Valadares Gaia FC levou a melhor por 2-0

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal perdeu, neste domingo, em casa do Valadares Gaia FC por 2-0 em jogo da segunda jornada da Liga BPI.

Os contratempos Leoninos começaram logo no aquecimento, altura em que Hannah Seabert sofreu um toque e teve de ser substituída à última hora por Carolina Jóia, que fez assim parte do onze inicial juntamente com Ana Borges, Bruna Lourenço, Andrea Norheim, Alícia Correia, Fátima Pinto, Brenda Pérez, Cláudia Neto, Maiara Nieheus, Jacynta Gala e Diana Silva.

As Leoas sabiam que ia ser um jogo difícil, num campo sintético, a que não estão habituadas, mas entraram bem na partida e focadas na baliza de Erin Seppi, que foi encaixando sem grandes dificuldades os avisos Leoninos.

Ainda assim, a melhor oportunidade saiu por cima da baliza: cruzamento de Jacynta Gala desde a esquerda e Diana Silva a receber alto, cabeceando como pôde, atirando por cima da barra. A seguir foi Cláudia Neto a encher o pé à entrada da área, com Erin Seppi a segurar o esférico.

Na resposta, o Valadares Gaia FC foi mais feliz com um golo de Inês Queiroga, sem hipóteses para Carolina Jóia. A guardiã verde e branca estava atenta, mas o remate saiu fortíssimo e colocado.

As comandadas de Mariana Cabral não se deixaram intimidar com o golo da equipa da casa e, a jogar melhor e a mandar no jogo, foram em busca do empate, com Diana Silva a ter mais uma oportunidade a seguir, após receber de Cláudia Neto, mas a bola saiu novamente por cima da baliza do Valadares Gaia FC.

Assim, o intervalo chegou com 1-0 no marcador e com tudo em aberto para a segunda metade, para a qual o Sporting CP entrou renovado: saiu Maiara Niehues e entrou Olivia Smith.

As Leoas voltaram a entrar bem e focadas no empate, mas o Valadares Gaia FC voltou a ser feliz, fazendo o 2-0, aos 53 minutos. Novo golpe para a equipa verde e branca, que teve assim de correr atrás de uma desvantagem maior.

Fruto disso, e da vontade do Sporting CP em reduzir, o Valadares Gaia FC ficou reduzido a dez, depois de Diana Silva ser travada em falta quando seguia isolada para a baliza. As Leoas ganharam livre perigoso à entrada da área, mas Brenda Pérez atirou ao lado.

Em cima da hora de jogo, a turma verde e branco ainda reduziu, por Diana Silva, mas o golo foi anulado por fora-de-jogo da avançada do Sporting CP.

Mariana Cabral voltou a mexer pouco depois, fazendo entrar Maísa Correia para o lugar de Alícia Correia, mas era preciso fazer mais e ser ainda mais paciente depois de o Valadares Gaia FC se assumir ainda mais defensivo com um 5x3x1.

Assim, houve novas mexidas para os últimos 15 minutos da partida: saíram Cláudia Neto, Jacynta Gala e Ana Borges e entraram Andreia Bravo, Ana Teles e Ana Capeta. No entanto, logo a seguir Fátima Pinto viu o segundo cartão amarelo e deixou também o Sporting CP a jogar com dez.

Complicava-se o jogo, com as Leoas a merecem marcar, mas sem sucesso e, já no tempo-extra, foi Olivia Smith que não conseguiu converter um pontapé de penálti, confirmando o dia 'não' na finalização. Novo lance perigoso logo depois, de bola parada, mas Andrea Norheim atirou à barreira.

Até ao final, não houve mais mexidas no marcador e as Leoas acabaram por sair do terreno do Valadares Gaia FC sem pontos.

Jovens do futebol feminino distinguidas pelo desempenho escolar

Quatro jogadoras do futebol de formação feminino do Sporting Clube de Portugal receberam, na sexta-feira, Bolsas de Mérito escolar, no Auditório Artur Agostinho do Estádio José Alvalade, sendo premiadas pelos resultados académicos alcançados e pela sua assiduidade aos treinos.

Organizada em parceria com o main sponsor do futebol feminino, a AE Economics, a primeira edição desta cerimónia, que visa premiar as melhores alunas das equipas sub-11, sub-13, sub-15 e sub-19 Leoninas, contou com a presença do presidente do Conselho Directivo do Sporting CP Frederico Varandas, da directora-geral do futebol feminino Margarida Batlle y Font, do director do futebol de formação Tomaz Morais e também do fundador da AE Economics Ximenes Abreu.

Além deles, não quiseram faltar ainda as capitãs da equipa principal Leonina, Ana Borges e Rita Fontemanha, todas as jogadoras entre as sub-11 e as sub-19 acompanhadas pelos seus encarregados de educação, bem como os treinadores principais da formação (sub-11, sub-13, sub-15, sub-19 e equipa b), as capitãs da equipa B e as team manager do futebol formação.

