Estiveram presentes 150 pessoas num dia de convívio do atletismo leonino, entre dirigentes, treinadores, atletas e as respectivas famílias

O Estádio de Alvalade foi esta quinta-feira palco de um dia de convívio na família do Atletismo dos leões, promovido pela secção da modalidade. O dia começou com Rui Caeiro, Vogal do Conselho Directivo do Sporting CP, a receber os atletas de todos os escalões das equipas leoninas. Depois, foram realizadas reuniões técnicas entre os treinadores e os atletas, onde foram já abordados temas como os objectivos para a próxima temporada. Seguiu-se um animado almoço em conjunto no refeitório do estádio.

A parte da tarde ficou marcada por uma cerimónia de entrega de diplomas aos atletas de todos os escalões que foram campeões nacionais, dirigida pelo director da modalidade do Clube Carlos Lopes, pelo director técnico Carlos Silva, por Rui Caeiro e pelo Vice-presidente para as modalidades dos leões o Comandante Vicente Moura.

No final, o Comandante Vicente Moura falou sobre a importância deste dia de convívio. “Foi uma jornada muito interessante, muito gratificante. Juntámos aqui todos os atletas que continuam no Clube e que estão preparados para abraçar mais uma vez um projecto vencedor como é o do Atletismo do Sporting CP. Ao mesmo tempo, demos as boas-vindas aos novos atletas de grande craveira que se juntaram a nós. O Sporting CP está aqui para ganhar tudo este ano”, realçou.

Quem também fez um balanço muito positivo deste dia em conjunto da família Sportinguista foi a atleta Jéssica Augusto. “Haver estes dias é extremamente importante e no início da época ainda é mais essencial para nos conhecermos e delinearmos os objectivos para a próxima época. Estes convívios servem ainda para dar as boas-vindas aos novos colegas e para nos motivarmos uns aos outros”, destacou a campeã europeia leonina.

Em suma, foi um dia em que o espírito de grupo ficou reforçado, numa época que se espera de grande nível por parte das diferentes equipas do Clube e que tem como lema: 'Coração de Leão', como o director técnico Carlos Silva anunciou.

Entrevista exclusiva do Jornal Sporting a Nelson Évora

Campeão olímpico de triplo salto, Nelson Évora é a cara da aposta do Sporting em recuperar a hegemonia no sector masculino do atletismo. Em entrevista exclusiva ao Jornal do Clube, o atleta revela o motivo que o levou a saltar para Alvalade, mostra-se feliz por cumprir o sonho do Prof. Moniz Pereira e garante que tão cedo não esquecerá os aplausos de mais de 40 mil Sportinguistas. De leão ao peito, afirma sem receio: “Conquistar uma medalha em Tóquio-2020 será a cereja no topo do bolo”

JORNAL SPORTING - Aos 32 anos, e depois do sexto lugar nos Jogos do Rio, saltou da Luz para Alvalade e assinou pelo Sporting. Sentiu que o Clube confiava no seu valor?

NELSON ÉVORA - O que me levou a tomar esta decisão foi o facto de o Sporting me apresentar um projecto que foi ao encontro com as minhas convicções, acreditando no meu valor como atleta e símbolo do desporto nacional. A questão monetária nunca seria o mais importante para mim. Quem me conhece sabe que não me movo por essas coisas. Movo-me sim pelos valores humanos.

JS - Era um desejo antigo do Prof. Moniz Pereira, que agora se tornou realidade. Sente-se feliz por cumprir o sonho do ‘Senhor atletismo’?

NE - Tive a oportunidade de o conhecer pessoalmente, mas nunca privei de muitos momentos com o Professor Moniz Pereira. Ouvi muitas histórias em relação aos seus objectivos em contratar-me para fazer provas pelo Sporting, sendo atleta do Benfica. Isto mostra a forma como ele vivia dentro do desporto, algo que os adeptos do futebol deveriam aprender. O desporto não é um campo de guerra, onde devem ser alimentados maus sentimentos para a vida das pessoas, como a raiva e o ódio. O desporto vende emoções boas, mas que nunca devem ultrapassar os valores humanos. Assim, tanto eu como o Prof. Moniz Pereira, e os verdadeiros apaixonados do desporto, iriam poder desfrutar mais.

JS - Foi apresentado em Alvalade, no intervalo do jogo frente ao Tondela, perante os aplausos de mais de 40 mil Sportinguistas. O que sentiu?

NE - Foi, sem dúvida, um momento que nunca esquecerei, pois acho que qualquer pessoa que teve nas bancadas deve ter sonhado um dia ser apresentado perante muitos milhares de pessoas, como sinal do seu valor.

