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Opinião

MISCELÂNEA… e CHAMPIONS HÓQUEI e FUTSAL!!!

Por Tito Arantes Fontes
04 maio, 2023

Campeonato Nacional − No domingo à noite o Sporting CP ganhou ao Famalicão, num jogo que começou bem e depois, nomeadamente após o auto-golo que oferecemos ao nosso adversário, se foi tornando mais complicado. Sabemos que neste final de época os índices motivacionais não são os melhores, mas a equipa tem sempre (e sempre é mesmo sempre!) de honrar a gloriosa camisola do Clube! Tivemos 30 mil pessoas em Alvalade! Saiba a equipa honrar, como Rúben Amorim tem dito, os seus pergaminhos, isto é vencer todos os seus jogos até ao final da época!

Números do Campeonato − O Sporting CP atingiu nesta 30.ª jornada o número de 61 golos no Campeonato. À primeira vista poderia parecer um número para passar despercebido… numa época que está aquém, desde logo quanto a resultados e classificações, de estar ao nível do que pretendemos. Reparei, contudo, nas notícias que sublinhavam que este é o maior número de golos alcançado pelo SCP no Campeonato, após 30 jogos, desde a época de 2015/2016, incluindo a temporada em que fomos campeões nacionais. Dá, pois, que pensar. Fica a reflexão… será que temos “ataque” e que a nossa pecha se centrou mais na “defesa” onde permitimos muitos golos, sofrendo e complicando jogos que pareciam e estavam ao nosso alcance?

Ricardo Esgaio − Marcou ao Famalicão o seu primeiro golo com a camisola do SCP. Um golo, aliás, muito festejado por ele e pela massa associativa. Grande evolução desde o início da época, altura em que chegou a ser o “patinho feio” da equipa. Esgaio trabalhou e nunca desistiu, lutou e porfiou. Nunca soçobrou e demonstrou o seu carácter e a sua força. Voltou a jogar, depois de período de alguma ausência da equipa, começando a (re)ganhar confiança e a melhorar jogo a jogo, à medida que ia jogando. É um “homem da Nazaré”, um homem de luta e de mar. E esses nunca vergam! Sei bem o que digo, vou por lá muitas vezes, depois de ser “adoptado” por essa terra e pela Taberna da Adélia, o restaurante da família do Esgaio (ao pé da antiga sede do Núcleo do SCP) e referência maior na restauração! Obrigado, Esgaio!

Hóquei em Patins 1 − Neste último fim-de-semana teve lugar a final four da Taça de Portugal, em Tomar. Assisti pela Sporting TV à meia-final e − no domingo − à final. Perdemos por penáltis na decisão do vencedor. Tivemos tudo para ganhar. Temos erros próprios! Tivemos oportunidades para acabar com o jogo e não o conseguimos fazer. Sei que essas “nossas responsabilidades” estão e vão ser tratadas no seio do grupo de trabalho! É que esta Taça − mesmo “contra tudo e contra todos” − era mesmo nossa! Mas também assistimos a inacreditáveis arbitragens tanto na meia final (até mais nesta), como na final. O hóquei não merece ser tratado desta maneira por árbitros que têm um verdadeiro, patente e notório ódio ao SCP e em particular a alguns dos nossos jogadores! A FPP tem de olhar por isto… tem mesmo!

Hóquei em Patins 2 − É já neste fim-de-semana que tem lugar a final eight da Champions, em Viana do Castelo. Vamos lá imbuídos do nosso carácter e do nosso “adn”… é para ganhar! É uma prova dificílima, na qual os finalistas terão 4 jogos com as melhores equipes mundiais em apenas quatro dias seguidos! Mas sim… Queremos ser novamente Campeões Europeus! Nós confiamos em vocês, Leões! Rumo à Vitória!

Futsal −  Também neste fim-de-semana temos a final four da Champions, em Palma de Maiorca, Ilhas Baleares. Jogos das “meias” no dia 5 e final no dia 7! Aqui também não há dúvidas… vamos lá com fé imensa, é mesmo para ganhar! Primeiro temos de ultrapassar o Anderlecht (que eliminou o Barcelona, actual campeão europeu, só!) e depois na final… venha qualquer um! Nós acreditamos em vocês! Força, Nuno Dias! Força Campeões! Tragam de lá esse “caneco”, mais um, a terceira Champions do Futsal,  para o nosso Museu!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

Mereceste, Ricardo Esgaio!

