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Opinião

Prémios Stromp 2020

Por Tito Arantes Fontes
24 Dez, 2020

O programa especial Prémios Stromp 2020 foi um grande momento de vida Sportinguista (…) Foi um momento de festa e de unidade do universo Sportinguista. Premiámos os nossos heróis! E isso nós – Sporting CP – gostamos de fazer!

A pandemia alterou as nossas vidas. Os Prémios Stromp 2020 também foram alterados. Desde logo com a drástica diminuição dos “premiados por inerência”. Tivemos apenas 10% desses premiados… ou seja, uma enorme redução de 90% nesses prémios. Consequência directa da COVID-19 e da falta de campeonatos europeus, mundiais e do postergar dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021! Mantiveram-se, naturalmente, os demais “prémios por escolha”, nas habituais categorias que tão bem o universo Sportinguista conhece. No total foram atribuídos 16 prémios, sendo 14 “por escolha” e dois “por inerência”.

E tivemos também uma alteração profunda no modo como os Prémios são anunciados e entregues. Por razões óbvias não foi possível organizar e realizar o habitual jantar no Hotel Sheraton. Mas – hélas – temos a Sporting TV! E esta agarrou a ideia e fez um fantástico programa na passada sexta-feira, dia 18! E esse é o tradicional dia da entrega dos Galardões Stromp, exactamente por corresponder ao dia da fundação do Grupo Stromp no já longínquo ano de 1962. Desde aí – com início no ano seguinte à sua constituição – que o Grupo Stromp atribui todos os anos os seus Prémios. É – como todos sabemos – um momento alto da vida Sportinguista! Desde logo porque o patrono do Grupo Stromp e dos seus ambicionados Prémios é Francisco Stromp, o eterno sócio n.º 3 do nosso querido Sporting CP!!!

O programa especial Prémios Stromp 2020 foi um grande momento de vida Sportinguista. Recebi múltiplas manifestações de regozijo pelo mesmo. Centenas de comentários de satisfação e de puro amor Sportinguista. Foi um momento de festa e de unidade do universo Sportinguista. Premiámos os nossos heróis! E isso nós – Sporting CP – gostamos de fazer!

A décima jornada

No sábado, sofremos para levar de vencida o SC Farense. Isto de ganhar a “filiais” é muito complicado! É que do outro lado estão também… Leões! E isso é decisivo, como bem sabemos! Mas ganhámos, perto do fim do jogo, com um indiscutível penálti! Ainda vi as “carpideiras” do costume dizer e escrever, inclusive em títulos, que o golo foi depois dos 90 minutos… mentira! O penálti foi assinalado aos 86! E ainda vi defender-se que o penálti não foi penálti… confesso, tenho de lhes dar razão! É que não foi um penálti… foram dois no mesmo lance! Dois socos na cara dos nossos centrais Coates e Feddal! Ou – como o nosso povo costuma dizer – duas solhas, uma na cara do Coates e outra na do Feddal! Pois bem, as “carpideiras” do costume nem assim conseguiram ver o que se passava e reconhecer que uma “solha” na grande área é, no mínimo, penálti! É a cegueira em dose dupla! E não, essa não é provocada pela COVID-19… resulta do facciosismo que invade esses “virgens catedráticos” do ludopédio nacional! Tristeza!

Claro que noutros campos já outro tipo de decisões foram saudadas e aplaudidas… desde as selectivas cotoveladas que para uns dão direito a expulsão e para outros – no mesmo minuto – são merecedoras de “momento amnésico”… até aos empurrões nas costas que afinal quando sobre “celestiais figuras” já dão direito a indiscutíveis penáltis… ai Zaidu, ai do que te livraste tu…

É o degradante espectáculo do “dois pesos e duas medidas”… constante, repetido, gasto, vil… sempre seguido do passo seguinte… e venham lá mais processos contra o Sporting CP!!! Não, não nos calaremos!!! Somos milhões!!!

Viva o Sporting Clube de Portugal!!!

O historiador e o poeta

Por Miguel Nogueira Leite
17 Dez, 2020

(...) O Sporting Clube de Portugal ganhou 22 títulos e a sua história não será apagada por decreto. Foi o que aconteceu, e não o que poderia ter acontecido

Aristóteles terá dito um dia: “o historiador e o poeta não se distinguem um do outro pelo facto de o primeiro escrever em prosa e o segundo em verso. Diferem entre si porque um escreve o que aconteceu e o outro o que poderia ter acontecido”. Antecipando que há largas centenas de anos o enquadramento em que terá sido proferida esta citação não será exactamente o mesmo em que a utilizo, quando há dias a li, achei que, com os devidos distanciamentos, se adequava cabalmente ao tema deste editorial.

