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Opinião

Indomáveis

Por Pedro Almeida Cabral
04 Ago, 2022

Foi neste último fim-de-semana que se realizaram os Campeonatos Nacionais de Clubes em atletismo. Já se sabe que os crónicos candidatos à vitória são o Sporting Clube de Portugal e o SL Benfica. Em femininos, há mais de um quarto de século que o domínio do Sporting CP é avassalador: desde 1995, apenas não vencemos em 2010. Este ano cumprimos a tradição, ao ganhar pela décima segunda vez consecutiva. Já em masculinos, ainda não foi desta que retomámos o nosso lugar, pois somos, de longe, o clube com mais títulos, 48 face aos 34 do SL Benfica. A verdade é que a história podia bem ter sido outra: só perdemos para o SL Benfica através do critério de desempate.

Em femininos, larga vitória Leonina. A diferença para o segundo lugar do pódio foi significativa. Fizemos 157 pontos, deixando bem para trás o Juventude Vidigalense, com 109. Algumas conquistas adivinhavam-se. É o caso de Auriol Dongmo com 18,65 metros no lançamento do peso, Evelise Veiga no salto em comprimento, com 6,22 metros, Patrícia Mamona com 14,04 metros no triplo salto ou de Vera Barbosa nos 400 metros barreiras, que fez 56’’87. Merecem igualmente destaque Olímpia Barbosa nos 100 metros barreiras com 13’’32 e Anabela Neto, com a melhor marca nacional do ano no salto em altura, 1,83 metros. Foram, no total, 14 triunfos que mantiveram a tradição da prova ser ganha pelo clube com mais histórico no atletismo português, o Sporting CP.

Já em masculinos, a competição foi emocionante e o desfecho esteve em aberto até ao fim. Tanto o Sporting CP como o SL Benfica fizeram os mesmos 147 pontos. No desempate, contaram as vitórias individuais, em que estávamos em desvantagem. Estivemos muito perto de sermos campeões. Menção para Andriy Protsenko, atleta ucraniano que, recentemente, fugiu do seu país devido à invasão russa e que saltou à altura de 2,15 metros, após os estrondosos 2,33 m que lhe valeram o bronze nos recentes Campeonatos do Mundo. João Coelho nos 400 metros, com 46’’86, e Rúben Amaral, nos 5000 metros, com 14’15’’01 marcaram os Campeonatos pelas suas vitórias no limite em corridas extremamente disputadas. Bastava algumas provas terem corrido um pouco melhor, como os 3000 metros ou o lançamento do disco, que teríamos feito a dupla conquista dos Campeonatos, que há muito nos escapa. No final, fica a sensação que já faltou muito mais para os indomáveis Leões tornarem a fazer o pleno no atletismo nacional.

Vençam por nós

Por Juvenal Carvalho
04 Ago, 2022

Terminada que está a preparação para a nova época, e afinadas que estão as estratégias para uma temporada que queremos de sucesso, eis que Rúben Amorim e os rapazes de verde e branco têm já no próximo domingo, e com a cidade de Braga como palco, o seu primeiro acto oficial, e naquele que será um início particularmente difícil, o mote só pode ser este: Ganhar, ou ganhar... respeitando sempre a grande valia do nosso opositor, porque é esta a génese do nosso Clube, e também porque se sente no ar um Sporting CP estruturado e capaz.

Não tenho mesmo dúvidas, sendo que não quero entrar na área da futurologia, que esta época foi bem preparada - pese o mercado só fechar no próximo dia 31 de Agosto e ainda estarem em equação possíveis entradas e saídas - e quando se trabalha com assertividade, e sobretudo com um secretismo de registar, o caminho para o êxito estará seguramente mais próximo.

Tendo como saídas relevantes até ao momento João Virgínia, Feddal, Palhinha e Sarabia, todas elas com cambiantes e razões diferentes, as mesmas foram colmatadas com entradas interessantes e todas elas para colmatar com ganho os abandonos. Para isso entraram o guarda-redes uruguaio Franco Israel (Juventus FC), o defesa-central neerlandês Jeremiah St. Juste (1. FSV Mainz 05), o médio japonês Morita (CD Santa Clara) e os avançados portugueses Rochinha (Vitória SC) e Francisco Trincão (FC Barcelona). Resta pois aguardar que a entrada seja de Leão e a saída igualmente de Leão e não de sendeiro, como diz aquele adágio popular.

