Ténis de Mesa (Seniores M): Borussia Düsseldorf vs. SPORTING CP
Ténis de Mesa (Seniores M): SPORTING CP vs. Borussia Düsseldorf
Futsal (Seniores M): MNK Olmissum vs. SPORTING CP
Futsal (Seniores M): SK Ayat Rudny vs. SPORTING CP
Futsal (Seniores M): SPORTING CP vs. FC Hit
Os adversários da Ronda Principal da UEFA Futsal Champions League
05 Jul, 2023
Leões no grupo 1 com MNK Olmissum, MFC Ayat e FC Hit
Já estão definidos os primeiros passos da equipa principal masculina de futsal do Sporting Clube de Portugal na UEFA Futsal Champions League. Após um sorteio realizado, esta quarta-feira, em Nyon, na Suíça, os Leões, que foram vice-campeões na edição anterior, conheceram os adversários que terão pela frente no caminho A da Ronda Principal, fase que inaugura a caminhada europeia verde e branca em 2023/2024 e será disputada entre o 24 e o 29 de Outubro.
Colocada como cabeça-de-série do grupo 1, a formação verde e branca estará acompanhada pelo estreante FC Hit (Ucrânia), pelo MFC Ayat (Cazaquistão) e ainda pelo MNK Olmissum (Croácia), sendo este último o anfitrião do grupo.
Participarão nesta fase um total de 16 clubes: o campeão em título (AE Palma Futsal), os seguintes 11 clubes com o melhor ranking UEFA - liderado pelo Sporting CP - e as equipas posicionadas entre o 16.º e o 19.º lugares. Cada um dos quatro grupos é composto por quatro equipas e os três primeiros classificados de cada grupo seguem em frente para a Ronda de Elite.
Nas últimas sete edições realizadas desta competição, o Sporting CP marcou presença na final em seis – venceu duas – e só numa, em 2019/2020, se ficou precisamente pela Ronda de Elite sem atingir a fase das decisões.
Diário de Palma de Maiorca - Dia 6
08 maio, 2023
A última página e um final diferente por escrever
Os mais vencedores também perdem. O desporto pode ser cruel e, este domingo, o futsal voltou a sê-lo com a equipa do Sporting Clube de Portugal. Mesmo fazendo bem as coisas, neste caso, dentro da quadra, e merecendo mais do que realmente se teve, às vezes, parece que nada é suficiente e isso só torna o sabor da derrota ainda mais amargo.
A intensidade máxima desde o primeiro segundo, o ambiente ensurdecedor no Velòdrom Iles Balears, a pressão inicial do AE Palma Futsal, as defesas sucessivas de Guitta e Luan Muller e o golo feliz de Mario Rivillos. A reacção de Leão, um Sporting CP em crescendo, a superioridade na segunda parte, um apoio incansável nas bancadas, uma equipa que veste a listada verde e branca como se da própria pele se tratasse, o calcanhar e o festejo efusivo de Zicky, o pontapé certeiro de Anton Sokolov dois minutos depois. Os gritos de golo, a reviravolta a cinco minutos do fim. Não, a reviravolta, não. A anulação do golo, o mesmo foco e serenidade dos Leões, as tentativas sem fim, mais defesas de Guitta e Luan. O prolongamento, num ápice, e os fatídicos penáltis. Do sofrimento à tristeza, a crueldade. O sentimento de injustiça e a frustração ainda na quadra, o silêncio no regresso. Como flashes, estas imagens vão-se repetindo, mas nada apaga o que ficou para trás deste desfecho inglório.
A calmaria da manhã antes da tempestade à noite.
O treino da manhã no dia e no palco da final: o tempo de preparação entre um jogo e o outro foi pouco, mas há pequenos ajustes a fazer. A equipa técnica apresenta o plano e os jogadores não só procuram aplicá-lo, como também têm abertura para contribuir e propor a partir da sua visão desde dentro das quatro linhas.
Ao sexto dia de concentração em Palma de Maiorca, ainda há talentos por descobrir, como é exemplo a arte no desenho do fisioterapeuta Luís Ribeiro, que foi corporalizando a ambição Leonina através da imagem certamente presente na mente de toda a comitiva Leonina.
