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Opinião

Os Miúdos

Por Pedro Almeida Cabral
09 Jul, 2020

(...) Grandes jogadores haverá sempre. Miúdos que queiram entrar em Alvalade de leão ao peito depende muito do que nós, Sócios e adeptos, lhes queremos e desejamos

Há muitos e muitos anos, quase por acaso, tive o privilégio de jantar ao lado de Aurélio Pereira, um dos maiores recrutadores de talentos de todos os tempos. Primeiro, como treinador do futebol da formação, depois como líder da captação do Sporting Clube de Portugal, Mestre Aurélio deixou uma marca profunda no futebol. Futre, Figo, Quaresma e Cristiano Ronaldo são jogadores de classe mundial que foram descobertos e começados a delapidar por este enorme Sportinguista.

Nesse repasto Leonino, perguntei a Aurélio Pereira o que era determinante para que um jovem singrasse. Surpreendentemente, e creio não cometer inconfidência alguma, Mestre Aurélio disse que nunca havia certezas. Dependia de muitos factores. Tanto físicos e desportivos, como psicológicos e motivacionais. O actual mercado global de jogadores torna o crivo de ascensão a um patamar de excelência muito apertado. Cabe aos clubes reconhecidamente formadores, como o Sporting CP, reduzir ao mínimo os riscos neste caminho. E não deixar de apoiar quem, investindo muito de si, por alguma razão, fica para trás.

Nestes últimos dias, temos falado dos miúdos lançados por Rúben Amorim. Eduardo Quaresma, Nuno Mendes, Matheus Nunes, Tiago Tomás e Joelson Fernandes prometem. Ainda não é certo como evoluirão. Cada um de nós terá as suas certezas. Mas sabemos que tudo se define desde cedo, na primeira ou na segunda época na equipa principal.

Em tempos de esperanças nestes jovens, há a notícia que Fábio Paim visitou, tantos anos depois, a Academia que lhe deu fama, mas que, por mau destino, não lhe deu proveito. Talvez hoje não se tenha bem a noção do que se dizia de Fábio Paim, curiosamente, na mesma altura em que jantei com Mestre Aurélio. Era certo que seria um dos maiores. Mas não foi. Nem perto andou. Vê-lo na Academia, não escondendo as saudades do que poderia ter sido, faz-nos pensar em todos os que agora têm uma oportunidade. A eles, a melhor das sortes. Ao Fábio, tudo de bom. Aos Sportinguistas, a consciência de sabermos lembrar quem um dia sonhou de verde e branco. Grandes jogadores haverá sempre. Miúdos que queiram entrar em Alvalade de leão ao peito depende muito do que nós, Sócios e adeptos, lhes queremos e desejamos. 

114 Anos (ainda)… e futebol! E estatutos!

Por Tito Arantes Fontes
09 Jul, 2020

(...) neste mundo globalizado muitas vezes não podemos mesmo estar limitados a presenças físicas em assembleias gerais. Esta “pandemia” veio-nos demonstrar isso mesmo

Fizemos, como todos sabemos, 114 anos no dia 1 de Julho. Foi também momento para o Jornal Sporting apresentar uma alusiva e memorável “edição especial”, com uma extraordinária capa! O interior estava recheado e muito bem recheado! Impressionaram-me muito as páginas dedicadas a “114 Anos, 114 Curiosidades”… é um repositório de feitos inolvidável! Inesquecível! Incomparável! Lendário! Capítulos dedicados a “Universo SPORTING”, “À Conquista da Glória desde 1906”, a “Recordes e Destaques UEFA”, a “Futebol”, a “Academia SPORTING / Formação”, a “Clube Olímpico”, a “Atletismo”, a “Futsal”, a “Hóquei em Patins”, a “Natação”, a “Ténis de Mesa” e a “Outras Modalidades”! Está lá tudo! Ou quase… menos duas referências… alguma coisa tinha de falhar… faltou uma referência a Francisco Stromp, o icónico Sócio n.º 3 do Sporting CP! E outra ao inesquecível gigante que foi e é Joaquim Agostinho! Bem sei que as suas grandes vitórias internacionais não são com a nossa camisola ao peito… mas ele é “nosso” e tudo o que ele fez é – por isso mesmo – “SPORTING”! Excelente trabalho, pois e ainda assim, que o Jornal Sporting/Paulo Almeida nos proporcionaram! Um resumo de Esforço, de Dedicação, de Devoção! Umas páginas de Glória! Umas páginas de Orgulho Leonino! Um verdadeiro bálsamo! Recomendo vivamente o “mergulho” nessa leitura!