Infelizmente, não são raras as tentativas de se reescrever a história de países, governos, movimentos, instituições e até pessoas. Mas a verdade, os factos e consequentemente a história são únicos e não transaccionáveis.

O Sporting Clube de Portugal solicitou, pelo menos desde 2016, que os seus 22 títulos de Campeão Nacional de futebol fossem, final e formalmente, reconhecidos pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Pelo menos desde 2017 foi criada uma comissão pela FPF para analisar esse tema.

Antes e depois desses acontecimentos, muitos adeptos do futebol português embrenharam-se em discussões variadas sobre o tema, invocando diversos argumentos, contra e a favor das diferentes teses, ora atribuindo, ora retirando títulos. Porém, até hoje, nada aconteceu.

Em resultado dessa estagnação, o Sporting CP entendeu auxiliar na formalização da verdade histórica do futebol português. O caminho para esse efeito só poderia ser um: sair de um debate que foi sério, mas que ainda assim carecia, em nosso entender, de um elemento adicional fulcral: base científica.

O tema tinha assim de ser analisado e estudado por quem de direito e que fosse idóneo para o caminho pretendido percorrer, e o estudo tinha de ser realizado de forma rigorosa, imparcial e, acima de tudo, contemplando todos os argumentos a favor e contra as diferentes teses existentes.

Essa missão foi confiada ao professor doutor Diogo Ramada Curto e ao doutorando Bernardo Pinto Cruz e resultou no parecer intitulado Os campeonatos nacionais de futebol de 1921 a 1940, que foi esta semana entregue pelo presidente do Sporting Clube de Portugal ao presidente da FPF.

Foi assim realizado ao longo de vários meses um trabalho notável de análise e estudo desta problemática, e em particular sobre a natureza das provas e a nacionalização do futebol português, também no âmbito do período do Estado Novo. Para esse efeito foram analisadas centenas de páginas e documentos, onde foram escrutinados também seriamente todos os elementos, indícios e teses que pudessem colocar em causa os 22 títulos ganhos pelo Sporting CP. A procura e análise foram sempre norteadas pela verdade histórica e não pela obtenção fictícia de títulos. Por essa razão, também esses elementos foram vertidos no parecer e valorados. E todos os caminhos levaram aos 22 títulos.

Aliás, consideramos pessoalmente que reveste de enorme interesse uma leitura atenta da acta do Congresso Extraordinária da FPF de 1938, não só por referência a este tema, mas também porque algumas matérias permanecem, a nosso ver, actuais no panorama do futebol nacional.

O Sporting CP nunca deixará de lutar pela verdade e transparência no desporto, e este é só mais um exemplo.

Evitando antecipar a leitura do referido parecer, não haverá agora dúvidas de que a FPF lavra num enorme erro, e que face às evidências constantes deste parecer, terá obrigatoriamente de o corrigir.  

O Sporting Clube de Portugal ganhou 22 títulos e a sua história não será apagada por decreto. Foi o que aconteceu, e não o que poderia ter acontecido.

 

P.S. – E sim, verificámos e o Sporting CP foi mesmo fundado em 1906. 

 

Editorial da edição n.º 3798 do Jornal Sporting

Taças ambiciosas

Por Miguel Braga*
17 Dez, 2020

Do lado dos Sócios e adeptos, todos queremos que continuem a acreditar nesta equipa e dinâmica, apoiando os jogadores em todos os momentos. Para começar bem 2021 é importante acabar 2020 com vitórias

Dois jogos, duas vitórias, cinco golos marcados e nenhum sofrido, um total de 21 jogadores utilizados nas duas eliminatórias das Taças, a de Portugal contra o FC Paços de Ferreira e a Allianz Cup frente ao CD Mafra. Rúben Amorim utilizou todos os jogadores que tem à sua disposição, com excepção de André Paulo (terceiro guarda‑redes), Jovane Cabral e Luiz Phellype, ambos a recuperar de lesão. Ou seja, aproveitou todo o talento à sua disposição, com a certeza de que na Academia de Alcochete existem ainda outros valores que, certamente, no futuro, ainda vão dar o seu contributo em prol do sucesso do Clube. A todos os jogadores, jovens ou nem tanto, que nunca se esqueçam das palavras de Sun Tzu: “As oportunidades multiplicam-se à medida que são agarradas”.

