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Opinião

Parabéns e obrigado por tudo, SCP

Por Juvenal Carvalho
01 Jul, 2020

114 anos passaram, meu querido Sporting CP. És tão grande que consegues abarcar gentes mais ricas ou mais pobres. Gentes de várias raças, credos e ideologias

114 anos de vida. Uma vida feita de Esforço, Dedicação, Devoção e Glória. Uma vida que, como aqueles rapazes da elite aristocrática da época, que foram os nossos fundadores, muito bem preconizaram, e hoje vêm concretizado. 114 anos a sermos Grandes... Tão Grandes como os Maiores da Europa.

114 anos. Como dizem os jovens de hoje. Estás “cota”, Sporting Clube de Portugal. Mas és um “cota” especial para milhões que te veneram. Milhões que de coração cheio estiveram e estão a teu lado. 

No meu caso particular – meu querido Sporting CP, tens sido um companheiro inigualável. Por quem rio e choro. Que nas tristezas estou ao teu lado mais do que nas alegrias. Já percorri o país e o estrangeiro a teu lado. Já estive a teu lado em estádios, pavilhões, pistas, estradas, salas de bilhar, de ténis de mesa, etc. A gritar por ti, a amar-te incondicionalmente.

Deste-me até o privilégio, e logo a mim, miúdo então de bairro, que coleccionava os cromos dos meus ídolos e os guardava religiosamente, de te servir como dirigente. De ter convivido e ganho amizades para uma vida. É difícil apagar as velas contigo e cantar os parabéns sem me recordar do que me dizia a minha mãe: ‘Filho, só falta levares a cama e dormires com o Sporting’. É verdade que só me faltava dormir em Alvalade em criança e adolescente. O que também é verdade é que hoje, de forma diferente, porque como tu – já passei o meio século – estou a ficar “cota”, mas ainda sinto o “acne juvenil” quando vejo o símbolo do Leão rampante. 

114 anos passaram, meu querido Sporting CP. És tão grande que consegues abarcar gentes mais ricas ou mais pobres. Gentes de várias raças, credos e ideologias. És o Clube que foi de Francisco Stromp, de Mário Moniz Pereira, e é também do Paulo Gama, o nosso Paulinho. É essa tua versatilidade que também me fascina. És de todos nós.

E uma certeza é incontornável. Vais continuar como te conhecemos: Grande... Tão Grande como os Maiores da Europa.

Parabéns, e continua a fazer-nos felizes e orgulhosos por sermos Sportinguistas! Porque isso não se explica, sente-se. É sem igual.

Porquê “Eu Sou”?*

Por André Bernardo
16 Jun, 2020

(...) no dia em que estivermos dispostos a contornar a verdade desportiva e todos os princípios que estiveram na nossa origem seremos mais um clube em vez de sermos mais do que um Clube

A pergunta foi-me feita em entrevista para esta edição do Jornal.

Ser Sporting são 113 anos de eclectismo com uma génese pioneira, vanguardista, democrática e inclusiva, que nasceu sob o signo de Leão em 1906 e construiu uma identidade singular na qual todos nós Sportinguistas, sem sequer pararmos para pensar nisso, nos revemos. 

É provável que o caminho que levou cada um de nós a ser Sporting seja distinto, mas o que nos mantém Sporting não é. E no dia em que passar a ser então seremos outra coisa.

Porque no dia em que aceitarmos trocar Esforço e Dedicação por medo e ameaça, que confundirmos Devoção com proselitismo, as vitórias dificilmente surgirão, mas a existirem jamais serão Glória. Não teremos Formação porque os mais novos não vão querer vir, nem os pais os vão querer por cá. E os que já cá estão não vão conseguir render.

E no dia em que estivermos dispostos a contornar a verdade desportiva e todos os princípios que estiveram na nossa origem seremos mais um clube em vez de sermos mais do que um Clube. E por tudo isto, então o Sporting Clube de Portugal já não será o Sporting Clube de Portugal.