A tarde arrancou com uma breves palavras de Margarida Batlle y Font sobre os valores do Clube, seguindo-se a vez de Aida Ramos, técnica pedagógica do futebol de formação, e de Luís Deus, coordenador regional das UAARE (Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola) de Lisboa e Vale do Tejo a explicarem às cerca de 250 pessoas presentes o posicionamento do Sporting CP em relação à importância do trajecto escolar de cada jogadora e também a ligação do Clube com a comunidade escolar. Isto, antes de Frederico Gonçalves, coordenador do futebol de formação feminino, tomar a palavra com o intuito de fazer um balanço académico da última temporada.

Os prémios foram depois entregues um a um, com a mais nova das distinguidas, Teresa Catela, que integra o plantel das sub-11, a mostrar-se surpreendida por ter sido a eleita na sua equipa.

“Fiquei muito nervosa porque não estava à espera, mas foi muito bom receber este prémio. Agora espero consegui-lo mais vezes”, começou por dizer aos meios de comunicação Leoninos, ela que já tem definido o que gostaria de seguir em termos profissionais caso o seu futuro não passe pelos relvados. “Se não conseguir fazer carreira no futebol, quero ir para médica”, atirou.

Outra das distinguidas, Maria Charruadas, das sub-13, revelou que “achava que seria uma colega a premiada”, mas não escondeu a satisfação por ter sido escolhida. “Não estava à espera, mas sinto-me orgulhosa. Agora que venham mais”, referiu a jovem, acrescentando em seguida: “Vou apoiar as minhas colegas para conseguirem melhores notas e realizarem os seus sonhos”.

Para ter sucesso escolar e merecer este prémio, Maria Charruadas admitiu que é preciso fazer algum esforço. “Não é muito fácil, quando acabo a escola vou para casa fazer os trabalhos de casa e depois estudo um pouco. Costumo fazê-lo sempre com antecedência e não à última hora porque se não depois é muito complicado e distraio-me”, admitiu, ela que também nutre uma paixão especial pela medicina: “Gostava de ser médica cirurgiã, é algo de que gosto muito”.

Por sua vez, Maria Leitão, jogadora das sub-15, disse que receber esta distinção foi gratificante. “Soube bem, fiquei muito contente por estar a ser valorizada pelo Sporting CP. Gostei muito”, sublinhou, admitindo que os sacrifícios para gerir os estudos e o futebol “valem muito a pena”. “Agora ainda valem mais, depois de ter recebido este prémio. Vou esforçar-me cada vez mais”.

Tal como as duas colegas anteriores, Maria Leitão também “gostaria de ser médica”. “É um sonho que sempre tive, mas claro que ser futebolista também está na minha lista”, referiu, revelando a sua estratégia para ter boas notas: “Quando chego a casa estudo antes de ir para a cama e tento aproveitar todos os tempos livres para estudar um pouco antes de ir para os treinos e jogos”.

Nas sub-19, a Bolsa de Mérito foi atribuída a Inês Brilhante Dias, ela que nem quis acreditar quando recebeu o prémio. “Não estava à espera de receber este prémio, disse apenas obrigada no meu discurso porque estava meio perdida. É sempre bom saber que o Sporting CP também dá valor à escola”, realçou, visivelmente satisfeita, garantindo que “todo o esforço vale a pena”.

“Jogar no Sporting CP é incrível, acredito que muitas pessoas gostariam de estar aqui”, lembrou, indicando a chave do sucesso. “Passa por aproveitar bem o tempo e às vezes fazer uns horários mais difíceis”, disse, revelando ter interesse por “comunicação social e relações internacionais”.

Já Frederico Gonçalves, coordenador do futebol de formação de feminino, falou no “culminar de um capítulo da bonita história que o Sporting CP tem vindo a escrever no futebol feminino”.

“O enfoque nos valores meritocráticos assentes na carreira dual permite às jogadoras conciliar o seu percurso académico com o projecto desportivo, através de uma gestão colectiva e de uma relação triangular entre o Sporting CP, a família e a jogadora. Isto obriga-as a serem altamente meticulosas na sua gestão diária, e nós, enquanto clube e estrutura, estamos cá para providenciar os mecanismos e ferramentas que elas necessitam”, considerou o responsável, enaltecendo a importância de os pais estarem alinhados com este processo e que participem.

“O Sporting CP é um clube altamente familiar e no futebol de formação destacamo-nos pela nossa abordagem e proximidade às famílias, que fazem parte do sucesso académico e desportivo das jogadoras. O Clube premeia e valoriza, e hoje nesta cerimónia conseguimos fazê-lo, mas premiámos também o suporte familiar necessário para o sucesso académico das jogadoras”.

Sporting CP joga este domingo (11h00) em casa do Valadares Gaia FC

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal joga, este domingo, às 11h00, a jornada dois da Liga BPI em casa do Valadares Gaia FC.

