Os dois criativos são os jogadores com mais assistências dos últimos 30 anos (53)

Foram precisos quase 21 anos para que um Pedro alcançasse a marca de outro. Um foi capitão e símbolo do Sporting Clube de Portugal, encantando pela elegância com que deambulava em campo. Jogava como quem escreve um poema. O outro pode muito bem ser o herdeiro natural: nas costas transporta o mesmo número, une com mestria magia e precisão, e vai-se instalando confortavelmente no imaginário dos adeptos, entre os jogadores mais influentes dos últimos largos anos.

Entre ambos, dá-se agora um passe invisível: o do testemunho de quem lê o jogo como poucos. Pedro Barbosa deixou de jogar em 2004/2005, ano em que ainda realizou cinco assistências. No total, somou 53 passes decisivos em dez temporadas, números que o colocaram no topo dos jogadores com mais assistências na história recente do Clube.

Pedro Gonçalves, a cumprir a sua sexta época de Leão ao peito, atingiu a mesma marca no jogo frente ao Olympique de Marseille, tornando-se o primeiro jogador em duas décadas a igualar o antigo camisola 8. O registo está prestes a ser ultrapassado; um marco mais para o ‘Pote de Ouro’, que colecciona recordes e pode assumir-se agora como o Leão com mais passes para golo nos últimos 30 anos.

"O Pedro [Gonçalves] tem feito a sua história, tem feito o seu caminho. Está aqui há cinco anos e qualquer coisa e tem feito uma história muito bonita. Renovou por mais anos, o que é bom para o Sporting CP e para ele. Portanto, este número vai ser largamente ultrapassado", começou por dizer Pedro Barbosa, numa conversa conjunta entre os dois, promovida pelos meios de comunicação do Clube.

"Sou fã dele. Já era [quando Pote jogava] no FC Famalicão. Quando veio para o Sporting CP, passou a jogar mais à frente e revelou um instinto para o golo. Tem-se mantido por zonas mais avançadas, ainda que de quando em vez recue um pouco, mas sou claramente admirador do Pedro Gonçalves", acrescentou ainda o antigo capitão verde e branco, antes de passar a bola ao actual 8 Leonino. 

"É claro que é um momento de orgulho para mim, individualmente, poder chegar a este número. Ainda mais numa competição bonita para o Clube, onde vamos tentar chegar o mais longe possível", confessou Pote, que tem no percurso de Pedro Barbosa um exemplo a seguir. 

"Principalmente pelos anos de casa. Sei que o Pedro [Barbosa] representou o Sporting CP durante dez anos e eu também gostaria de cá ficar esse tempo. Vamos ver como corre. Temos personalidades distintas, ele era mais calmo, mais maduro, e eu sou um líder diferente", comparou, ideia que Pedro Barbosa desenvolveu, aprofundando as semelhanças e diferenças entre ambos.

"Eu tinha mais um contra um, ele aposta mais na progressão do espaço, no passe, naquele remate que às vezes parece meio displicente, mas acaba sempre em golo, o que é uma coisa extraordinária. Nos golos já me ultrapassou largamente [risos], porque tem mais chegada à área. Eu joguei em várias posições, desde a esquerda à direita, passando pelo meio, mas nunca joguei tão avançado quanto o Pedro costuma jogar. Ele tem características muito próprias, que ajudaram claramente o Sporting CP ao longo destes anos, e concordo com a sua ideia: os líderes não são todos iguais, mas ele dá ao grupo, com certeza, aquilo que é necessário", avaliou, garantindo também que há algo de ‘poético’ no futebol de Pedro Gonçalves.

"Pela forma natural como as coisas acontecem. Em alturas de decisão, ele toma, muitas vezes, a melhor, e por isso é que está neste lugar, por isso é que tem as assistências e os golos que tem", elogiou. 

Já Pedro Gonçalves confessa que gostava de ter "a visão do jogo" de Pedro Barbosa, cuja carreira pela idade já pouco acompanhou, mas de quem conhece as melhores qualidades.

"Aquilo que era o seu entendimento do jogo, as movimentações, como passava a bola e por onde a queria passar. E é verdade também, embora ele diga que não [risos], que tinha um bom remate. E também aquele um para um, que por vezes consigo ter, outras vezes não, mas no qual o Pedro Barbosa era excelente", recordou.

