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Opinião

O caminho é por aqui

Por Juvenal Carvalho
25 Jul, 2024

Acabada com sucesso a época de 2023/2024 – no futebol, mas também em outras modalidades – e ainda a degustar o tão doce sabor da vitória, eis que a bola já rola.

Afinam-se estratégias. Trabalha-se no duro com o futuro na mente. E como todos desejamos, o futuro passa por conquistas. Já nos próximos dias, na Supertaça, mas sobretudo, qual sonho que tanto nos move, lá para Maio de 2025, com a conquista do Bicampeonato. 

E é na luta pelo sonho que nos move a todos, sabendo que nada acontece sem trabalho, mas sobretudo com método e planeamento, que o nosso futebol profissional se propõe voltar a fazer feliz o universo Leonino.

Sabemos que os rivais têm argumentos fortes. Sabemos também que nada nos é dado de mão beijada. Mas é por sabermos tudo isso que os comandados por Rúben Amorim estão preparados para uma nova versão do #ondevaiumvãotodos. Numa premissa de união inabalável. 

Nesta pré-temporada e se dúvidas houvesse sobre a forma como se trabalha na nossa Academia, o facto de temos partido para o estágio em Lagos com 18 jogadores made in Sporting, entre os 29 elementos do plantel, prova não só que o caminho a trilhar é este, como também que o trabalho tem dado frutos. 

Ano após ano repete-se a inclusão de muitos jogadores da casa.

Somos garbosamente o clube que formou dois melhores do Mundo e vários outros da elite do futebol mundial. Passa tanto por aí o caminho do futuro. Faz mesmo parte do nosso ADN. 

Já formámos grandes craques desde antanho. A minha memória vai até ao antigo pelado em frente à Porta 10-A. Onde, aos sábados à tarde e aos domingos de manhã assisti ao crescimento de meninos de então, que se tornariam em grandes craques do amanhã.  

E ter a garantia que a base está sustentada na formação – que bom é ver despontar os "filhotes do Leão", como canta Caetano Veloso no seu "Leãozinho". A essa formação de qualidade, a estrutura composta por Frederico Varandas e Hugo Viana, inevitavelmente em sintonia com Rúben Amorim, tem tido a visão de a complementar com jogadores mais experientes que acrescentam muita qualidade, e dá aquela mescla tão necessária de experiência vs. juventude... e da casa.

Tal como no cântico das nossas claques, nós acreditamos em vocês. Por todas as razões e mais algumas. Lado a lado. Convosco no relvado e nós a "empurrar" na bancada, naquela simbiose que tem sido tão perfeita. Sábado temos já o Troféu Cinco Violinos, cuja disputa é carregada de simbolismo para todo o universo Leonino. Na próxima semana a paragem obrigatória será em Aveiro, para a Supertaça. A bola está quase a rolar a nível oficial. Que se inicie triunfante. Que 2024/2025 nos traga grandes recordações. O trabalho está a ser bem feito. O caminho é este. É por aqui!

Primeiros jogos, primeiras sensações!

Por Tito Arantes Fontes
25 Jul, 2024

PREÂMBULO – Na última terça-feira mais dois jogos de preparação no Algarve, o primeiro – de manhã e à porta fechada – contra o Farense e o segundo, ao início da noite e no Estádio Algarve, muito bem composto de público, com o conceituado Sevilha, uma das melhores equipas espanholas, vencedora de sete edições da Liga Europeia!

JOGO COM O FARENSE – Deste primeiro jogo não temos imagens, mas sabe-se que o nosso Gyökeres – já recuperado da sua operação – fez o seu primeiro hat-trick da época, em apenas 45 minutos, ou seja, nos primeiros minutos da época, Gyökeres disse logo “presente”! E fê-lo de modo categórico! À Leão!