Mariana Cabral não espera uma partida fácil, alertando para a qualidade da formação nortenha: “É uma equipa nova, mais forte, com um novo treinador e uma forma diferente de jogar. Sabemos que será um jogo bastante competitivo. Na primeira jornada jogaram contra o SC Braga (2-0) e o resultado não espelha aquilo que o Valadares fez. A melhor em campo foi a guarda-redes do SC Braga e isso diz-nos a qualidade que o Valadares tem. Esperamos, por isso, um jogo difícil contra uma equipa competitiva, mas vamos com a crença de que estamos completamente preparadas para competir e ganhar”.

Depois de mais uma pausa para selecções, após a primeira jornada do Campeonato Nacional, seguem-se agora três jogos seguidos e num curto espaço de tempo. Ainda assim, a treinadora verde e branca não tem dúvidas de que a equipa Leonina responderá da melhor maneira: “Vamos ter três jogos numa semana, mas é sempre isso que nós queremos: jogar mais e ser mais competitivas. Temos uma equipa com muitas soluções e estão todas preparadas para dar uma boa resposta”.

Mariana Cabral falou ainda do crescimento do futebol feminino nacional que se confirma também com as audiências dos jogos e, em particular, com o último da Selecção Nacional portuguesa que foi visto por quase dois milhões de telespectadores: “É evidente que o futebol feminino vai continuar a crescer: é impossível parar o vento com as mãos. Isso vai continuar a acontecer com os clubes e coma selecção e deve-se à confiança e ao trabalho que fazemos todos os dias. Para nós é um orgulho ter tantas jogadoras do Sporting CP envolvidas neste crescimento”.

Rita Fontemanha também fez a antevisão à partida deste domingo, indo ao encontro das palavras da técnica verde e branca relativamente ao Valadares Gaia FC: “É sempre uma equipa competitiva, que se reforça sempre com qualidade, e é sempre um campo difícil. Sempre que fomos lá foi complicado, mas o nosso foco temos de ser nós e em continuarmos a melhorar aquilo que temos vindo a fazer, a fazer os processos bem feitos e, a partir daí, estaremos sempre mais perto da vitória”.

A média também falou do crescimento do futebol feminino nacional em termos de seguidores, dizendo que “é um processo bastante natural”: “A qualidade tem ajudado a trazer mais espectadores. Quando nós jogamos, assim como quando joga a selecção, apresentamos maior qualidade e competitividade e isso ajuda. Este crescimento parece-me natural e acho que vai continuar a ser assim”.

Declarações no final da goleada imposta ao Länk FC Vilaverdense

Depois da vitória da equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal contra o Länk FC Vilaverdense por 8-0, na abertura da Liga, Mariana Cabral analisou a partida.

"Queríamos começar fortes, intensas, a mandar no jogo e acho que foi isso que aconteceu. Entrámos bem na primeira parte e, se calhar, no início da segunda parte baixámos um bocadinho e deixámos o jogo andar. Depois, felizmente, as jogadoras que vieram do banco deram outra energia à partida. Entraram muito bem e conseguimos aumentar a vantagem de forma muito justa", disse aos meios de comunicação do Clube.

A treinadora destacou a "muita qualidade no plantel, desde as mais novas até às mais velhas": "Todas estão prontas e deram uma resposta com qualidade. Têm dado nos treinos, deram no jogo e é isso que vai acontecer durante toda a época. A equipa é a única que é sempre titular. Não há jogadoras titulares, há jogadoras que lutam durante a semana para ser titulares. Há muita qualidade e competitividade, tem corrido muito bem nestas primeiras semanas da época".

Depois de elogiar os reforços, que tornaram a equipa "mais forte", Mariana Cabral comentou o facto de Joana Martins, um produto da formação, ter chegado aos 100 jogos pela equipa principal.

"É um orgulho enorme ver a Joana, uma jogadora da nossa formação, chegar aos 100 jogos pelo Sporting CP. É excepcional e ficamos muito contentes pela marca dela", frisou.

Olivia Smith, uma das caras novas que esteve em evidência contra o Länk FC Vilaverdense, apontando um golo, também esteve na zona de entrevistas rápidas.

"O sentimento de conseguir a primeira vitória em casa, perante os nossos adeptos, é fantástico. Estou entusiasmada para conseguir mais. Estou orgulhosa. Jogámos muito bem, foi uma boa vitória", contou a internacional canadiana.

Leoas superam Länk FC Vilaverdense por 8-0

A equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e bateu, este domingo, o Länk FC Vilaverdense por 8-0 na primeira jornada da Liga, entrando assim da melhor forma na competição.

Num jogo dominado do início ao fim, as Leoas já venciam por 4-0 ao intervalo, conseguindo dobrar a vantagem no segundo tempo e golear com tranquilidade. Ao apontar os três últimos golos do desafio, a jovem Maísa Correia esteve em grande destaque e foi eleita a melhor em campo.

Ainda antes do apito inicia, Joana Martins recebeu das mãos de Margarida Batlle y Font, coordenadora-geral do futebol feminino do Sporting CP, uma camisola para assinalar os 100 jogos da média pela equipa principal. Em estreia oficial esteve Gabriela Vinhas, defesa de 18 anos que foi titular no encontro realizado no Estádio Aurélio Pereira, em Alcochete.