Uma coisa tenho a mais profunda convicção, e esta é de que os nossos Associados e adeptos estarão ao lado deste grupo de trabalho, e que onde eles estiverem, será às suas cavalitas e cavalgando a onda verde que os acompanhará de norte a sul e ilhas, que os catapultará para o sucesso que todos queremos real.

Lutar pela conquista do Campeonato, da  Taça de Portugal e da Taça da Liga, e fazer uma honrosa participação na Liga dos Campeões, é um objectivo não só possível, como será importante para continuarmos a ser vistos como cada vez mais consolidados no panorama do futebol português, e começarmos a ser mais respeitados além-fronteiras até porque, entre muitos outros, somos o clube que formou Paulo Futre, Luís Figo e Cristiano Ronaldo e isso é motivo bastante para aferir do alto prestígio do nosso Clube além-fronteiras.

Está então dado o mote. Agora resta aguardar que a bola role e com ela venha um Leão de juba alta pronto a dar alegrias a milhares e milhares de Leões espalhados um pouco por todo o Mundo. Provem que são capazes. Nós faremos o resto. Ao vosso lado até ao fim.

Pequenas mudanças que fazem grandes diferenças

Por Miguel Braga
28 Jul, 2022

Editorial da edição n.º 3882 do Jornal Sporting

O Sporting Clube de Portugal joga este fim-de-semana, no Algarve, o último jogo de preparação para a época 2022/2023 frente ao Wolverhampton WFC de Bruno Lage. Já se passaram mais de 30 dias desde que os jogadores, equipa técnica e staff regressaram ao trabalho, primeiro em Alcochete, depois no Algarve. Antes desse regresso, o Sporting CP tinha assegurado duas contratações internacionais: Fatawu Issahaku e Jeremiah St. Juste; seguiram-se Hidemasa Morita, Franco Israel, Rochinha e Francisco Trincão, que integrou a equipa durante o estágio realizado em Lagos, no Cascade Wellness Resort, quartel general dos pupilos de Rúben Amorim pelo terceiro ano consecutivo.

Depois do jogo frente ao Sevilla FC a contar para a décima edição do Troféu Cinco Violinos (1-1 no tempo regulamentar e 5-6 no desempate por pontapés de penálti), o treinador estava satisfeito com o trabalho desenvolvido ao longo das últimas semanas: “Tem sido uma pré-época muito proveitosa. (…) Ainda temos tempo para melhorar até ao início do campeonato. (…) A maioria dos novos jogadores são jogadores que jogam em Portugal e por isso a adaptação é mais fácil. Vejo com bons olhos a nossa próxima época. (…) Têm sido jogos de elevada intensidade e isso é bom para prepará-los para aquilo que vamos apanhar. Cada vez estamos mais preparados e temos mais equipa. Estamos no bom caminho”.

Fomos, também, ouvindo de alguns jogadores palavras que reflectem o estado de espírito com que a nossa equipa vai encarar os próximos desafios. O capitão Sebastián Coates lembrou que o “grupo é espectacular”, enquanto Antonio Adán frisou a fácil adaptação dos reforços: “É sempre boa. Há um grupo muito bom e os jogadores integram-se rápido”. A união e espírito de entreajuda no balneário têm sido marca distintiva desta equipa, e que o diga Rochinha, acabado de chegar e já inteirado desta máxima: “Acaba por ser fácil trabalhar com este plantel. Parece que já aqui estou há mais tempo”. São indicadores positivos que nos fazem ansiar pelo início das competições oficiais, que arrancam dia 7 de Agosto frente ao SC Braga.

Aconteceu no passado fim-de-semana a Assembleia Geral Comum Ordinária do Sporting CP, onde foi votado e aprovado o orçamento dos rendimentos, gastos e investimentos do Clube para 2022/2023. Foram mais de 2500 Sócios que quiseram dizer presente, cujos votos se dividiram entre 78,71% a favor, 20,60% contra e 0,69% de votos brancos ou nulos. Além da própria participação e aprovação, destaque para a forma elevada e esclarecedora com que se processaram os trabalhos, ou nas palavras do presidente da Mesa da Assembleia Geral, João Palma, a forma “ordeira e educada” com que tudo se passou. Vários foram os Sócios que interpelaram o Conselho Directivo e as respostas chegaram pela voz do presidente Frederico Varandas ou de Francisco Zenha e André Bernardo, num diálogo cordial entre Associados e Direcção. Quando assim é quem ganha é o Sporting CP. “Penso que o Sporting CP de hoje não é o mesmo de há uns anos e isso é observável pelo cidadão comum”, disse, no final, João Palma. De facto, não é o mesmo, e está melhor.