JOGO COM O SEVILHA – Vimos esta partida na televisão e continuamos com as boas sensações que já nos tinham ficado do jogo com os belgas do Saint-Gilloise. É patente o trabalho já feito e começam a ver-se os resultados do “laboratório” liderado e comandado por Rúben Amorim. Este jogo com o Sevilha trouxe indiscutivelmente boas indicações, com várias jogadas de nível, dois golos magníficos e várias outras oportunidades em que só por milímetros não conseguimos dilatar o marcador, nomeadamente através dos nossos Pote e Geny Catamo. O primeiro golo é −todo ele! – uma obra de arte, com especial relevo para Nuno Santos (seguramente um dos melhores laterais esquerdos português da actualidade e o único com capacidade e qualidade de passe para ao primeiro toque fazer jogadas/passes/centros de golo!) e um acabamento notável do jovem Rodrigo Ribeiro. O segundo golo é outra grande pérola, com passe longo do Diomande, excelente recepção artística do miúdo Rodrigo Ribeiro que assistiu primorosamente para Trincão fazer pura magia… adornando de modo superior um remate certeiro, num momento só mesmo ao alcance de predestinados como ele!

LESÕES – Preocupados ficámos com as lesões de Nuno Santos e de St. Juste, ainda por cima porque qualquer um dos dois estava mesmo a dar boa conta do recado e a mostrar que a respectiva forma está já aí a chegar. Oxalá sejam, pois, apenas mazelas do jogo e não complicações que venham para durar mais. Nesta altura da época não dava mesmo jeito.

ARBITRAGEM – Referência especial merece também a actuação do nosso conhecido Fábio Veríssimo… pois, coitado, o homem não sabe mesmo apitar os jogos do Sporting CP! Passou o jogo quase todo a perdoar o modo duro e até “rugbyano” como vários jogadores do Sevilha se apresentaram, mostrando apenas dois amarelos para tanta infracção merecedora de igual punição… e, depois de tanta condescendência com o nosso adversário, lá teve de demonstrar a sua bravura e – perto do fim do jogo, quiçá para dar maior emoção a esses momentos finais – pumba, encarnado directo para Diomande! Fábio, depois do Jamor já tinha pedido isso, quando sair na rifa um jogo do Sporting CP para apitar, pois faz mesmo à família Sportinguista um enorme favor… é ir para Peniche e não sair de lá!

TROFÉU CINCO VIOLINOS – É já este sábado a apresentação da equipa aos Sócios no Estádio José Alvalade, em partida com o histórico Atlético de Bilbau, vencedor da última edição da Copa del Rey. Esperamos casa cheia, tanto mais que teremos a despedida de Coates… e esse é todo um momento de carinho e pura emoção Sportinguista que não se pode mesmo perder!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!

P.S 1 – Os dois jogos a que já assistimos provocaram-nos uma espécie de sensação de paz com o futebol. Depois da tristeza da Selecção com o seu pastoso e enfadonho jogo para trás e para o lado, finalmente vimos outra vez futebol e do bom! Um colossal mundo de diferença entre o tal de Martínez (ainda bem que não levou – com excepção do Gonçalo Inácio – as nossas “pérolas” para o seu estilo de jogo de “rodriguinhos” inúteis!) e o nosso Rúben Amorim! É mesmo caso para dizer… que bom termos o Rúben connosco!

P.S 2 – Estão a começar os Jogos Olímpicos de Paris e temos vários atletas das nossas cores em prova, dispersos por várias modalidades, desde o atletismo ao judo, passando pelo surf! Boa sorte… e, se possível, venham de lá algumas medalhas!

Let the games begin

Por Mafalda Barbosa
25 Jul, 2024

Editorial da edição n.º 3986 do Jornal Sporting

Citius, Altius, Fortius” – o mais Rápido, o mais Alto, o mais Forte.

É este o lema daquele que é considerado um dos maiores eventos desportivos do Mundo.

A essência da frase está na superação dos limites, proposta aos atletas que competem nos Jogos Olímpicos. Uma demonstração de exigência para todos os atletas, levando-os a alcançar a excelência.

O lema foi instituído em 1894, por ocasião da criação do Comité Olímpico Internacional. Mas os primeiros Jogos Olímpicos, de que há registo, realizaram-se em honra de Zeus, há mais de três mil anos na Grécia Antiga.