O domínio do jogo pertenceu ao Sporting CP desde o primeiro minuto e, aos poucos, as oportunidades de golo foram surgindo e o 1-0 foi ficando cada vez mais perto.

Aos 12 minutos, Alícia Correia cruzou para Ana Capeta, de cabeça, dar trabalho à guarda-redes Letícia Rodrigues. Pouco depois foi Olivia Smith a efectuar um bom remate que saiu perto do poste - seria a primeira de muitas tentativas da internacional canadiana.

O marcador acabou por ser inaugurado aos 17 minutos e no seguimento de um pontapé de canto causado por um cruzamento perigoso de Jacynta Gala. Fátima Dutra colocou na área, Ana Capeta cabeceou ao primeiro poste e Fátima Pinto apareceu ao segundo para facturar e apontar o 1-0.

Logo a seguir, no recomeço, o Sporting CP recuperou a bola e Jacynta Gala lançou Maiara Niehues na velocidade, com a brasileira a rematar cruzado para o fundo das redes.

Voltou a não ser preciso esperar muito até ao 3-0: aos 28 minutos, num lance muito confuso e repleto de ressaltos, apareceu Brenda Pérez para finalizar com sucesso e dar ainda mais conforto ao emblema de Alvalade.

Maiara Niehues chegou ao bis menos de dez minutos depois, quando Olivia Smith combinou com Brenda Pérez antes de assistir a camisola 21 para o 4-0.

Até ao intervalo, destaque para mais dois remates de Olivia Smith para defesas de Letícia Rodrigues, que impediu o Leoas superam Länk FC Vilaverdense de sofrer mais golos no primeiro tempo.

Mariana Cabral operou três substituições ao intervalo, tirando Brenda Pérez, Maiara Niehues e Alícia Correia e colocando Ana Teles, Andreia Bravo e Rita Almeida, sendo que o ritmo e a história do encontro não sofreram grandes alterações.

Depois de acertar no poste aos 52 minutos, Olivia Smith conseguiu, finalmente, marcar aos 68, quando rematou para o 5-0 após ganhar espaço num bom trabalho individual.

A 20 minutos do fim, Maísa Correia substituiu Ana Capeta e ainda foi a tempo de marcar... três golos.

O primeiro foi poucos minutos depois de entrar, quando Ana Teles a descobriu com um passe perfeito e a jovem de 16 anos, na cara da guardiã, não falhou.

Já com Bruna Lourenço em campo, tendo saído Olivia Smith, a dupla Maísa Correia/Ana Teles voltou a brilhar, com a segunda a assistir de calcanhar para a primeira bisar e apontar o 7-0 aos 90+1 minutos.

Contudo, ainda houve tempo para mais um golo de Maísa Correia com nova assistência de... Ana Teles. Desta vez, a camisola 20 lançou a colega no contra-ataque, sendo que Maísa Correia aproveitou uma saída em falso de Letícia Rodrigues para chegar ao hat-trick e fechar as contas em 8-0.

Depois de um início de Liga de grande nível, o Sporting CP vai, agora, visitar o Valadares Gaia FC.

Sporting CP: Carolina Jóia [GR], Rita Fontemanha [C], Gabriela Vinhas, Alícia Correia (Rita Almeida, 46'), Fátima Dutra, Fátima Pinto, Brenda Pérez (Ana Teles, 46'), Olivia Smith (Bruna Lourenço, 86'), Maiara Niehues (Andreia Bravo, 46'), Jacynta Gala e Ana Capeta (Maísa Correia, 71').

Leoas arrancam na Liga este domingo (16h00)

Depois do desfecho inglório na Supertaça, a equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal regressa a casa, este domingo, para disputar a jornada inaugural da Liga diante do Länk FC Vilaverdense.

Em declarações aos meios de comunicação Leoninos, a treinadora Mariana Cabral começou por abordar a chamada de 14 das suas jogadoras às selecções – seis para a selecção A de Portugal, três para o escalão sub-23 e quatro para o de sub-19 e ainda uma para a selecção principal do Canadá.

"Dei um abraço às jogadoras, especialmente às que não vão tantas vezes, como a Joana Martins e a Bruna Lourenço. É um orgulho para nós, para elas e para o Clube. Têm qualidade, têm-na demonstrado e agora vão defender a nossa selecção e com certeza estarão muito bem", destacou, antes de recuperar a exibição conseguida na Supertaça frente ao SL Benfica.

"Ficámos com boas sensações do jogo, mas obviamente ninguém gosta de perder. Custou mais porque sendo nos penáltis, porque é um momento em que as coisas podem ir para um lado ou para o outro e nós não fomos tão competentes na execução. Fomos muito competentes nos 90 e 120 minutos, faltou-nos, talvez, uma pontinha de sorte para marcar e fechar o jogo", considerou, acrescentando: "Demonstrámos que estamos muito bem, em crescimento e temos jogadoras que são muito boas soluções. Estamos preparadas para começar a Liga da melhor forma".