A nossa equipa de futebol tem vindo a afirmar-se e o “nosso” Rúben Amorim merece todo o apoio que, gradualmente e de modo cada vez mais evidente, a massa associativa lhe vem concedendo. Elogia-se (e bem!) o trabalho que tem vindo a ser apresentado, os resultados que estamos a conseguir, a qualidade e o fio de jogo que desenvolvemos, a aposta na juventude e na nossa formação. É o caminho que foi traçado pela Direcção do SCP. Bem sei que a alguns custa afirmar isso. Mas é facto. Curioso até que alguns comentadores Sportinguistas apresentem uma “dualidade” interessante… quando é para dizer bem elogiam Rúben Amorim (como se este tivesse “caído do céu” e não fosse contratação decidida e assumida pelo presidente, contra muitos) e quando é para dizer mal já põem – para criticar – o nome de Frederico Varandas com todas as letras! Coerência, Sportinguistas, coerência é só o que peço!

Ainda futebol… ontem (segunda-feira à noite, para quem me lê mais tarde) voltámos aos “espectáculos deprimentes” da nossa nacional arbitragem… como começamos a “assustar”, vai de sermos presenteados, em Moreira de Cónegos, com esse “expoente rubro” da arbitragem nacional que dá pelo nome de Tiago Martins, acolitado no VAR pelo inefável Sr. Jorge Sousa. Uma dupla de “calibre”! O resultado foi, assim, o que seria de esperar: dois penáltis escamoteados ao SCP (um logo a “abrir” o jogo e outro mesmo ao “fechar” do mesmo) e uma expulsão perdoada ao defesa-lateral do Moreirense! E – não contente – o Sr. Tiago Martins ainda demorou quase duas horas a escrever o seu relatório… devia estar preocupado com o que escrevia, como justificava a sua injustificável “missão cumprida”! Pois, que isto de faltar à verdade desportiva à frente de milhões de Sportinguistas obriga a cuidados redobrados! Até quando? Até quando teremos de suportar esta gente?

Estatutos – o Clube anunciou a criação de um Grupo de Trabalho presidido, como creio que deve ser, pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral para apresentar até ao fim do mês de Julho um projecto de reforma estatutária destinado a prever a introdução de sistema de voto electrónico na vida do SCP. Saudamos esta iniciativa. É esta a verdadeira forma de aproximar, nos tempos modernos, a massa associativa e o Clube. Não ostracizando ninguém, contando com todos os Sócios. Permitindo e criando condições para que – obviamente em segurança e de modo tecnicamente adequado – sejam auscultados todos os Sócios do SCP! Estejam eles onde estiverem! É que sabemos muito bem como neste mundo globalizado muitas vezes não podemos mesmo estar limitados a presenças físicas em assembleias gerais. Esta “pandemia” veio-nos demonstrar isso mesmo. Temos, pois, de adaptar os nossos Estatutos aos interesses dos Sócios do Clube. E do próprio do Clube! Não podemos é continuar “confinados” ao espartilho estatutário em que actualmente vivemos, em que – na prática – poucos podem condicionar a vida associativa de muitos! Sou claro nesta matéria: apoio o sentido desta modificação dos Estatutos. E mais acrescento, também de um modo claro, que só tem receio da mesma quem tiver receio da massa associativa! Eu não tenho! Dito isto, espero – naturalmente – pelo projecto para o apreciar e, se for o caso, tecer os comentários que julgue que sejam necessários.