Já no regresso, pela primeira vez durante estes dias, chovia e conjecturava-se, supersticiosamente, se esse seria um bom sinal para logo. E para lá chegar, no entanto, parece que o tempo não avança como dantes.
Entretanto, Carlos Alves, técnico de equipamentos, faz também a sua parte para que esteja tudo a postos e “durante uma horita”, apontou, foi preparando a ‘pele’ do Leão na sua rouparia improvisada no hotel. Antes da partida rumo à final, a equipa técnica de Nuno Dias deu a sua última palestra e, lá fora, já eram bem audíveis os cânticos Sportinguistas à entrada do hotel.
Já num Velòdrom Iles Balears cheio com mais de cinco mil pessoas, acabou por ser o sonho do anfitrião e estreante AE Palma Futsal a concretizar-se. Por sua vez, os Leões, tal como no ano passado em Riga, tiveram de ficar a assistir à festa, deixando nesta última página um final diferente por escrever.
Palma de Maiorca faz parte, a partir de hoje, da lista onde estão Riga (2022), Saragoça (2018) e Almaty (2011 e 2017). Más memórias, mas que não são para esquecer, porque “perder finais também dá calo”, como realçou o capitão João Matos na flash à Sporting TV após a final de hoje. Do outro lado, Almaty (2019) e Zadar (2021) continuam a ser as provas de que há um sonho insaciável e que vale a pena continuar a perseguir. Uma e outra vez, caindo e levantando.
São, no total, sete finais onde o Sporting CP marcou presença para discutir o desejado troféu da UEFA Futsal Champions League, e seis delas nos últimos sete anos. Os Leões de Nuno Dias têm-no feito parecer fácil, mas não é. Depois, esta transformação do extraordinário em rotina também tem o outro lado: não se consegue deixar de querer sempre mais. E essa é, talvez, a definição perfeita desta insaciável equipa do Sporting CP.
Ora, se depois desta desilusão há uma equipa capaz de se reerguer de novo é, certamente, esta, que caiu tantas vezes e de forma tão dura até conquistar o primeiro título europeu. E repetiu a dose, de sofrimento e de glória, para levantar também a segunda.
Termina-se aqui este diário, mas certamente que para lá deste ponto final haverá já outra página à espreita. É só virá-la. "O Sporting CP já se afirmou como uma das melhores - para mim, a melhor - equipas da Europa constantemente nestes palcos e certamente vamos estar aqui para o ano", disse ainda João Matos. Palavra de capitão.
Por Xavier Costa, em Palma de Maiorca.
Nuno Dias: "Os meus jogadores estão de parabéns"
08 maio, 2023
Treinador destacou desempenho Leonino apesar da derrota na final
Terminada a final da UEFA Futsal Champions League, onde os Leões acabaram por cair no desempate por penáltis por 5-3, depois do 1-1 no marcador ter prevalecido durante o tempo regulamentar e o prolongamento, o técnico Nuno Dias esteve em conferência de imprensa para analisar o encontro.
"Vi um jogo equilibrado, intenso, emotivo. Parece-me que nos primeiros dez minutos o AE Palma Futsal foi melhor. Foram intensos, não conseguimos ligar o jogo e acho que esses minutos foram de alguma superioridade do adversário. Depois, reagimos, reequilibramos e sofremos um golo em que o Luan ganhou uma série de ressaltos e acabam por fazer o 1-0 numa altura em que já estávamos a reagir. O Sporting CP foi construindo e tendo oportunidades e a segunda parte foi de uma grande superioridade, na minha opinião", começou por considerar em declarações aos jornalistas presentes na sala de imprensa do Velòdrom Iles Balears, antes de continuar a sua análise do segundo tempo.
"Conseguimos chegar ao empate e fazer com que o AE Palma Futsal não jogasse, limitando-se a desfazer-se da bola. Fomos criando situações e por alguma razão o Luan foi o melhor jogador da final, porque, além de ter estado no golo, teve muitas intervenções. Conseguimos passar para a frente e infelizmente o golo não contou. O jogo foi a prolongamento, mantivemos a toada e o AE Palma Futsal com o guarda-redes avançado tentou gerir mais a bola e atacar pela certa. Depois, acabou por ser mais competente nos penáltis", concluiu, deixando os “parabéns” ao emblema de Palma de Maiorca, mas também aos seus jogadores "pela forma como actuou e lutou contra tantas adversidades”. “Infelizmente para nós, não foi suficiente", acrescentou.