JS - Disse recentemente que ainda tinha mais dinamite. É isso que os Sportinguistas podem esperar do Nelson?

NE - Sim. Disse isso no Rio-2016 e agora já me estou a preparar para um futuro próximo.

JS - O leão está mais forte do que nunca e esta aposta enquadra-se na ambição do Sporting em recuperar a hegemonia no sector masculino do atletismo, uma modalidade com história no Clube. Quais as perspectivas?

NE - O projecto passa pelo Sporting reconquistar o título nacional para que em 2018 possa lutar pelo título europeu. Quero dar o meu contributo máximo para a equipa.

Leia a entrevista na íntegra na edição impressa do Jornal Sporting, esta quinta-feira nas bancas

Carlos Nascimento, Ricardo Ribeiro, Miguel Carreira e José Rocha são as mais recentes contratações do Sporting CP

Segunda-feira quente em Alvalade: depois da chegada de Hélio Gomes, Rasul Dabo, Tiago Aperta, Marcos Caldeira e Jorge Paula, o Clube chegou a acordo com Ricardo Ribeiro (ex-Jardim da Serra-Madeira), Miguel Carreira (ex-Juventude Vidigalense), José Rocha (ex-Vianense) e Carlos Nascimento (ex-Escola Movimento-Porto).

“Um salto muito importante como atleta. É um grande orgulho e uma enorme responsabilidade chegar a este Clube”, revelou Ricardo Ribeiro, que tem como prova preferencial os 200 metros. Também velocista e de regresso a Alvalade chegou Carlos Nascimento: “Podemos sonhar com um Sporting CP muito forte nas provas internacionais”.

O bom filho à casa torna e José Rocha também já sabe o que é pisar o tartan leonino: “Quando passei por aqui ainda era muito jovem, agora o objectivo passa por ser Campeão Nacional e dar o melhor de mim”.

Mais novos ou mais velhos, o sonho e a ambição são transversais a todos os atletas que chegam a Alvalade. “Todos têm o sonho de vencer aqui. Singrar no mundo do desporto com o emblema do Sporting CP é fascinante, provavelmente o melhor lançamento da minha carreira”, sublinhou Miguel Carreira, que compete na especialidade do martelo.

Reforços que chegam com metas por cumprir e outros que renovam o seu vínculo ao Clube, com novos objectivos por realizar, exemplo disso Leonor Tavares e Ricardo Dias que prolongaram hoje a sua ligação contratual ao Sporting CP.

Nelson Évora saltou da Luz para Alvalade porque o “Sporting apresenta um nível de saúde muito melhor”

"O professor Moniz Pereira ia adorar a minha transferência e o facto de estar a representar este Clube. Ele sempre quis que isto acontecesse. Pediu­‑me várias vezes para representar o Sporting. Havia uma lei que possibilitava ser atleta do Benfica e do Sporting em simultâneo, de forma a ajudar outro clube na Taça dos Clubes Campeões Europeus. O professor Moniz Pereira fez um forcing para isso acontecer. Esteja onde ele estiver, certamente estará satisfeito”, começou por dizer Nelson Évora, em declarações exclusivas ao Jornal Sporting, poucos minutos depois de ser apresentado, com pompa e circunstância, no tapete verde do Estádio José Alvalade.

Afinal, não era para menos. Vestido já com uma camisola do Sporting, envergando o número 12, o atleta apresentou­‑se à plateia leonina. “Jesus cheguei” foi o que gritou aos microfones para as bancadas. Nelson Évora tem 32 anos. Nasceu na Costa do Marfim, mas naturalizou-se português aos 18 anos. Filho de pai cabo-verdiano e mãe costa-marfinense, veio para Portugal aos cinco. Aos 10 já saltava no Odivelas, de onde passou para o Benfica. Ainda esteve no FC Porto, voltando depois para a Luz novamente.

Além do campeão olímpico do triplo salto chegaram mais nove reforços, seis dos quais provenientes do Benfica. Este é um leão de cara lavada, mas também renovada, com 16 atletas a prolongarem o seu vínculo ao Clube.

Uma reportagem para ler na íntegra na edição impressa do Jornal Sporting, esta quinta-feira nas bancas.

Sara Moreira, Sviatlana, Cátia Azevedo e Pedro Ribeiro irão prosseguir de verde e branco

Depois de Patrícia Mamona, Obikwelu, Marta Onofre e Vera Barbosa terem prolongado ontem o contrato que os liga ao Sporting CP, esta tarde foram as campeãs europeias Sara Moreira, Cátia Azevedo e Sviatlana a renovarem a sua ligação ao Clube, bem como o meio-fundista Pedro Ribeiro.