No que convergem, então, ambos? Na apetência por pensar o jogo e dele retirar ‘coelhos da cartola’, fazendo diferente de todos os outros. E na alegria por ajudar o Sporting CP a alcançar os seus objectivos.

"Claro que estatisticamente gostamos sempre de marcar, de assistir, de ver o nosso nome ali. Mas o mais importante para mim é sentir-me feliz, jogar bem, saber que estou a fazer o melhor para a equipa, aquilo que o treinador me pede", referiu Pedro Gonçalves, secundando por Pedro Barbosa.

"O importante é que, no fim da linha, o golo entra, a equipa vence. Como disse, desconhecia o número de assistências que tinha, porque o meu propósito nunca foi esse. O meu propósito era dar o máximo para que a equipa ganhasse. Sempre foi assim. Mas claro, ficamos felizes - eu, pelo menos, e não tenho dúvidas que ele também - por contribuir para que a equipa marque", completou o antigo jogador. 

E o futuro, o que guarda? "É importante que o Pedro [Gonçalves] tenha noção da importância da possibilidade de este ano poder ser tricampeão. Saber o que isso representa para ele, para a equipa, para o Clube, para os adeptos", antecipou Pedro Barbosa, apontando também a novos… recordes.

"Sou o tipo de adepto que gosta de ver jogadores muitos anos nos clubes. Não é uma coisa usual, já não era muito usual no meu tempo, cada vez menos nos anos seguintes, mas neste caso o Pedro [Gonçalves] leva já alguns anos de casa e isso é algo que aprecio. Acredito que o Pedro vá atingir números muito, muito relevantes, também no número de presenças. Se ele já está na história, ficará ainda mais na história. Acredito, apesar de estar a 60 e poucos jogos do meu número, que me vai ultrapassar também aí", vaticinou. 

Já Pedro Gonçalves explica que essas estatísticas chegam como consequência de um sentimento inegável de pertença. 

"Eu tento apenas fazer o meu trabalho, viver o dia-a-dia. Como disse na minha renovação, eu adoro o dia-a-dia do Clube. Sinto-me mesmo em casa. Trabalhar na Academia, os jogos… é bom, é divertido e é isso o mais importante para mim: sentir-me bem. Enquanto me sentir bem, e sentir a confiança do Clube, dos colegas, do Presidente, vou permanecer", garantiu. 

Em paralelo, ambos têm também a bonita relação construída com os Sportinguistas. Para Pote, essa ligação baseia-se no compromisso e entrega dos jogadores, valorizados desde as bancadas.

"Essa ligação foi construída com boas exibições, com golos, com títulos. Quando mostras dentro de campo o jogador que és, claro que as pessoas ganham um carinho especial por tudo aquilo que dás", sublinhou. 

"Eu cheguei ao Sporting CP com 24 anos, vim para ficar três anos e fiquei dez. Acreditei sempre que se me sentisse bem e as pessoas gostassem de mim, as coisas aconteceriam naturalmente e assim foi. Foram três anos, mais três anos, mais três anos e mais um. E foram dez anos de grande satisfação, de imenso orgulho. Quando és bem tratado e também dás de ti, as coisas acontecem", acrescentou Pedro Barbosa, que carrega ainda assim uma mágoa.

"Claro que as vitórias e os títulos sobressaem. O meu primeiro título acontece cinco anos depois de cá estar, e foi uma sensação muito especial para nós, os jogadores. Mas claro que houve maus momentos nesse período, porque, acima de tudo, e disse isso na minha conferência de despedida, não conquistei os títulos que queria conquistar. A minha intenção era ganhar muito mais", apontou.

Algo que Pedro Gonçalves tem a oportunidade de reverter. 

"Essa é a mensagem que eu e os jogadores que já aqui estamos há mais tempo tentamos passar: qualquer jogo pode fazer a diferença no final do campeonato e temos de nos mentalizar disso, porque a nossa Champions é ganhar o título. Por isso, temos de dar tudo para conquistar o Tricampeonato. Pode ser um ano histórico para o Clube e é isso que vamos tentar fazer", apontou.

Pedro Barbosa, esse, ficará a torcer de fora. "Acho que a equipa tem qualidade suficiente para atingir esse objectivo. Existe matéria-prima, existe qualidade. Essa é a expectativa da equipa, dos Sportinguistas e de todos os que apoiamos o Clube", rematou - como quem passa, pela última vez, o testemunho ao outro Pedro.