Com a conquista da Grécia pelo Império Romano, os Jogos estavam condenados a terminar. 

Os gregos dedicavam-se ao desporto como forma de homenagear os seus deuses, o que não agradava aos romanos. No ano de 393 d.C., Teodósio I, imperador romano, ordenou a extinção de todos os festivais pagãos. Os Jogos não voltariam a realizar-se até ao século XIX.

Pierre de Coubertin, barão francês, trouxe de volta os Jogos Olímpicos, a Atenas, em 1896. Participaram cerca de 280 atletas, oriundos de 13 países, em 42 provas de dez modalidades distintas. Tudo isto sobre o olhar atento de 60 mil espectadores.

Repletos de simbolismo, os Jogos Olímpicos promovem a paz e a união, a universalidade do desporto e valores como o humanismo e o respeito por todas as nações. O objectivo é garantir o desenvolvimento harmonioso da humanidade através da prática desportiva.

Na véspera do arranque da edição dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, relembramos nesta edição do Jornal Sporting a excelência dos atletas Leoninos que alcançaram o pódio olímpico ao longo da História do Clube.

Sabemos que este ano, e mais uma vez, a comitiva Leonina levou na bagagem: ambição, superação, profissionalismo e excelência. Rumo ao pódio olímpico.

Força, Leões!

Atletismo de Campeões, defeso para Campeão!

Por Tito Arantes Fontes
18 Jul, 2024

ATLETISMO – Decorreram no último fim-de-semana, em Viseu, no Estádio do Fontelo, os Campeonatos Nacionais de clubes de atletismo. Fomos, mais uma vez, pela quinquagésima quarta vez, décima quarta consecutiva, campeões em femininos, com 163 pontos e uma vantagem robusta de quase 40 pontos sobre o segundo classificado, marcando assim de modo notório a abissal diferença do Sporting CP para com todos os seus demais concorrentes. Já em masculinos perdemos por uma “unha negra”, ou seja, por um simples ponto, na última prova, tendo atingido os 156 pontos, sendo que o vencedor alcançou pontuação global inferior à da vertente feminina. A verdade é que esteve por muito pouco a recuperação do título nacional, que ficou mesmo ali, ao “virar da esquina”. Com o “mix” destes dois resultados nenhuma dúvida que somos – e assim nos devemos considerar e ver – a maior potência nacional no atletismo. Esse é o corolário objectivo que podemos matematicamente retirar dos resultados obtidos. Temos um somatório em “masculinos e femininos” de 319 pontos e, a trinta e seis pontos, lá aparece o segundo classificado, o SL Benfica, com tão só 283 pontos. E no terceiro posto surge, a Juventude Vidigalense, de Leiria, com um total de 171 pontos, fruto do seu notável trabalho já com várias décadas em prol do atletismo. Historicamente, continuamos como indiscutíveis lideres: 48 títulos em masculinos, em 86 campeonatos; e em femininos temos os já mencionados 54 títulos em 81 campeonatos. Impressionante! Parabéns, pois, ao nosso atletismo! E a todos os seus atletas, técnico e dirigentes!

PRÉ-ÉPOCA / DEFESO – Dia-a-dia vamos acompanhando as notícias da preparação da próxima época futebolística. Em aditamento ao que já escrevi na última semana, falta-nos ainda a chegada do nosso Franco Israel, que esteve ao serviço do seu Uruguai até à final da Copa América, neste passado domingo. Esta semana temos, finalmente, uma primeira amostra pública (pese embora se saibam os resultados de alguns “internos” minis jogos-treino, com finalidades específicas), num jogo com os belgas do Saint-Gilloise. Na semana seguinte teremos o Sevilha, no mesmo Estádio, culminando no dia 27 deste Julho, no nosso Estádio José Alvalade, pelas 19h30h, na apresentação aos Sócios, no Troféu Cinco Violinos, com o Athletic Club. Entretanto, noutros lados e como de costume, vão-se ouvindo “hossanas” e fabricando “primeiras páginas”… enfim, continuem, continuem mesmo, pois ano atrás de ano temos visto no que dá tanto “foguetório” antecipado… este ano até já houve um jogo em que noticiaram mais o resultado ao intervalo do que o triste e patético empate com que terminaram! Quando chegar a hora… pois, veremos!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!