Reforços no Andebol

Por Pedro Almeida Cabral
28 Jul, 2022

Da época passada do nosso andebol ficou, sobretudo, a saborosa e inesquecível conquista da Taça de Portugal contra o FC Porto. Ganhámos por 36-35 no final de dois prolongamentos, fazendo o treinador do FC Porto, o sueco Magnus Andersson, perder o primeiro troféu desde que está em Portugal. No campeonato, estivemos perto do primeiro lugar, com exibições muito convincentes perante o FC Porto, deixando a sensação de que, com um pouco mais de acerto, poderíamos recuperar o título de campeão, que nos foge desde 2018. É também por essa razão que os reforços para a nova época podem ser essenciais.

Chegaram quatro novos jogadores, com percurso assinalável e credenciais bastantes. De trás para a frente, temos o guarda-redes argentino Leo Maciel. Com mais de 1,90m, o experiente guardião vem de uma época no FC Barcelona em que se sagrou campeão espanhol e europeu. Internacional pela selecção sul americana, destacou-se no clube espanhol anterior, o Cuenca, onde jogou quatro épocas. Com a partida do esloveno Skok, espera-se que traga mais consistência à baliza Leonina e que proporcione crescimento ao nosso guarda-redes Manuel Gaspar, formado no Sporting CP. Outra contratação sonante é o pivô polaco Patryk Walczak, que ingressa no Sporting CP após dois anos de alto nível no clube macedónio RK Vardar. Com destreza a defender e a atacar, impõe-se facilmente no duelo a dois, melhorando substancialmente as soluções para esta posição no nosso sete. Tem tudo para ser uma das figuras do campeonato. O terceiro reforço é o ponta esquerda Étienne Mocquais. O francês, campeão mundial de sub-21 em 2015, vem dar concorrência ao outro ponta esquerda, o espanhol Josep Folqués. Dado que o jogo do Sporting CP tendeu a explorar pouco o lado esquerdo do ataque, espera-se uma melhoria de eficácia ofensiva. Por fim, fará também parte da nossa equipa o brasileiro Edy Silva, como terceiro pivô. Embora não apontando à titularidade, poderá fazer o seu caminho nos próximos anos.

Se falei dos jogadores novos, há também que contar com os reforços que já se encontram no plantel. Não é descabido dizer que Francisco Costa, de apenas 17 anos, e Martim Costa, de 19, após um ano no Sporting CP, poderão jogar e fazer jogar ainda mais. Aliás, foi visível a contínua subida de rendimento no Europeu sub-20, em que Portugal perdeu a final com a Espanha. Os irmãos Costa fizeram parte da equipa ideal do torneio e Francisco Costa foi mesmo o melhor marcador, com uns assombrosos 58 golos.

Agora é tempo de trabalho. Como sempre, o mês de Agosto é dedicado a estágio e a jogos de preparação. Competição a doer será logo em Setembro, em Serpa, com a final a quatro da Supertaça. Jogamos contra o CF Os Belenenses e, em caso de vitória, defrontamos na final o FC Porto ou o SL Benfica. Será o primeiro teste competitivo de uma equipa que tem muito para oferecer aos Sportinguistas na nova época.

O caminho faz-se caminhando

Por Juvenal Carvalho
28 Jul, 2022

Sou dos que vejo as pré-épocas longe do resultado, mas sim como uma forma de serem afinadas estratégias físicas e técnicas, sendo que a próxima época vai ser não só longa, como todas as outras, mas sobretudo completamente atípica, em função da realização do Campeonato do Mundo de 2022, no Qatar e que, com a interrupção da prova entre Novembro e Janeiro será logo algo que, sendo obviamente para todos,  inverte o rumo lógico da preparação de uma época desportiva, isto apenas como mera opinião do curioso que sou eu, que não me lembro de algo parecido ter acontecido.