"Consegui atingir os 100 e já me imagino a fazer muitos mais"

Geny Catamo atingiu a marca dos 100 jogos com a camisola do Sporting Clube de Portugal no jogo da UEFA Champions League frente ao Olympique de Marseille da passada quarta-feira. Para assinalar o número redondo, o internacional moçambicano falou aos meios de comunicação do Clube para abordar as emoções e os principais momentos do seu trajecto a verde e branco.

Sentimento pela marca atingida
"É um sentimento único e que não consigo descrever. É um orgulho enorme chegar aos 100 jogos no Sporting CP, um clube grande. Quando cheguei não imaginava que ia chegar a este número, mas com trabalho diário comecei a acreditar que poderia lá chegar. Hoje estou aqui, consegui atingir os 100 e já me imagino a fazer muitos mais."

Golo marcado no jogo 100
"Foi um sonho. Estou muito feliz, ainda por cima num jogo de UEFA Champions League. Foi um momento de inspiração. Sinto-me orgulhoso e feliz por ter sido desta forma."

O primeiro golo (CD Olivais e Moscavide 1-3 Sporting CP na Taça de Portugal 2023/2024)
"Lembro-me que o Paulinho entrou pela esquerda, fez um cruzamento e houve alguma confusão, a bola foi ao poste, acabou em mim e fiz um grande golo. Foi aquele sentimento de que finalmente tinha chegado o golo, fiquei muito feliz por isso e por termos passado à próxima fase."

Estreia com a camisola do Sporting CP e a marcar em sub-19
"Foi num pontapé de canto, em que saímos a jogar. Eu passei pelas costas, recebi a bola e mandei um 'tiro' (risos). Senti que foi um primeiro passo dado e foi também um orgulho por ter sido o meu primeiro golo no Sporting CP. Quando cheguei cá o meu pai dizia-me que tinha de dar o máximo e aproveitar ao máximo também."

Significado que o Sporting CP tem para si
"Significa muito para mim. É a minha segunda casa. Sempre que venho para aqui sinto-me muito à vontade, mas saber que estou a representar um grande clube é também uma responsabilidade."

Referência para Moçambique
"Sim, tive essa noção quando o Presidente da República me chamou. Tivemos uma conversa e disse-me para manter os pés no chão e a cabeça no lugar porque já sou uma referência para muitos moçambicanos. Hoje em dia, quando vou lá, há muitas pessoas que se aproximam e querem conversar, pedir fotografias e autógrafos."

A época da 'dobradinha' em 2024/2025
"Sabe bem (risos). Foi uma época difícil pelos vários acontecimentos, mas todos soubemos dar a volta e lutar contra tudo. Conseguimos a 'dobradinha', sabíamos o que queríamos. Fomos um grupo muito unido, uma família e íamos para cada jogo com a mentalidade de que ninguém iria passar por nós. Foi essa mentalidade que nos levou a ter êxito. Agora temos de manter o foco para ir atrás do Tricampeonato."

Jogar na UEFA Champions League
"É um sonho, qualquer jogador gostaria de lá estar. A melhor sensação é desfrutar ao máximo, e sempre que possível em campo."

O papel dos adeptos
"Desde antes de começar o jogo e até ao fim. Desde que começam a cantar 'O Mundo Sabe Que' sentimos que os adeptos estão connosco."

Objectivos para 2025/2026
"Quero ajudar o grupo a ir atrás de todos os nossos objectivos na Taça da Liga, na Taça de Portugal, no Campeonato e na Champions League. Individualmente, quero continuar a trabalhar para superar os números que fiz na época passada [48 jogos, sete golos e três assistências]."

Significado do festejo
"É para minimizar o barulho e ver apenas os Sportinguistas a festejar. Inspiro-me muito no Bruno Fernandes, também."

A união do grupo
"A união é o nosso lema, porque somos uma família. É muito fácil integrar o nosso grupo. Conseguimos fazê-lo com os que chegaram na época passada e agora também, como o Fotis [Ioannidis], o Vagiannidis, o Luis [Suárez]... Chegaram e já se enquadraram no que somos. A união continua e queremos levá-la mais além, porque foi isso que nos levou ao Bicampeonato."