P.S – Acabou o Europeu e acabou bem, com a vitória da selecção espanhola, a que apresentou melhor futebol e ganhou todos os seus sete jogos! Ganhou à Croácia, à Itália, à Albânia, à Alemanha, à França, à Inglaterra! É obra! E não perdeu com a Geórgia! Goleou-a! Já Portugal… ah, pois, perdemos com a Geórgia! E chorámos com a França! É continuar com o tal de Martínez… um dos mais bem pagos seleccionadores do Europeu (aí estamos mesmo no pódio!)… quem sabe é este ano que olha para Pote, Trincão, Nuno Santos… e, quiçá, até vai ao México “descobrir” o Paulinho!

A causa Leonina

Por Juvenal Carvalho
18 Jul, 2024

Hoje, levado sobretudo pela justiça a quem no mais profundo anonimato tudo faz pelo Sporting CP sem querer receber nada em troca, decidi fazer uma coluna de opinião um pouco diferente das últimas. Para falar de pessoas que vivem o Sporting Clube de Portugal, sem que existam mais ou menos Sportinguistas – porque sou até daqueles que não entro em medidores de paixão clubística, mas de gente que me marcou muito pelo seu conhecimento da História Clube.  

E nelas, registo a para mim maior enciclopédia viva da História centenária do Sporting CP. Falo de Mário Casquilho, que foi o grande responsável pelo espaço fantástico que é o nosso actual Museu que orgulha cada um de nós e de que ele foi o seu "arquitecto". Um Homem que respira Sporting por todos os poros e que vivenciou momentos inolvidáveis dos quais sabe do que fala como ninguém.

Das poucas vezes que com ele privei nos últimos anos, a última, quis o destino, que fosse mesmo no Museu, e durante a cerimónia do centenário do nosso Jornal Sporting, que, com que orgulho pessoal, tenho o privilégio de escrever semanalmente. Também José Bernardes Dinis, desde 1977 com o "seu" Museu de Leiria, que tem sido ao longo de décadas local de passagem de milhares de Sportinguistas, tem uma História de dedicação ao Clube que fala por si.

Mas claro que existirão no mais puro anonimato outros grandes Sportinguistas que não conhecerei mas que, por estudiosos, também serão verdadeiras "enciclopédias". Vou falar de três delas, que fazem o favor de ser meus amigos pessoais e que são um exemplo de Sportinguismo genuíno, embora por razões dispares.

Do João Romero Chagas Aleixo, um algarvio de Loulé, que como eu é fã incondicional do poeta António Aleixo, seu conterrâneo, do Nuno Pessoa Barradas e do Carlos Seixas. Conheci-os de forma diferente. O João, ainda muito jovem no estádio, mas sobretudo nos pavilhões; o Nuno, que conheci quando foi retomado o basquetebol no Sporting CP, em 2012, porque por lá tinha o seu filho a jogar e, ganhando o "bichinho", foi recrutado para ajudar na secção então ainda autónoma e o Carlos através de grandes causas do quotidiano do Leão.

O João Aleixo deu-me a conhecer a inequívoca hegemonia do nosso Clube, no maior trabalho que jamais alguma vez vi sobre a comparação dos troféus ganhos pelos "três grandes" em todas – literalmente todas, as modalidades. Tantas horas de pesquisa. Tanto conhecimento. Quanta dedicação.

Já o Nuno Barradas, sendo um coleccionador inveterado de camisolas do Sporting CP, tantas são as que tem, é também um dos mentores da Wiki Sporting, que é uma "ferramenta" de excelência para o verdadeiro conhecimento de tudo o que diz respeito ao nosso Clube. Horas e horas de pesquisa feita de altruísmo.