Já vivi euforias de grandes resultados de pré-época, em que tudo parecia bem e a pergunta entre os mais optimistas era por quantos íamos ganhar, para que mal a bola rolasse a sério, depressa viria a depressão. Como já vivi o seu contrário, em que nos interrogávamos incrédulos do insucesso, para num ápice tudo mudar. É esta a beleza do jogo, e sobretudo da irracionalidade dos adeptos, que sem ela não teria, afinal, tanta graça
No que me diz respeito, e também sou irracional sobretudo quando o nosso Clube entra em equação, mas sou essencialmente dos que acreditam no trabalho sustentado e sinto neste momento que, sem fazer futurologia, o Sporting CP está no trilho certo no que toca ao futebol, bem como ao restante universo do clube, sabendo-se que a perfeição não existe.

Existe um Troféu de pré-época que gosto particularmente de ganhar, e esse, pelo simbolismo, é o 'Cinco Violinos'. O mesmo acontece nas modalidades quando é disputado o Troféu Stromp. No passado domingo, quando o promissor jovem ganês Fatawu Issahaku falhou a grande penalidade que levou o Troféu para Sevilha fiquei triste, sobretudo porque os nossos mágicos 'Cinco Violinos', onde estivessem queriam muito esta vitória.
Mas também sei, repetindo-me, e sem que as desculpas façam parte do meu léxico, e até sou dos que primo pela exigência que a grandeza do nosso Clube me ensinou a ter, que os resultados não são neste momento nada determinantes, antes pelo contrário.

O trabalho de Rúben Amorim faz com que, e depois de duas épocas consecutivas em que conseguimos um título de campeão nacional, a que juntamos duas Taças da Liga e uma Supertaça, nos faça ter esperança no futuro imediato e não só. Além disso, ano após ano teremos que crescer desportiva e financeiramente com a presença na Liga dos Campeões a ser vital para esse efeito. Temos hoje jogadores de rivais a querer ingressar nas nossas equipas jovens porque acreditam no trabalho que está a ser feito na Academia Cristiano Ronaldo. Temos, portanto, que confiar no futuro. E o futuro passa pela aposta na formação, complementada com jogadores cuja montra da Champions nos pode trazer por apelativos que nos tornamos.

Até dia 7 de Agosto em Braga, quando abrem as hostilidades, temos cerca de duas semanas para afinar estratégias rumo ao sucesso que tanto desejamos. O #ondevaiumvãotodos terá que continuar a fazer escola. Nada se conquista sem aquela sorte que dá muito trabalho, parafraseando o eterno professor Mário Moniz Pereira.

O caminho faz-se caminhando, como propositadamente chamei para título desta coluna de opinião.

Nós acreditamos em vocês!

Pré-época

Por Pedro Almeida Cabral
21 Jul, 2022

Há quem não goste dos tempos que antecedem a época, chamados habitualmente de pré-época. Parece sempre faltar algo quando os dias correm largos sem que haja uma equipa de verde e branco a competir num campo, num pavilhão, numa pista, numa piscina, onde quer que seja. É sempre a altura em que vários ilustres Sportinguistas, companheiros de venturas e desventuras Leoninas de anos, me mandam aquelas mensagens nervosas a dizer que já sentem falta de ir ao Estádio ou ao nosso Pavilhão. Respondo simpaticamente, mas confesso não partilhar tamanha ansiedade. Aliás, aprecio bastante este período de jogos amigáveis, rumores de partidas e chegadas e experimentações tácticas. É que a pré-época é a única altura em que podemos acompanhar de perto a estratégia de composição das equipas e perceber um pouco melhor o que vai na mente de treinadores e demais estrutura. E o que se pode retirar até agora da pré-época do Sporting Clube de Portugal?