Quando era criança o meu pai levava-me com ele a assistir aos jogos no antigo estádio e aprendi, de forma natural, a tratar os desconhecidos Sócios do lado como família. E eu até já conhecia de cor o ritual de um deles: abria a pequena maleta que sempre o acompanhava, limpava religiosamente o assento com um pano, colocava a sua almofada, pousava o rádio e retirava uma cerveja envolta na perfeição em folhas de jornal, que abria orgulhosamente com um abre-cápsulas. Depois, durante 90 minutos transformava-se numa outra personagem, mas sempre pacífica, mesmo quando manifestava o seu desagrado. Após o término dos jogos pedia desculpas pelo eventual uso descontrolado de jargão na minha presença, mas acrescentava sempre, dirigindo-se ao meu pai: “Mas sabe, eles mais tarde ou mais cedo deixam de ser miúdos”, ao mesmo tempo que me dava uma palmada na cabeça e me piscava o olho.

E o miúdo tonou-se graúdo, mas o que o fez ser Sporting na altura mantém-se intacto.

Não é nostalgia de um tempo diferente que já passou, é promover a vivência de uma maioria que faz do Dia de Sporting um momento de família, que vive o desporto com paixão, manifestando alegria e tristeza, mas que vive o associativismo de forma positiva e não como forma de compensação da falta de sociabilidade alternativa.

E é nunca esquecer esta herança única, esta história ímpar e estes valores singulares, que nos faz entre nós ser iguais – Ser Sporting – mesmo que aos olhos de outros diferentes

E enquanto assim for todos teremos sempre orgulho nas palavras “Eu Sou Sporting”.

 

* Editorial da edição n.º 3778 do Jornal Sporting

Eu Sou

Por Miguel Braga *
16 Jun, 2020

“Eu Sou, pai! Desde que nasci”, diz-me o meu filho com alguma regularidade e com um orgulho verdadeiro de quem pertence a muito mais do que um Clube

Eu Sou Sporting, Sportinguista e Leão. Sempre o fui – e neste caso, sempre ter sido não tem qualquer vantagem sobre quem o é há menos tempo. Ou mesmo sobre quem começou noutro lado e acabou do lado certo do Desporto. Nestas coisas de Ser Sporting, o que interessa é mesmo o ser, o estar, o sentir o Clube como parte integrante da nossa vida e da nossa comunidade. A partir do momento em que o somos, sabemos que tudo mudou e que aquele é o primeiro dia do resto das nossas vidas. Ser Sporting é também viver o Clube de diferentes maneiras, é procurar saber um pouco mais sobre os nossos mais de 100 anos de História, é lutar com esforço, dedicação e devoção para atingir a Glória que todos desejamos e que o Clube, acima de tudo, merece.

Venho de uma família de Sportinguistas, de sentimentos passados entre gerações, de vivências e experiências de vitória, mas também de empates e derrotas, de lutas conjuntas e de passagem de testemunhos: o passar a cada nova geração esta vontade de Ser, de uma forma diferente de estar tanto no desporto como na Vida. No meu caso, lembro-me sempre de o Ser. Tenho fotografias de Leão ao peito quando ainda mal andava, vestido de equipamento completo um pouco mais tarde quando ainda alimentava sonhos de uma carreira de guarda‑redes, de cachecol e t-shirt na bancada, anos depois, na companhia de amigos ou com o meu pai e o meu irmão, os meus companheiros originais na estrada da vida do Sporting Clube de Portugal.