Na noite de terça-feira, se Rúben Amorim tem apostado de início em Nuno Mendes em vez de Vitorino Antunes, teria entrado em campo com o onze mais novo de sempre do Sporting CP. Uma curiosidade apenas, mas que não deixa de ser reveladora da aposta e espírito da equipa técnica e do Conselho Directivo. Sem medos e pensando na sustentabilidade e no futuro do Sporting CP.

“A nossa forma de olhar para as coisas é jogo a jogo, mas as taças são realmente assim, eliminando uma equipa a cada jogo, e nesse aspecto somos claros: queremos conquistar a Taça de Portugal, queremos conquistar a Taça da Liga e no campeonato vamos jogo a jogo, sabendo que vamos ter altos e baixos ao longo da época, fruto da juventude da equipa e da sua forma de estar, que vive muito da intensidade,” afirmou o treinador entre as partidas.

Passadas as eliminatórias, a concentração e foco de todos está novamente na Liga NOS e no próximo jogo contra o SC Farense, “uma equipa muito perigosa, que está a crescer”, como alertou o treinador. Do lado dos Sócios e adeptos, todos queremos que continuem a acreditar nesta equipa e dinâmica, apoiando os jogadores em todos os momentos. Para começar bem 2021 é importante acabar 2020 com vitórias. Este é um desejo de todos nós. O desejo de todos os Sportinguistas.

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

As vozes do dono

Por Juvenal Carvalho
17 Dez, 2020

(...) um pedido aos Leões comandados por Rúben Amorim. Continuem a praticar bom futebol e a ser uma muralha inexpugnável. E deixem-nos falar... porque será a voz da razão – neste caso a do bom futebol – contra as vozes do dono

Ainda sou do tempo, como dizia aquele bem conseguido spot publicitário, que as discussões de futebol se faziam entre amigos, de forma calorosa, e tinham como palco os cafés ou mesmo as ruas dos locais onde vivíamos. Eram discussões acaloradas, mas vividas de forma desinteressada, até porque as cartilhas eram única e simplesmente o amor fervoroso pelo nosso símbolo, fosse ele qual fosse. 

Eu como Sportinguista estive em tantos momentos desses, que eram mesmo de antes quebrar que torcer. Afinal, qual de nós não teve momentos desses entre amigos, que começavam aos gritos, e acabavam – refiro-me só aos civilizados – com umas cervejas e com um abraço fraterno, depois de cada um defender o seu clube até à exaustão.

Eram tempos saudáveis e sem agenda. Falava-se do jogo – sim, porque o futebol não é uma ciência exacta, desassombrada e apaixonadamente.

Quando digo eram, coloco mesmo o tempo do verbo no passado. Hoje essas discussões não só deixaram de ser saudáveis, como passaram também a ser viciadas no pensamento, porque é na sua maioria com base em opiniões de outros, só porque ouviram algumas intelegentzias dizer em determinados canais televisivos.

Hoje proliferam os programas sobre futebol, e não generalizando na mediocridade dos intervenientes, porque também existe algum bom senso e conhecimento do jogo por parte de alguns, na sua maioria é composto por pessoas sem conhecimento algum, até porque muitas delas que nem desporto praticaram, e que falam de “nadas” com tão douta sapiência.

Hoje promove-se o ódio e a viciação de pensamento, por pessoas que dizem o que lhes mandam, num vale-tudo que não deveria existir. Felizmente já deixaram de proliferar alguns habitués da guerrilha porque, e muito bem, por mudanças nas grelhas televisivas, foram extintos os programas onde participavam alguns proeminentes incendiários, que viam tudo aquilo que as imagens repetidas vezes sem conta diziam o seu contrário

Este “jogo falado” é contraproducente. Tem até cariz de promoção de uma guerra de guerrilha que em vez de valorizar o futebol e os seus agentes, tem sim, e cada vez mais, o condão de afastar as pessoas do fenómeno.

Nada me move contra ninguém, porque nem conheço pessoalmente a grande maioria dos intervenientes, e até evito de ver os mesmos depois de ter aderido à causa durante algum tempo, sobretudo pelo que a novidade acarretava então.

E porquê, perguntam alguns de vós, se ele não vê porque critica? Fundamento a minha análise, porque nos dias que se seguiram ao nosso jogo de Famalicão, e porque o Sporting CP consegue começar a incomodar o status vigente, quis perceber se algo tinha mudado. Mas não. Tudo na mesma, ou mesmo que sendo muito difícil piorar o que já era mau, a realidade é que ainda achei pior. Até o célebre e jocoso “está a chegar o Natal”, para contrariar as críticas Leoninas à arbitragem ouvi. Numa postura, quiçá a mando de uma tal cartilha, que está mesmo em proporções inusitadas aos dias de hoje.