Os resultados dizem sempre alguma coisa. Ainda não perdemos. E ganhámos o principal encontro, contra a AS Roma de José Mourinho. Por ser desafio de exigência assinalável, vale a pena ver como correu. Longe do fulgor da equipa de sonho que conquistou o scudetto italiano de 2001, os romanos não deixam nunca de ser um adversário de nível elevado. Amorim encarou o jogo de preparação como um jogo a sério: a equipa apresentada foi próxima da ideal e fez apenas três substituições. Do que se viu, temos Sporting CP! Jogámos com intensidade, boa capacidade física e de forma solidária (uma marca de água de Amorim). O habitual 3-4-3 de Amorim continua a carburar, mas parece estar em mutação para uma construção no meio-campo mais elaborada, fazendo recair especiais responsabilidades em Ugarte e Matheus Nunes. De resto, os reforços já demonstram integração. Trincão é um grande agitador dos últimos 30 metros, mostrando ser um desequilibrador nato. Franco Israel, embora sem grande trabalho, denota tranquilidade e qualidade nos pés (fundamental num guarda-redes moderno). E, por fim, Rochinha já se vai entendendo bem melhor nas combinações de ataque. Destaco ainda Pote, que está com uma frescura prometedora (já leva cinco golos na pré-epoca), e Edwards, a ameaçar ter um ano de grande explosão. Assenta bem a vitória por 3-2 perante uma AS Roma mais entretida com faltas e picardias, numa postura algo descabida para um jogo de pré-época.

O próximo teste será já no domingo, no Troféu Cinco Violinos, contra o Sevilha FC, quarto classificado da Liga espanhola. Sendo o tradicional jogo de apresentação aos Sócios, é uma oportunidade para regressar a casa e avaliar in loco os trabalhos de pré-época. Estou certo de que vamos confirmar que estamos no bom caminho para o exigente início de campeonato que teremos em Agosto.

À mulher de César não basta parecer séria, tem que ser mesmo séria

Por André Bernardo
21 Jul, 2022

Editorial da edição n.º 3881 do Jornal Sporting

 

Moais Sporting CP

No penúltimo editorial escrevi sobre a Ilha de Páscoa e referi os seus famosos Moais − estátuas gigantes de feições humanas com cerca de dez metros e oitenta toneladas de peso. Hoje volto ao tema, porém noutro âmbito, e sem mais revelar, desafiando todos os Sócios e adeptos Leoninos a verem os “Moais Sporting CP” que erigimos hoje à porta do Multidesportivo e da Loja Verde.

À mulher de César não basta parecer séria, tem que ser mesmo séria

Numa das minhas passadas experiências profissionais, num estudo de satisfação conduzido aos clientes da empresa onde trabalhava, no Brasil, concluiu-se que o segmento com maior nível de satisfação era de clientes que tinham tido reclamações. Mais satisfeitos do que aqueles que não tinham tido nenhuma.

O resultado, pouco óbvio, tinha uma razão de ser.    

Após uma análise mais aprofundada, este segmento era composto especificamente por um grupo que tinha tido uma reclamação, mas cuja resolução tinha sido rápida e eficazmente resolvida pela empresa. A evidência revelava a conclusão de que as pessoas ficam mais satisfeitas quando sentem que existe reciprocidade e capacidade adequada de resposta em caso de necessidade.

É um pouco o inverso da citação popular sobre a mulher de César: não basta prometer que se é sério, é preciso, de facto, sê-lo (no sentido do contexto em causa). Isso é apreciado.

Recupero esta aprendizagem por uma situação que se passou esta semana no Sporting CP e que me deixa particularmente feliz. Um Sócio do Sporting CP com mobilidade reduzida fez um comentário na nossa página de Facebook, onde questionava o facto de não ser possível a venda de bilhetes online para espectadores com Mobilidade Reduzida (BIM).

O motivo da impossibilidade era procedimental. Por existirem várias tentativas de entradas indevidas neste acesso, a determinado momento no tempo, decidiu adoptar-se como medida preventiva a obrigatoriedade de compra do bilhete fisicamente, mediante apresentação do atestado de incapacidade. E assim ficou até à semana passada.

Rapidamente a equipa do Sporting CP analisou a situação, respondeu ao Sócio explicando a razão de ser e resolveu o problema. Adicionalmente, alterámos o processo para que seja possível a todos a compra online e que a confirmação seja feita à posteriori.  Com foco na melhoria da experiência do Sócio.

De referir que o comentário acabou por ganhar inclusive escala viral o que demonstra também o lado positivo que as redes sociais podem ter, muitas vezes não destacado.

Ainda temos um caminho de melhoria pela frente, com várias situações identificadas, idealmente antecipando-as para que não cheguem a acontecer.