Quanto ao Carlos Seixas, é detentor de um enorme espólio no Museu que tem num espaço considerável da sua casa – sei que estou em falta contigo e ainda não fui visitar –que contém peças com tanta história e simbolismo nele representadas.

Como disse atrás, outros haverão que não conhecerei (mas que os homenageio aqui) e sabemos todos bem quanto o universo Sportinguista é grande. Estes, dos que conheço, no anonimato, são os meus heróis pela defesa a uma causa. A causa Leonina!

"Vencer é nunca desistir"

Por Mafalda Barbosa
18 Jul, 2024

Editorial da edição n.º 3985 do Jornal Sporting

Foco, disciplina e persistência.  

Características que tão bem definem as atletas do Sporting Clube de Portugal e que levaram à conquista do 14.º Campeonato Nacional de clubes consecutivo. O 54.º da História do atletismo Leonino no feminino.  

“Queremos manter a nossa hegemonia e continuar a ganhar. Mesmo confortáveis nunca tirámos o pé do acelerador e foi uma vitória estrondosa”, salientou Paulo Reis, coordenador técnico do atletismo do Sporting CP, após a conquista.

As conquistas dependem da perseverança e da força de vontade.  

Agora, a ambição das nossas Leoas e dos nossos Leões, não só do atletismo, aumenta. Seguem-se os Jogos Olímpicos de Paris e na bagagem levam a vontade de vencer, de fazer mais e melhor e de honrar as cores do Clube e da nação.  

Uma vontade comum às equipas Leoninas que aos poucos regressam aos habituais trabalhos de preparação para a época 2024/2025.

No Algarve, prossegue a pré-época da equipa principal de futebol, enquanto na Academia Cristiano Ronaldo a equipa principal feminina trabalha a todo o gás, juntamente com as equipas do futebol de formação.

Nas modalidades, a equipa principal masculina de andebol também regressou ao trabalho e durante a realização dos habituais exames médicos, a união e a motivação dos Campeões Nacionais fez-se sentir. “A equipa mantém-se com a mesma ambição, com a mesma entrega e queremos muito repetir todo o sucesso que tivemos em 2023/2024”, salientou o capitão, Salvador Salvador.

Nesta nova caminhada que agora começa, vamos continuar a escrever novos capítulos na nossa História.  

De geração em geração, em Portugal e além-fronteiras, o apoio dos nossos Sócios e adeptos às nossas equipas será também, e como sempre, fundamental rumo às futuras vitórias.

Porque “vencer é nunca desistir”! *  

*Albert Einstein

118 anos de capitães… de Coates a Manuel Fernandes!

Por Tito Arantes Fontes
11 Jul, 2024

118 ANOS – Com o impacto da brutal notícia e a vontade de escrever sobre o nosso Manuel Fernandes não fiz, na semana passada, nenhuma referência ao nosso 118.º aniversário! A nossa fundamental data! O início da saga da família Sportinguista! Obrigado aos fundadores! Obrigado às gentes que fizeram o nosso passado! Obrigado ao nosso presente! E vamos, com coragem, abraçar o futuro! Parabéns, Sporting CP!

INÍCIO DE ÉPOCA – Neste início de Julho começaram também os trabalhos de pré-época no que à nossa equipa principal de futebol diz respeito. A enorme maioria dos nossos jogadores já está em Alcochete a trabalhar. Faltam só – creio eu — os internacionais do Europeu, Gonçalo Inácio e Hjulmand. Duas novas contratações já confirmadas e apresentadas, o gigante Kovacevic e o defesa belga Zeno Debast. Gyökeres já a trabalhar também, depois da operação a que foi submetido no final da última época. E – desde logo pelas saídas dos nossos queridos Coates (já lhe dedico de seguida umas palavras especiais), Neto, Paulinho e Adán – vamos ter novos capitães! Há mesmo uma nova equipa em construção! A expectativa cresce… vamos a isto… o “Bi” – com o sorteio do seu calendário cumprido no passado domingo – está já aí!