O meu filho nasceu logo pela manhã, perto das nove horas – há quase 13 anos, num calorento dia de Agosto. Como a mãe pertencia a outra cor clubística, combinei uma estratégia familiar para evitar confusões e traumas no futuro. Além disso, mal nasceu, olhei para ele e tive a certeza de que aquela era uma cara de Leão, de Sportinguista de pelo menos 5.ª geração. “Com licença”, disse, afastando ligeiramente o médico e a enfermeira de serviço para lhe tirar a primeira fotografia. “Nem chorou”, pensei, “é mesmo Leão!”. De facto, naqueles primeiros segundos de vida, deu-me alguma paz de espírito tirar aquela fotografia para a posteridade. Entre os parabéns de circunstância e a alegria do momento, enviei de forma subtil a fotografia para o meu pai, que naquela altura já se encontrava na secretaria do Estádio de Alvalade, com toda uma entourage para dar início ao processo. E foi assim, com esforço conjunto, dedicação paternal e a devoção de dois Sportinguistas, que proporcionámos o primeiro momento de Glória do meu filho com apenas três horas de vida: o cartão de sócio, com fotografia e tudo, do Sporting Clube de Portugal. “Eu Sou, pai! Desde que nasci”, diz-me com alguma regularidade e com um orgulho verdadeiro de quem pertence a muito mais do que um Clube.

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

 

 

 

 
 

‘Eu Sou’… Sporting CP!

Por Juvenal Carvalho
16 Jun, 2020

Ser do Sporting CP é um estado de alma. É um sentimento que a todos nós nos deve fazer lutar pelo ideal acima de qualquer simpatia por este ou por aquele jogador, treinador, dirigente

Na sequência da tão bem conseguida campanha do nosso Sporting Clube de Portugal, a mesma despertou-me a consciência e arranjei motivos mais do que suficientes, não só para exacerbar o meu Sportinguismo, como também para partilhar convosco os motivos porque ‘Eu Sou’… Sporting CP.

Para isso, recuei no tempo, e imaginei-me de novo sentado nos bancos da escola, fazendo para todos os que são tanto do Sporting CP como eu, uma espécie de redacção explicando porque ‘Eu Sou’… Sporting. CP

E porque é que ‘Eu Sou’… Sporting CP?

Sou garbosamente desde criança, motivado pela diferença que nos norteava dos demais. Porque o Sporting CP é o clube mais ecléctico e ganhador do desporto português. Porque, aquando da minha meninice, cresci com João Rocha a presidente e vi os maiores vultos do desporto português a envergar o nosso emblema. Enumerar todos é impossível. Dizer nomes era repetir-me e esquecer tantos e tantos que não o mereceriam, numa História tão imensa, que me fazia ler tudo o que fosse linha que falasse do nosso Clube.

‘Eu Sou’… Sporting CP ainda por tantas e tantas jornadas que vivi no país e no estrangeiro a acompanhar o Clube com a minha família, a imensa família Sportinguista. Ser do Sporting CP é um estado de alma. É um sentimento que a todos nós nos deve fazer lutar pelo ideal acima de qualquer simpatia por este ou por aquele jogador, treinador, dirigente… o que for. Porque todos passamos e fica o Sporting Clube de Portugal. Dizer que ‘Eu Sou’… Sporting CP também serve para que as gerações vindouras não deixem cair este ideal. O ideal de pertencer a este enorme Clube. Que tem núcleos espalhados pelos cinco continentes. Que tem uma mole humana fiel. Que nos orgulha. Que nos diferencia. Que passa de geração em geração. Dirão até os que não são da nossa cor. Nenhum clube resistiria a não ganhar no futebol como eles – o eles somos nós – somos o Sporting CP.

‘Eu Sou’… Sporting CP, e tive igualmente a honra de servir o Clube como seu dirigente em modalidades como o basquetebol o andebol, ou o futebol juvenil. Terei sido até, e lembrado por amigo dessas contabilidades, o mais novo dirigente de uma equipa sénior do Clube, no caso o basquetebol, e por  ter também o orgulho de escrever umas linhas para o nosso Jornal desde há mais de trinta anos, onde comecei a escrever sobre futsal, sem amarras a nada nem a ninguém que não ao Sporting CP. Só assim sei estar. Só assim entendo o Sporting CP.

Estaria aqui uns dias levado pela emoção a dizer porque é que ‘Eu Sou’… Sporting CP. E sou por tudo o que aqui escrevi, e por muito mais que ainda poderia escrever. Sim, ‘Eu Sou’… Sporting CP! E é um sentimento tão bom. Único!