Voltando a César, mais precisamente a Roma, foi também com enorme satisfação que esta terça-feira os Leões derrotaram com todo o mérito desportivo os “gladiadores romanos”

Venha o Troféu Cinco Violinos.

Saudações Leoninas

A memória que perdura no tempo

Por Juvenal Carvalho
21 Jul, 2022

Existem momentos em que, mesmo ultrapassadas as Primaveras da vida, as novas tecnologias permitem-nos voltar à meninice, fazendo-nos rebobinar as lembranças até aos tempos da compra dos cromos da bola na mercearia do Sr. António, no bairro onde cresci e onde viria a aprender com alguns Leões de antanho, o verdadeiro significado de amar o Sporting Clube de Portugal.

Foi o que aconteceu ainda recentemente, quando numa página de um grupo do Facebook a que pertenço e dedicada ao futebol, vi uma publicação a falar de João Laranjeira.

Não resisti a partilhar o post no meu mural a falar de um jogador que idolatrei, não só por ter envergado o símbolo do Leão rampante como por ter a particularidade de ser do meu bairro, e vieram-me as emoções e o tal rebobinar do tempo.

Além de vários amigos reais e virtuais que o comentaram, todos eles em tom elogioso para o antigo 'capitão', e uma eterna referência 'Leonina', apareceram ainda a interagir na minha publicação dois brilhantes jogadores desse tempo, e que jogaram com João Laranjeira no nosso Clube.

Falo de Fernando Tomé, um grande jogador e Senhor. Um homem adorável e com uma postura incrível. Que me ofereceu em tempos uma fotografia de Vítor Damas, um dos meus ídolos, e com quem me viria a cruzar no meu percurso de vida no Sporting CP. O Sr. Fernando Tomé, homem com uma vida ligada ao futebol como jogador e treinador, é daqueles que não deixam ninguém indiferente pela sua forma de estar. Um sadino com uma vida ligada ao 'seu' Vitória, mas que também transporta no coração muito pulsar do Leão.

Além de Fernando Tomé, que já seria motivo de satisfação bastante, eis que também Samuel Fraguito, homem de boa cepa, originário de Trás-os-Montes, e um jogador de capacidade tremenda, viria a interagir. Era mesmo o jogador que eu, muito criança, idolatrava. Uma classe ímpar. Meias invariavelmente em baixo, cabelo comprido ao vento, daqueles pés saía magia a todo o momento.

Vi Samuel Fraguito fazer verdadeiras obras de arte com uma técnica só ao alcance dos verdadeiros predestinados. Era o jogador que eu adorava, porque essa foi a primeira equipa que me recordo de ver no Sporting, a par dos citados, a que acrescento Hector Yazalde, o "Chirola" do meu encantamento de criança, o Vítor Damas, Manaca, Alhinho, Carlos Pereira, Marinho, Dinis, Nelson, entre outros. 

Falar desta equipa, a primeira que consigo ter memória do nosso Clube, é algo que me fascina. Depois vieram outros... tantos outros. Quantos craques. Quanta história. Mas como no velho ditado, não há amor como o primeiro. E estes foram aqueles de que consigo ter a primeira memória.

Por isso, este momento no Facebook, com aqueles "monstros" do nosso Sporting fez-me rebobinar memórias. E que memórias. Ao Tomé e ao Fraguito o meu obrigado por me terem inspirado nesta coluna de opinião. Ao João Laranjeira, homem do meu bairro, a "minha" Bica, o meu grande apreço por ele.

A todos os outros desse tempo, de todos os tempos...de todas as modalidades, que bom é serem parte integrante de uma História fantástica.

“A vitalidade é demonstrada não apenas pela persistência, mas pela capacidade de começar de novo”

Por André Bernardo
14 Jul, 2022

Editorial da edição n.º 3880 do Jornal Sporting

A divisão do tempo terá sido uma das melhores invenções do homem. Ela permite que a partir de uma criação abstracta – décadas, anos, meses, semanas − consigamos ter impactos concretos psicológicos, e de acção, em termos daquilo que é a nossa capacidade de começar de novo. E, por isso, chega a uma determina altura do tempo em que decidimos parar, analisar o que podemos melhorar, o que devemos continuar a fazer e o que deveríamos começar a fazer. 