E não creiam que esta coluna de opinião é escrita na versão Calimero. É tão só uma questão factual. E porque a minha “cartilha” é escrever semanalmente neste espaço e dizer sem amarras o que me vai na alma, que peço aos nossos rapazes, na tal lógica do “onde vai um vão todos”, que sejamos fortes dentro de campo, para que com a qualidade da razão, deixem ainda mais aziados os profetas da desgraça, que opinam sobre futebol com a qualidade com que provavelmente Amália Rodrigues cantaria rock.

Em suma, ganhamos pouco mas incomodamos tanto os que tão céleres são a tentar adulterar o que todos vêem. 

Termino reiterando um pedido aos Leões comandados por Rúben Amorim. Continuem a praticar bom futebol e a ser uma muralha inexpugnável. E deixem-nos falar... porque será a voz da razão – neste caso a do bom futebol – contra as vozes do dono. 

Resposta

Por Pedro Almeida Cabral
17 Dez, 2020

(...) Segue o Sporting CP a resistir a tudo e todos, e a responder como todos os Sportinguistas querem

Parada e resposta. Depois do injusto e mal digerido empate em Famalicão, em que, não é demais repetir, foi marcado um golo inteiramente limpo por Coates, o Sporting CP deu uma resposta a todos os que põem em causa a valia da equipa. Em campo e fora dele.

Não se avizinhava uma semana fácil. Fantasmas de épocas passadas começaram a pairar sobre Alvalade. São décadas de experiência em erros grosseiros e decisões incompreensíveis. Também isso explica a onda espontânea que se gerou. Houve uma partilha genuína e convencida das palavras de ordem lançadas pelo treinador do Sporting CP. Onde vai um, vão todos. Onde foi um, foram mesmo todos. E foi bonito ver nas redes sociais e por todo o lado a adesão a esta campanha de apoio à equipa de futebol, que culminou com a escolta à equipa por centenas de adeptos na ida de Alcochete para Alvalade antes do jogo contra o FC Paços de Ferreira, a contar para a Taça de Portugal.

Contra o FC Paços de Ferreira, demos muito mais do que uma mera resposta. Foi uma das melhores exibições dos últimos anos. Intensidade a todo o tempo. Esclarecimento táctico. Acerto e rigor defensivo. Aproveitamento de oportunidades. Tudo factores que tiveram como consequências três grandes golos, perante um FC Paços de Ferreira que ainda não havia sofrido tantos tentos. O primeiro é um primor. Coates lança bola alta, Nuno Santos subtilmente cabeceia para Tiago Tomás que, velozmente, arranca em direcção à baliza adversária e, com o seu pé esquerdo, ele que não é canhoto, fuzila com um remate colocadíssimo. Destaco a excelente leitura do lance por Nuno Santos. Mal Coates se preparava para estender a bola longa, Nuno Santos faz sinal a TT para se adiantar, preparando a sua desmarcação. Proveitoso entendimento colectivo e boas execuções individuais fazem jogadas como esta, que ficarão nas memórias das conversas de Sócios e adeptos. Tabata reservou o seu lugar no 11 com um jogo com olhos pregados na baliza e um golão em arco de belo efeito. Palhinha fechou a contagem em cabeceamento oportuno, demonstrando a sua valia nas alturas.

Já esta semana, a resposta continuou também num jogo de Taça, mas esta a da Liga. Leão de segundas linhas que tudo fizeram para jogar como as primeiras. Plata, Inácio e Bragança prometem fazer muito estrago nesta época, a merecerem claramente mais oportunidades. Segue o Sporting CP a resistir a tudo e todos, e a responder como todos os Sportinguistas querem.

 

Desonestidade intelectual!!!

Por Tito Arantes Fontes
17 Dez, 2020

(...) Excelente foi mesmo a resposta que a equipa deu em campo no jogo com o FC Paços Ferreira para a taça de Portugal! Categórica! E agora mesmo no jogo da Taça da Liga com o CD Mafra!

Tenho um velho amigo dos tempos em que trabalhei na CGD (década de 1980), grande Leão, Sócio desde sempre, mais que cinquentenário, família toda Sportinguista, gente de Anadia. É um homem sério, impoluto, honesto, de carreira irrepreensível na CGD até se reformar há já uns dez anos. É um homem que sofre com injustiças. Testemunhei isso mesmo nos quase dez anos em que convivemos profissionalmente na CGD. É um homem que tem amigos e mantém relações com gentes de todas as cores, sempre educado, sempre “gentleman”. É, como se costuma dizer, gente boa! Certo é que poucas vezes vi esse meu amigo manifestar-se como agora se manifestou. Por causa do famigerado jogo de Famalicão. Ainda essa pouca vergonha de que fomos vítimas! De que o Sporting CP foi alvo!