Eu Sou

Por Pedro Almeida Cabral
16 Jun, 2020

Eu sou de um Clube cuja história se confunde com a história desportiva de quase todas as modalidades em Portugal

Eu sou do Clube que escolhi ser. Talvez não seja comum. Mas foi assim. Pelos meus cinco anos, aí nos agora distantes anos 80, perguntaram-me que clube era o meu. Sem que ninguém me dissesse nada, não hesitei. Filho de pai encarnado, foram muitas as tentativas para me fazer atravessar a segunda circular. Desde bilhetes para jogos, cachecóis, camisolas e propaganda avulsa. Nunca nada funcionou, nunca nada me levou a ser o que não era.

Eu sou daquele Clube em cujo estádio entrava e saía constantemente desde tenra idade. Ia aos treinos de ginástica, debaixo das bancadas, comia croissants quentes à saída e escapulia-me pelos varandins afora para ver melhor aquele estádio que me parecia gigantesco. Aguardava horas para renovar o cartão de Sócio, em filas intermináveis, sempre abismado com a quantidade de gente que lá estava para fazer o mesmo. E a partir dos dez anos, com miúdos da mesma idade, comecei a ir ver os jogos de futebol nas bancadas de pedra sem que nada nos detivesse, nem a falta de bilhete, disfarçada com arte, colando bilhetes já usados e substituindo fotografias num único cartão de Sócio. 

Eu sou de um Clube cuja história se confunde com a história desportiva de quase todas as modalidades em Portugal. Futebol, andebol, atletismo, basquetebol, ciclismo, futsal, goalball, hóquei em patins, judo, kickboxing, natação, ténis de mesa, voleibol e tantas outras seriam bem diferentes sem o meu Clube. E é o meu Clube que é um dos clubes europeus mais titulados, com um eclectismo vigoroso que já leva uns impressionantes 36 títulos europeus em sete modalidades diferentes, contando com atletas de nível mundial, como Jordão, Manuel Fernandes, Balakov, Figo, Schmeichel, Cristiano Ronaldo, Nani, Rui Patrício, Slimani e Bruno Fernandes, no futebol, mas também Carlos Lopes, Fernando Mamede, Francis Obikwelu, Rui Silva, Naide Gomes, Joaquim Agostinho, António Livramento ou Bessone Basto.

Eu sou do Clube de Portugal, conhecido e reconhecido por todo o mundo, onde a paixão e o esforço nunca esmorecem, onde há sempre uma esperança tingida de verde que o esforço, a dedicação e a devoção serão gloriosamente recompensados. Sou do único Clube que podia ser. Eu sou do Sporting Clube de Portugal.

Eu Sou

Por Tito Arantes Fontes
16 Jun, 2020

Só um Grande e Lendário Clube se pode resumir assim… de forma tão absoluta, tão única, tão singular… tão definitiva… EU SOU!!! EU SOU… e está tudo dito!!!

Que grande momento de comunicação do nosso SPORTING CP!!!

Um vídeo fantástico!!! Um momento em que – estou em crer – Todos nós, Sportinguistas, de todas as sensibilidades, de todos os “pensares, nos revemos!!!

Comovente!!! Nosso!!!

EU SOU!!! Uma frase simples, curta, sintética… emblemática!!! Histórica!!!

Não precisa de mais nada… EU SOU diz tudo!!! Diz o que somos!!! Diz da nossa fé!!! Diz da nossa alma!!! Diz da nossa esperança!!! Diz do nosso Esforço!!! Diz da nossa Dedicação!!!

Diz da nossa Devoção!!!

Só um Grande e Lendário Clube se pode resumir assim… de forma tão absoluta, tão única, tão singular… tão definitiva… EU SOU!!! EU SOU… e está tudo dito!!!

Uma frase para a Eternidade!!! Uma frase para a Glória do nosso SCP!!! EU SOU!!!

É também com frases assim que nos unimos!!!

Como sucedeu com outras frases no nosso glorioso passado… desde “Só eu sei…” passando pelo inolvidável “O Mundo sabe que…” e tantas, tantas mais!!!

São nossas!!! São frases nossas!!! São frases SPORTING!!! EU SOU!!!

