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Foto José Cruz

Disseram “troféus”?

Por Jornal Sporting
22 Ago, 2018

Em mais uma edição do Troféu Stromp, o Sporting CP derrotou os Leões de Porto Salvo por 3-1 no reencontro com o Pavilhão João Rocha

André Nabais, fixo do Leões de Porto Salvo, ainda tentou: ‘Shiiiiu, não digam “troféus” muito alto’. Todos nós conhecemos aquele personagem que faz de tudo para os seus companheiros não acordarem o ‘gigante adormecido’. Aos sete minutos da etapa complementar, o jovem de 19 anos empatou (1-1) a partida a contar para o Troféu Stromp, mas enquanto estávamos a escrever a ‘palavra mágica’ para os orientados de Nuno Dias, já os tricampeões nacionais se preparavam para levantar a taça. Perante os cerca de 1.100 espectadores que trocaram a bela da esplanada numa agradável noite de Agosto pelas bancadas do Pavilhão João Rocha, o Sporting CP venceu mais uma edição do simbólico troféu, derrotando a equipa de Rodrigo Almeida por 3-1. Tudo normal no reino do futsal.

As caras novas (e aquelas que regressaram) – Léo, Erick, Rocha, Guitta e Alex – foram os pontos de maior interesse para os apaixonados da modalidade, até porque entrar com o ritmo certo nas dinâmicas de alta rotação dos verdes e brancos não é tarefa fácil. Nesse sentido, o míster concedeu 'tempo de antena' aos cinco reforços, integrando também os sub-20 Bernardo e Tomás Paçó, guarda-redes e fixo, respectivamente, e o ala Dani. Contudo, foram os ‘veteranos’, dando o exemplo, a criar os primeiros momentos de frisson na quadra. Cavinato e Pedro Cary estiveram perto de abrir a contagem, seguindo-se uma boa intervenção de Gonçalo Portugal a remate de Ré – foi pouco perspicaz se pensou que o guarda-redes leonino só se aplica nas grandes penalidades.

Entretanto, aproveitamos para lhe contar um excerto do ‘regresso dos que nunca partiram’. Recorda-se de Erick? Vestiu a camisola dos leões entre 2013 e 2015. Sportinguista assumido, está de regresso ao Clube do coração – após competir ao serviço do Quinta dos Lombos e do Fundão – e já faz agitar as redes rivais. A 2,26 minutos do intervalo, aproveitou a recarga do estrondoso remate de Rocha para abrir o activo, sendo que o seu festejo, de mãos no rosto e olhos lacrimejantes, falou por si. No período de descanso, podia ler-se nos blocos de notas dos mais atentos: o conjunto da casa mostrou uma boa reacção à perda da bola.

O início da segunda metade ficou marcado pelo aparecimento excessivo da falta de eficácia. Merlim, ao poste, Rocha, que tanto tentou, e Alex, à boca da baliza, deram força à recção contrária. Porque a regra do desperdício raramente falha no desporto, André Nabais – o tal personagem que todos nós conhecemos – repôs a igualdade, beneficiando de repetidos ressaltos na sequência de um pontapé de canto. A esperança adversária manteve-se até ao aparecimento de Merlim. ‘Disseram “troféus”?’, questionou o italiano. ‘Então, cá vai disto’. Dois golos do mágico (32’ e 40’) puxaram da cartola o triunfo do Sporting CP. Há coisas que (felizmente) tendem em não mudar.