COATES – Fomos apanhados de surpresa, fomos todos no final da semana passada apanhados de surpresa! O nosso Coates regressa à sua casa, ao seu Uruguai, ao seu inicial clube… ao seu outro amor, ao Nacional de Montevideu! Foram oito épocas de Leão ao peito! Lembramo-nos de tanto… lembramo-nos de tudo! O capitão sereno, gigante, exímio a defender, atacante das “horas tardias”… corporizava a esperança nos milagres de última-hora, fundadas na fé e na garra, numa palavra… no querer! Um senhor nas alturas e – sobretudo – um senhor na vida! O homem que foi exemplar, sempre exemplar… antes, durante e depois de Alcochete, nesse doloroso dia 15 de Maio de 2018! O homem que – nessas horas e dias críticos – não nos abandonou, não virou a cara, não renegou, não confundiu a centenária instituição com uns, poucos, que a feriam… e que, ao invés, disse presente, anunciou que ficava, declarou o seu Sportinguismo, jurou a sua fidelidade… e, por isso tudo e por muito mais… do domínio do indizível, do intangível… ficou mais seis anos! E é nosso, património eterno do Sporting CP! Coates sai com a compreensão, o carinho e o aplauso de todos os Sportinguistas! E vai ter, ainda bem que vai ter, o tributo da família Sportinguista no próximo dia 27 deste mês, no jogo do Troféu Cinco Violinos! Eu – como milhares de outros, todos os outros – de pé a aplaudir e a homenagear o nosso Capitão! Obrigado, Seba!

MANUEL FERNANDES (ainda e sempre) – Apesar da minha última longa crónica não ficou tudo dito sobre o nosso Manel… era mesmo impossível ficar. Impressionaram-me especialmente a dimensão das influências – profissionais e pessoais, estas de modo muito sentido – do Manel Fernandes nalguns “monstros” do nosso futebol… José Mourinho (grato reconhecimento presencial a quem nele acreditou e lhe abriu as portas do mundo do futebol!), Jorge Jesus (sentida recordação ao jogador e sobretudo ao homem!) e tantos, tantos outros. O mundo da política também não quis ficar de fora. O Presidente Marcelo foi pessoalmente prestar as suas últimas homenagens ao Manel no Estádio José Alvalade. E a Assembleia da República aprovou por unanimidade de todos os partidos (coisa rara) um voto de pesar pela morte do nosso Manel! Unânimes no sentir e na homenagem foram também as palavras de antigos dirigentes do nosso Clube que trabalharam com o Manel Fernandes e o recordaram com genuína saudade. Falo, por todos, de Sousa Cintra e Paulo Abreu. Por último, salientar o povo anónimo que expressou de múltiplas formas o seu sentir… gentes de todas as cores clubísticas que sabem bem que este “astro” é uma lenda imorredoira!

MANUEL FERNANDES E EU – Tive o privilégio de ter conhecido o Manuel Fernandes, cruzando-me com ele algumas vezes na Tribuna de Alvalade e outras na Sporting TV. Ficou-me sempre a imagem de um homem educado, simples, de trato fácil, com um sorriso genuíno, cujo coração brotava Sportinguismo! Alguém que – apesar de ser quem era e de saber que assim era – nunca se pôs em bicos de pés, em soberbas vãs! Alguém que fica sempre como exemplo da postura de uma verdadeira Lenda do nosso Clube! Alguém que, quando uma ou outra vez, ficou sentado ao meu lado a ver o jogo, me conseguia sempre fazer comentários “antes” de eu perceber o que se passava… alguém que me “iluminava” a visão do jogo, alguém que me ensinou a “ler”, sendo eu “cego”! E alguém que um dia me confessou que o seu melhor golo ao Benfica foi mesmo o seu último da goleada dos 7-1… por uma razão, por ser mesmo o último desses sete golos, acrescentando que se tivesse havido mais um, o oitavo, pois seria esse sem dúvida nenhuma! Toda a gente do futebol de todas as cores futebolísticas percebe este “querer”, afinal é também “isso” que nos faz amar este desporto! Partiu um grande Leão de juba tremenda! Obrigado, Manuel Fernandes!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!

