Jovens Leões voltam a disputar a Premier League International Cup

Os jovens Leões do Sporting Clube de Portugal voltam a competir em contexto internacional esta quinta-feira, viajando até Inglaterra para defrontar o Sunderland AFC, às 19h00, na segunda jornada da Premier League International Cup. Depois da estreia frente ao Leeds United FC (2-1), os verdes e brancos regressam à atmosfera intensa e exigente do futebol inglês, num teste que coloca os jogadores da formação Leonina perante um ritmo competitivo elevado, tempo útil de jogo superior e equipas habituadas a impor intensidade desde o primeiro minuto.

Em antevisão ao duelo, João Santos e Guilherme Pires destacaram a dificuldade esperada, mas também o valor formativo de cada jogo nesta prova. O treinador Leonino sublinhou que a equipa do Sunderland representa um desafio elevado, tanto pela qualidade individual dos jogadores como pelo histórico recente na competição.

“É um jogo extremamente competitivo, tal como é habitual ao defrontar qualquer equipa da Premier League, independentemente da classificação que tenham na competição interna ou na própria Premier League International Cup. No caso, o Sunderland AFC tem utilizado jogadores com experiência na Premier League, na equipa principal. Recentemente, creio ter utilizado quatro jogadores frente ao Athletic Club e ganhou por 7-1. Foi um jogo com números muito expressivos, mas mais do que isso, em termos de processo também”, começou por analisar João Santos.

O treinador verde e branco acredita que este será mais um momento importante para a equipa se adaptar e evoluir. “Vai ser um excelente momento para nos adaptarmos àquela cultura muito própria e crescermos”, destacou, recordando que no encontro inaugural da competição os Leões estiveram em vantagem até perto do fim… e que daí ficaram lições a retirar.

“Conseguimos chegar à vantagem na primeira parte. Nos últimos 15 minutos da segunda, o Leeds United FC cresceu e chegou ao empate de forma justificada. Sofremos o segundo golo já perto do fim, novamente numa bola parada. Fica o alerta de que temos de competir até ao último segundo”, sublinhou.

O treinador realçou também a especificidade deste contexto competitivo: tempo útil de jogo muito elevado, intensidade constante e arbitragens que privilegiam o ritmo e deixam jogar.

“Esta competição, tal como, por exemplo, o espaço da UEFA Youth League, permite-nos reunir jogadores de diferentes patamares competitivos, como os sub-17, sub-19, sub-23 ou equipa B. Em poucos dias, temos de os juntar e conseguir ser uma equipa, uma família. Todos nós sabemos, treinadores e jogadores, que fundamentalmente somos Sporting CP, mas também sabemos que sempre que mudamos de espaço, e sempre que mudamos de competição, há alguma adaptação necessária. Esse foi o grande desafio destes dois dias que tivemos de preparação. Depois, a inglesa é uma cultura muito própria, os próprios árbitros querem deixar jogar, há uma série de valores que estão ali também a transmitir e que eu acho que são essenciais para prepararmos os nossos jogadores para patamares superiores”, frisou.

Também o jovem guarda-redes, que esta época se tem dividido fundamentalmente entre os sub-23 e a equipa B, reconheceu a exigência do duelo com o Sunderland AFC.

“Esperamos um jogo muito competitivo. É uma equipa que vai querer impor o seu jogo desde o primeiro minuto. Sabemos os pontos fortes do adversário e o que vamos encontrar. Têm um registo interessante nesta competição, na última semana conseguiram um resultado expressivo contra o Athletic Club, mas sabemos o que queremos fazer e estamos preparados”, garantiu Guilherme Pires, para quem jogar em Inglaterra é uma oportunidade de crescimento único, marcada por um estilo competitivo distinto.

“Acima de tudo, é aproveitar o ambiente inglês. Não são todos os dias que temos estas experiências. É um jogo diferente do que encontramos nos nossos campeonatos, mais físico e que exige muito controlo emocional. Temos de pegar nas coisas boas que fazemos e transpô-las para dentro de campo”, disse.

O guardião, alinhado com a perspectiva do seu técnico, sublinhou ainda que o maior tempo útil de jogo é positivo para todos os intervenientes. “Quanto mais tempo de jogo existir, mais as nossas qualidades vão sobressair. Quanto mais tempo útil existir, mais interesse haverá para adeptos e jogadores. Por isso, temos de desfrutar”, atirou.

Integrar jogadores de vários escalões num curto espaço de tempo é um dos grandes desafios desta competição, mas também uma das suas maiores riquezas, explica Guilherme Pires.

“Esta competição engloba muitas equipas e escalões, mas temos um bom grupo e acredito que podemos fazer um bom resultado”, frisou. Já no plano individual, o jogador reconhece a importância de estar exposto a diferentes contextos competitivos.

“Tento aproveitar cada momento, seja em que equipa for. Temos de pegar nos pontos fortes e nas aprendizagens e transportá-las de uma equipa para outra. É uma competição de grande prestígio e sabemos os níveis de complexidade que vamos encontrar”, rematou.