Quantas e quantas vezes não dissemos cada um de nós, todos nós… ao Mundo, qualquer mundo… na escola, no trabalho, nas fábricas, nos escritórios, nos cafés, na rua… na “net”, nos “fóruns”, no WhatsApp, no Facebook”, no Instagram”… EU SOU!!! Acompanhados… até sozinhos… EU SOU!!! Com orgulho, com paixão, com querer, com amor!!! EU SOU!!!

EU SOU!!!

E NÓS TEMOS MESMO DE SER… EU SOU!!!

 

Futebol

Já recomeçou. Dois jogos! Temos notórias melhorias no nosso jogo. E muitos jovens a despontar. Saliento o rejuvenescido Jovane (soberbo o golo marcado em Alvalade!) e a indiscutível qualidade que se nota em todos os poros do Eduardo Quaresma! Que miúdo! E o Matheus Nunes vai cimentando também o seu lugar, soltando e afirmando o seu futebol! Parece-me que temos jogadores… muitos jovens da nossa formação… a aparecerem e a merecerem a nossa confiança! Vamos acreditar! E sim, creio mesmo que sim, temos uma equipa técnica que sabe o que quer! Demos, pois, o nosso apoio e o nosso tempo ao Ruben Amorim! Já deu para perceber que é mesmo um treinador daqueles com um T maiúsculo! Daqueles com raça, que preferem o trabalho… e que não se preocupam mesmo com os “murros no estômago” de alguns comentários! E só assim não entende quem não quer ver… A verdade é simples… afinal todos deveremos sempre querer o sucesso do nosso SCP… porque cada um de nós é e tem de ser mesmo e definitivamente um… EU SOU!!!

 

Violência “made in” Seixal

Lá para as bandas vermelhas do Seixal a coisa está preta… ou melhor está mesmo ao rubro… um inferno!!! É desaire atrás de desaire, é pedrada atrás de pedrada, é insultos em tudo o que é sítio… é vandalismo à solta… não tinham claques, não tinha nenhuma “organização” desse tipo… e afinal têm… e agora – amedrontados, tolhidos lá nos seus “bunkers” – até pedem a intervenção das autoridades… querem punições exemplares… imploram por ajuda… eles que têm andado a bater por essa Lisboa fora… eles que cometeram crimes no Jamor e em Lisboa… eles que disseram que ali não é “território” onde se cumpram leis… ali agora é, afinal, o tempo de dar o dito pelo não dito… ali agora “come-se o pão que o diabo amassou”… e as televisões… onde estão os debates da CRISE vermelha??? Onde??? … sabíamos já de órgãos de informação “queimados”… não sabíamos é que eram tantos já nesse estado calamitoso… e as autoridades… que fazem… que dizem?... nada… silêncio sepulcral… quem os viu tão lestos e zelosos quando foi Alcochete e quem os vê agora… depois da inenarrável cena de pedrada que caiu em cima da camioneta e dos tristes e desamparados jogadores… e que correu mundo!!! Que disseram??? … um, dois, três dias depois… nada!!! Haja vergonha!!! Haja decoro!!!

VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

GPS com defeito

Por Miguel Braga *
14 Jun, 2020

(...) Ainda falta muito campeonato e todos precisamos de estar mais atentos

Mais uma vez a máquina de propaganda que nega tudo à sua volta, utiliza os seus pombos correio de eleição para desviar atenções do óbvio e atacar o Sporting Clube de Portugal. 
Em vez de se elogiar, por exemplo, a actual  aposta na formação e na juventude, tanto do treinador como de uma administração que em dois anos formou 20% dos atletas que deram o salto da Academia de Alcochete para o plantel principal, tentam criar fantasmas do Sporting CP com comando à distância, guiados por um GPS claramente defeituoso. Vamos recordar: Luís Maximiano, Eduardo Quaresma, Rafael Camacho, Matheus Nunes, Jovane Cabral, de início, Geraldes e Nuno Mendes mais tarde no jogo. E internacionalmente a juventude ainda foi representada por Plata e Wendel. Querem fazer a média de idades? 
Não. Isso seria sério demais. Elogiam-se assim outras defesas, enquanto se tenta colocar em causa o profissionalismo de Mathieu com histórias fictícias desfasadas da realidade. 
Ao contrário de outros tempos e para grande infelicidade de alguns, assistimos a um balneário unido e sem fugas de informação vital. As razões pelas quais o internacional francês não fez parte da lista de convocados sabe-as o treinador. Que se explicou bastante bem no pós-jogo com o FC Paços de Ferreira. Mas para mau entendedor, nem duas ou três palavras são suficientes. 
Ainda falta muito campeonato e todos precisamos de estar mais atentos. E de preferência sem GPS à mistura.