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

Uma questão de respeito

Por Miguel Braga *
07 Jul, 2020

Há certas coisas difíceis de perceber sobre a arbitragem do jogo de ontem do Sporting Clube de Portugal. Logo ao minuto 3, pontapé de penálti por assinalar sobre Jovane Cabral: “João Aurélio chegou tarde, não jogou a bola e atingiu um pé de Jovane” (Jogo); “Jovane cai na área depois de ser rasteirado (…). Pontapé de penálti por assinalar” (Record); “Lance difícil de interpretar em campo, mas que as imagens evidenciaram ser irregular” (Bola). Apesar da opinião unânime, a equipa liderada por Tiago Martins com Jorge Sousa no VAR nada viu. Pior. Quando confrontado com o erro, na zona dos balneários, por elementos do Sporting Clube de Portugal, o juiz da partida teve o desplante de afirmar “já vi as imagens e ninguém lhe tocou. O Jorge Sousa bem disse ‘Siga, siga!’”

E se Tiago Martins começou o jogo torto, a verdade é que nunca se conseguiu endireitar, terminando o encontro com novo erro grosseiro, na mesma direcção, com a agravante que terá sido avisado do puxão visível a Coates pelo VAR. “Lance que o VAR entendeu ser evidente e que o árbitro devia ter sinalizado como ilegal” (Bola); “Coates cai na área, após ser agarrado pela camisola, o que o impede de disputar a bola” (Record); “Com o recurso às imagens trata-se de dupla incompetência não assinalar o pontapé de penálti” (Jogo). E o que fez Tiago Martins? Nada. Nada o convence a fazer o seu papel. Nem uma indicação, nem um puxão claro, nem a indignação dos presentes.

Aliás, Tiago Martins acha que está acima da crítica e no seu íntimo talvez pense que errar é humano e que ele é um ser superior. Não é. Por isso mesmo, o árbitro não gostou que o director desportivo do Sporting CP lhe perguntasse como é possível não ter marcado dois pontapés de penálti claros. Sem insultos, sem impropérios, apenas uma pergunta altamente compreensível. E ao contrário do que fez com Abdu Conté, aí Tiago Martins fez valer a sua autoridade e num acto de coragem expulsou, fora de campo, Hugo Viana.

A noite má de Tiago Martins podia ter ficado por aqui. Mas não. Sabendo que a equipa do Sporting CP iria regressar nessa mesma noite a Lisboa, o árbitro demorou mais de hora e meia para escrever o seu relatório. Quando confrontado com a espera, respondeu “o senhor Severo tem de esperar, pois estou a rever umas vírgulas”. Hora e meia de espera. Estaria certo se não fosse profundamente errado.

O respeito conquista-se. E não é com comportamentos assim, dentro e fora de campo, que os árbitros portugueses vão alguma vez ganhar créditos. Muito pelo contrário.

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Parabéns Sporting!*

Por Frederico Varandas
01 Jul, 2020

(...) O caminho está traçado, faz-se caminhando, com coragem e determinação, lembrando sempre que são o Esforço, a Dedicação e a Devoção de Leão que nos guiarão por mais 114 anos de Glória

O Sporting Clube de Portugal celebra hoje 114 anos de uma História ímpar, construída por várias histórias, vividas e alcançadas por todos aqueles que desde 1906 partilham de uma mesma visão e princípios que nos fazem Ser Sporting.

Parabéns a todos os Sportinguistas. Aos de hoje e aos de ontem, que de geração em geração foram e são Sporting.

Celebramos este marco num contexto único de pandemia, que mudou o mundo como o conhecíamos, obrigando a sociedade em geral e a indústria do desporto em particular a novas regras e a novas realidades.

Foi o esforço conjunto de todos que nos permitiu ultrapassar crises do passado e agora as primeiras consequências desta crise global.

Hoje estamos a colher os frutos de um trabalho de base que passou por uma estratégia de criação de valor assente na formação, transformação digital do Clube e valorização da marca Sporting.

Ainda estamos a meio caminho e é importante que tenhamos presente que o amanhã será tremendamente desafiador, sobretudo no âmbito financeiro.

O caminho está traçado, faz-se caminhando, com coragem e determinação, lembrando sempre que são o Esforço, a Dedicação e a Devoção de Leão que nos guiarão por mais 114 anos de Glória. E que na adversidade ou na celebração somos Sporting Sempre!