Amizades feitas no futebol que são para a vida
"Sinto isso, e são a maioria, mas principalmente o Inácio, com quem comecei nos juniores, o Quaresma, o Dani [Bragança], o Quenda, o Ousmane... São muitos. O Seba também. Além de sermos colegas de equipa, somos uma família. O Seba e o Paulinho, por exemplo, mesmo que tenham saído, mandam sempre mensagem para saber como estão as coisas. Isso diz tudo sobre como somos.”

Mensagem aos Sportinguistas
"Peço para continuarmos todos juntos nesta luta, porque todos queremos o Tri. Eu conto com todos os Sportinguistas para transmitirem a força e a energia que precisamos para isso."

Leões visitam CD Tondela no domingo

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal realizou mais um treino, esta sexta-feira, na Academia Cristiano Ronaldo, para continuar a preparar o regresso à Liga. 

Nesta sessão orientada por Rui Borges, o foco esteve na deslocação a casa do CD Tondela, marcada para este domingo (18h00).

Amanhã, sábado, o plantel volta a treinar de manhã e à porta fechada, em Alcochete, onde se seguirá, às 13h15, a conferência de imprensa de antevisão ao jogo da nona jornada.

Leões fizeram trabalho de recuperação

A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal regressou aos treinos na manhã desta quinta-feira, na Academia Cristiano Ronaldo, após a vitória europeia frente ao Olympique de Marseille.

Os titulares no encontro diante dos franceses realizaram o habitual trabalho de recuperação, enquanto os restantes trabalharam no relvado sob as ordens de Rui Borges. Zeno Debast, por sua vez, esteve entregue à Unidade de Performance.

Os Bicampeões Nacionais voltam a treinar amanhã de manhã, novamente em Alcochete e à porta fechada, dando continuidade à preparação da visita ao terreno do CD Tondela, agendada para as 18h00 do próximo domingo.

Reacção do técnico ao triunfo frente ao Olympique de Marseille

Após a vitória por 2-1 na recepção ao Olympique de Marseille para a terceira jornada da UEFA Champions League, Rui Borges, treinador do Sporting CP, fez o rescaldo do encontro em conferência de imprensa, no Auditório Artur Agostinho, do Estádio José Alvalade.

O impacto das entradas de Geny e Alisson para a vitória
“Diz bem do espírito desta equipa. Não me canso de dizer isso, é um grupo fabuloso. O Quenda não estava a dar tanta verticalidade 1v1, queríamos empurrar o Olympique de Marseille para a sua área, tínhamos de ter essa capacidade e, por isso, tentámos pôr o Geny e ter o Maxi à largura e, depois, com o Maxi com mais desgaste tentámos isso com o Alisson à esquerda. Sabemos o que nos dá. Sabíamos que podíamos ter de recorrer também a bolas na área e com o Fotis ganhámos um homem de área. Toda a gente que entrou foi importante e isso demonstra bem o que é a nossa equipa. Quando mexemos, umas vezes acertamos e outras não. Eu estou sempre bem consciente do que faço e bem comigo quando tomo decisões.”

As dificuldades colocadas pelo adversário e a resposta da equipa
“Guardo [a vitória] por ser um jogo de Champions, mas é mais uma vitória. Feliz por fazer seis pontos em três jogos, por ganhar contra uma grande equipa, que o é mesmo com dez. É uma equipa muito perigosa no contra-ataque, muito vertical e na primeira parte deixamo-la ligar três ou quatro vezes e sofremos um golo exactamente igual ao que sofremos em Nápoles. Falámos durante toda a semana sobre isso, mas faz parte do crescimento da equipa. Que sirva de exemplo novamente. Não precisávamos de nos expor a isso, mas de resto a equipa manteve as tarefas que tínhamos pensado para o jogo. Não deixamos de fazer uma boa primeira parte, mas crescemos no fim com outro espírito competitivo e nos duelos. Depois, na segunda parte, contra dez, não deixámos o adversário crescer. Não podia estar mais feliz pela atitude competitiva da equipa”

Importância da vitória nesta fase
“Ganhámos um grande jogo de Champions, mas não estávamos numa má fase. Não vamos jogar sempre bem, mas esta equipa deu apenas uma resposta a si própria. São jogadores ambiciosos e que já ganharam muito, mas continuam com uma ambição enorme de ganhar, e é isso que querem demonstrar. Queremos que se desafiem cada vez mais para sermos melhores.”