Por Juvenal Carvalho
04 maio, 2023

Se são as conquistas que fazem feliz o universo Leonino, dizer que a passada semana foi pródiga nelas, é algo que infelizmente não foi real. Em dois momentos decisivos, falo da final four da Taça de Portugal em basquetebol e em hóquei em patins, falhámos o objectivo a que nos propusemos. E quando não conseguimos ganhar, é óbvio que não podemos estar felizes, embora fique, em cada um de nós, o sentimento de que os nossos rapazes tudo fizeram para que fossemos felizes. Não fomos, e os cambiantes, se nos resultados foram semelhantes, e acabaram sem o troféu conquistado, foram completamente diferentes no restante. No basquetebol, depois de dois troféus já conquistados (Supertaça e Taça Hugo dos Santos) e de durante a época termos ganho três dos cinco jogos disputados frente ao eterno rival, a verdade é que desta feita fomos menos assertivos e capazes. O caminho agora é continuar a trabalhar e ter como foco a conquista do título nacional.

Já no hóquei em patins a verdade esteve longe de ser uma realidade, facto que venho notando ser um fenómeno cada vez mais recorrente. Em Tomar, sem deixar de dar os parabéns à nossa filial número um, o Sporting Clube de Tomar, pela inédita vitória, mais uma vez isso aconteceu. Ou os agentes da modalidade põem cobro a isto, e cuidam da mesma e da sua credibilidade ou então o futuro, sendo que o presente já é titubeante, será marcado por momentos menos bons. Também menos bom, e que pessoalmente considero uma 'derrota', quiçá pior do que aquela que tivemos em campo, foram os insultos levados a cabo por adeptos do nosso Clube a Paulo Freitas durante o jogo da meia-final da prova ante o Óquei de Barcelos. O nosso antigo treinador, que conquistou entre  2017 e 2022, duas Ligas dos Campeões Europeus, duas Taças Continentais e dois títulos de Campeão Nacional, para além de um profissional de mão cheia e de tanto ter dignificado o nosso emblema, não o merecia. Pessoalmente, o associado do Sporting CP com o número 4375-0, pede-lhe desculpa. Sei que este pedido é igualmente extensivo a tantos e tantos milhares de Leões que não só lhe estão agradecidos, como lhe reconhecem uma capacidade profissional e humana que lhe é intrínseca.

Mas se ser do Sporting CP é saber estar nos momentos menos bons e valorizar os bons, destes destaco dois relevantes.

Começo pelos 500 jogos de Leão ao peito do nosso treinador de futsal, Nuno Dias, alcançados no passado sábado, no 'João Rocha', em jogo ante o Ferreira do Zêzere. Um Senhor. Um treinador de excelência. Um dos nossos. Venham pelo menos mais 500.

Deixo para o fim um momento que me satisfez particularmente. Não pelo facto de ter sido o golo que na altura parecia ser o da tranquilidade do nosso futebol, ante o FC Famalicão. Mas porque os 29.443 espectadores ao vivo, e tantos milhares via televisão, exultaram com o primeiro golo como sénior conseguido pelo 'nosso' Ricardo Esgaio. E como ele o mereceu. O quanto por ele lutou. Sendo da Nazaré, logo terra de gentes do mar e de têmpera, conseguiu ultrapassar marés muito adversas e até o descontentamento dos Sportinguistas por exibições por si menos conseguidas. Fiquei genuinamente feliz pelo Ricardo Esgaio. Que venham mais. Porque uma convicção tenho, e é comum a tantos de vós. A camisola com o símbolo do Leão é para ele algo muito importante desde que em criança deixou a sua terra natal e chegou a Alvalade para representar o Sporting CP em todos os escalões de formação. É um dos nossos que mereceu tanto este momento de felicidade. E sobretudo como terá ficado interiormente feliz com a partilha da alegria com que o seu golo foi festejado no estádio. Como cantaria Chico Buarque, retratando este momento: 'Foi bonita a festa, pá'.

PS − Amanhã começam a final four da UEFA Futsal Champions League e a final eight da WSE Champions League. Quem está nos grandes momentos arrisca-se a ganhar. E o Sporting CP vai lá estar!

