O Sporting Clube de Portugal informa que já não tem bilhetes disponíveis para a deslocação da equipa principal de futebol a casa do SL Benfica, a contar para a segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal.
Menos de 24 horas depois do início da venda, que decorreu de forma faseada, exclusivamente online e para Sócios, os ingressos disponibilizados esgotaram e deixam em perspectiva mais uma forte presença verde e branca fora de casa.
Depois de ter vencido por 2-1 na primeira mão, o Sporting CP segue em vantagem para a decisão no Estádio da Luz, marcada para as 20h45 de terça-feira (2 de Abril).
Dérbi caseiro com o SL Benfica em perspectiva (sábado, 16h30)
A equipa principal masculina de voleibol do Sporting CP recebe, este sábado, o SL Benfica, a partir das 16h30, no Pavilhão João Rocha, para um jogo em que apesar de o resultado já não influenciar a classificação para o play-off do título, há muito em jogo, no entendimento do treinador Leonino, João Coelho.
“É para continuar a crescer, é para ganhar, seja qual for a circunstância em termos pontuais. Abordamos este jogo como uma final, agora vão ser todos assim. Temos coisas a limar e a amadurecer também em termos de jogo. O adversário apresenta algumas características que são difíceis de combater, por isso ainda não perdeu esta época, mas nós queremos manter a nossa identidade muito própria, continuar a crescer e a dar sinais de que estamos cada vez mais preparados para vencer este tipo de jogos. É isso que vamos tentar fazer já no sábado", começou por dizer aos meios de comunicação do Clube, acrescentando: "É uma óptima altura para arrancar esta fase final da época, encarando o jogo com o mesmo carácter decisivo que vão ter todos os outros a seguir, que é algo que esta equipa tem feito desde o início da época, nunca descurando qualquer adversário em qualquer momento competitivo”.
Além disso, João Coelho frisou que não acredita "em poupanças de nenhum dos lados". “Pode haver gestão física de algum jogador, nada mais do que isso, porque são sempre jogos muito importantes”, completou. E motivação é o que não falta à equipa verde e branca, que vai enfrentar as águias pela terceira vez esta temporada e com ideias bem claras do lado verde e branco.
“A equipa está bem, está motivada, imbuída do espírito certo. Todos temos consciência do que trabalhámos ao longo da época desde Agosto e o grupo está unido o suficiente para acreditar em si próprio, porque nada nos foi dado no nosso caminho. Saiu-nos muito do corpo e vamos usufruir agora dos jogos com os melhores ambientes, mais decisivos, que valem títulos, que valem as finais de provas. Estamos na máxima força, temos toda a gente disponível e muito motivados para o que aí vem”, garantiu, antes de centrar as atenções nos desempenhos anteriores frente às águias.
“É para crescer no resultado, porque a exibição foi muito bem conseguida [último dérbi terminou com desaire Leonino por 3-2]. Temos coisas que pretendemos manter desse jogo e outras que precisamos de melhorar, porque o adversário também o vai fazer, também se ajusta e sabe que há coisas que também tentam explorar da nossa equipa. Sobretudo a nível de resultado, porque o nível exibicional tem-se mantido coerente, tem-se mantido sustentado, sólido muito frequente, a melhorar também e por isso é um jogo para aferir algumas dinâmicas, sem nunca descurar o aspecto mais importante e que é o resultado final, porque a partir daqui todos os jogos são 'a doer', todos contam mais ainda do que os anteriores e temos de o encarar dessa forma e é com esse espírito que vamos a jogo no sábado”, reforçou o treinador dos Leões.
Depois, João Coelho vincou a comunhão cada vez mais evidente e que resulta no apoio dos Sportinguistas à equipa de voleibol. “É algo que temos sentido a crescer durante a época, temos sentido muito, muito apoio, temos tido muito mais gente nos pavilhões. Chega-nos ao grupo uma sensação muito forte de que cada vez acreditam mais em nós, certamente por mérito próprio, do que os jogadores fazem no seu dia-a-dia e são certamente importantíssimos [adeptos], fundamentais, nesta altura. Nós acreditamos muito, trabalhamos muito para isso e, se eles acreditarem conosco, tornam as coisas muito mais fáceis para nós e dificulta muito o trabalho dos adversários. Não tenho dúvidas nenhumas de que, com o público do nosso lado, somos ainda mais capazes de elevar o nosso nível”, apontou, por fim.
Leões e águias frente-a-frente na primeira mão das ‘meias’ da Taça de Portugal
Quinta-feira (20h45) é dia de dérbi eterno no Estádio José Alvalade. A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal recebe o rival SL Benfica na primeira de duas ‘mãos’ para discutir o acesso à final da Taça de Portugal.
Na véspera do duelo, Rúben Amorim, treinador dos Leões, esteve em conferência de imprensa para perspectivar este primeiro passo nas meias-finais da prova-rainha e começou por desconstruir o actual momento da sua equipa, vinda de dois empates.