Menor fulgor ofensivo por desinspiração dos avançados?
“É a sua opinião, a minha é que o Trincão e o Pedro Gonçalves fizeram um grande jogo. O caudal ofensivo que não tivemos com o SC Braga. Tirando isso, somos a equipa que mais produz e que mais falha, porque é a que mais produz.”

Seis pontos dão mais confiança para o apuramento?
“Temos muitos jogos pela frente ainda contra grandes equipas. Defrontámos o líder francês, o campeão de Itália e a equipa deu uma resposta fantástica.”

Sobre a saída forçada de Zeno Debast e entrada de Diomande
“Não sei muito bem, ainda tenho de perguntar. O Diomande é um jogador importante, de características diferentes aos que jogaram hoje. Feliz por voltar a vê-lo [em campo], até podia ter jogado de início, mas tivemos algum receio.”

A união e sintonia no grupo
“Todos nós sabemos qual é o nosso caminho. O espírito do grupo é fantástico, único. Não me sinto injustiçado, sinto-me feliz por treinar o Sporting CP. Fui Campeão Nacional, ganhei a Taça, estamos em segundo agora, passamos na Taça, temos seis pontos na Champions e agora vamos tentar o apuramento para a final-four da Taça da Liga. Vivo bem com a crítica. Sei bem a confiança que tenho e que nos é transmitida por toda a gente que trabalha na Academia. Acima de tudo, sou um treinador feliz.”

Banco dos Leões capitalizou superioridade numérica na segunda parte (2-1)

De regresso às noites europeias em casa, a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal venceu os franceses do Olympique de Marseille por 2-1, esta quarta-feira, em encontro relativo à terceira jornada da fase de liga da UEFA Champions League.

Para pôr travão a uma das equipas mais em forma da Europa – ‘embalada’ por cinco vitórias consecutivas e pela recém-conquistada liderança do campeonato francês – os Leões de Rui Borges aproveitaram o facto de terem jogado toda a segunda parte em superioridade numérica e, já a caminho do fim, fizeram valer as entradas certeiras a partir do banco de Geny Catamo e Alisson Santos, autores dos golos (70’ e 86’), para dar a volta ao tento sofrido no primeiro tempo.

O Estádio José Alvalade – esta noite com 42766 espectadores – continua a ‘fortaleza’ Leonina na Europa, onde a equipa assegurou os seis pontos já somados (em seis possíveis em casa) e que valem para fechar esta ronda no 11.º lugar.

Para enfrentar o ofensivo e vertical conjunto francês cada vez mais à imagem do seu treinador, o italiano Roberto De Zerbi, o Sporting CP apresentou um ‘onze’ com muitas mudanças comparativamente ao utilizado em Paços de Ferreira (2-3 a.p.) para a Taça de Portugal: só Morten Hjulmand, Geovany Quenda e Pedro Gonçalves resistiram como titulares e aos quais se juntaram Rui Silva, Iván Fresneda, Zeno Debast, Gonçalo Inácio, Maxi Araújo, João Simões – de volta para a acção europeia -, Francisco Trincão e Luis Suárez.  

Cumprido um minuto de silêncio em honra de Francisco Pinto Balsemão (antigo primeiro-ministro português e fundador do grupo Impresa), os Leões entraram ligados à corrente, prontos para pressionar bem alto e com sucesso logo a abrir. Na sequência de um roubo de bola – e foram vários nos primeiros minutos - perto da área adversária, Trincão dispôs de um livre directo bem ao jeito do seu pé esquerdo e atirou ligeiramente por cima.

A resposta gaulesa saiu sempre pelos pés do extremo Igor Paixão, que depois de tentar surpreender um atento Rui Silva com um ‘chapéu’ de muito longe, atirou forte e ao lado a partir de uma diagonal da esquerda para dentro.

Mas depois destas duas tentativas, à terceira foi de vez para o brasileiro e para o Olympique de Marseille. Numa rápida transição, Pierre-Emerick Aubameyang saiu disparado na frente, virou o jogo para Igor Paixão e este, em arco e com muita pontaria, assinou um 0-1 de belo efeito. Um golo que fez ‘abanar’ os Leões por momentos e deixou os comandados de De Zerbi mais confortáveis no encontro e com outro ascendente – e sempre prontos a sair em contra-ataque em poucos toques.

