Editorial do director interino para a edição n.º 3698
Um dos princípios da competitividade assenta precisamente no facto de quanto maior for o nível técnico e táctico dos intervenientes, maior será o equilíbrio de forças, aliado a uma qualidade superior do espectáculo. O treinador da equipa feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal, Nuno Cristóvão, invariavelmente na passagem pela Liga dos Campeões, reconhece que quem lhe dera que todos os encontros tivessem sempre a exigência da principal competição. Ganham, como já se provou, não apenas os espectadores mas também os próprios atletas, pelo nível de exigência que obriga sempre à superação. Depois de percorridos os caminhos domésticos com o sucesso que se viu no final da época passada, num registo histórico nos 112 anos de história do Clube, revelando-se como os melhores dos respectivos campeonatos nacionais, as equipas leoninas enfrentam agora – algumas já bem adiantadas nas provas – a concorrência externa, medindo forças com os melhores emblemas europeus, num outro caminho de glória já perspectivado pelos próprios fundadores ao quererem um Clube tão grande como os maiores do Velho Continente.
O hóquei em patins começa o seu percurso este fim-de-semana na Liga Europeia, no Pavilhão João Rocha, frente aos italianos do Forte dei Marmi. Pedro Gil, em entrevista exclusiva ao nosso Jornal, aponta precisamente baterias para o que considerou ser um sonho partilhado por todo o plantel, departamento e, naturalmente, por toda a família leonina. Chegar ao título europeu seria a melhor forma de fechar uma época que começou com uma homenagem a uma das maiores referências da modalidade em todo o Mundo. Chana, um dos cinco artistas que completavam uma das melhores equipas de sempre do hóquei patinado mundial. Não apenas pelo que deram ao Clube, mas ao próprio país. O dérbi que marcou o arranque do campeonato nacional de hóquei em patins foi o palco ideal para mostrar a Chana que os Sportinguistas não só não se esquecem como reconhecem o esforço, a devoção e a dedicação que com o seu dom contribuiu para o engrandecimento do nome do Sporting.
No andebol, com cinco jornadas já decorridas das dez que compõem a fase de grupos da Liga dos Campeões, os leões orientados por Hugo Canela seguem em 2.º lugar, fruto da derrota em casa frente aos dinamarqueses do Silkeborg (1.º), mas com vitórias em todos os encontros que já realizaram fora de portas (Rússia, Turquia e mais recentemente Eslováquia). Está, assim, cada vez mais perto, o apuramento para a fase seguinte da competição, o que seria o mais justo dos reconhecimentos do trabalho desenvolvido no departamento liderado por Carlos Galambas.
No futebol, no futsal, no ténis de mesa, os caminhos na Europa mantêm-se abertos para o que o futuro possa reservar. Para além dos resultados, é reconhecido igualmente ao Sporting a qualidade e o espectáculo que motivam sempre a sair de casa numa noite mais fria, quem sabe até com chuva, e manter o apoio necessário. Já por inúmeras vezes que são os próprios jogadores e treinadores a reconhecerem a diferença que fazem as bancadas nos resultados finais. A Cidade Sporting está à vossa espera.