Já quando questionado sobre o golo anulado a Anton Sokolov, que daria o 1-2 ao Sporting CP à entrada para os últimos cinco minutos de jogo, Nuno Dias acabaria por fazer uma leitura do lance, considerando-o “legal e que não devia ter sido anulado”.
"Tenho alguma dificuldade em comentar a arbitragem. O lance é decisivo, obviamente, faltavam quatro minutos e tal e passávamos para a frente [do marcador]. Olho para o jogo e se aquele lance é penalizado com falta, todos os nossos pivôs e todos os nossos jogos acabavam com 30 faltas por jogo. Isso não acontece e os árbitros permitem que o Zicky, o Neves e o Sokolov sejam agarrados... E ali houve, parece-me estranho", atirou, falando de seguida da forma como a sua equipa nunca perdeu o foco na partida.
"Mesmo num ambiente adverso, que foi empolgando e ajudando o AE Palma Futsal a ter forças quando não conseguiam ter a bola, isso não nos prejudicou. Os meus jogadores estão de parabéns, não se intimidaram, foram mantendo a serenidade apesar de tudo. Tivemos a cabeça no lugar, fomos jogando e tendo bons despenhos e bons movimentos", reforçou o treinador verde e branco, antes de frisar que faltou também alguma eficácia aos Leões.
"Hoje não finalizamos tão bem. Recordo-me de várias bolas paradas contra o RSC Anderlecht e hoje errámos mais o alvo. A eficácia é sempre o factor que decide quem ganha e quem perde", sentenciou.
Desfecho cruel na final da UEFA Futsal Champions League
07 maio, 2023
Leões caíram por 5-3 no desempate por penáltis frente ao AE Palma Futsal (1-1 a.p)
A equipa principal de futsal do Sporting Clube de Portugal caiu, este domingo à noite, na final da UEFA Futsal Champions League diante do AE Palma Futsal, após ter perdido 5-3 no desempate por pontapés de penálti – 1-1 após prolongamento.
Até lá, num Velòdrom Iles Balears lotado (5280 espectadores), os Leões de Nuno Dias deram tudo num duelo frenético e muito equilibrado, onde só as exibições monstruosas de Guitta e Luan Muller, os dois guardiões, evitaram que o marcador fosse outro. O AE Palma foi o primeiro a marcar, ainda na primeira parte, e Sporting CP reagiu e, não só correu atrás, como chegou com mérito, num espaço de dois minutos, à reviravolta já na recta final do jogo. No entanto, o golo de Anton Sokolov, que se seguiu ao de Zicky Té, seria anulado de forma polémica após revisão das imagens e tudo se decidiria de forma cruel nos penáltis.
Para iniciar o jogo de todas as decisões diante do actual segundo classificado do competitivo campeonato espanhol, Nuno Dias, treinador dos Leões, apostou num cinco composto por Guitta, Erick Mendonça, João Matos, Diego Cavinato e Alex Merlim.
Logo desde o pontapé de saída, o ambiente - ensurdecedor - era digno de uma final nas bancadas e, na quadra, os dois conjuntos começaram com intensidade máxima à procura de replicar as entradas fortes – e decisivas – que impuseram nas respectivas meias-finais. Muita pressão subida de parte a parte, duelos sucessivos e, sobretudo, muita luta - nos primeiros cinco minutos, cada guarda-redes tinha realizado uma defesa.
Depois, através de duas bolas paradas, os Leões duas somaram duas situações desenquadradas, mas perigosas, até que Hugo Neves dispôs da melhor oportunidade, embora sem conseguir bater Luan Muller no cara-a-cara. Já na forte resposta espanhola, Guitta também se impôs somando várias defesas importantes e manter o nulo intacto num jogo em que não havia tempo para respirar.
Para desbloquear o encaixe na quadra, ambas as equipas foram tentando incorporar os seus guarda-redes no ataque. Assim, Guitta ficou perto de marcar e Cavinato também, mas seria o AE Palma Futsal – mais feliz - a inaugurar dessa forma o marcador a seis minutos do intervalo. Luan saiu disparado pelo corredor central e a bola, ressaltada, acabou por sobrar para Mario Rivillos concluir o lance, já com Guitta desposicionado, e fazer o 1-0, que galvanizou ainda mais os barulhentos – e em natural maioria – adeptos maiorquinos.