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

 

 

 

 
 

A Ressurreição*

Por André Bernardo
28 maio, 2020

A conquista da Taça de Portugal de 2019 terá sempre um valor simbólico, constituindo o epílogo do primeiro capítulo da Odisseia pós-Alcochete

25 de Maio de 2019 ficará na história do Clube como o dia da “Ressurreição” do Leão. Nesse dia, o Sporting Clube de Portugal ganhou muito mais do que uma Taça de Portugal. As lágrimas que cada Sportinguista verteu e os sorrisos que cada um exibiu carregavam um ano de angústia e superação após o período mais negro da história do Clube, marcado pelo ataque a Alcochete. E transformaram a amargura da perda da Taça de 2018, porque também ela foi muito mais do que uma derrota, numa sensação de êxtase difícil de adjectivar.

À data do arranque da época de 2018/2019, o cenário do mais optimista Sportinguista constituía na realidade o melhor cenário pessimista. Porém, o Sporting CP conseguiu completar um duríssimo ano de forma épica conquistando duas Taças: da Liga e de Portugal. Feito inédito na sua história, juntamente com outro nas modalidades: seis títulos europeus num só ano.

É impossível num ano recuperar um clube, seja ele qual for, depois daquilo que o Sporting CP passou, sobretudo com a pesada herança de problemas estruturais. É importante a gestão de expectativas neste sentido porque o caminho de travessia para sair do “deserto” dos últimos quase 20 anos no futebol continua. Mas a conquista da Taça de Portugal de 2019 terá sempre um valor simbólico, constituindo o epílogo do primeiro capítulo da Odisseia pós-Alcochete.

A memória no desporto é curta, mas, mais além dos números, ninguém se esquecerá da forma de como, há apenas um ano atrás, esta vitória nos fez sentir. 

28 de Maio é dia de Jornal de Sporting e nesta edição destacamos a entrevista a mais um talento argentino que brinda os relvados nacionais: Che Vietto! Em Dezembro de 2006, na primeira vez que tive a oportunidade de pisar Buenos Aires, assisti a um jogo decisivo (Boca Juniors vs. Estudiantes de La Plata) para a disputa do campeão de Verão – Torneio Apertura (na altura, o campeonato tinha um formato diferente do actual), no mítico palco La Bombonera, com direito à presença de Maradona na Tribuna. Uma experiência única que recomendo a quem possa vivê-la, num país que respira o futebol de maneira singular (infelizmente, nem sempre da melhor forma). Desse sangue argentino temos tido o prazer de assistir em Alvalade a vários artistas ao serviço do Sporting CP, desde o eterno Yazalde, a Quiroga, Duscher, Acosta, entre outros, e agora a Luciano Vietto. Una nota final de condolências a outro argentino, Mauricio Hanuch, campeão nacional em 2000 ao serviço do Sporting CP e que infelizmente nos abandonou esta terça-feira, vítima de doença.

Nesta edição destacamos também a “Ressurreição” da Formação, que tem sido prioridade máxima na gestão destes 20 meses, com uma análise aos seis “reforços” da equipa principal.  Rubrica elaborada por Rodrigo Pais de Almeida, a quem dou as boas-vindas como novo cronista do Jornal e que, entre outras coisas, estreia uma nova vertente de análise técnica que será certamente enriquecedora para todos os leitores.