Devidamente autorizado pelo seu autor, transcrevo o que esse meu amigo, revoltado com os comentários do ex-árbitro Pedro Henriques no Público, enviou ao mesmo:

“Senhor Pedro Henriques:

Sou leitor habitual do Público desde o primeiro número. Considero este Jornal como um grande exemplo do que deve ser um órgão de comunicação social – liberdade de expressão, pluralismo de opinião e muito respeito por quem discorda. Fiquei, por isso, estupefacto pelo título da sua crónica de hoje: DESONESTIDADE INTELECTUAL. De quem, senhor Pedro Henriques? De quem discorda de si? Vá chamar intelectualmente desonesto na cara de quem julga que o é, porque não pode, e não deve, usar o título dum comentário como se todos nós, leitores do Público, tivéssemos de estar de acordo com a sua opinião que, para si, é a única, a definitiva, a verdadeira. Gostaria que alguém lhe chamasse cobarde por usar um comentário num jornal para insultar na generalidade quem o lê e discorda de si? Certamente que não, mas eu senti-me insultado por si e não lhe concedo esse direito. E para que sustente a minha posição, pedia-lhe o favor de me corrigir, já que é ex-árbitro e actual comentador, da minha visão do lance que originou o golo invalidado ao Sporting CP. O que eu vi: Coates está NO AR ANTES do guarda-redes do FC Famalicão, portanto o movimento é claro, é o guardião que vem contra Coates, o outro jogador nem sequer salta, os braços do guarda-redes estão SEMPRE em paralelo, não conseguem agarrar a bola e NÃO HÁ UM ÚNICO SINAL de alteração do percurso dos braços, o que seria inevitável se tivesse havido um toque do braço de Coates. Numa das imagens que foram passadas vê-se que, de facto, o braço de Coates toca no braço do guarda-redes DEPOIS da bola seguir o caminho da baliza. E tudo isto se passa FORA DA ÁREA EXCLUSIVA DO GUARDA-REDES. Para ter a certeza absoluta, fui rever as regras do futebol que, naturalmente, o sr. Pedro Henriques sabe de cor e salteado. Não consegui encontrar nenhuma alteração ao facto do guarda-redes, sublinho, fora da área exclusiva, ser considerado um jogador de campo como outro qualquer. Está certo o que digo, sr. Pedro Henriques? Não concorda com a minha visão do lance? Então diga que eu tenho deficiência ocular, mas não me chame desonesto intelectualmente. Não lhe admito, nem a ninguém. Não é aos 75 anos que aceito que um escriba, presumido detentor da verdade absoluta, me trate assim. Se quiser atingir alguém em concreto, então tenha a coragem de o nomear. Insulte quem quiser, mas faça-o cara a cara e assuma as consequências. E tenho pena que a Direcção do Público tenha deixado passar o título do seu comentário.

Os meus cumprimentos.”

É um expressivo “grito de alma” de um Sportinguista de toda a vida, do coração de Portugal, bem demonstrativo do estado catatónico em que o povo português, de lés a lés, ficou! Revoltado! Revoltado com o jogo… e depois, mais ainda, se possível, revoltado com este tipo de comentários que se fizeram… maltratando e insultando quem não pensa como eles! Quem nunca se vendeu ou serviu do “sistema”, como nós, Sportinguistas! Já os tivemos que aturar como árbitros… e tão maus que foram… e agora só nos faltava ter que ler e ouvir os dislates desta gente… destes verdadeiros e autênticos “desonestos intelectuais”!!!

Excelente foi mesmo a resposta que a equipa deu em campo no jogo com o FC Paços Ferreira para a taça de Portugal! Categórica! E agora mesmo no jogo da Taça da Liga com o CD Mafra! A verdade é que esta época para nos pararem só com “roubos”, “habilidades” e “desonestidades intelectuais”! Digam lá o que disserem! É esta a verdade! São estes os factos!