Melhorar

Lançámos esta época a oferta da Gamebox Criança e há espaço de desenvolvimento na proposta de valor, de forma holística transversalmente ao universo Sporting, para conseguirmos tornar ainda mais apelativa a vinda e vivência das famílias em nossa casa.

Continuar a Fazer

Prosseguir o nosso modelo centrado nas pessoas, para o qual é fundamental a continuação da aposta em três vectores: formação de atletas e colaboradores, transformação digital e criação de valor da marca.

Vamos manter este investimento, continuar o projecto que está delineado e tentar acelerar algumas necessidades ainda evidentes, com o objectivo da modernização contínua da organização.

Manteremos também os nossos esforços e a determinação para conseguirmos uma melhoria progressiva do ecossistema do desporto.

Começar a Fazer

Seria do melhor interesse do Futebol que fosse introduzida a possibilidade de áudio nas comunicações entre árbitro e VAR.

O Sporting CP liderou um webinar sobre esta temática em Dezembro de 2020 com as altas referências do tema, e recentemente apresentou essa proposta, entre outras, à Liga, infelizmente recusadas.  

Em súmula, e recorrendo a uma citação do famoso romancista norte americano F. Scott Fitzgerald, “A vitalidade é demonstrada não apenas pela persistência, mas pela capacidade de começar de novo”.

Na edição de hoje do Jornal Sporting damos destaque ao arranque da nova época, “persistindo” no caminho trilhado desde início, mas também começando de novo.  

Saudações Leoninas

A nossa paixão tem um lugar

Por Juvenal Carvalho
14 Jul, 2022

Dizer que o Sporting Clube de Portugal é de todos nós, é uma verdade completamente irrefutável. E no nosso caso, porque unanimismos só pelo símbolo, e por mais que não concordemos uns com os outros em questões pontuais como, por exemplo, a gestão do Clube, seja ela desportiva ou outra, a verdade é só uma: unos e indivisíveis seremos seguramente mais fortes, seremos mesmo a roçar o imbatível, porque é sempre muito mais aquilo que nos une, do que aquilo que nos separa.

E se recentemente batemos o recorde de quotização, numa demonstração de vitalidade incrível, sabendo todos nós que o associativismo já viveu dias bem melhores no plano global, uma espécie de cereja no topo do bolo surgiu no passado domingo, quando o site oficial do Clube anunciou em comunicado que foi batido também o recorde de renovações de Gamebox. Foram 22308 os associados que já marcaram lugar no estádio para a próxima época só na fase de renovação. Desde o passado dia 11 que estão igualmente à venda os restantes 7692 lugares, e a expectativa é a de que a concretização desse objectivo seja uma realidade mais do que óbvia. Sob o mote 'A tua paixão tem um lugar', e este ano com a tão bem conseguida oferta da Gamebox Criança, foi sem dúvida a primeira grande conquista desta época. Os Sportinguistas estão focados no essencial, que é o apoio sem limites ao nosso grupo de trabalho que, sem fazer futurologia, está a ser preparado com método, rigor e sapiência. O mercado só fecha a 31 de Agosto, e nos dias de hoje não existem plantéis fechados, mas que podemos ter esperança num futuro risonho, parece ser uma realidade.

Mas como somos muito mais do que um clube de futebol, também para as modalidades existiu uma mudança de paradigma e surgiram preços com valores muito abaixo da época passada, na ordem dos 50 por cento. Vão ser comercializadas as Gamebox All In, a Gamebox Eclectic e a Gamebox Modalidades. Todas elas muito apelativas, e a hora e o mote é o de aderir em peso. Não existem motivos para que não respondamos positivamente a este desafio de fazer do 'João Rocha' uma muralha inexpugnável. Fazer dele um vulcão em erupção. Dizer aos rapazes de verde e branco que estamos ao lado deles, do andebol ao hóquei em patins, do basquetebol ao futsal, passando pelo voleibol. Nas provas nacionais e internacionais em todas elas.

Somos nós, honrando o lema dos fundadores, que com Esforço, Dedicação e Devoção, teremos que empurrar o nosso Clube para a Glória. Está, pois, nas nossas mãos. Se queremos um Clube competitivo e com plantéis pujantes, desde o futebol às modalidades, a hora é de dizer presente. 

Porque somos da raça que não se vergará. Porque somos do Sporting Clube de Portugal.

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