Hoje é dia de celebração. Hoje é Dia de 114 anos de Sporting.

Parabéns a todos os Sportinguistas.

Parabéns Sporting Clube de Portugal!

 

* Editorial da edição n.º 3779 do Jornal Sporting

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Parabéns Sporting

Por Miguel Braga *
01 Jul, 2020

A História e histórias do Sporting Clube de Portugal são intermináveis e de uma riqueza que só nos pode encher de orgulho. (...) Somos Sporting! E estamos de parabéns

Hoje estamos todos de parabéns. O Sporting Clube de Portugal faz 114 anos. E tudo começou a 1 de Julho de 1906, data da Assembleia Geral de um novo Clube formado pelos “dissidentes”, em que por sugestão de António Félix da Costa Júnior, o Clube alterou o seu nome de Campo Grande Sporting Clube para Sporting Clube de Portugal, sempre com o objectivo de ter “um grande clube, tão grande como os maiores da Europa”.

Curiosamente, o desporto de eleição do Sporting CP começou por ser o ténis, ultrapassado rapidamente por uma prática mais popular e em voga, o futebol. Mas naqueles primeiros tempos de Sporting CP, o Clube também se dedicava a outras modalidades, umas clássicas, como o ciclismo, outras menos, como o críquete ou a luta de tracção à corda. Esta última, desconhecida nos dias de hoje, com excepção de países nórdicos e em alguns pontos em Inglaterra, foi modalidade olímpica nas duas primeiras décadas do século XX, e rezam as crónicas que a equipa Leonina de 1911 a 1915 foi, simplesmente, invencível.

Fizeram parte desse lote de atletas de eleição como Alfredo Camecelha, o primeiro Campeão Nacional do lançamento de peso; Alberto Figueiredo, que foi também Campeão de Portugal do lançamento do martelo; Joaquim Oliveira Duarte, multifacetado atleta que foi remador, nadador e jogador de futebol e de pólo aquático, modalidade na qual foi internacional e quatro vezes Campeão Nacional pelo Sporting CP; Manuel Laranjeira Guerra, grande campeão de ciclismo e praticante de atletismo; António Soares Júnior, também um nome forte do ciclismo nacional de início de século; e por último, também fazia parte desse lote o extraordinário Francisco Padinha, algarvio de grande porte e com um bigode notável, que foi também campeão nacional de luta greco-romana e halterofilista recordista nacional, chegando a sagrar-se campeão do Mundo na modalidade flexão de coxas com barras nos ombros, batendo inclusivamente o recorde mundial de então, de outro português, Manuel da Silveira.

Padinha foi um verdadeiro Leão que conquistou seguidores não só em Alvalade, mas também em Olhão – o Sporting Clube Olhanense homenageou o seu conterrâneo dando-lhe o nome do seu estádio até meados da década de 80, altura em que foi construído o ainda actual Estádio José Arcanjo. Durante 20 anos, o estádio ainda serviu para as camadas jovens do Clube algarvio até dar lugar, sinais dos tempos, a um centro comercial.

A História e histórias do Sporting Clube de Portugal são intermináveis e de uma riqueza que só nos pode encher de orgulho. Fazem parte do nosso passado e do legado de um Clube que desde a sua génese tem trabalhado para ser “tão grande como os maiores da Europa” e que é hoje muito maior que um simples Clube. Somos Sporting! E estamos de parabéns.

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

O Clube de Portugal

Por Pedro Almeida Cabral
01 Jul, 2020

Quando se escrever uma verdadeira história dos clubes desportivos em Portugal (…) descobrir-se-á que foi o Sporting CP a estabelecer a matriz da prática desportiva no país

1 de Julho não é um dia qualquer. É o dia da fundação do Sporting Clube de Portugal. No momento em que ler este texto, já o Sporting CP alcançou a idade de 114 anos. Desde que se começou a jogar football do campo das Mouras, corria o ano de 1906, até aos desafios no moderno Estádio José Alvalade, como o que será jogado logo à noite, viveram o Sporting CP milhões de atletas, Sócios e adeptos. Quando se escrever uma verdadeira história dos clubes desportivos em Portugal, que exclua os pequenos detalhes que fazem furor, como os anos de fundação (em que, aliás, abundam charlatanices, misturando e confundindo clubes estranhos que desapareceram rapidamente), descobrir-se-á que foi o Sporting CP a estabelecer a matriz da prática desportiva no país.