Duas últimas palavras: uma de solidariedade para todos os visados nos processos disciplinares instaurados pelo Conselho de Disciplina! A soldo das inenarráveis, tristes e torpes participações do Conselho de Arbitragem e da APAF… e lá vem o Conselho de Disciplina defender a podridão, defender o “sistema” e atacar quem reclama das injustiças, das anormalidades e dos dislates que fazem ao nosso querido SCP! Só o presidente Varandas já leva desde o início do ano três processos disciplinares… e nem dez jornadas temos…

E a derradeira palavra… porque não, não posso deixar em claro! São inadmissíveis quaisquer frases, comentários ou referencias sobre “Alcochete 2”! O que é isto? Aqui não há que tergiversar, aqui só há uma opinião de todos os Sportinguistas… Alcochetes 1 ou 2… não, nunca mais!!!! E nunca é mesmo NUNCA!!!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!!

All men are created equal*

Por André Bernardo
10 Dez, 2020

(...) Porque nós podíamos querer jogar fora das regras e podíamos querer ser outra coisa qualquer, mas só sabemos ser uma coisa: Sporting CP! Não é defeito, é ADN. E onde vai um, VÃO TODOS!

Por mera coincidência do acaso tanto o Sporting Clube de Portugal como o regulador norte-americano do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (FDA) têm o mesmo ano de fundação: 1906.

Já não por coincidência muito se tem falado, recentemente, de ambos por motivos de Regulação.  No caso do Sporting CP devido aos casos de arbitragem que originaram a perda de quatro pontos no futebol, e no caso da FDA devido aos pedidos de emergência apresentados pelas farmacêuticas no âmbito da aceleração da aprovação da vacina contra a COVID-19.  

Aproveito para relembrar a origem, intuito e importância de um regulador. No essencial a função de um regulador é a de um árbitro que assegura o cumprimento de regras pré-estabelecidas para garantir que existe competitividade. 

Competitividade pode ser definido como “conflito de acordo com regras”. Isto é, existem duas partes em “conflito”, cuja existência de regras assegura o cumprimento de um objectivo final comum “cooperativo” de interacção – a competição. Sem regras existe apenas conflito.

Porém, a existência de regras é uma condição necessária, mas não suficiente. É preciso assegurar que elas são cumpridas de forma correcta. E por isso não cabe somente ao regulador a criação das regras e a sua evolução, mas também assegurar o seu bom cumprimento. 

No desporto há uma parte que quer ganhar à outra, sob a tutela de regras definidas e órgãos e equipas de arbitragem que as fazem cumprir. A ausência de qualquer um dos dois tornaria qualquer modalidade em “vale-tudo”. 
A ausência de critérios uniformes no tratamento dos vários clubes, dentro e fora de campo, é inaceitável e não preserva a competição. 

É factual que o Conselho de Arbitragem (CA) decidiu pronunciar-se via media apenas sobre o lance específico do golo de Coates. Mas, além de se estranhar a própria decisão em si tendo em conta o que dizem as regras, estranha-se a rapidez, estranha-se a especificidade no lance, e estranha-se a forma. Mas mais se estranha, e é factual também, que o tratamento perante o nosso rival há menos de um ano tenha sido exactamente o contrário. O mesmo se aplica à Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF).

Porquê as abordagens distintas? Não sei e caberá aos mesmos darem resposta. Algo que solicitámos ontem por carta ao CA, aproveitando para reforçar a importância de que os áudios de comunicação com o VAR sejam públicos durante as decisões. Ambição que tornámos pública em primeira mão e que consideramos crucial no caminho construtivo e de transparência que protege o sector e o entorno competitivo. Aliás, este e outros temas, serão foco do “Webinar VAR Future Challenges”, que já tínhamos anunciado e que vamos promover no próximo dia 21 de Dezembro e no qual participarão nomes de referência como Paddy O’Brien ou Nigel Owens, do rugby, o ex-árbitro Keith Hackett ou Greg Barkey da MLS, entre outros.

No final do dia o Sporting CP quer apenas que a “estrada” da competição seja igual para todos, que esteja bem demarcada e sem linhas rectas para uns e com curvas para outros. Porque nós podíamos querer jogar fora das regras e podíamos querer ser outra coisa qualquer, mas só sabemos ser uma coisa: Sporting CP! Não é defeito, é ADN. E onde vai um, VÃO TODOS!

*Frase extraída da Declaração de Independência dos Estados Unidos da América de 1776 e que proclama a igualdade de direitos e deveres de todos os cidadãos perante a lei. Traduzido em português “Todos os homens são criados iguais”.