500

Por Pedro Almeida Cabral
04 maio, 2023

Foi no sábado passado que o treinador mais vencedor do Sporting Clube de Portugal neste século fez o seu jogo n.º 500 ao serviço do Clube. Falo, claro está, de Nuno Dias, o nosso treinador de futsal. Nuno Dias não é apenas mais um treinador. É já património imaterial do Clube. Será justamente lembrado décadas a fio não só pelas conquistas, mas, sobretudo, pela persistência, sagacidade e fome de vencer que demonstrou e continua a demonstrar ao longo de mais de uma década.

Ainda me lembro quando, no Verão de 2012, pegou nas rédeas do futsal Leonino, sucedendo a Orlando Duarte, um histórico do futsal nacional. As expectativas que rodeavam Nuno Dias eram elevadas e cumpriram-se logo à chegada com um Bicampeonato. Depois, veio o segundo Tricampeonato da nossa história e o domínio da modalidade. Com o magnífico treinador, nunca estivemos mais do que um ano sem sermos campeões e nunca ficámos abaixo do segundo lugar. Mas nem só de campeonatos nacionais vive Nuno Dias. Além dos sete campeonatos, com ele, arrumámos no Museu seis Taças de Portugal, sete Supertaças, quatro Taças da Liga e quatro Taças de Honra da Associação de Futebol de Lisboa. Um pecúlio avassalador que marca os últimos dez anos. E sempre a jogar um futsal rectilíneo, com muita posse e em cima do adversário, para entusiasmo de Sócios e adeptos. Neste desfile de títulos, deixei o melhor para o fim: as duas UEFA Champions League de 2019 e de 2021. A primeira, após duas finais seguidas perdidas perante o Inter FS, ficará eternamente num recanto especial da memória Sportinguista. Embora a segunda, ao derrotar o FC Barcelona, numa final memorável também não lhe possa ficar atrás.

Por tudo isto, no sábado à noite, quando entrámos na quadra do Pavilhão João Rocha para defrontar o Ferreira do Zêzere, foi com um sentimento de agradecimento que comemorámos o quingentésimo jogo de Nuno Dias, em que 427 foram vitórias. Após uma primeira parte atrevida dos visitantes, que empataram a dois golos, a etapa complementar foi puro Nuno Dias. A precisar de ganhar para assegurar o primeiro lugar na fase regular do campeonato, marcámos oito golos, fechando o jogo com 10-2.

Com um treinador assim, sonhar é uma obrigação. Inicia-se amanhã a UEFA Champions League deste ano, com uma meia-final perante o Sporting Anderlecht. Todos queremos chegar à nossa sétima final nesta competição. Mas aposto que Nuno Dias quer mais que todos nós. E essa é a razão por que podemos mesmo lá chegar.

Três notas sobre o nosso futebol e uma pessoal

Por Miguel Braga
04 maio, 2023

Editorial da edição n.º 3922 do Jornal Sporting

Esta semana ficou a saber-se que o Conselho de Disciplina da FPF arquivou o processo aberto a Al Musrati, do SC Braga, depois da queixa apresentada pelo Vitória SC por o médio líbio ter brindado os seus adeptos com o famoso dedo do meio – o mesmo dedo que os romanos, há dois mil anos, já apelidavam de digitus impudicus. Os factos remontam à 22.ª jornada e estamos, como se sabe, em vésperas da 31.ª. Apesar de existirem imagens do acto – basta passar pelas redes socias do clube ofendido −, considerou o douto CD que não havia prova suficiente para avançar com o processo. Este é o mesmo CD que na época passada, de forma célere, decidiu castigar o nosso Nuno Santos por “gestos ameaçadores ou reveladores de indignidade” que não se viram na TV.

Na mesma linha de pensamento cândido do CD, o Tribunal Central Administrativo do Sul anulou a multa a Grimaldo, do SL Benfica, por este ter escrito no Twitter, em Maio de 2021 (!), depois do clássico com o FC Porto: “A mesma história de sempre… VERGONHOSO!!!”. Os argumentos do TCAS são uma delícia jurídica: apesar de admitir “alguma rudeza ou deselegância” nas expressões do jogador, diz o tribunal que a expressão é “em si mesmo, (é) vaga e descontextualizada”, rematando que ainda que se possa admitir que “a mesma se referirá a falhas da arbitragem, não é imputada a nenhum árbitro”. Este é o mesmo TCAS que no caso das declarações de Luís Neto em 2020 decidiu reverter uma decisão do TAD que ilibava o nosso jogador, castigando Neto por ter dito (…) “O Seba fez uma falta aos três minutos e já lhe estava a dizer ‘para a próxima vais para a rua!’. Incrível, ele é o capitão! Uma vergonha”.