1 de Junho é Dia da Criança. E é mais crianças que temos de atrair para o desporto, seja a praticar ou a assistir. Para isso, é fundamental trabalharmos todos os dias para proteger a qualidade do espectáculo e promover a vivência saudável do mesmo. Lançámos nesse sentido a campanha “Eu Sou Jubas” que permite o envolvimento dos mais jovens em dinâmicas divertidas, que combina realidade aumentada e o melhor uso das redes sociais.

4 de Junho é também o dia da “Ressurreição” do futebol após o período COVID-19. A bola estará felizmente de volta aos relvados e o Sporting CP apresenta-se com um dos plantéis mais jovem e com maior número de atletas provenientes da formação de sempre. Aproveito e destaco o lançamento do Alvalade em Casa, no próximo dia 2 de Junho, uma plataforma on-line que permitirá o acompanhamento dos jogos ao segundo. Não podendo ir até ao futebol, quisemos que o futebol fosse até “casa” dos nossos adeptos, para quem não possa acompanhar os jogos pela TV.

Intemporal é Héctor Casimiro Yazalde. Conhecido como “Chirola”, porteño de gema, brindou-nos entre 1971 e 1975 com um registo impressionante de 126 golos em 131 jogos, ganhando a bota de ouro na época de 1973/1974 com 46 golos em 30 jogos. Ressuscitamos a sua memória no nosso destaque de Lendas do Sporting Clube de Portugal.

 

* Editorial da edição n.º 3777 do Jornal Sporting

Acreditar até ao fim

Por Miguel Braga *
28 maio, 2020

Quando Luiz Phellype arrancou para a marcação do penálti vitorioso já só olhava para o meu filho que saltou como um Leão para o meu colo quando a bola bateu nas redes

A primeira vez que vi um capitão do Sporting Clube de Portugal levantar o troféu no Jamor foi na mítica época de 1981/1982, depois da equipa de Malcolm Allison cilindrar o SC Braga de Quinito por uns expressivos 4-0. Liderados por um António Oliveira inspirado – marcou dois golos, sendo que Rui Jordão e Manuel Fernandes foram os autores dos outros dois –, recordo-me de no final do jogo descer as escadas de pedra do estádio com o meu pai, rumo ao relvado, onde vi a felicidade estampada na cara de todos, adeptos, jogadores e famílias, num Jamor pintado de verde e branco. Era a minha primeira Taça de Portugal e a décima primeira do Clube.

Durante os anos que se seguiram vivi de tudo no Jamor, vitórias, derrotas, até empates, jogos com golos, casos e, sobretudo, uma paixão que só é possível viver naquela relva. E foi assim, que há mais ou menos um ano, saí de casa, apenas na companhia do meu filho, para ver mais uma final do meu Clube do coração – entre a primeira vez e aquele momento, passaram-se 37 anos de Sporting CP.

O passado recente não me permitia transbordar confiança. “Vamos ganhar, pai”, dizia o meu filho a cada oportunidade, com aquela fé que move montanhas e que é fundamental para alcançar objectivos difíceis. Deixámos o carro num dos parques, passou por nós uma centena de adeptos portistas, ruidosos como mandam as regras, num dia em que a festa começa muito antes do árbitro apitar para o início da partida.

Incidências do jogo à parte – golo bem anulado ao FC Porto com o resultado ainda a zero e falta de coragem para anular o primeiro golo dos dragões –, a verdade é que a exibição de Bruno Fernandes lembrou-me a de Oliveira, a frieza de Bas Dost recordou-me o posicionamento de Manuel Fernandes, Renan incorporou a agilidade de Ferenc Mészáros, Coates e Mathieu cortaram tudo como Zezinho, e depois de 90 minutos empatadas, as equipas foram para o prolongamento. “Vamos ganhar, pai”, repetia o meu filho, saltando para os meus braços quando Bas Dost fez aquilo que melhor sabia fazer de Leão ao peito, aos 101 minutos de jogo. Depois de 20 minutos que pareceram 20 horas, de olhos no relógio e no relvado, senti o mundo a cair quando Filipe, já depois da hora, empatou o jogo para o FC Porto – os adeptos portistas que estavam à minha frente saltaram numa explosão de raiva, eu sentei-me, abanei a cabeça e pensei: “outra vez, não”. Levantei-me rapidamente ainda sem saber o que fazer. Ao meu lado, o meu filho agarrou a minha mão e disse-me, confiante: “Não vamos embora, vamos ganhar, pai”. E foi assim, de mãos dadas e com inabalável fé, que assistimos ao desempate por pontapés da marca de penálti – e nem o remate de Bas Dost à barra demoveu a confiança da criança. “Não faz mal. Vamos ganhar, pai. Eu sei”.