P.S − Obras no José Alvalade  estão anunciadas várias melhorias no nosso Estádio. Muitas já em curso. Fosso, leds, novos ecrãs panorâmicos, som, luz… estamos todos ansiosos por “viver” essa nova realidade! Aguardemos, pois!

 

Oh captain, my captain

Por Juvenal Carvalho
11 Jul, 2024

A notícia chegou-me no passado sábado, quando liguei o WhatsApp: "O Coates vai sair". Foi assim, desta forma lacónica, que recebi de um amigo a informação, então ainda não oficializada pelo Sporting CP, mas que chegaria poucos minutos depois, num vídeo emocionante de despedida publicado pelo nosso Clube. Logo fui pesquisar as reacções do universo Sportinguista a este adeus do nosso "Seba", do nosso "El Patrón", do nosso "Captain".  

Todas eram de profunda estima e de compreensão. Todos nós nos habituámos a estimar alguém que passou a ser uma referência do nosso Clube, e nos dias de hoje, na era do futebol indústria, cada vez menos isto é possível. Todos nós ficámos tristes pela saída de um dos nossos, que quis terminar, por razões pessoais, a carreira no seu país, no seu outro amor, o Nacional de Montevideu. 

E por tudo o que representas, vou escrever-te uma missiva sincera e de coração aberto:

“Olá, Sebastián Coates. Primeiro, desculpa o trato por "tu", até porque não nos conhecemos pessoalmente, mas sei que não vais levar a mal. Chegaste em Janeiro de 2016, vindo da Premier League, mais concretamente do Sunderland. Assumo que sabia pouco de ti. Posso dizer-te até, levado pela sinceridade, porque é assim que sei e gosto de estar, que não eras, na fase inicial, o protótipo do jogador que me enchesse as medidas. Fiz-te até críticas no meu círculo de amigos, porque não te achava aquilo que o Sporting CP necessitava. No fundo, estou a assumir aquilo que foi a realidade e não apenas dizer-te palavras bonitas, porque sim. Mas sabes, Sebastián Coates, que bom ter estado errado, e como me penitencio por isso. Depois de teres Alvalade a desconfiar de ti – sim, não era só eu – subiste a corda da confiança de todos nós a pulso. E como o fizeste. Se já sabia que eras um profissional de mão cheia, porque és daqueles que não enganas, conseguiste encher o meu (nosso) coração de Leão, porque para isso tanto lutaste. Oito anos e meio de Leão ao peito depois, na despedida afirmaste ter sido "uma decisão e um dia muito difícil". E foi. Para ti e para mim – afinal, para todos nós. Ganhaste oito troféus (dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e quatro Taças da Liga), tantas vezes com golos decisivos teus; mas ganhaste muito mais que isso. Tornaste-te no nosso "Capitão", no jogador estrangeiro que mais jogos fez pelo Sporting Clube de Portugal. Entraste no top ten de jogadores com mais jogos efectuados de Leão ao peito. Ganhaste definitiva e decididamente o coração de quem ama o também agora, e para sempre teu, Sporting CP. Que te posso dizer mais, além de te agradecer muito estes oito anos e meio. Só te posso pedir desculpa pela desconfiança inicial. Que tu afinal não o merecias. Partes, não só como um dos nossos, mas sobretudo como uma referência do Sporting Clube de Portugal. Estarás para sempre no nosso coração. Agora, depois de nos fazeres muito felizes, regressas ao teu país e ao teu outro clube do coração. Vou recordar para sempre a alegria com que levantaste todos os troféus que ganhaste ao serviço do nosso Clube. Recordar a tua alegria quase de criança com que no Marquês de Pombal ou na Câmara Municipal de Lisboa festejaste com os teus colegas de equipa o nosso 24.º título nacional. 

Vai ser emocionante ter que me despedir de ti no Estádio José Alvalade no Troféu Cinco Violinos. Muito emocionante mesmo. Mas sem seres avançado, como eram esses "monstros" da nossa História, conquistaste indelevelmente o estatuto de "violino". Um "violino" da era moderna. 