Uma última nota sobre o nosso futebol para assinalar um feito internacional do FC Porto. Com o penálti frente ao Boavista FC na última jornada, os azuis e brancos destronaram os costa-riquenhos do CS Herediano no pódio de clubes com mais grandes penalidades assinaladas a favor desde Janeiro de 2020, num total de 75 campeonatos espalhados pelos quatro cantos do mundo. Um feito que ganha ainda mais importância se tivermos em consideração que a nossa Liga é apenas a 29.ª liga do mundo com mais penáltis e que, esta época, em Portugal, o SL Benfica é o clube com mais penáltis a favor (um total de 12, contra 10 do Sporting CP e 9 do FC Porto).

Finalizo com uma nota pessoal. Depois de três anos e meio, este será o meu último mês nas minhas actuais funções enquanto responsável da Comunicação e do Institucional do Sporting CP. Ao Sporting CP só posso estar agradecido por estes mais de 40 meses em que tentei, da melhor forma, defender os interesses e as cores do meu Clube do coração, do qual sou o sócio 7847. Estar “do lado de cá”, só pode ser motivo de orgulho e satisfação para qualquer adepto de futebol e do Desporto em geral. Por muito que demos ao Clube, o Clube retribui sempre em maior escala, marcando para sempre um antes e um depois desta experiência única em todos os sentidos. Pessoal e publicamente, agradeço também ao presidente Frederico Varandas pela relação e pela defesa intransigente que sei que faz dos valores e História do Clube. O seu sentido de missão permitiu ao Clube respirar agora de outra forma e estruturou o mesmo, para que o presente e o futuro sejam cada vez mais verdes e brancos. A todos com quem trabalhei, o meu profundo obrigado com a certeza que pelo Sporting CP estaremos sempre juntos, em todos os momentos. O Sporting CP será sempre o Sporting CP e eu estarei sempre disponível para defender o nosso Clube como adepto e sócio Leonino.

Ao Sporting CP ninguém diz adeus. Fica e está connosco e, por isso mesmo, até já.

O Daniel tem Coração de Leão

Por Juvenal Carvalho
27 Abr, 2023

Um extraordinário trabalho do Jornal Record do passado domingo, dia 23 de Abril, assinado pelos jornalistas Filipe Dias − o meu amigo Filipe − e Bruno Fernandes, com fotografia de Pedro Ferreira, fez-me recuar no tempo e recordar. Recordar com saudade, mas sobretudo com a felicidade de saber que ele conseguiu, e com que sucesso, ser o que sempre almejou, um excelente jogador e sobretudo um Homem de valores. Falo de Daniel Carriço, aquele menino de ontem, que tive o extraordinário privilégio de ser seu delegado quando ele nos infantis já era diferenciado, e garbosamente ostentava a braçadeira de "capitão" do seu clube do coração. 

Certo dia, o senhor Manolo Vidal, um dirigente que foi uma referência, não só para mim como para milhares de Sportinguistas, referindo-se a declarações tidas na imprensa por um antigo jogador da nossa formação que rumaria ao rival, disse que: "Apenas conseguiu ser um bom jogador, pelos vistos falhámos na sua formação humana". Falava, pois, de um caso pontual, que é, no entanto, revelador que a memória dos homens por vezes é curta.

Mas se essa frase serviu para esse jogador, cuja palavra gratidão não consta no seu dicionário, para Daniel Carriço, bem como para a grande maioria dos jogadores por nós formados, desde a "academia" do pelado em frente à Porta 10-A do antigo estádio, passando pelos pelados do ADCEO, do Sporting da Torre, e outros, onde por exemplo Daniel Carriço treinou, antes da inauguração da 'Academia Cristiano Ronaldo', todos eles são gratos ao símbolo do Leão.

Daniel Carriço, que o brilhante percurso da sua vida levou ao estrelato, era daqueles que, para quem como eu o conhecemos em criança, estava destinado a ter sucesso. 