Nas suas primeiras décadas de vida, o Sporting CP confunde-se com a história do desporto nacional. E isso tem uma razão. A alma da fundação do Clube, como se lê na recente (e excelente) História do Sporting Clube de Portugal de Luís Augusto Costa Dias e Paulo Barata, era, acima de tudo, a prática desportiva enquanto componente fundamental da formação da pessoa humana, tanto de homens como de mulheres. Longe de ser um Clube elitista, reservando a prática desportiva para camadas privilegiadas da sociedade, nessas luminosas páginas fica claro que a ideia de José Alvalade sempre foi a prática do desporto pelas massas, “sem distinção de forças”, como se lê numa carta até agora inédita do fundador do Clube, que os distintos historiadores revelam. Era uma visão muito à frente do seu tempo, que marcou profundamente o desporto português, fazendo com que outros clubes fizessem do nosso Clube o seu modelo. Sempre imitado, mas nunca igualado, é assim o Sporting CP.

Talvez seja esta vocação universal, também presente no vigoroso eclectismo do Sporting CP, com 36 títulos europeus em sete modalidades diferentes, que explica a enorme popularidade do Clube e a forma intensa como o vivem os nossos Sócios e adeptos. Não podemos esquecer que as grandes instituições soçobram quando traem as suas origens. O Sporting CP não será excepção se trair a sua génese de Clube desportivo e formador da personalidade de homens e mulheres. Por isso, no momento em que comemoramos os 114 anos do Sporting CP, é também tempo de recordar o que estava na mente de quem concebeu e fundou um Clube tão grande como os maiores da Europa. E dizer apenas: Sporting CP sempre.

114 Anos... Frederico Varandas... e Rúben Amorim!!

Por Tito Arantes Fontes
01 Jul, 2020

E é tempo de nos unirmos! É tempo de democraticamente nos respeitarmos! É tempo de respeitarmos a vontade dos sócios do SCP! É tempo de cumprir com a nossa “bíblia”... os nossos Estatutos! É definitivamente tempo!

Mais um dia 1 de Julho! Mais um dos nossos aniversários! Já são 114 anos! Anos de esforço, de dedicação, de devoção e de Glória! Anos de orgulho e de uma lendária história! A História do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL! A História do Clube que somos! EU SOU! Parabéns SPORTING CP!

Este 1 de Julho quase coincide com o meio do mandato dos actuais Órgãos Sociais. Ou seja, com a eleição do presidente Frederico Varandas.

Tempo, pois, para umas primeiras e actuais considerações.

Em Setembro de 2018 – depois do conturbadíssimo período decorrente da invasão a Alcochete – realizaram-se eleições. Eleições Sportinguistas, de acordo com os Estatutos do nosso centenário SCP, revistos e aprovados por larguíssima maioria em Fevereiro desse mesmo ano.

Frederico Varandas ganhou de acordo com os Estatutos. Foi a lista mais votada e cumpriram-se as regras estatutárias e a democracia interna do nosso Clube. Naturalmente houve outras listas que perderam. É sempre assim que sucede quando há mais de uma lista a candidatar-se.

Frederico Varandas não teve, contudo, maioria absoluta de votos (mais de 50% dos votos).

E começou a grassar no seio de alguns Sportinguistas a ideia de se criar uma “segunda volta” eleitoral, com os dois candidatos mais votados, a fim de se assegurar a “unidade” do Clube. Mas é bom recordar que o SCP elegeu em 2009 o presidente José Eduardo Bettencourt com perto de 90% dos votos e que no dia seguinte à sua eleição começou a ser contestado!

É com recordar que Bruno de Carvalho foi eleito presidente em 2017 para um segundo mandato com votação idêntica, perto dos 90%. No ano seguinte foi demitido por cerca de 70% de votos!

Ou seja, está por provar – sem prejuízo, bem entendido, da análise que a questão deverá merecer – que a “segunda volta” seja a solução para a pacificação do Clube.