Sei que sou um pouco lamechas e não deveria dizer isto para um Leão como tu, que és um lutador indomável: Foi com muita emoção que te escrevi estas linhas. 

Já tenho saudades tuas!

Obrigado por tudo!”.

P.S – Este texto para Sebastián Coates poderia servir – e serve também – para homenagear e agradecer igualmente a Antonio Adán, Luís Neto e Paulinho. Também eles de partida. Também eles enormes. Também eles ficarão eternizados na nossa História.      

  

Nineteen eighty-four

Por Mafalda Barbosa
11 Jul, 2024

Editorial da edição n.º 3984 do Jornal Sporting

1984. 

Recuamos no tempo, 40 anos, e olhamos para eventos que marcaram o Mundo para sempre.

A Apple Inc. lança o computador Macintosh, que viria a revolucionar a evolução da tecnologia. 

Svetlana Savitskaya torna-se na primeira mulher a caminhar no Espaço. Uma experiência que durou mais de três horas fora da plataforma espacial Salyut7.

Madonna lança o mítico álbum “Like a Virgin”.

“Thriller”de Michael Jackson, é pela vigésima vez disco de platina nos Estados Unidos e entra para o Guinness World Records como o álbum mais vendido de sempre.

No mundo do desporto, Fernando Mamede percorre dez mil metros de Leão ao peito em 27 minutos, 13 segundos e 81 centésimos e bate o recorde do Mundo, em Estocolmo.

“Foi com a camisola do Sporting CP que bati este recorde. Foi um orgulho enorme poder prestigiar o nome do Clube numa grande prova e ajudar a elevá-lo num momento histórico”, referiu.

Carlos Lopes, atleta do Sporting CP, conquista a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos na maratona, em Los Angeles, e estabelece um novo recorde de duas horas, nove minutos e 21 segundos. É a primeira vez na História que um atleta português atinge este feito.

2024.

De regresso a 2024, o legado do atletismo Leonino continua a mostrar a sua força competitiva.  É já este fim-de-semana que mais de 50 atletas competem pelo lugar mais alto do pódio, nos Campeonatos Nacionais de Clubes. 

Porque o passado, presente e futuro do Sporting CP reveste-se sempre de profissionalismo, dedicação e excelência.

ETERNO

Por Mafalda Barbosa
04 Jul, 2024

Editorial da edição n.º 3983 do Jornal Sporting

Poucos dias antes de completar 118 anos de uma História única, o Sporting Clube de Portugal despediu-se de um dos seus.

Partiu um dos melhores da sua História.

Manuel Fernandes tinha a capacidade de pacificar, unir e construir. E construiu, um legado que transcende rivalidades, clubes e gerações.

Transmitiu sempre o que é ser Sporting e dignificou sempre os princípios e os valores do Clube.

Um exemplo de paixão e de compromisso e uma inspiração para as gerações futuras.

Manuel Fernandes engrandeceu, não só, a História do Sporting CP, como também o desporto nacional. Será sempre uma referência não só no futebol, como no desporto em geral e na vida.

A sua generosidade e humildade tornaram-no numa pessoa querida por todos, um ser humano especial. “Só tenho a agradecer ao Sporting CP, que me tem respeitado muito, e à massa Associativa que sempre me tratou com dignidade”, referiu numa das suas muitas entrevistas.

Honraremos tudo o que Manuel Fernandes nos deu e continuaremos o nosso caminho, tendo como exemplo os seus grandes feitos. Relembrando, igualmente, todos aqueles que, ao longo destes 118 anos, se mantiveram firmes aos princípios do Clube.

São 118 anos de uma História ímpar e de um legado infindável repleto de Esforço, Dedicação, Devoção e Glória.

Uma História construída por todos aqueles que desde 1906 partilham a mesma visão e princípios que nos fazem ser Sporting CP. Daremos continuidade ao pioneirismo e à visão futurista do nosso fundador.

As lendas mantêm-se vivas na nossa História e na memória de todos nós.

Na celebração, ou na adversidade, somos sempre Sporting Clube de Portugal.

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