Além de um Leão indomável, para quem o símbolo estava acima de tudo e de todos, era de uma têmpera e de uma generosidade incrível. Que dava tudo até à última gota de suor. Era ainda um menino diferenciado, que privilegiava igualmente os estudos, por estar alicerçado numa família muito próxima e preocupada com ele. Gente boa e de valores.

Era mesmo alguém com uma postura já bem adulta para a idade, de uma equipa de infantis que tinha, entre outros, Rui Patrício, Rúben Gravata, Tiago Pinto, Marco Lança, Sandro Conceição, João Gonçalves, João Martins, Pedro Santos, Kevin Soares, Cristiano Lima, Kifuta, Sebastião Nogueira e Fábio Paim, treinados pelo míster Nuno Naré. Uma equipa que me marcou muito por ter sido a primeira da minha chegada ao futebol para ajudar como delegado o meu saudoso amigo Honório Vieira, que era como um "pai" para cada menino, que gostavam genuinamente dele. Um delegado também ele especial.

Foi, pois, com especial gula que li cada linha do trabalho do Record e pensei que o tempo voa irreversível e incontornavelmente. O Daniel Carriço já terminou a sua carreira que eu vi começar. Parece que foi ontem, Daniel. Se estava escrito que irias ter sucesso, porque tinhas tudo para o concretizar, foi subindo a corda da vida a pulso que o conseguiste. E o que conseguiste foi muito. Sempre foste uma referência por onde passaste. Daqueles que marcava a diferença. Foi na "universidade" com a chancela do Leão que tudo começou. Um orgulho tremendo em ti. Obrigado por tudo, Daniel Coração de Leão.

Decisões

Por Pedro Almeida Cabral
27 Abr, 2023

Aproxima-se o momento das decisões nas modalidades de pavilhão. Está tudo em aberto para o Sporting Clube de Portugal nas quatro modalidades em que somos candidatos ao título. Excluo, naturalmente, o voleibol, em que fomos afastados da final. Podemos legitimamente aspirar a triunfar nos campeonatos de futsal, andebol, basquetebol e hóquei em patins. É por isso que somos o Clube mais ecléctico de Portugal. 

Comecemos pelo futsal. A uma jornada do fim da etapa regular, seguimos em primeiro, com um ponto de avanço sobre o SC Braga e sete sobre o SL Benfica. Não que seja garantia de título, mas é um facto que acabar em primeiro favorece e de que maneira a fase seguinte. Historicamente, as estratégias relacionadas com o factor casa nos jogos da final são essenciais. Daí que seja tão importante ganhar perante o Ferreira do Zêzere já amanhã. Será o último jogo da fase regular e todos somos poucos para apoiar a equipa no Pavilhão João Rocha.

No andebol, somos igualmente líderes isolados do campeonato. Até agora ganhámos quase todos os jogos, somente empatámos frente aos outros favoritos, FC Porto e SL Benfica. Restam cinco desafios, três em casa e dois fora. Para começar, defrontaremos no reduto do Leão o ABC de Braga. Será um jogo crucial que temos obrigatoriamente de ganhar e afinar a mira para o encontro seguinte, perante o FC Porto, em casa alheia. Esse jogo será, indiscutivelmente, o jogo do título. Em caso de vitória Leonina, a distância pontual face aos portistas fica bem cavada. Os Sportinguistas do Norte, que são em número assinalável, devem apoiar a nossa equipa nesta decisiva deslocação!

Quanto ao basquetebol, ainda há muito por jogar. Num campeonato que subdivide em três fases, estamos ainda na segunda fase, em perseguição aos líderes FC Porto e SL Benfica, a um mero ponto de distância. Embora tenha havido algumas exibições menos conseguidas, já ganhámos por diversas vezes aos rivais. Com concentração e foco, poderemos galgar na derradeira fase a eliminar, que se inicia em meados de Maio.

Por fim, no hóquei em patins, encerrada a fase regular, com um sólido segundo lugar a quatro pontos do SL Benfica, começaremos a fase a eliminar contra o Sporting de Tomar, à melhor de três jogos. Recompensando um campeonato bem jogado, caso avancemos para as meias-finais, encontraremos o OC de Barcelos ou o AD Valongo, evitando SL Benfica e FC Porto, que só poderemos encontrar na final.