Já no que toca à Liga, o objectivo é o mesmo, lutar pelo título,"mas jogo a jogo, com calma”, apontando o foco, primeiro, para o Länk FC Vilaverdense, apenas três dias depois do desgaste na Supertaça.

“Não é fácil, especialmente depois de um jogo difícil em termos de impacto emocional e durou 120 minutos mais penáltis", frisou Mariana Cabral, embora tenha realçado a confiança na sua equipa como um todo. "Temos um plantel muito bom, com jogadoras que saltam do banco e dão um impacto bom no jogo e jogadoras que não foram convocadas e certamente estarão prontas também”, enalteceu, atirando: “Vamos dar uma boa resposta e aqui, em casa, queremos começar a Liga a ganhar".

Depois, a treinadora verde e branca debruçou-se sobre o adversário nesta primeira jornada. "Nesta fase inicial da época ainda é um bocado indefinido, porque os jogos de pré-época nunca são muito públicos ou televisionados. Assistimos a um jogo do Länk FC Vilaverdense e sabemos que tem algumas mudanças na equipa, começando pelo treinador e algumas das jogadoras. Sabemos que são muito aguerridas e de certeza que nos vão dificultar ao máximo a tarefa, mas queremos dominar o jogo e jogar bem para vencer", apontou, antes de, por fim, deixar um convite aos adeptos para que se desloquem ao Estádio Aurélio Pereira.

"É um óptimo horário e acho que toda a gente viu a qualidade que temos. Precisamos de apoio e queremos, durante a época, ter as bancadas da Academia cheias", finalizou.

Também a central Bruna Lourenço lançou o encontro com o Länk FC Vilaverdense, mas começou por revelar-se "muito feliz" por ter sido chamada de novo à selecção nacional. "Sempre admiti que é um dos meus objectivos e é um orgulho estar e aprender com as melhores. Trabalho muito para isso e é o reconhecimento do meu trabalho", referiu a defesa Leoninas, que também já direccionou o foco para o arranque do campeonato.

"A derrota [na Supertaça] sabe-nos mal e queríamos o primeiro troféu da época, mas isso já está para trás. Foi um jogo muito equilibrado que podia ter caído para o nosso lado, mas agora queremos melhorar e começar bem já a Liga, que é também um dos nossos objectivos", traçou, considerando que "à medida que os jogos vão passando” sentem-se “mais preparadas”.

"Todas as equipas estão entusiasmadas com o início da Liga. O Länk FC Vilaverdense é uma equipa com algumas mexidas, vem de duas derrotas e de certeza que quer mudar isso. Nós estamos focadas no nosso trabalho e na vitória, como sempre", disse, depois, perspectivando o duelo, antes de também se dirigir aos Sportinguistas: "Dez mil pessoas na Supertaça foi bom, mas queremos sempre mais. Espero que os Sportinguistas venham e tenham uma tarde de bom futebol a apoiar a nossa equipa".

Portugal (A, sub-23 e sub-19) e Canadá são as selecções representadas

Ana Borges, Ana Capeta, Bruna Lourenço, Diana Silva, Fátima Pinto e Joana Martins são as futebolistas do Sporting Clube de Portugal chamadas para representar Portugal nas primeiras jornadas de qualificação para a Liga das Nações – nova competição da UEFA.

Assim, as seis Leoas fazem parte do lote de convocadas – o primeiro após o Mundial - que estarão à disposição do seleccionador Francisco Neto para enfrentar França (22 de Setembro) e Noruega (26 de Setembro) no arranque do grupo 2 da Liga A, onde Portugal está inserido. O primeiro jogo será disputado na cidade de Valenciennes, no Stade du Hainaut, enquanto a recepção à selecção nórdica será realizada no Estádio Cidade de Barcelos.

Por sua vez, Olivia Smith, cara nova na equipa feminina do Sporting CP para esta época, também vai estar em acção a nível internacional pela sua selecção, neste caso a do Canadá.

A médio ofensivo de 19 anos foi convocada para um decisivo duplo confronto com a Jamaica para disputar um lugar nos Jogos Olímpicos 2024, em Paris, França. Primeiro, a selecção canadiana jogará fora, em Kingston (22 de Setembro) e, depois, em Toronto (26 de Setembro).

Já Alícia Correia, Ana Teles e Mariana Rosa são as três jovens Leoas que estão entre as escolhas da selecção nacional de sub-23 para dois jogos de preparação: Espanha (21 de Setembro) e Países Baixos (25 de Setembro) são os adversários.

Por fim, na convocatória da selecção portuguesa de sub-19, que vai participar no Torneio Nations Cup (17 a 27 de Setembro), são oito as futebolistas do Sporting CP: Ana Tomaz; Andreia Bravo; Carolina Santiago; Catarina Potra, Érica Cancelinha, Gabriela Vinhas, Maísa Correia e Rita Almeida. Neste escalão, o emblema verde e branco é o mais representado na lista.