Este tema da discussão actual desta “segunda volta” insere-se, isso sim, na estratégia de contestação à actual Direcção que alguns sectores Sportinguistas insistem em promover. Insere-se na tentativa de descredibilizar no imediato a legitimidade do actual presidente.

Entretanto, Frederico Varandas decidiu contratar, recentemente, em Março deste ano, o nosso Rúben Amorim... e este técnico tem apresentado na quase meia dúzia de jogos em que já dirigiu a equipa de futebol não só resultados positivos, como também uma notória melhoria do nosso jogo. E tem também feito uma significativa aposta na nossa formação! Somos o Clube com melhores resultados “pós-COVID-19”. Muito melhores do que os nossos históricos rivais (sendo que no Seixal a “pandemia” está mesmo instalada!). E alcançámos e estamos a consolidar o terceiro lugar no campeonato.

Surgem, pois, com a “subida” e melhoria do futebol, mesmo entre as habituais vozes críticas de Frederico Varandas, palavras e opiniões públicas de apreço pelo trabalho e pelos resultados de Rúben Amorim. Onde estão as críticas pelos “10 milhões”? Onde estão os “murros no estômago” que alguns “oráculos” dizem ter recebido com o anúncio dessa contratação? ... timidamente essas vozes, sempre na perspectiva de menorizar a actual Direcção, aproveitam para “dar conselhos” sobre a “retenção de jogadores”… e até chegam agora a dizer que Frederico Varandas “acertou”... como se Rúben Amorim. fosse “obra” do acaso... e não – como sucedeu – uma decisão ponderada e uma escolha definida e querida! Da Direcção! De Frederico Varandas!

Temos 22 meses de mandato, incluindo três de pandemia. Vencemos as taças de Portugal e da Liga 2019 em 2019! Ganhámos oito títulos europeus em várias modalidades! Recuperámos a Academia Sporting! Melhorámos a situação económico-financeira!

É tempo de não se falar em vão...  e de respeitar a eleição de Frederico Varandas... é tempo de se respeitarem os actuais Órgãos Sociais!

É também tempo de se deixar de atacar sobre quem vai ou não a certos “fóruns ad hoc”... é tempo de se assumir que a essas “organizações privadas” vai quem quer e não vai quem não quer... é tempo de olharmos democraticamente para o que cada um de nós faz... é tempo de sermos democraticamente Sportinguistas!

E é tempo de nos unirmos! É tempo de democraticamente nos respeitarmos! É tempo de respeitarmos a vontade dos sócios do SCP! É tempo de cumprir com a nossa “bíblia”... os nossos Estatutos! É definitivamente tempo!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

 

P.S. – Uma nota sobre o X Congresso Leonino – a organização deste grande momento da vida Leonina ainda não foi possível. Por razões óbvias (ataque a Alcochete) em 2018. Por razões que foram devidamente explicitadas em 2019. E por força do confinamento neste ano. Não há, assim, contrariamente ao que é falsamente relatado e insinuado numa coluna subscrita por um Sportinguista de um dos jornais desportivos de sábado, dia 27 de Junho, qualquer “falhanço total (eventualmente propositado)” na organização do Congresso. Só de má-fé se podem fazer afirmações desse tipo. E o SCP seguramente que dispensa que os seus próprios Sócios veiculem informações e façam insinuações desse tipo. Não tentemos – mais uma vez! – desviar para cima de nós próprios a atenção dos media quando é noutros lados que todos os dias surgem e se avolumam todo o tipo de problemas! É erro velho! É erro que já cometemos muitas vezes. Basta!

Parabéns e obrigado por tudo, SCP

Por Juvenal Carvalho
01 Jul, 2020

114 anos passaram, meu querido Sporting CP. És tão grande que consegues abarcar gentes mais ricas ou mais pobres. Gentes de várias raças, credos e ideologias

114 anos de vida. Uma vida feita de Esforço, Dedicação, Devoção e Glória. Uma vida que, como aqueles rapazes da elite aristocrática da época, que foram os nossos fundadores, muito bem preconizaram, e hoje vêm concretizado. 114 anos a sermos Grandes... Tão Grandes como os Maiores da Europa.