Quando Luiz Phellype arrancou para a marcação do penálti vitorioso já só olhava para o meu filho que saltou como um Leão para o meu colo quando a bola bateu nas redes. “Eu sabia, pai. Esta é nossa”. E foi assim que o meu filho viveu a sua primeira Taça de Portugal e a décima sétima do Clube.

 

* Responsável de Comunicação Sporting Clube de Portugal

Somos todos Djaló

Por Juvenal Carvalho
28 maio, 2020

Estamos todos a teu lado, ‘puto’. Mostra a tua têmpera. Um Leão só se curva para beijar o símbolo!

Em tempo de pandemia, seria muito melhor estar a falar do futuro, daquele futuro que todos esperemos que seja melhor, não só na vertente da saúde pública, como também na económica e, claro, para que o Sporting Clube de Portugal seja cada vez mais forte, e que o pós-COVID-19 nos traga sucesso, aquele sucesso que é imagem de marca de um Clube que os quase 114 anos de vida nos diferenciam dos demais.

Mas infelizmente não é esse o caso. Com a minha crónica já entregue ao jornal e que falava de uma deslocação que fiz a acompanhar o Sporting CP a Sevilha, corria o ano de 1983, uma mensagem de amigo via WhatsApp, e posteriormente um telefonema de outro amigo, ambos com ligações ao basquetebol e ao Sporting CP, chamaram-me para uma notícia que não queria receber. 

A notícia de que o nosso jogador de basquetebol, o Adulai Djaló, que fez 18 anos no passado dia 26, e que chegou ao Sporting Clube de Portugal esta época, vindo do Sport Algés e Dafundo, um clube formador como poucos, está no IPO de Lisboa a travar uma dura batalha pela vida. Aquele menino que chegou a Alvalade, e logo viu e venceu, que foi chamado à selecção nacional sub-18, e que se integrou como poucos num grupo de trabalho que liderava invicto, até às provas serem interrompidas, o Campeonato Nacional da zona Sul do seu escalão, está agora numa batalha incessante pela vida.

Se em campo era na posição 2, para os mais desconhecedores da modalidade, a posição de base-extremo, em que se assumia como um líder, agora terá de ser com esforço, dedicação e devoção da parte médica, que alcançará o caminho da glória, que será a sua recuperação lenta, mas paulatina. Que se Deus quiser o vai fazer retornar aos pavilhões, onde continuará, mesmo que como até acontece aos melhores da NBA, a fazer ‘turnovers’, mas muitas mais assistências, penetrações, e até pontos que serão decisivos. O Adulai Djaló vai contar com todos nós. Todos nós estaremos ao seu lado. Não cairá agora, porque vai levantar-se seguramente depois. Com o espírito de um Leão indomável, que uma cama do hospital e uma doença cruel não o vão deixar abater e cair.

Tão injusto é ver um jovem que atingiu a maior idade agora estar a travar esta batalha. Tão triste é para a sua família este momento. Tão triste é para a família do basquetebol e para todo o universo Leonino, este momento. Uma coisa é certa. Estamos todos a teu lado, ‘puto’. Mostra a tua têmpera. Um Leão só se curva para beijar o símbolo! E tu vais ter essa oportunidade ainda, a de beijar o símbolo do Clube que te acolheu e que te fez um de nós.

Somos todos Djaló!

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