Apesar do desaire, treinadora salientou “boas sensações” retiradas

Terminada a final da Supertaça, decidida no desempate por penáltis, Mariana Cabral, treinadora das Leoas, esteve em conferência de imprensa para analisar o desenrolar dos acontecimentos, que não acabaram por sorrir ao Sporting CP, apesar da resposta dada frente ao SL Benfica.

"Saio com boas sensações, sinceramente, porque acho que a nossa equipa esteve muito bem, merecíamos ter conquistado este troféu e podíamos ter resolvido o jogo antes dos penáltis até. Sofremos o primeiro golo, reagimos muito bem, empatámos, estivemos por cima e com oportunidades de golo, mas infelizmente não conseguimos concretizar. Obviamente, custa mais assim, mas faz parte do futebol", resumiu.

Já sobre os penáltis, a técnica referiu que foi algo treinado "na pré-época”, mas a diferença esteve na “eficácia”, acrescentou. “O SL Benfica foi mais competente, ganhou, mas tenho a certeza de que temos uma equipa muito competitiva e que está unida e preparada para lutar por todas as competições esta época, já a partir de domingo na Liga", realçou ainda.

Mariana Cabral lembrou que este foi, apenas, o “segundo jogo oficial” das Leoas em 2023/2024 e, por isso, mostrou-se confiante na evolução da equipa: "Tenho a certeza que vamos crescer, ser melhores".

Depois, embora tenha afirmado que "não há vitórias morais", sem esconder que "quem ganha o troféu vai trabalhar com um sorriso”, Mariana Cabral reforçou as boas sensações deixadas pelas suas jogadoras num dérbi muito equilibrado e de domínios alternados. “As jogadoras do Sporting CP sentiram que nós estivemos por cima e que podíamos ter conquistado o troféu. Temos de ir com essa convicção e essa energia", sublinhou, apontando já ao arranque do campeonato, que se dará este domingo.

"São muito poucos dias até ao início da Liga. Já tinha falado do calendário antes do jogo, mas é o que é, agora o nosso trabalho é recuperar as jogadoras e estaremos preparadas para fazer melhor no domingo, na Liga, que é uma competição que queremos ganhar", sentenciou a treinadora verde e branca.

Por sua vez, a centrocampista Brenda Pérez também esteve na sala de imprensa do Estádio Municipal de Aveiro e começou por corroborar a análise da sua treinadora, com quem se declarou "totalmente de acordo".

"Fizemos um jogo quase perfeito, mas acabámos por perder. Os penáltis são uma lotaria, mesmo que os tenhamos treinado, acontece”, começou por dizer, antes de mostrar também optimista para o que se segue.

“É um dia triste, mas vamos corrigir os nossos erros e olhar para os próximos troféus. Tenho a certeza de que temos uma grande equipa, com bons reforços. Estamos muito unidas e hoje viu-se que o Sporting CP está aqui e nós acreditamos", finalizou a espanhola.

Desfecho muito cruel para a exibição das Leoas

No Estádio Municipal de Aveiro, a equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal perdeu, esta quarta-feira, na final da Supertaça por 3-0 no desempate por penáltis diante do SL Benfica, depois do 1-1 no prolongamento.

Depois de uma primeira parte onde as Leoas foram mais perigosas - com uma bola ao poste -, a equipa encarnada reentrou forte e chegou ao 1-0, mas uma recarga da reforço Andrea Norheim relançou a discussão e foi por pouco que o Sporting CP, em crescendo, não resolveu o jogo no tempo regulamentar. Com domínios alternados, o equilíbrio foi tanto perante os 10.136 espectadores presentes que só os penáltis desataram o ‘nó’ que foi permanecendo quer no tempo regulamentar, quer no prolongamento. O desfecho, esse, acabaria por não sorrir – de forma muito cruel – às Leoas, que fizeram por merecer mais.

Depois dos embates no Estádio do Restelo (2021) e no Estádio Municipal de Leiria (2022), com uma conquista para cada lado, Aveiro foi o palco de mais um frente-a-frente entre águias e Leoas, o terceiro consecutivo na disputa da Supertaça. Para o iniciar, a treinadora Mariana Cabral apostou no mesmo onze que bateu o FC Famalicão na meia-final (0-2): Hannah Seabert, Ana Borges, Bruna Lourenço, Andrea Norheim, Alícia Correia, Cláudia Neto, Joana Martins, Brenda Pérez, Maísa Correia, Ana Capeta e Diana Silva.

Embora o SL Benfica tenha começado com mais bola, o pressionante conjunto verde e branco mostrou as garras bem cedo e somou algumas recuperações perto da área rival, mas sem conseguir dar-lhes o melhor seguimento. Já depois dos dez minutos, Alícia Correia protagonizou os dois primeiros remates Leoninos – um muito por cima e outro para as mãos de Lena Pauels.

A formação encarnada liderada por Filipa Patão respondeu, pouco depois, também com um remate por cima, antes de em cima dos 20 minutos ficar muito perto golo – Catarina Amado chegou ligeiramente atrasada para o desvio fatal à boca da baliza. Depois, o dérbi arrefeceu e passou a ser mais disputado a meio-campo até que um pontapé de fora da área de Brenda Pérez - defendido em ‘voo’ por Lena Pauels - reacendeu o ataque verde e branco.

