treinador dos Leões do futsal, analisou a partida em zona mista, começando por dar os parabéns ao rival encarnado pela conquista da Supertaça.

"Em primeiro lugar, parabéns ao SL Benfica, por ter vencido depois de ter estado numa desvantagem tão grande contra uma equipa forte como a nossa. Estão de parabéns pela forma como acreditaram e como foram trabalhando", disse aos jornalistas, acrescentando: "no futsal os jogos nunca estão ganhos nem perdidos e hoje foi um exemplo disso".

Olhando para os momentos decisivos do tempo regulamentar, em que as águias forçaram o prolongamento já perto do fim, o técnico verde e branco lembrou as oportunidades que a sua equipa teve para fechar o encontro.

"Com o 4-2, o Taynan tem uma bola de baliza aberta que poderia ter aumentado a vantagem a poucos minutos do fim e com 4-3 o Zicky também tem um lance isolado, mas acabámos por sofrer golo numa recarga que levou o jogo para prolongamento. Aí o jogo foi dividido e, provavelmente, houve uma decisão errada da minha parte. Nada a apontar àquilo que os meus jogadores fizeram", sublinhou, antes de reflectir sobre a opção de ter apostado no guarda-redes avançado no derradeiros minutos do prolongamento – momento aproveitado pelo SL Benfica para chegar ao 4-5 final.

"Foi uma decisão nossa, minha, com uma boa intenção. Os nossos jogadores estavam cansados e, ainda por cima com cinco faltas, havia a necessidade de ter a bola, fazer um último ataque e não fazer a sexta falta. Nós fazemos isso bem, mas infelizmente naquele momento as coisas não correram como nós queríamos. Pensando agora, se calhar podíamos não ter arriscado, mas se tivesse corrido bem também não teríamos esse pensamento", disse, reforçando, de seguida, "o empenho, a qualidade e o esforço despendido num jogo equilibrado" pelos seus jogadores.

"O anormal era o que estava a acontecer com cinco Supertaças consecutivas [vencidas]. Isto não acontece em lado nenhum. Hoje infelizmente aconteceu outro resultado, mas uma equipa forte e experiente como a nossa já tem de pensar nas melhorias e no jogo com o SC Braga para a Liga", atirou Nuno Dias, por fim.

Depois, também João Matos, capitão Leonino, falou após o desaire no dérbi da Supertaça.

"Entrámos muito fortes no jogo. O SL Benfica errou, nós fomos aproveitando e com algum mérito nosso e demérito do adversário chegámos ao 3-0. Depois, dessa mesma forma, o SL Benfica também teve sorte em alguns lances e ressaltos que os ajudaram a reduzir a nossa vantagem. Sabemos que o futsal é muito isto, o mais mínimo erro pode comprometer o resultado", começou por dizer, continuando a sua análise.

"O SL Benfica foi atrás, nós baixámos muita a defesa e podíamos ter matado o jogo em alguns lances, mas não o fizemos e foi assim. Estamos mais do que habituados a que o futsal seja assim. Agora, temos de rectificar algumas coisas, mas faz parte do desporto. Os mesmos que há meses choraram por perder o campeonato, hoje estão felizes por ganhar uma Supertaça", atentou.

Apesar da entrada em falso em 2023/2024, o experiente fixo verde e branco realçou a ambição da equipa. "Já ganhámos tudo e vamos atrás de ganhar tudo outra vez. Não vamos ganhar sempre, mas vamos fazer de tudo para isso", garantiu, antes de virar as atenções para o arranque do campeonato.

"Agora temos de recuperar porque temos um jogo dificílimo em casa contra o SC Braga", sentenciou.