 

Editorial da edição n.º 3797 do Jornal Sporting

Vis Unita Fortior

Por Miguel Braga*
10 Dez, 2020

Cabe-nos conseguir demonstrar a vontade do Clube em lutar contra os poderes estabelecidos e o sistema instalado. Lembrando-nos que juntos seremos sempre mais fortes e que será na União que reside a nossa força

A injustiça com toda a sua carga negativa tem, por vezes, a capacidade de unir as pessoas em prol de algo positivo. Sábado passado aconteceu um desses momentos. Já depois dos 90 minutos de jogo, El Patrón subiu até ao meio-campo contrário e percebendo a intenção do cruzamento de Pedro Porro, acelerou o passo e fez-se à bola; o que aconteceu a seguir é um daqueles momentos para que vivem os adeptos: uma explosão de alegria, contagiante, um rugir do Leão que acredita até ao fim, um capitão que carrega a sua equipa na luta com vários adversários, um grupo que se une num abraço solidário de alegria. Só que não.

Da Cidade do Futebol chegou o primeiro aviso à navegação e posteriormente numa análise bastante rápida para o efeito, o árbitro Luís Godinho aniquilou os seus próprios instintos, revertendo um golo limpo em falta a favor do FC Famalicão. O jogo acabaria pouco depois e, volvidos poucos minutos, o mundo do futebol foi surpreendido por uma posição inédita do Conselho de Arbitragem (CA) – alguém, em nome do CA, ligou directamente para pelo menos cinco órgãos de comunicação social dando conta que a análise de Godinho ao lance de Coates estava, afinal, certa.

Os dias seguintes mereceram a atenção de vários analistas, comentadores, especialistas e nem tanto, que se dedicaram a dizer se existiu ou não falta, se a famigerada intensidade foi suficiente para se considerar infracção, se o golo deveria ter sido validado. A discussão – mesmo que inquinada por uma posição a priori do CA, condicionando todo um sector – foi profícua, provando que a existir erro de Godinho ele foi tudo menos “claro e óbvio”, desrespeitando, por isso, o próprio protocolo do VAR. E não foi a primeira vez que tal sucedeu: basta recordar o lance entre Zaidu e Pedro Gonçalves e a reversão do pontapé de penálti e consequente expulsão do jogador do FC Porto.

“Seriam quatro pontos de avanço e começam a tremer, mas quanto mais tremem e fazem isto, mais força dão a este grupo. Isso vos garanto”, afirmou depois do encontro o presidente Frederico Varandas. “Na equipa do Sporting CP quando vai um, vão todos e será assim até ao fim do campeonato”, garantiu o treinador Rúben Amorim.

Do nosso lado, Sócios e adeptos do Sporting CP, cabe-nos conseguir demonstrar a vontade do Clube em lutar contra os poderes estabelecidos e o sistema instalado. Lembrando-nos que juntos seremos sempre mais fortes e que será na União que reside a nossa força.

Sporting sempre!

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

#OndeVaiUmVãoTodos

Por Juvenal Carvalho
10 Dez, 2020

(...) foi viral o mote do “onde vai um vão todos” pelas redes sociais, numa onda verde gigantesca, que teremos de cavalgar para estarmos juntos contra os verdadeiros inimigos, e esses estão no exterior

Assumo que não me foi fácil escrever esta coluna de opinião. Não podia escrever o que me vai na alma sobre aquilo que é o lado marginal ao futebol. No fim do jogo de Famalicão, ainda atónito, e com a alma dilacerada, é que não poderia mesmo escrever os caracteres habituais. Seriam impronunciáveis os palavrões que proferi em frente à televisão – sim, o futebol é para mim a roçar o irracional – e transportá-los para a escrita deste espaço, não só era proibido pela linha editorial deste nosso jornal, como não me ficaria bem a mim mesmo.

O estado de alma era – é – de alguém que está cansado de todo este sistema viciado dos dois pesos e duas medidas. Ao Sporting Clube de Portugal, e não de agora, mas sim numa sina de décadas, é tão fácil prejudicar. Já fizemos até luto pelo futebol. Já tivemos formas de comunicar muito díspares, com críticas veladas aos “assaltos” constantes de que o nosso Clube é vítima quando comparado com os nossos rivais directos. É exasperante até. Nada tem resultado para que consigamos competir em igualdade neste conspurcado mundo do futebol.

Os do costume, e que de forma cínica dizem que o Sporting CP deverá estar sempre na luta do título, porque faz falta ao futebol português, e tal, são os mesmos que, mesmo que numa fase inicial, e se pressentem que podemos incomodar, nos dão uma machadada. 

É recorrente. É até alvo de chacota dos abutres, quais “Vampiros” de Zeca Afonso. Aqueles que comem tudo e não deixam nada.