Como vemos, temos muito Sporting CP até final da época. Fizemos bons campeonatos nestas quatro modalidades, temos equipas seguras e treinadores competentes. A glória está mesmo a poucos jogos de distância e cabe-nos também a nós, Sócios e adeptos, empurrar as nossas equipas para a vitória.  

Decisões − II Parte

Por Tito Arantes Fontes
27 Abr, 2023

LIGA EUROPA − Na passada 5.ª feira, dia 20, assistimos a um grande jogo, uma verdadeira “noite europeia” no Estádio José Alvalade! Foi pena! O SPORTING jogou muito e bem mais do que deveria ser necessário para ultrapassar a vecchia signora! Esta, a Juve, teve a sorte de lhe “cair dos céus” um golo logo nos primeiros minutos, sem nada que o justificasse ou que tivesse feito para isso. Dificuldades acrescidas pelo nosso lado… mas o certo é que o SPORTING manteve o seu empenho, a sua abnegação e a sua qualidade de jogo e, pouco demais, ganha indiscutível penálti sobre Ugarte, que Edwards converte e empata a partida (que não a eliminatória). O resto do jogo foi mais do mesmo… tal como em Turim, o SPORTING a porfiar, em busca do empate na eliminatória, quiçá até da vitória, mas a “sorte madrasta” a não querer nada connosco! Uma eliminação com um claro sabor a injustiça, pois se há coisa que ficou bem patente é que merecíamos mesmo estar nas meias finais da Liga Europa, no “Road to Budapest”! Assim, foi uma saída da prova com “cabeça erguida” e com sabor a que merecíamos mais, muito mais mesmo!

YOUTH LEAGUE − No dia seguinte, 6.ª feira, dia 21, a meia-final desta prova da nossa formação com os holandeses do AZ Alkmaar (clube de tão boa memória para nós na meia-final da Taça UEFA de 2015!). Outro jogo em que a nossa jovem equipa mostrou que bem poderia ter ultrapassado o seu adversário! Mas, infelizmente, tal não sucedeu. Começámos bem, fomos depois “ultrapassados”, reagimos e conseguimos empatar a partida, resultado que se manteve até final, apesar dos esforços para conquistarmos o jogo! Penáltis… e o seu “sortilégio”… e perdemos por termos convertido “só” três e os holandeses quatro. Foi pena! Ficámos tristes. Merecíamos mais! E com a goleada (5-0) que o AZ Alkmaar infringiu ao Hadjuk Split, na final desta prova, nesta última 2.ªfeira… pois, perdemos mesmo uma grande oportunidade de conquistarmos, pela primeira vez na nossa história, esta Youth League!

CAMPEONATO − Boa vitória em Guimarães! Era um jogo difícil, porque “lá” é sempre complicado e porque tínhamos ainda o “pós” resultado com a Juventus, que tinha de ser digerido. Para além, claro, da “motivação” que sempre se exige e deve exigir à nossa equipa profissional de futebol. Primeira parte lenta, segunda parte bem melhor. Nenhum golo sofrido, dois golos marcados pelo SPORTING! Vitória clara e sem mácula! Maculado ficou pela enésima vez esse “guru” da arbitragem nacional que dá pelo nome de Luís Godinho… mais uma vez quis deixar a sua marca, espoliando ao Sporting nítido penálti sobre Morita (86’) por evidente agarrão na camisola e pisão claro! O “guru” estava a poucos metros, com campo de visão… e - como de costume − resolveu não ver nada! Enfim… e quanto ao “critério disciplinar”? Pois, não existiu… porque se tivesse existido o Vitória não chegaria ao fim do encontro com 11 jogadores, tantos foram os “amarelos” que Godinho lhes perdoou!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

O nosso capitão

Por Miguel Braga
27 Abr, 2023

Editorial da edição n.º 3921 do Jornal Sporting

Manuel Fernandes estreou-se com a camisola do Sporting CP a 27 de Agosto de 1975 – eu tinha então um ano de idade – num particular contra o Académico de Coimbra, marcando o seu primeiro hat-trick de Leão ao peito. Cresci a ver o Manuel marcar golos, a celebrar títulos – conquistou dois Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal e uma Supertaça −, a comprar os seus cromos para as minhas cadernetas, a disputá-lo com amigos para as equipas imaginárias que fazíamos. Já em idade adulta, também o vi vencer como treinador uma Supertaça pelo Sporting CP e a ser protagonista de alguns feitos muito especiais pelos “seus” Campomaiorense e Santa Clara.