114 anos. Como dizem os jovens de hoje. Estás “cota”, Sporting Clube de Portugal. Mas és um “cota” especial para milhões que te veneram. Milhões que de coração cheio estiveram e estão a teu lado. 

No meu caso particular – meu querido Sporting CP, tens sido um companheiro inigualável. Por quem rio e choro. Que nas tristezas estou ao teu lado mais do que nas alegrias. Já percorri o país e o estrangeiro a teu lado. Já estive a teu lado em estádios, pavilhões, pistas, estradas, salas de bilhar, de ténis de mesa, etc. A gritar por ti, a amar-te incondicionalmente.

Deste-me até o privilégio, e logo a mim, miúdo então de bairro, que coleccionava os cromos dos meus ídolos e os guardava religiosamente, de te servir como dirigente. De ter convivido e ganho amizades para uma vida. É difícil apagar as velas contigo e cantar os parabéns sem me recordar do que me dizia a minha mãe: ‘Filho, só falta levares a cama e dormires com o Sporting’. É verdade que só me faltava dormir em Alvalade em criança e adolescente. O que também é verdade é que hoje, de forma diferente, porque como tu – já passei o meio século – estou a ficar “cota”, mas ainda sinto o “acne juvenil” quando vejo o símbolo do Leão rampante. 

114 anos passaram, meu querido Sporting CP. És tão grande que consegues abarcar gentes mais ricas ou mais pobres. Gentes de várias raças, credos e ideologias. És o Clube que foi de Francisco Stromp, de Mário Moniz Pereira, e é também do Paulo Gama, o nosso Paulinho. É essa tua versatilidade que também me fascina. És de todos nós.

E uma certeza é incontornável. Vais continuar como te conhecemos: Grande... Tão Grande como os Maiores da Europa.

Parabéns, e continua a fazer-nos felizes e orgulhosos por sermos Sportinguistas! Porque isso não se explica, sente-se. É sem igual.

Porquê “Eu Sou”?*

Por André Bernardo
16 Jun, 2020

(...) no dia em que estivermos dispostos a contornar a verdade desportiva e todos os princípios que estiveram na nossa origem seremos mais um clube em vez de sermos mais do que um Clube

A pergunta foi-me feita em entrevista para esta edição do Jornal.

Ser Sporting são 113 anos de eclectismo com uma génese pioneira, vanguardista, democrática e inclusiva, que nasceu sob o signo de Leão em 1906 e construiu uma identidade singular na qual todos nós Sportinguistas, sem sequer pararmos para pensar nisso, nos revemos. 

É provável que o caminho que levou cada um de nós a ser Sporting seja distinto, mas o que nos mantém Sporting não é. E no dia em que passar a ser então seremos outra coisa.

Porque no dia em que aceitarmos trocar Esforço e Dedicação por medo e ameaça, que confundirmos Devoção com proselitismo, as vitórias dificilmente surgirão, mas a existirem jamais serão Glória. Não teremos Formação porque os mais novos não vão querer vir, nem os pais os vão querer por cá. E os que já cá estão não vão conseguir render.

E no dia em que estivermos dispostos a contornar a verdade desportiva e todos os princípios que estiveram na nossa origem seremos mais um clube em vez de sermos mais do que um Clube. E por tudo isto, então o Sporting Clube de Portugal já não será o Sporting Clube de Portugal.

Quando era criança o meu pai levava-me com ele a assistir aos jogos no antigo estádio e aprendi, de forma natural, a tratar os desconhecidos Sócios do lado como família. E eu até já conhecia de cor o ritual de um deles: abria a pequena maleta que sempre o acompanhava, limpava religiosamente o assento com um pano, colocava a sua almofada, pousava o rádio e retirava uma cerveja envolta na perfeição em folhas de jornal, que abria orgulhosamente com um abre-cápsulas. Depois, durante 90 minutos transformava-se numa outra personagem, mas sempre pacífica, mesmo quando manifestava o seu desagrado. Após o término dos jogos pedia desculpas pelo eventual uso descontrolado de jargão na minha presença, mas acrescentava sempre, dirigindo-se ao meu pai: “Mas sabe, eles mais tarde ou mais cedo deixam de ser miúdos”, ao mesmo tempo que me dava uma palmada na cabeça e me piscava o olho.