“Acho que no [dérbi do] ano passado estávamos num pior momento e isso não ficou demonstrado no jogo [2-2 frente ao SL Benfica]. A segunda parte não foi tão boa, mas jogámos muito bem. Agora, tivemos dois empates muito diferentes: com o BSC Young Boys devíamos ter goleado e com o Rio Ave FC não fizemos as coisas que devíamos ter feito num campo difícil”, começou por dizer na sala de imprensa da Academia Cristiano Ronaldo, em Alcochete, antes de se debruçar sobre o dérbi.
“Agora é uma competição diferente, a duas ‘mãos’ e por isso temos de ser inteligentes na abordagem ao jogo. Como é óbvio, vamos jogar da nossa maneira: querer dominar e ganhar o jogo, sabendo que do outro lado vai estar um adversário com muitos jogadores com muita qualidade, são os campeões nacionais e estão em primeiro lugar [à condição] no campeonato”, realçou Amorim, acrescentando: “Vai ser um bom jogo e estamos claramente preparados”.
Depois, questionado sobre o a abordagem ofensiva que espera das águias, que ultimamente têm apostado num ataque mais móvel, o técnico verde e branco apontou vários cenários, referindo, porém, que “o jogo pode tornar-se diferente consoante os jogadores” apresentados.
“Sabemos o posicionamento e como vamos encaixar na pressão, mas jogar o [David] Neres ou o João Mário na mesma posição é completamente diferente, por exemplo. Estamos preparados para tudo, vimos os jogos e mesmo com pouco tempo preparámos os jogadores para isso. Perceber que se o Rafa jogar a avançado, a velocidade é diferente da do Arthur [Cabral] ou do Tengstedt”, detalhou, passando a virar o foco para aquilo que foi trabalhado pelos Leões defensivamente.
“Nós temos uma forma de defender que não passa pela marcação homem-a-homem, portanto temos de ser fortes nos nossos princípios e perceber que tipo de jogador apanhamos à frente. Nas laterais, jogar o Morato ou o Aursnes muda completamente a forma de defender”, acrescentou.
Rúben Amorim adiantou também que espera um SL Benfica “forte” e que “este ano vai variando mais os seus jogadores”. Já do lado Leonino, parte da missão vai passar por “ao longo do encontro, ir adaptando a forma de defender, porque a atacar vamos fazê-lo da mesma forma”, sublinhou, antes de considerar que este dérbi é, acima de tudo, “um jogo importante para levar um bom resultado para a segunda mão”.
A seguir, o treinador do Sporting CP garantiu que tanto Francisco Trincão como Gonçalo Inácio “estão fora do jogo”, depois de terem saído lesionados da partida em Vila do Conde, enquanto o avançado Paulinho estará de regresso às opções. “Ainda ontem estava a fazer trabalho com o fisioterapeuta, hoje disse que se sentia bem, nós não temos quase jogadores para o ataque, e disponibilizou-se logo para jogar. Revela muito do carácter dele e vou levá-lo, mesmo que esteja muito limitado no número de minutos. É sempre um jogador que até no banco nos ajuda a ser mais forte”, destacou sobre o camisola 20.
Por sua vez, Amorim garantiu desde já que Franco Israel será o titular na baliza verde e branca no dérbi, dando continuidade à aposta no guardião uruguaio na prova-rainha. “Temos um jogo da Taça e quem tem sido titular [na prova] é o Franco, por isso vai jogar o Franco. Depois, logo fazemos a nossa avaliação de jogo para jogo”, justificou.
Já abordando o momento de forma de Antonio Adán e também de Marcus Edwards, o técnico dos Leões aproveitou para explicar a forma como gere a equipa a partir de dentro. “Quando eu acredito que é o melhor para o plantel, continuo a apostar mesmo que as pessoas achem que não. Eu conheço o plantel, sei as opções que tenho, entendo o momento e sei a dinâmica que existe dentro do grupo. O meu principal objectivo é ganhar jogos”.
Depois, sobre o menor impacto do extremo inglês actualmente, Rúben Amorim considerou que “são fases dos jogadores, das épocas e das equipas”, mas realçou que isso não o preocupa, até porque acredita que Marcus Edwards, “principalmente em jogos grandes, tem um impacto muito grande e faz a diferença”.
Por fim, confrontado com a estatística que mostra que nos últimos três dérbis, embora tenha sido o primeiro a assumir a vantagem, o Sporting CP não conseguiu mantê-la para vence, o técnico refutou a ideia de “falta de experiência”. “Temos é de saber entender o jogo em cada momento e isso requer muita concentração. Se calhar somos a equipa que recebe menos ataque e sofre mais golos do que outras equipas, portanto temos de crescer nesse aspecto e temos de continuar a marcar muitos golos”, frisou.
Olhando para este embate com o SL Benfica referente à primeira mão da meia-final da Taça de Portugal, Amorim não escondeu que o dérbi tem “sempre impacto psicológico”, mas “que pode mudar logo no jogo a seguir” e, seja como for, nada ficará decidido.
“Tem impacto, sobretudo, na preparação do jogo a seguir. Quem ganhar este dérbi e for com melhor resultado para a segunda mão, vai com mais confiança para o resto da época. Isso vai decidir alguma coisa? Não. Nem vai decidir a eliminatória, nem vai definir o resto do campeonato. As equipas grandes vivem semana a semana”, sentenciou na antecâmara do primeiro dérbi da época no Estádio José Alvalade.