Mas porque um Leão só se curva para beijar o símbolo, quis encontrar positivismo nestas linhas. E que melhor alento poderia encontrar do que ouvir o nosso treinador Rúben Amorim, também ele visivelmente agastado, dizer que “nesta equipa, onde vai um vão todos”. Como que acordei de um pesadelo e interiorizei. Não, estes rapazes não podem ser abandonados. Eles são feitos de têmpera. Eles obrigam-nos a caminhar a seu lado. Temos de estar unidos para os pedregulhos que nos querem colocar no caminho, e aqui falo mesmo dos cartilheiros e dos “paineleiros”, que discutem há décadas as “missas” e a “fruta”, sobre quem é mais beneficiado que quem, naquilo que é uma verdadeira guerra de guerrilha para o domínio do lado obscuro. Aquele que até dá títulos.

Mas, porque o mote está dado, terá que ser em uníssono e a uma só voz, esquecendo divergências entre nós, porque aquilo que nos une é muito mais do que aquilo que nos separa, e porque do futebol às modalidades, passando pelos associados e simpatizantes, foi viral o mote do “onde vai um vão todos” pelas redes sociais, numa onda verde gigantesca, que teremos de cavalgar para estarmos juntos contra os verdadeiros inimigos, e esses estão no exterior. Capacitemo-nos mesmo, que todos seremos poucos. Sim, somos Leões de têmpera e para onde vai um vão todos. 

Vão ter que nos aturar. Somos da raça que nunca se vergará!

A bola não é redonda

Por Pedro Almeida Cabral
10 Dez, 2020

(...) Espera-se que a bola seja mesmo redonda para o Sporting CP e que se acabem, de vez, as irritantes arestas que fazem a bola não entrar na baliza adversária quando devia

O futebol é jogo de 11 contra 11. No final, discute-se a arbitragem. Poderia ser esta a descrição do futebol português, sempre enredado em decisões polémicas, jogadas mal apitadas e lances que ficam na memória por nefastas razões. Contra o FC Famalicão, ficámos empatados com um golo inexplicavelmente invalidado nos momentos finais. Não foi a melhor exibição do Sporting CP. Um penálti falhado, algum ímpeto escusado nalgumas entradas e desatenções defensivas assim o ditam. Mas a verdade, e isto deve ser sublinhado a marcador verde florescente, é que a prestação do Sporting CP chegava para trazer os três pontos no autocarro oficial do Clube.

O que vimos foi uma arbitragem descuidada, tendenciosa e sem critério válido. Não interessa falarmos só no golo erradamente anulado a Coates. Isso reduz a análise a um lance, ocorrido em escassos segundos. É preciso ver todo o jogo. Há muito por onde escolher. Desde a simulação inexistente que dá o primeiro amarelo a Pote, a uma verdadeira simulação de um jogador do FC Famalicão que não foi amarelada, à exagerada expulsão de Pote, que apenas fez duas faltas em todo o jogo, ao grosseiro penálti sobre João Mário que não foi assinalado, ao amarelo por pisão a Palhinha que ficou no bolso, aos amarelos variados por mostrar a jogadores do FC Famalicão e ao incompreensível amarelo a Nuno Santos. Deixo o melhor para o fim: o golo de Coates é limpo por não haver contacto intenso o suficiente para atrapalhar o guarda-redes famalicense, que, de resto, se saiu mal ao lance. O VAR interveio sem razão, pois a jogada não suscita dúvidas, tendo até Luís Godinho validado o golo de imediato. Não houve uso do VAR, houve abuso do VAR, à cata de razão para não haver golo.  

O que se passou a seguir é de deixar qualquer um arrepiado. O Conselho de Arbitragem reage em menos de meia hora para validar o resultado. Coisa nunca vista e que deixa fundadas dúvidas sobre as motivações da actuação deste organismo. Os comentadores de arbitragem, todos eles ex-árbitros, defendem quase todas as decisões de Luís Godinho e, mesmo quando reconhecem um erro ou outro, dão nota máxima. Só faltou propor o árbitro para comenda de arbitragem a atribuir pelo Presidente da República. Ainda não refeitos desta celebração de Luís Godinho, vemos a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol anunciar queixas e processos em barda. Tanta reacção para tão desequilibrada arbitragem impressiona. Erros destes não se podem repetir e o Sporting CP não pode tornar a ser prejudicado desta forma. Espera-se que a bola seja mesmo redonda para o Sporting CP e que se acabem, de vez, as irritantes arestas que fazem a bola não entrar na baliza adversária quando devia.

 

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