No pontapé de canto que se seguiu, o Sporting CP ficou à beira do golo em três ocasiões consecutivas: na primeira, Maísa Correia viu o seu remate dentro da área ser bloqueado, seguiu-se uma tentativa de Ana Capeta travada pelo poste e, por fim, Lena Pauels – cada vez mais em evidência – levou a melhor no cara-a-cara com Cláudia Neto. Tudo isto em escassos segundos.

Apesar do maior perigo criado, as Leoas de Mariana Cabral não conseguiriam reflectir isso no marcador do primeiro tempo, que, no entanto, não acabaria sem as águias esboçarem também uma reacção. Na melhor situação, Lúcia Alves cabeceou para as mãos de uma atenta Hannah Seabert e o nulo seguiu intacto para o descanso.

Já o reatamento foi igualmente frenético. Depois de Diana Silva obrigar a guarda-redes encarnada a mais uma defesa, do outro lado um forte ascendente do SL Benfica esbarraria também em Seabert, que brilhou com uma dupla defesa consecutiva.

Logo de seguida, o VAR anularia um golo ao SL Benfica num canto devido a uma falta sobre a guardiã verde e branca, mas o 1-0 chegaria pouco depois, graças a um lance individual de Kika Nazareth. Pelo meio, a reforço Olivia Smith já tinha entrado para o lugar de Maísa, estreando-se de Leão ao peito e, já à passagem da hora de jogo, Mariana Cabral lançou ao mesmo tempo Fátima Pinto e Maiara Niehues para os lugares de Capeta e da amarelada Joana Martins.

Com o passar dos minutos, o dérbi foi-se partindo em campo, cada vez com mais ataques e contra-ataques e algumas imprecisões, contudo, seria uma bola parada a resgatar as Leoas à entrada para o último quarto de hora. Em zona frontal, Maiara, de livre directo, acertou com estrondo na barra e a defesa Andrea Norheim - uma das caras novas para esta época - acreditou e foi a primeira a chegar à recarga para fazer o 1-1 com o seu primeiro golo com a camisola do Sporting CP – grande festa nas bancadas e dentro das quatro linhas.

E de repente o conjunto verde e branco revitalizou-se e fez-se com o ascendente da partida. Tudo se podia ter complicado, pouco depois, para o SL Benfica, mas o vermelho directo a Andreia Norton – por ter agarrado Olivia Smith quando esta tinha todo o meio-campo pela frente para correr com a bola – foi revertido para cartão amarelo após análise das imagens.

Ainda assim, o Sporting CP continuou a mandar nesta fase final e só um vistoso ‘voo’ de Lena Pauels tirou um grande - e decisivo - golo a Cláudia Neto. Até ao fim do tempo regulamentar, já com Fátima Dutra e a reforço Jacynta Galabadaarachchi em campo, Seabert ainda teve uma rápida e atenta saída aos pés de uma adversária, mas nada mudaria no resultado e a Supertaça avançou para o prolongamento.

Também aqui o ‘sinal mais’ continuou a ser das Leoas, mais perigosas, com Olivia Smith a ficar perto do golo num remate desde a meia-lua e Maiara Niehues muito interventiva a partir da direita. No entanto, as águias também se mostraram vivas na final e, depois de um cabeceamento que saiu muito perto do poste, só uma impressionante defesa à queima-roupa de Seabert manteve o empate no marcador.

Para os derradeiros 15 minutos, Mariana Cabral fez a substituição extra a que tem direito no prolongamento e retirou a desgastada Diana Silva para lançar a jovem Andreia Bravo. Esta etapa ficou marcada, sobretudo, pelas várias paragens e problemas físicos de parte a parte, naturais num jogo tão exigente numa fase precoce da época.

Assim, só os pontapés de penálti decidiriam esta edição da Supertaça, acabando por castigar cruelmente a equipa Leonina, que acabou por ‘morrer na praia’. Logo a abrir, Norheim, Dutra e Fátima Pinto falharam as suas tentativas - a primeira desenquadrada e as outras defendidas -, enquanto o SL Benfica marcou os seus primeiros três pontapés (3-0) e ficou com a vitória e o troféu.

Para as Leoas de Mariana Cabral segue-se, agora, o arranque da Liga com a recepção ao Länk FC Vilaverdense, que tem início marcado para as 16h00 deste domingo.

Sporting CP: Hannah Seabert, Ana Borges [C], Bruna Lourenço, Andrea Norheim, Alícia Correia (Jacynta Galabadaarachchi, 90’), Cláudia Neto (Fátima Dutra, 90’), Joana Martins (Maiara Niehues, 64’), Brenda Pérez, Maísa Correia (Olivia Smith, 52’), Ana Capeta (Fátima Pinto, 64’) e Diana Silva (Andreia Bravo, 106’).