Sara Moreira, que além do título europeu em colectivo, ganhou-o individualmente também, ressalvou o carinho que recebeu desde que ingressou nos leões e disse querer continuar a vencer nos anos pelos quais renovou com o Clube. "Há dois anos estava aqui a iniciar o meu caminho no Sporting e o meu objectivo sempre foi continuar. Estou muito satisfeita por se tornar realidade. Ser campeã europeia foi um dos objectivos que traçámos e alcançá-lo é algo que nunca mais esquecerei. A massa associativa também foi uma agradável surpresa. Depois de cá estar percebi ainda mais o peso dos adeptos", frisou a atleta.

Cátia Azevedo, igualmente parte da equipa que venceu o título europeu na Turquia, revelou-se também ela muito satisfeita por prolongar o seu contrato. Sendo uma jovem atleta em ascensão, os objectivos passam por prosseguir o seu desenvolvimento e, claro, continuar a elevar o Clube ao patamar mais alto. "Já são alguns anos nesta casa, nesta minha paixão, e estou muito feliz por cá continuar. Participar nos Jogos Olímpicos e vencer na Turquia foram os pontos mais altos e o facto de sermos uma humilde casa e uma humilde família faz com que esse sentimento de pertença se acentue. Quero chegar a um Mundial e repetir os títulos nacionais e europeus pelo Sporting", disse, tal como Sviatlana, que se revelou feliz pela vinda para os leões e pelas vitórias que tem alcançado em Portugal e na Europa.

Pedro Ribeiro, meio-fundista que tem visto o Clube reforçar-se bastante na sua especialidade, mostrou-se ainda mais feliz por continuar, numa equipa agora ainda mais forte. "É importante para nós atletas ter um Clube como o Sporting que é o melhor do país a apostar em nós. Estou cá há dois anos e temos evoluído bastante, sobretudo na parte feminina, e agora pelo que temos visto a Direcção também está a apostar no sector masculino com o intuito de vencer internamente e de participar na Taça dos Clubes Campeões Europeus. Esse esforço para ganhar em todas as frentes é importante", concluiu. 

Atletismo verde e branco continua a preparar-se para o futuro e, depois de várias contratações, o Clube realizou várias renovações

Para além da incursão no mercado que tem proporcionado a chegada de novos valores para o atletismo leonino, o Sporting CP chegou agora a acordo para a renovação de quatro atletas, entre as quais três campeãs europeias Patrícia Mamona, Marta Onofre e Vera Barbosa, tal como o treinador-atleta Francis Obikwelu. 

Os prolongamentos dos contractos visam preparar o próximo ciclo olímpico, dando condições às equipas femininas e masculinas de competir e evoluir até aos próximos Jogos Olímpicos de Tóquio. Patrícia Mamona, campeã europeia individual e colectivamente, tem crescido cada vez mais e diz ter sido essa a razão para querer continuar. "Esta é a minha casa e o Clube que, desde o início da minha carreira, num momento em que talvez o meu potencial não fosse assim tão claro, me deu todas as condições para evoluir e melhorar. Agora quero um Clube que me apoie nos próximos quatro anos, no próximo ciclo olímpico, e o Sporting CP é esse Clube", disse, traçando desde já os objectivos que tem para os próximos tempos: "quero sempre evoluir e melhorar: bater recorde nacional, pessoal, competir pelas medalhas nos europeus de pista coberta. Vou trabalhar muito para colocar o Sporting CP no patamar mais alto".

Numa fase diferente da carreira está Francis Obikwelu. Antigo medalhado olímpico, o velocista tem-se dedicado agora ao treino - apesar de ainda competir - e, apesar das diferenças, a ambição é a mesma: ser o melhor. "O meu sentimento é sempre igual. Este é um grupo que me tratou bem, desde jovem. Agora estamos a apostar na formação, no futuro, e como treinador já estou a ver coisas diferentes do que se via antes. Há um departamento médico, mais fisioterapeutas. O Presidente está a apostar no atletismo e no futuro dele", começou por dizer, assumindo que, enquanto treinador, quer ser tão bom quanto foi atleta: "estou sempre na luta - daqui a dois ou três anos quero ser o melhor treinador de Portugal. Tenho muita força e, passo a passo, com os cursos necessários, quero ser não o número dois, mas o número um".

