João de Deus analisou o triunfo por 3-1 contra o Atlético

O técnico ‘leonino’ foi expulso pela primeira vez na sua carreira e quis comentar a situação no rescaldo do jogo: “Devo um pedido de desculpa porque sou pai, tenho duas crianças e fui expulso. Perguntei se valia a pena virmos para a segunda parte e quero falar sobre isso porque foi a primeira vez, em muitos anos, que fui expulso. Eu até aceito a minha expulsão, mas não aceito a do Tiago (treinador de guarda-redes da equipa B), que só me foi tirar de ao pé do árbitro. Todos nós, que estamos dentro da estrutura, sabemos o porquê das coisas e é evidente que não quero comentar esses assuntos”, afirmou.

Já depois de estar fora da área técnica, João de Deus viu os seus comandos alcançarem uma vantagem de dois golos nos segundos quarenta e cinco minutos, mas o técnico ‘verde e branco’ explicou que o trabalho já tinha sido iniciado na primeira parte do encontro. “Não foi só na segunda parte que fizemos um parcial de 2-0. Na primeira parte nós fomos sempre, sempre melhores do que o adversário e tivemos boas oportunidades para marcar - o Daniel marcou uma, falhou outra, e o Cristian falhou uma. O Daniel já tinha marcado no um contra zero e acredito que iria marcar outra vez na mesma posição, mas não houve possibilidade de fazê-lo porque o adversário cortou a jogada à margem da lei. Na segunda parte, a equipa voltou a ter o mesmo rigor táctico, mais qualidade do que o adversário porque é normal – as individualidades da equipa B do Sporting têm mais qualidade do que os jogadores do Atlético, naturalmente – e fizemos dois golos. A diferença da primeira para a segunda parte foi que começámos a ter um jogo sério”, disse, referindo-se à actuação do árbitro, que ajuizou mal um lance entre Daniel Podence e um defesa do Atlético. Quando o jogador ‘leonino’ já ia isolado para a baliza, foi derrubado e o seu opositor só viu o cartão amarelo.

No final da conferência, João de Deus reforçou bastante a importância e o significado da vitória que já lhe escapava há cinco jornadas: “Esta vitória vai trazer ânimo e vai fazer com que os jogadores trabalhem ainda com mais vontade. Não é só a vitória, é como ela foi construída, num contexto extremamente adverso. Ontem não éramos a pior equipa porque não ganhávamos há tantos jogos e hoje não somos muito bons porque ganhámos na casa de uma equipa que está, como nós, a lutar pela manutenção”, concluiu.