Sporting CP defronta esta quarta-feira o SL Benfica na final da Supertaça

Motivação e, claro, muita vontade de vencer. São estes os ingredientes, somados à muita qualidade, que a equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal se predispõe a apresentar em campo na final da Supertaça, esta quarta-feira (19h45, Estádio Municipal de Aveiro), no dérbi frente ao SL Benfica. As palavras da treinadora Mariana Cabral retratam o espírito de conquista das Leoas para um sempre desejado dérbi.

“Quando se disputa uma final é sempre uma boa semana de trabalho porque há essa competitividade inerente a toda a gente. Sabendo que estamos num clube tão grande, sempre que é uma semana de disputar troféus estamos todas muito motivadas e muito activas para querer conquistar esse troféu”, referiu a técnica à comunicação social na antevisão ao jogo da final da Supertaça frente ao SL Benfica.

Mariana Cabral não vê favoritismos no dérbi que decide o primeiro troféu da temporada e em que a componente emocional também joga papel muito importante. “Uma final tem sempre esse lado de divisãol de 50/50. Acho que no início de época é difícil, porque nesta fase da época nem Sporting CP, nem SL Benfica estão na máxima força. Ainda estamos a começar a época, ainda vamos ver estas equipas e estas jogadoras, mais para a frente, com um nível competitivo maior. Acho que será um jogo muito dividido sendo uma final, que é sempre tão emocionante. É preciso controlar o factor emocional, não é só a questão física, nem táctica. É sempre um jogo muito dividido e para os adeptos, bastante interessante, seguramente”, prenunciou. 

Promover o espectáculo é propósito da treinadora, que fez um reparo ao dia e hora do jogo, no sentido de no futuro tentar atrair cada vez mais gente aos estádios. “Tenho pena e acho que o dia da final [quarta-feira] é uma oportunidade perdida. Acho que não é um bom dia, acho que não faz muito sentido a calendarização pela forma como aconteceu o Mundial de futebol feminino, a prestação positiva da selecção, poderíamos potenciar um pouco mais o futebol feminino pelo dia, pelo local em que vamos jogar. A questão dos jogos [SL Benfica tem mais jogos realizados na pré-época do que o Sporting CP] não influenciará”, perspectivou.

Aproveitar os pontos mais fortes do Sporting CP e explorar os menos fortes do adversário, mas também tentar ser cirúrgico nos momentos do jogo são receitas idealizadas pela treinadora para tentar pôr em campo no dérbi: “Estamos numa nova época, jogadoras novas do nosso lado, do lado do SL Benfica também. Sensações novas, formas de jogar novas e momentos diferentes. É um pouco a questão de, dentro do próprio jogo, gerir os momentos do jogo, que não são sempre os mesmos e perceber o que temos de fazer em determinadas alturas, tentando competir dentro daquilo que são os nossos pontos fortes e os menos fortes do SL Benfica, que tem uma grande equipa. Nós também temos, há grandes jogadoras dos dois lados e será um jogo muito competitivo e muito bom para assistir”.

Para terminar, Mariana Cabral deixou um apelo ao público marcar presença. “Tem-se falado muito de futebol feminino e espero que quem esteja perto de Aveiro possa assistir ao jogo. Vão, para perceberem que o futebol feminino tem muito valor. Vale a pena ver”, rematou.

A capitã Ana Borges fez, também, a antevisão ao dérbi. Ambição e vontade é o que não falta às Leoas. “Mais motivadas não se pode estar quando se trata de uma final. A última Supertaça que conquistámos foi em 2021, queremos conquistar este ano, tendo a plena consciência que é um jogo difícil. Queremos muito, mas temos de o demonstrar em campo, não vale a pena estar aqui a dizer que queremos e chegar lá [Aveiro] e não demonstrarmos”, começou por referir.

Ana Borges recusa a ideia de que o maior número de jogos do SL Benfica no início de temporada do que o Sporting CP seja factor que faça pesar os pratos da balança mais para um lado do que para o outro. “Não acredito. É um jogo, é um dérbi, é uma final. No Mundial também jogávamos de três em três dias e não era por aí que as pernas estavam mais cansadas. O SL Benfica quer muito, nós queremos muito, elas têm mais rotinas de jogos, mas na quarta-feira é uma final, na qual duas equipas vão querer conquistar o título e não vão pensar no que está para trás, ou no quem vem a seguir”, explanou.

Ana Borges confia que o Sporting CP vai continuar muito competitivo pela qualidade que já existia no plantel, adicionada agora por novas jogadoras para o plantel Leonino. “Contratámos muito boas jogadoras que acrescentam [qualidade] ao nosso plantel. Ainda não temos assim tantos jogos para se entrosarem na equipa, mas vão ajudar-nos muito ao longo da época. Não acredito que estejamos mais fracas do que nos últimos anos, sempre demos luta, tirando o ano passado nos jogos da Taça de Portugal frente ao SL Benfica, que nos mandaram um pouco abaixo. Na época passada fomos a única equipa que conseguiu fazer frente ao SL Benfica, este ano esperamos dar mais luta e, se possível, conquistar já este título”, desejou.