Para além de Patrícia Mamona e de Obikwelu, também Marta Onofre e Vera Barbosa estenderam a ligação ao Clube leonino. Pertencentes à equipa que foi campeã europeia na Turquia, tanto a atleta do salto com vara como a dos 400 metros barreiras demonstraram-se felizes pelo que consideram ser uma prova de confiança do Clube no seu trabalho. "Estou muito satisfeita por continuar aqui. Estou há cinco anos e a nova ligação traz muitos objectivos novos como renovar o título de campeãs europeias, os títulos nacionais e, individualmente, chegar a finais nos europeus e mundiais", disse, na mesma linha de Vera Barbosa, que também se congratulou pela renovação: "é mais um voto de confiança do Clube, que tem vindo a dar grandes passos. Dar o melhor de mim é o que mais me importa. O Campeonato do Mundo deste ano é um dos grandes objectivos", sublinhou.

O sétimo lugar na sexta série foi insuficiente para manter a atleta leonina em prova

Tal como Vera Barbosa, também a colega de equipa Sharolyn Scott, em representação da Costa Rica, não foi feliz na primeira ronda dos 400 metros barreiras nos Jogos Olímpicos.

A atleta do Sporting CP concluiu a sua prova no sétimo lugar da sexta série, com um tempo de 58,27 segundos, insuficiente para a apurar para as meias-finais da competição.

"Isto não era o que esperava, estou insatisfeita pelo tempo que fiz e pela posição que alcancei", explicou Sharolyn Scott, que terminou a sua segunda prestação olímpica, depois da estreia em Londres-2012, na 40.ª posição.

Atleta leonina falhou o acesso às meias-finais dos 400 metros barreiras e terminou em 33.º lugar

Numa prova marcada pela chuva, Vera Barbosa falhou esta madrugada a qualificação para as meias-finais dos 400 metros barreiras nos Jogos Olímpicos.

ATLETISMO: Vera Barbosa faz sexto tempo na quinta série dos 400m barreiras com o tempo de 57.28 e falha meias finais.

— COP (@COPPORTUGAL) 16 de agosto de 2016

A atleta do Sporting CP terminou a quinta série na sexta posição, com um tempo de 57,28 segundos, uma marca muito aquém do seu recorde nacional (55,22s), registado em Londres-2012.

"Quando consegui os mínimos foi uma alegria muito grande, claro que queria bater o meu recorde pessoal, mas não foi possível. É um sentimento agridoce. Sabia que o meu recorde pessoal é menos, mas foi o possível", explicou Vera Barbosa, que rejeita estar desapontada com a sua prestação, uma vez que o "o objetivo era estar presente nos Jogos", depois de ter estado parada na última época por lesão.

No regresso a Portugal, traz na bagagem um 33.º lugar na competição e uma aprendizagem importante para um futuro que se quer de conquistas.

Atleta do Sporting CP foi 4.ª na sétima eliminatória, mas falha qualificação

O quarto melhor tempo na sétima eliminatória da primeira ronda permitiu a Lorene Bazolo bater o seu recorde pessoal nos 200 metros (23,01s), mas não chegou para atingir a qualificação desejada para as meias-finais dos Jogos Olímpicos.

Apesar da excelente prestação em pista, a atleta do Sporting acabou por se classificar na 30.ª posição, entre as 72 participantes, e falha assim o acesso à luta pelas medalhas.

Patrícia Mamona bateu o recorde nacional do triplo salto e terminou no sexto lugar olímpico

"A época foi fantástica. Hoje bati o meu recorde pessoal por dez centímetros e já tinha sido campeã da Europa". Quem o diz é Patrícia Mamona, que apesar de não ter conseguido conquistar uma medalha na final de triplo salto, mostrou-se feliz pelo sexto lugar alcançado nos Jogos do Rio-2016.

“Estou muito feliz. Este foi o meu melhor dia. Não é desilusão nenhuma porque dei o meu melhor. Se não tivesse dado, aí ia ficar triste. Já não deu, as outras saltaram mais. Em Londres tinha dado uma medalha de prata, mas não estamos em Londres. E em Tóquio espero fazer muito melhor”, garantiu a atleta do Sporting CP, que teve 14,65m como melhor salto.

Uma marca que não chegou para o pódio, mas que lhe permitiu bater o recorde nacional. "Dei o meu melhor. Não estou triste. Não deu para as medalhas, as outras saltaram mais. Espero estar ainda melhor em 2020", concluiu Patrícia Mamona, que regressa a Portugal com um diploma olímpico na bagagem.