E o miúdo tonou-se graúdo, mas o que o fez ser Sporting na altura mantém-se intacto.

Não é nostalgia de um tempo diferente que já passou, é promover a vivência de uma maioria que faz do Dia de Sporting um momento de família, que vive o desporto com paixão, manifestando alegria e tristeza, mas que vive o associativismo de forma positiva e não como forma de compensação da falta de sociabilidade alternativa.

E é nunca esquecer esta herança única, esta história ímpar e estes valores singulares, que nos faz entre nós ser iguais – Ser Sporting – mesmo que aos olhos de outros diferentes

E enquanto assim for todos teremos sempre orgulho nas palavras “Eu Sou Sporting”.

 

* Editorial da edição n.º 3778 do Jornal Sporting

Eu Sou

Por Miguel Braga *
16 Jun, 2020

“Eu Sou, pai! Desde que nasci”, diz-me o meu filho com alguma regularidade e com um orgulho verdadeiro de quem pertence a muito mais do que um Clube

Eu Sou Sporting, Sportinguista e Leão. Sempre o fui – e neste caso, sempre ter sido não tem qualquer vantagem sobre quem o é há menos tempo. Ou mesmo sobre quem começou noutro lado e acabou do lado certo do Desporto. Nestas coisas de Ser Sporting, o que interessa é mesmo o ser, o estar, o sentir o Clube como parte integrante da nossa vida e da nossa comunidade. A partir do momento em que o somos, sabemos que tudo mudou e que aquele é o primeiro dia do resto das nossas vidas. Ser Sporting é também viver o Clube de diferentes maneiras, é procurar saber um pouco mais sobre os nossos mais de 100 anos de História, é lutar com esforço, dedicação e devoção para atingir a Glória que todos desejamos e que o Clube, acima de tudo, merece.

Venho de uma família de Sportinguistas, de sentimentos passados entre gerações, de vivências e experiências de vitória, mas também de empates e derrotas, de lutas conjuntas e de passagem de testemunhos: o passar a cada nova geração esta vontade de Ser, de uma forma diferente de estar tanto no desporto como na Vida. No meu caso, lembro-me sempre de o Ser. Tenho fotografias de Leão ao peito quando ainda mal andava, vestido de equipamento completo um pouco mais tarde quando ainda alimentava sonhos de uma carreira de guarda‑redes, de cachecol e t-shirt na bancada, anos depois, na companhia de amigos ou com o meu pai e o meu irmão, os meus companheiros originais na estrada da vida do Sporting Clube de Portugal.

O meu filho nasceu logo pela manhã, perto das nove horas – há quase 13 anos, num calorento dia de Agosto. Como a mãe pertencia a outra cor clubística, combinei uma estratégia familiar para evitar confusões e traumas no futuro. Além disso, mal nasceu, olhei para ele e tive a certeza de que aquela era uma cara de Leão, de Sportinguista de pelo menos 5.ª geração. “Com licença”, disse, afastando ligeiramente o médico e a enfermeira de serviço para lhe tirar a primeira fotografia. “Nem chorou”, pensei, “é mesmo Leão!”. De facto, naqueles primeiros segundos de vida, deu-me alguma paz de espírito tirar aquela fotografia para a posteridade. Entre os parabéns de circunstância e a alegria do momento, enviei de forma subtil a fotografia para o meu pai, que naquela altura já se encontrava na secretaria do Estádio de Alvalade, com toda uma entourage para dar início ao processo. E foi assim, com esforço conjunto, dedicação paternal e a devoção de dois Sportinguistas, que proporcionámos o primeiro momento de Glória do meu filho com apenas três horas de vida: o cartão de sócio, com fotografia e tudo, do Sporting Clube de Portugal. “Eu Sou, pai! Desde que nasci”, diz-me com alguma regularidade e com um orgulho verdadeiro de quem pertence a muito mais do que um Clube.

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

 

 

 

 
 

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