Do outro lado, apesar da imprecisão nas combinações ofensivas terem estragado as chegadas conseguidas à área adversária, a pressão alta continuou a ser a melhor arma do Sporting CP e assim nasceu mais uma oportunidade: um remate rasteiro de ‘Pote’ que ainda foi às malhas laterais da baliza de Gerónimo Rulli. Num lance similar, a seguir, Mason Greenwood apareceu na área Leonina e atirou para defesa de Rui Silva.

O equilíbrio entre Leões e Les Olympiens manteve-se até ao final da primeira parte, que acabou em altas para os comandados de Rui Borges, embora sem o desejado golo do empate. Esteve à vista num fantástico lance individual de Suárez que acabou barrado pela ‘mancha’ de Rulli, naquela que foi a mais clara ocasião do Sporting CP nos primeiros 45 minutos.

E ainda antes do apito, uma reviravolta dramática nos acontecimentos deu um novo ânimo em Alvalade depois de o ter deixado em suspenso durante alguns minutos. Aos 44’, o árbitro assinalou penálti para o Olympique de Marseille, mas depois de chamado pelo VAR para rever as imagens, o esloveno Rade Obrenovič não só reverteu o castigo máximo como mostrou cartão amarelo por simulação a Emerson Palmieri, ou seja, o segundo para o lateral e consequente expulsão. Assim, foi em superioridade numérica que os Bicampeões Nacionais partiram para a segunda parte em busca de mudar o resultado.

Sempre com bola, os Leões foram tentando várias vias para furar o conjunto francês limitado à sua defesa. Depois de várias bolas aéreas sem destinatário, foi uma arrancada a solo de Quenda a trazer o sinal de perigo, com Rulli a meias com o poste a negar o golo, seguindo-se pouco depois um remate cruzado mas desenquadrado de Suárez e ainda outro de João Simões para nova defesa do guardião argentino.

O Sporting CP carregava, ‘cheirava’ o golo e, por isso, de imediato Rui Borges introduziu mais armas ofensivas a partir do banco: Fotis Ioannidis e Geny Catamo por Simões e Quenda, e foi então que surgiu a pontaria em falta.

À passagem do minuto 70, uma combinação rápida no ataque encontrou espaço finalmente para explorar, ‘Pote’ serviu Geny na perfeição e o moçambicano – a cumprir o jogo 100 de Leão ao peito - apareceu na cara do golo e atirou a contar para o golo do empate, que só subiu ao marcador após o VAR confirmar que o fora-de-jogo assinalado pelo fiscal de linha no final da jogada efectivamente não existia. Alvalade ‘explodiu’ e empurrou a sua equipa cada vez mais entusiasticamente para a vitória.

Para continuar a arriscar em busca da reviravolta, Alisson Santos foi a ‘cartada’ seguinte (por Fresneda), à qual se juntou Ousmane Diomande, este por saída forçada de Debast, limitado fisicamente. E, novamente, a mudança não podia ter tido melhor efeito. O ímpeto verde e branco até esfriou nesta fase, mas Alisson Santos devolveu a ‘chama’ ao Sporting CP para levar Alvalade à loucura e voltar a deixar a sua marca na Champions – sem precisar de muitos minutos, leva dois golos em três partidas.

Na primeira bola que pôde levar da esquerda para dentro, o brasileiro encheu o pé e, com a ajuda do desvio num defesa, viu a bola superar Rulli e entrar na baliza para fazer o 2-1 aos 86 minutos!

E tal como a primeira parte, a segunda acabou com as emoções à flor da pele e com o VAR a intervir. Num lance em que Maxi Araújo e Benjamin Pavard se envolveram, o árbitro decidiu expulsar o uruguaio dos Leões e apenas admoestar o francês, mas chamado a rever as imagens reverteu o cartão vermelho. O Olympique de Marseille, que não conseguira sair da sua zona defensiva após a expulsão, tentou um último esforço, mas os comandados de Rui Borges uniram-se até ao fim para garantir uns importantes três pontos.

Alvalade continua terreno invicto na UEFA Champions League, agora às custas do líder da liga francesa, que não perdia desde a visita a casa do Real Madrid CF (2-1) na primeira jornada da prova.