Foi já nos últimos anos que tive a sorte, honra e privilégio de conviver e privar com o Manuel. Primeiro na Sporting TV no programa Raio-X, mais tarde em modo pessoal, em almoços que serão para mim sempre inesquecíveis ou viagens para ver o Clube do nosso coração. Comemorei com ele algumas vitórias históricas – como a primeira verde e branca em território alemão e o abraço eufórico que demos ao terceiro golo Leonino – e ouvi, ao vivo e a cores, histórias e mais histórias sobre os meus ídolos da juventude e sobre o futebol português. Se há pessoa que sabe como as coisas se passaram (e passam), dentro e fora das quatro linhas, essa pessoa é Manuel Fernandes.

No dia 25 de Abril, o seu filho Tiago decidiu fazer-lhe uma homenagem em Sarilhos Grandes, a sua terra, que contou com a presença de várias figuras ligadas ao universo do Sporting CP – a começar pelo presidente Frederico Varandas −, mas também aos seus rivais SL Benfica e FC Porto e a outras figuras do futebol, árbitros incluídos. Além de ser o eterno capitão do Sporting CP, com 441 jogos oficiais e 260 golos, o Manuel é também o jogador com mais jogos na Primeira Divisão do futebol português, com um total de 486 jogos – é obra. Mas mais do que ser uma obra, este é um caso de uma lenda viva do Desporto Nacional.

Em recentes entrevistas, Manuel Fernandes afirmou que se o VAR existisse na sua altura, muito possivelmente, ele e o Sporting CP teriam conquistado mais títulos. Como se viu no passado fim-de-semana, em mais do que um campo, a precisão do VAR ajuda a repor a verdade desportiva, a impedir golos com a mão que valem títulos ou validados por foras-de-jogo factuais e reais, mas por vezes impossíveis de detectar pelos árbitros assistentes mais competentes. Aliás, um pouco por toda a parte, o VAR como ferramenta é elogiado. A crítica, quando existe, é dirigida para o critério ou protocolo do mesmo – algo que é trabalhado todas as épocas – e por viver ainda, nos dias de hoje, com alguma falta de transparência – a divulgação dos áudios será, espero, no futuro, mais um passo na credibilização do futebol. Daí que seja de espantar, para não dizer de lamentar, que alguns treinadores – neste caso um em particular – afirme em pleno 2023 que para ele “deve dar-se de novo toda a decisão ao árbitro. Não vai estar certo 100% das vezes, mas é o futebol”. Não, lamento, mas não é. Era. E a uns clubes, mais do que a outros, isso custou muito caro. 

Nós acreditamos em vocês

Por Pedro Almeida Cabral
20 Abr, 2023

Se a nível doméstico o Sporting Clube de Portugal tem soçobrado perante lesões imprevistas e lances desafortunados, na Europa temos demonstrado bastante brilho. Embora tenhamos caído algo injustamente na UEFA Champions League, não é possível esquecer duas vitórias que ficam para a História. Logo a abrir, ganhámos pela primeira vez na Alemanha, vencendo por 0-3 no campo do Eintracht Frankfurt. De seguida, defrontámos em casa, olhos nos olhos, o Tottenham Hotspur FC e triunfámos por 2-0, com um Estádio José Alvalade em delírio. Já na UEFA Europa League não será mais esquecida a épica vitória em Londres perante o Arsenal FC, com a exibição portentosa de Adán e o golo de Pote que fica, provavelmente, como o golo do ano. Quem já tanto jogou esta época nas competições europeias, tem tudo para ultrapassar qualquer adversário. É por isso que acredito, e que todos os Sportinguistas acreditam, que hoje, quando sai a edição do mais antigo jornal de clubes do mundo, o Jornal Sporting, vamos vencer a Juventus FC e seguir em frente na UEFA Europa League.

