Iniciativa insere-se no projecto 'Padrinhos e Afilhados' e tem como objectivo estreitar laços entre os jovens dos vários escalões
A Academia Sporting é a casa de muitos dos jogadores da formação leonina. No entanto, esta é uma realidade difícil para os mais novos que, pela primeira vez, se veem longe da família e dos amigos. Assim, e sempre a pensar no bem-estar daqueles que dão vida à casa-mãe verde e branca, João Couto, treinador dos juvenis, teve a ideia de lançar o projecto ‘Padrinhos e Afilhados’. O técnico campeão nacional explicou os objectivos da iniciativa e decidiu dar o mérito ao Clube.
“Foi uma ideia do Sporting CP. O foco vai no sentido dos ‘padrinhos’ acolherem os ‘afilhados’, ou seja, dos jogadores mais velhos receberem os novos residentes. Aqueles miúdos que entram pela primeira vez na Academia têm saudades dos pais, de casa… É nisso que os atletas que já cá estão têm de pensar para integrar os colegas”, referiu, acrescentando ainda que esta é a primeira de várias actividades do novo projecto.
Mas afinal, quem é que escolheu quem? Como é que se processaram as escolhas? “Faria sentido serem os afilhados a escolherem os padrinhos, mas eles ainda não se conheciam bem, então fizemos o processo ao contrário. Pedimos aos padrinhos para escolherem os mais novos que jogam na mesma posição do campo ou que têm a mesma naturalidade”, explicou.
Entre centenas de castanhas e dezenas de jovens com o mesmo sonho - o de vingarem dentro das quatro linhas -, encontrámos um caso que exemplificou na perfeição um dos exemplos dados por João Couto. Bavikson Biai, capitão dos juvenis, tinha uma história para nos contar.
“Sou padrinho do Chico, que é um bom menino. A minha missão é ajudá-lo a integrar-se na Academia o mais rapidamente possível porque está longe da família. Tal como ele, sou natural da Guiné mas essa não é o único ponto que temos em comum. O meu primeiro ano, aqui, também foi muito difícil. Sei o que está a sentir”, revelou, ao lado do afilhado, que foi assentindo enquanto ouvia as suas palavras.
Também Pedro Ferreira, médio dos juniores verdes e brancos, aproveitou a oportunidade para dizer que o Magusto foi uma “experiência muito boa”, assente em ideais importantes. “Ajuda os mais velhos e os mais novos a criarem uma ligação entre si, a sentirmo-nos uma família”.