A próxima jornada europeia dos Leões reserva, a 4 de Novembro, uma visita aos italianos da Juventus FC, mas antes disso há outras frentes para atacar: segue-se, este domingo (18h00), uma deslocação para enfrentar o CD Tondela na Liga e, depois, duas recepções consecutivas ao FC Alverca em Alvalade, a primeira para os quartos-de-final da Taça da Liga e a seguinte para a Liga.

Sporting CP: Rui Silva [GR], Iván Fresneda (Alisson Santos, 80’), Zeno Debast (Ousmane Diomande, 80’), Gonçalo Inácio, Maxi Araújo (Matheus Reis, 90+2’), Morten Hjulmand [C], João Simões (Fotis Ioannidis, 64’), Geovany Quenda (Geny Catamo, 64’), Pedro Gonçalves, Francisco Trincão, Luis Suárez

Ingressos a partir de 10€

O Sporting Clube de Portugal informa que abre às 10h00 desta sexta-feira, 24 de Outubro, a venda de bilhetes para o jogo entre a equipa principal de futebol e o FC Alverca, marcado para as 20h15 de sexta-feira, 31 de Outubro, no Estádio José Alvalade, e referente à décima jornada da Liga Portugal.

O preço dos ingressos começa nos 10€ para Sócios e nos 22€ para adeptos. A venda decorre aqui e nas bilheteiras do Estádio José Alvalade, abertas todos os dias das 10h00 às 20h00.

Informações importantes
Proibida a entrada a menores de 3 anos
Maiores de 3 anos (inclusive) necessitam de comprar bilhete
Jogo incluído na Gamebox 2025/2026
Lion Seats não renovados ficarão disponíveis a partir de 28 de Outubro
Quota mínima de Sócio: Setembro 2025
As portas do Estádio abrem 1h30 antes do jogo

Contamos com o teu apoio, em todos os momentos e em todo o lado!

Avançado perspectivou regresso à UEFA Champions League

Quarta-feira é dia de UEFA Champions League no Estádio José Alvalade. Às 20h00 dá-se o pontapé de saída no embate entre a equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal e o Olympique de Marseille, relativo à terceira jornada da fase de liga da principal competição europeia de clubes.

Antes da acção, os protagonistas fizeram a antevisão da partida no Auditório Artur Agostinho, no Estádio José Alvalade, e o avançado Luis Suárez foi o primeiro porta-voz do grupo verde e branco, antecedendo a conferência de imprensa do treinador Rui Borges.

Abordagem ao jogo
“Procuramos pensar mais em nós, em fazer bem as coisas. Sabemos que vamos enfrentar um grande adversário, num bom momento, mas se estivermos no nosso máximo podemos vencer.”

Equipa sem dúvidas sobre o que tem de fazer em campo
“Acho que não há dúvidas. Sabemos o trabalho que estamos a realizar. Durante a temporada há momentos de vitorias, empates, derrotas, mas dúvidas nenhumas. Sabemos o que temos de fazer.”

Memórias da sua passagem pelo Olympique de Marseille
“É especial porque vou jogar Champions. Era algo que tinha na cabeça. Custou-me muito voltar a este tipo de jogos e estar aqui é muito bonito. É especial por isso. Passei pelo OM, mas nada mais do que isso. Ainda assim, levo sempre o lado positivo. Foi um país novo, uma liga nova e estreei-me lá na Champions. Joguei pouco, marquei alguns golos, mas acho que mentalmente não estava preparado para o clube, futebolisticamente sim. Acho também que não houve muita paciência comigo, mas não procuro desculpas.”

Felicidade encontrada no Sporting CP
“Estou no melhor momento da minha carreira e da minha vida. Ainda faltam algumas coisas, mas trabalho diariamente para isso. Cheguei ao Sporting CP para ser feliz e estou a sê-lo desde o início. A minha família está a adorar e a nível pessoal é um momento de plenitude.”

Comparação com Gyökeres 
“É uma comparação inevitável, até pelo que ele fez aqui. Eu encaro isso da melhor maneira, é um desafio bonito e que requer muita personalidade, depois de um Bicampeonato, uma ‘dobradinha’… Acho que estou preparado mentalmente para isso e estou a desfrutá-lo.”

Sobre o adversário
“É uma equipa com grandes jogadores, reforçaram-se muito bem, mas é mais um jogo. Nós vamos dar tudo e acredito que vai ser um jogo bonito para os espectadores.”