Ao Sporting CP, que foi chegando de forma frequente à área adversária, foram faltando, sobretudo, mais finalizações na baliza. Até ao intervalo, Hossein Tayebi ficou muito perto de um desvio decisivo para o emblema local e, do outro lado, oportunidades não faltaram principalmente no último minuto. No entanto, quando os Leões conseguiram encontrar espaços na férrea defesa de Mallorca, apareceu Luan para segurar o 1-0, travando remates de João Matos, Cavinato (dois) e Zicky Té.
Muito equilíbrio, acima de tudo, nos primeiros 20 minutos, mas o marcador obrigaria a turma de Alvalade a correr atrás do prejuízo. E a toada do segundo tempo não mudaria muito, com os dois guarda-redes novamente em destaque.
E se Guitta foi mantendo, com três enormes intervenções, a margem mínima, do outro lado Luan - muito ajudado pelo postes – adiava o empate Leonino: Pany Varela e, sobretudo, Cavinato e Pauleta (duas vezes) ficaram realmente perto, mas sem sorte.
Com o tempo a correr contra os Leões, o Sporting CP assumia de forma mais vincada a iniciativa e, defensivamente, os riscos também aumentavam. Num momento de transição foi Cainan a deixar um alerta à baliza verde e branca, mas nada fez desarmar a formação de Nuno Dias, que seria premiada pela insistência.
Depois de Cavinato ter visto Luan a ‘voar’ para o seu remate, a seguir, Zicky esteve no sítio certo e, num lance de improviso na área, de calcanhar, fez (finalmente) balançar as redes com mais de sete minutos por jogar. Nas bancadas era cada vez mais audível o incansável apoio Sportinguista e logo dois minutos depois, Anton Sokolov ateou festejos ainda mais efusivos, mas em vão.
O 1-2 do universal russo seria anulado após utilização do sistema de vídeo, com a equipa de arbitragem a considerar suficiente o agarrão de Sokolov, apesar do critério largo tido até então nos duelos, sobretudo entre pivôs e fixos. Ainda assim, os Leões mantiveram-se por cima nesta recta final, mas nem Guitta, Merlim ou Tomás Paçó conseguiram bater Luan. Pelo meio, contudo, ainda houve tempo para um grande susto: com Guitta fora da baliza, Chaguinha, de chapéu, acertou no poste.
Até ao fim o duelo continuou frenético – o AE Palma Futsal ainda apostou no guarda-redes avançado no último minuto - e só a noite de grande inspiração de ambos os guardiões permitiu que no fim dos 40 minutos regulamentares o marcador fosse um magro 1-1, que levou a final para prolongamento – duas partes de cinco minutos que passaram a voar.
Na primeira, o Sporting CP foi totalmente superior, mas não conseguiu ser eficaz e, já para a segunda, a equipa da casa foi apostando no guarda-redes avançado, mas sem sucesso. Com pouco mais de dois minutos para o fim, o AE Palma Futsal até atingiu as cinco faltas, mas já nada mudaria na final e no resultado.
Tudo se decidiria nos pontapés de penálti e com final feliz para a formação de Palma de Maiorca. Nuno Dias apostou em Bernardo Paçó na baliza para o desempate, mas o conjunto da casa converteu as cinco tentativas depois de Luan – eleito, depois, o melhor jogador da final four - ter defendido o primeiro, rematado por Pany Varela. Pelo meio, as duas equipas envolveram-se em confrontos e Hugo Neves e Carlos Barrón, capitão adversário, acabaram expulsos.
Desfecho tremendamente inglório e cruel para o Sporting CP, que voltou a cair na final pelo segundo ano consecutivo. Ainda assim, depois de terem dado tudo na quadra, os Sportinguistas presentes no Velòdrom Iles Balears continuaram a cantar pela equipa - e os jogadores agradeceram – já depois do encontro.
Sporting CP: Diogo Santos, Tomás Paçó, Zicky Té, Hugo Neves, Erick Mendonça, João Matos [C], Pauleta, Anton Sokolov, Guitta [GR], Bernardo Paçó [GR], Diego Cavinato, Pany Varela, Alex Merlim e Esteban Guerrero.
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