Mas a crença não tem fim. Esta sexta-feira joga-se a meia-final da UEFA Youth League. O Sporting CP chega pela primeira vez a esta fase e vai defrontar o AZ. Após uma fase de grupos sem derrotas, com 13 golos marcados e apenas três sofridos, continuámos a progredir na prova. Nos oitavos-de-final, os Leõezinhos arrumaram o AFC Ajax por 5-1. E nos ‘quartos’ foi a vez de o Liverpool FC sucumbir perante o Sporting CP, num jogo com muita maturidade, que vencemos por 1-0. Têm brilhado tantos jovens com futuro que não cabe aqui listá-los todos. Mas ficam alguns, como Rodrigo Ribeiro, que, com sete golos, está em quarto lugar na lista de melhores marcadores da competição, Samuel Justo, Afonso Moreira ou Diego Calai. É por terem feito um percurso imaculado, sem uma única derrota e com apenas quatro golos concedidos, que acredito que também seguiremos em frente rumo à final. No Sporting CP, tem de haver sempre mais além.

P.S.: Foi um Sporting CP de peito feito que jogou com o Montpellier Handball o jogo de andebol decisivo dos quartos-de-final da EHF European League na passada terça-feira. Por muita porfia que déssemos, não podíamos esquecer que estávamos perante o líder do campeonato francês, com uma equipa experiente e muitas soluções. A derrota por apenas um golo, 31-30, espelha bem como conseguimos disputar a eliminatória. Orgulho no que já fizemos esta época, foco no Campeonato Nacional e na Taça de Portugal!

São a nossa fé

Por Miguel Braga
20 Abr, 2023

Editorial da edição n.º 3920 do Jornal Sporting

Hoje, quando os relógios marcarem as 20h00, os olhos do mundo do futebol estarão depositados sob o relvado do estádio José Alvalade. Sporting Clube de Portugal e Juventus FC defrontam-se para a segunda mão dos quartos-de-final da UEFA Europa League uma semana depois de terem medido forças em Turim. No jogo de Itália, apesar da vitória caseira pela margem mínima, a equipa de Rúben Amorim foi superior à squadra de Massimiliano Allegri, impondo um futebol que encantou a imprensa internacional: o L’Équipe escreveu que “o melhor não ganhou”, o AS falou em sofrimento e susto da vecchia signora, o site da UEFA em sobrevivência da Juventus FC e a La Gazetta dello Sport recuperou a ideia que “um velho ditado do futebol diz que os portugueses jogam bem, mas não marcam, e que os italianos sabem ser cínicos”. Contra o cinismo italiano teremos de aplicar a virtude portuguesa e contar com o apoio do público que vai esgotar Alvalade. Juntos, teremos de ser mais fortes, com fé nas qualidades individuais dos nossos jogadores e, em especial, na força do nosso colectivo. “Temos de ser inteligentes e perceber que o jogo vai ter momentos diferentes em que vamos estar por cima com alguma dificuldade, mas temos 90 minutos para gerir isso e, pelo menos, empatar a eliminatória. Claro que acreditamos que podemos passar, mas temos noção de que vão ser 90 minutos de dificuldade”, afirmou Rúben Amorim. E, tal como disse Hidemasa Morita, “o próximo jogo será em nossa casa. Eles ainda não sabem o que isso significa”. Vamos, Leões!

A nossa equipa de andebol saiu de cabeça erguida de França, apesar da derrota, no FDI Stadium, pela margem mínima 31-30 frente ao Montpellier Handball, actual líder da Liga Francesa. Para a história fica a melhor presença de sempre do Sporting CP na EHF European League e, para o futuro, a certeza de que a modalidade está muito bem entregue. Agora, será altura de recuperar forças e preparar a equipa para continuar a dar cartas nas competições internas. O Sporting CP de Ricardo Costa lidera o Campeonato Nacional com 58 pontos, mais um que o FC Porto e dois que o SL Benfica.

O Sporting CP marca presença, pela primeira vez, na final four da UEFA Youth League, com embate marcado contra o AZ, que eliminou, entre outros, o Real Madrid CF. A equipa partiu ontem para terras helvéticas, palco da competição, e leva consigo a esperança de toda a nação Leonina, depois dos nossos Leõezinhos terem ganho o Grupo D, com quatro vitórias e dois empates, perante Eintracht Frankfurt, Tottenham Hotspur FC e Olympique de Marseille. Uma “oportunidade única”, como confidenciou Marco Cruz na despedida. A meia-final está marcada para as 12h00 de amanhã e Tomaz Morais, director do futebol formação do Sporting CP, deixou a garantia: “Vamos com muita ambição, muita vontade de fazer história para o Sporting CP”.

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