Sporting CP enfrenta motivado Olympique de Marseille em nova jornada europeia

As emoções da UEFA Champions League estão de volta ao Estádio José Alvalade. A equipa principal de futebol do Sporting Clube de Portugal recebe os franceses do Olympique de Marseille, esta quarta-feira (20h00), para disputar o encontro da terceira jornada da fase de liga.

Na véspera do duelo europeu, o treinador Rui Borges marcou presença no Auditório Artur Agostinho, em Alvalade, para fazer a conferência de imprensa de antevisão, depois de também o avançado Luis Suárez ter falado aos jornalistas.

Bom momento do Olympique de Marseille
“Tem de nos motivar de alguma forma. Se queremos estar nesta competição e defrontar contra os melhores, temos de os enfrentar nas suas melhores fases, independentemente das dificuldades que nos vão causar certamente. Respeitamo-los pela qualidade do seu treinador, com quem vou aprendendo e vou vendo para adaptar à nossa ideia, e pelos bons jogadores que têm. Estão numa boa fase, são os primeiros do campeonato [francês], com mais golos marcados e menos sofridos, têm a maior percentagem de passe acertado… Percebe-se bem a qualidade que está daquele lado. É uma equipa que gosta de ter bola, mas que nos momentos certos é muito vertical, veloz e com muita capacidade para fazer golo.”

Momento actual do Sporting CP
“Sinceramente, não entendo muito bem o porquê de falarem de uma má fase… Tivemos um mau jogo com o SC Braga, meia parte com o GD Estoril Praia, mas antes disso falavam da nossa qualidade de jogo e capacidade ofensiva. Estamos em segundo, a três pontos do primeiro, passamos na Taça… A equipa percebe bem o que tem de fazer, está identificada e isso tem-se visto desde o início da época, mesmo quando perdemos a Supertaça ou tivemos a derrota com o FC Porto em casa. É bem explícita a nossa dinâmica e qualidade individual e colectiva da equipa. Não existe má fase. No fim do jogo em Paços de Ferreira, senti um carinho enorme dos nossos adeptos. Os jogos de Taça são diferentes, são os que mais me deixam stressado.”

Abordagem ao jogo com o OM em termos de opções
“As escolhas têm que ver com a estratégia para o jogo e, com o decorrer do jogo, vamos perceber o impacto do prolongamento [na partida anterior]. Apesar de tudo, por ser de Champions acho que a equipa vai estar mais ‘ligada’, é natural. A gestão terá que ver com o desenrolar do jogo.”

Importância do factor casa na Champions
“Acredito que em parte sim, mas nestes jogos não há favoritos. Claro que no fim olhamos para os jogos em casa, onde temos aquela força extra dos nossos adeptos. Agora, todos os jogos têm a sua história e nós vamos para ganhar seja em casa ou fora, sabendo que vamos defrontar grandes equipas.”

Sobre Morten Hjulmand
“É o nosso líder, o nosso capitão. Não vai estar sempre no seu auge, mas é sempre um jogador muito importante para a nossa equipa. Exige aos colegas e exige-se a si próprio.”

Espera um OM semelhante ao FC Porto de Farioli?
“Não, diferente. Acho que o De Zerbi é uma inspiração para todos. Percebe-se que o FC Porto tem traços do De Zerbi, mas acho que o OM tem mais variabilidade no seu jogo e outra forma de ter a bola. Acho que vai ser um jogo muito diferente [ao do FC Porto].”

Ingressos a partir de 4 euros

O Sporting Clube de Portugal informa que abre às 10h00 desta quarta-feira, 22 de Outubro, a venda de bilhetes para o jogo entre a equipa principal de futebol e o FC Alverca, marcado para as 20h15 de terça-feira, 28 de Outubro, no Estádio José Alvalade, e referente aos quartos-de-final da Taça da Liga.

O preço dos ingressos começa nos 4€ para Sócios e nos 6€ para adeptos. A venda decorre aqui e nas bilheteiras do Estádio José Alvalade, abertas todos os dias das 10h00 às 20h00.

Informações importantes
Proibida a entrada a menores de 3 anos
Maiores de 3 anos (inclusive) necessitam de comprar bilhete
Jogo incluído na Gamebox 2025/2026
Lion Seats não renovados ficarão disponíveis a partir de 25 de Outubro
Quota mínima de Sócio: Setembro 2025
As portas do Estádio abrem 1h30 antes do jogo

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